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AUTOS FINDOS - CIVIL - OBRIGAÇÃO DE FAZER- ESTÁGIO 1

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PROCESSO nº: 64666.5486.5848- 1202-256
AÇÃO: Obrigação de Fazer Autor: Whitney Houston
Réu: James Sadsom 
RELATORIO: 
Trata-se de uma ação de obrigação de fazer, com o polo ativo, Whitney Houston, em face do polo passivo, James Sadsom, iniciado no dia 15/06/2019, com as alegações a seguir:
A demandante possui 42 anos de deficiência física, medicação contínua ininterrupta, baixa o suficiente, e beneficiários de apoio social de salário mínimo mensal. Ao longo dos anos de adversidades, seu contrato tornou-se uma dívida total de 7.480,56 reais com a concessionária de energia elétrica básica (Sete mil quatrocentos e oitenta reais e cinquenta e seis centavos).
Desta vez, após a interrupção do fornecimento da Internet, a ré representou o parcelamento da dívida no valor de 1.010,64 reais (mil e dez reais e 64 centavos), que era quase o valor total da previdência social. O requerente recebe uma vez por mês, portanto, o fornecimento de energia não pode ser restaurado. Oh
Vale ressaltar que o reclamante não se opõe ao pagamento. No entanto, apesar das repetidas tentativas de solução do problema, inclusive parcelado, seu valor registrado pode ser avaliado com base na situação financeira do reclamante, para que o processo possa ser apreciado por você. O autor causou incontáveis ​​inconvenientes.
Portanto, a autora solicitou tutela provisória emergencial para o restabelecimento dos serviços básicos de energia, sendo que o juízo exigiu que a empresa requerida fosse obrigada a quitar seus débitos parcelados e parcelados de acordo com a real situação da autora, o que pode ser discutido em audição.
No dia 01/07/2020, o processo foi distribuído por sorteio ao 2° juizado especial, e no dia 14/07/2020 ocorreu a citação online do réu, devido a pandemia do Novo Corona Vírus, e nesse mesmo dia 14/07/2020 foi registrado a expedição e a distribuição de mandando de intimação para a audiência de conciliação, via vídeo conferência.
No dia 26/10/2020, teve a juntada da contestação por parte de James Sadson, com as seguintes alegações:
A procedência da ação de cobrança está condicionada à comprovação dos débitos.
Isso se infere claramente do disposto no art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil, que coloca como ônus do autor, a prova do fato constitutivo do seu direito, mormente quando se tem a inversão do ônus da prova como sucedeu nestes autos.
Ressalte-se que esta vulnerabilidade do consumidor foi reconhecida pelo próprio CDC, em seu art. 4º, que, per si, já ampara a proteção do consumidor nesta questão da prova.
Assim, no caso dos autos houve a inversão do ônus da prova e nem se alegue não ser este possível em face de concessionárias de serviço público, pois já é pacífico este entendimento.
Na inicial, James Sadson alegou que a requerida encontrava-se com vencimentos mensais de consumo inadimplidos a vários meses, perfazendo, com o
somatório das contas de consumo em atraso, o importe de R$ 7.480,56(sete mil, quatrocentos e oitenta reais e cinquenta e seis centavos), juntada as provas na qual consta o referido valor.
Ademais, entendo que o pagamento do débito decorrente de eventual violação de medidor somente pode ser imposto ao consumidor após efetiva demonstração de que tal dano foi por ele ocasionado, o que, no caso, não foi feito, ainda mais se constatando a apuração em procedimento sem participação do consumidor.
Assim, inexistente a prova da responsabilidade da ré/2ª apelante pelo suposto desvio de internet, bem como do efetivo consumo suplementar de energia, sendo a cobrança de débito referente aos anos de 2017, 2018, 2019, 2020.
No dia 27/10/2020, ocorreu a audiência de conciliação, na qual as partes não entraram em acordo e no dia 03/11/2020, o juiz deu a sentença do mérito, com as alegações a seguir:
O caso é de improcedência do pedido.
As partes se enquadram nos conceitos de consumidor e fornecedor. Ainda, verifico dos autos a verossimilhança das alegações e a hipossuficiência do consumidor, de modo que aplico a inversão do ônus da prova como regra de julgamento (art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor).
A legislação civil dispõe que toda pessoa que causar dano a outra pessoa, por meio de um ato ilícito, fica obrigada a reparar esse dano (art. 186 c/c 927, do Código Civil).
Para que se configure a responsabilidade pelo ato ilícito, é necessário que seja demonstrada a ocorrência de um ato contrário à lei, o dano suportado em decorrência desse ato, e a correlação entre esse ato ilícito e o dano.
Analisando o caso concreto, depreende-se que a parte autora pleiteia o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em sua residência, bem como requer que o réu seja compelido a parcelar o seu débito com entrada em valor acessível à realidade da autora.
da autonomia da vontade das concessionárias de energia no seu artigo 118.
Em situação similar a ora em análise, a Sétima Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo se posicionou no sentido de que, não configurada ilegalidade, abusividade ou desproporcionalidade na cobrança, o credor não pode ser compelido a renegociar a dívida nos moldes do pretendido pelo devedor (TJSP; Recurso Inominado Cível 0011174-02.2016.8.26.0016; Relator (a): Paulo César Batista dos Santos; Órgão Julgador: Sétima Turma Cível; N/A - N/A; Data doJulgamento: 17/02/2017; Data de Registro: 17/02/2017).
O que se conclui de todo esse contexto é que não há nos autos provas do comprometimento integral da renda da parte autora, assim como esta não demonstrou qualquer interesse em adimplir sua dívida, mesmo após o réu apresentar proposta de parcelamento expressivamente mais benéfica àquela feita anteriormente.
Outrossim, em consagração aos princípios da autonomia da vontade e da liberdade contratual, somando-se a isso o fato de que a autora não comprovou qualquer abusividade ou situação excessivamente onerosa que a impedisse de adimplir o débito segundo as novas condições (mais benéficas) propostas, a improcedência do pedido inicial é medida que se impõe.
Por fim o MM. Juiz proferiu a sentença, julgando IMPROCEDENTE

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