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Teoria do direito empresarial

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Prévia do material em texto

Teoria do direito empresarial (EMPRESA, ESTABEL. E TÍTULOS)
art. 966, parágrafo único, do Código Civil).
De acordo com o artigo 966 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil), considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (exceto quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa).
Empresário individual é a denominação atual da antiga "firma individual", sendo obrigatório sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade, nos termos do art. 967 do Código Civil.
A utilização do conceito de “microempreendedor individual” nas questões pertinentes ao Simples Nacional decorre das referências expressas na LC nº 123/2006 ao empresário individual, constantes dos artigos 18-A, 18-B, 18-C.
É importante destacar que, embora todo microempreendedor individual seja um empresário individual, o contrário nem sempre ocorrerá, porque a qualificação como MEI depende do atendimento das condições previstas no art. 100 da Resolução CGSN nº 140/2018.
Outro ponto a ressaltar é que muitas campanhas publicitárias de entidades ligadas à classe empresarial têm utilizado a sigla “MEI”, parecendo referir-se ao empresário individual mas que, em realidade, refere-se ao microempreendedor individual (MEI).
*Além do exercício profissional de empresa, o empresário pessoa física deve estar em pleno gozo de sua capacidade civil e não ter impedimento legal (art. 973). Sem embargo, é permitido ao incapaz, representado ou assistido, prosseguir empresa nos casos do art. 974 desde que obtenha autorização judicial.
EMPRESÁRIO= No artigo 966,CC, empresário é “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” O EMPRESÁRIO É O SUJEITO DE DIREITO!
 Enquanto que a EMPRESA É OBJETO DE DIREITO.
 “sociedade empresária”, ou seja, aquela que realiza os atos de empresa. Empresário é o que organiza os elementos de produção para efetivar o negócio.
NÃO EMPRESÁRIO = Os meios de atuação de um empresário e de um profissional liberal são muito distintos, a começar pelo seu acesso: a criação de uma sociedade empresária é livre (ou seja, para você abrir um CNPJ, você não precisa de um diploma de curso superior); para se tornar um profissional liberal é necessário o ingresso em uma faculdade e a conclusão do curso, com a expedição de um diploma. 
O profissional liberal pode exercer individualmente sua profissão, enquanto a sociedade empresária depende de uma série encadeada de processos de produção em massa para ser reconhecida como tal.
DIFERENÇAS ENTRE ATIVIDADE EMPRESÁRIA E ATIVIDADE NÃO EMPRESÁRIA
Para distinguir uma atividade empresária de uma atividade não empresária, além do elemento intelectual que se exclui da primeira, é necessário observar:
	Se a atividade está sendo desenvolvida de modo organizado, demonstrando uma lógica nas etapas de produção.
Se a atividade está sendo desenvolvida com profissionalidade e habitualidade, não sendo algo esporádico.
Se existe o objetivo de lucro, de gerar renda por meio do desempenho daquela atividade.
AGROPECUÁRIA
O produtor rural só é considerado empresário caso realize o registro da sua atividade no Registro Público de Empresas Mercantis. Sendo assim, um produtor rural não é um empresário enquanto não realizar o registro. Isso é possível em função da facultatividade da escolha do local do registro dos atos constitutivos da empresa.
E TEMOS OS PROIBIDOS DE CONSTITUIREM EMPRESAS.
Os militares da ativa, integrantes das Forças Militares nacionais.
Os servidores públicos civis, de todas as esferas da administração (Federal, Estadual e Nacional).
Os juízes, em razão da incompatibilidade ética com o desempenho de suas atribuições e funções.
Os médicos, em relação às farmácias, drogarias, óticas ou laboratórios de análises clínicas, por uma questão de concorrência desleal.
Os corretores e os leiloeiros, em razão de vedação legal.
Os empresários que já faliram e ainda não foram reabilitados.
Os estrangeiros que não tenham residência no Brasil, sendo, ainda, vedados: o exercício da atividade empresarial dedicada à pesquisa e à lavra de recursos minerais e ao aproveitamento do potencial de energia hidráulica (por determinação constitucional, em razão da natureza estratégica de tais mercados); o estrangeiro não naturalizado e o naturalizado há menos de dez anos, para explorar empresa jornalística, de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Agentes políticos: existe uma limitação em razão de não poderem participar de sociedades que tenham negócios com o Estado, por uma questão de conflito de interesses.
Atividade
No sistema jurídico nacional, não existe uma conceituação direta para a identificação da figura do empresário. Essa conceituação é feita por meio das atividades que ele pratica. Nesse sentido, podemos dizer que empresário é aquele que obtém lucro com o desenvolvimento de sua atividade profissional?
RESPOSTA - Não, porque existem atividades profissionais que também geram lucro, mas que não podem ser consideradas como atividades empresárias, por determinação legal.
Existem atividades que não são consideradas empresárias pela legislação brasileira e, com isso, não podemos reputar como empresários os indivíduos que exploram economicamente a atividade intelectual.
PERGUNTA - A mãe começou a fabricar bolos e doces para vender na vizinhança e na feira que era realizada todo domingo. Seus doces começaram a fazer muito sucesso e se tornaram a principal fonte de renda da família. A sra. Doremi decidiu formalizar a sua atividade para emitir nota fiscal e vender seus produtos para restaurantes.
RESPOSTA - A sra. Doremi pode abrir uma sociedade limitada unipessoal para vender seus produtos, uma vez que ela exerce com habitualidade, organiza as etapas de sua produção e possuiu o objetivo de lucro.
A atividade de confeiteira pode ser uma atividade empresária, dependendo do modo como o empresário organize o seu funcionamento. E de acordo com a sua estratégia, existem diversas opções de modelos que ele pode utilizar para explorar o seu negócio: sociedade limitada unipessoal, MEI, EIRELI, empresário individual e até mesmo uma sociedade empresária.
Atividade.
	O incapaz poderá, em determinadas situações, prosseguir empresa. Assinale a única alternativa que apresenta corretamente as situações em que isso pode ocorrer.
Resposta correta - Quando houver incapacidade superveniente do próprio empresário; quando continuar a empresa de seus pais ou continuar a empresa do autor de herança.
Com fundamento no art. 974 do Código Civil, poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
2) João é tradutor e intérprete público de língua espanhola, prestando seus serviços num estabelecimento próprio com a colaboração de três empregados. À luz das disposições do Código Civil, é possível afirmar que João:
Resposta correta - não é empresário, pois exerce profissão intelectual e seu exercício não constitui elemento de empresa.
De acordo com o enunciado, verifica-se que João exerce atividade profissional de natureza intelectual. Com base no art. 966, parágrafo único, do Código Civil, não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa, o que não ocorre na profissão de João.
A partir da sua análise sobre o texto, responda aos seguintes questionamentos:
A) A atividade realizada por Elias e Celina pode ser considerada uma empresa?
B) O comendador Venâncio é considerado empresário?
C) Caso Elias e Celina constituam uma sociedade, ela será simples ou empresária?
Resposta
A) Não. A atividadenarrada no texto é de subsistência e não reúne elemento de empresa para ser considerada organizada; ademais não é exercida em caráter profissional.
B) Não. O comendador Venâncio não exerce empresa, sendo apenas o sócio majoritário da sociedade limitada. A empresa é exercida pela sociedade e não pelo sócio.
C) Se Elias e Celina constituírem sociedade, ela será simples, pois a atividade que eles exercem não é organizada, não sendo própria de empresário segundo a regra de classificação das sociedades quanto a seu objeto, prevista no art. 892, caput, do Código Civil.
Antes de 2002
Existia no Brasil o Código Comercial, elaborado em 1950, que trazia a regulamentação do chamado “Direito Comercial” e era dividido em três partes:
	Do Comércio em Geral; 2) Do Comércio Marítimo; e 3) Das Quebras.
Após 2002
O Código Comercial foi substituído, em sua primeira parte, pelo Código Civil de 2002, que alterou o Código Civil e incorporou toda a parte sobre o comércio em geral. Os processos que regulam a falência e a recuperação judicial agora se encontram na Lei n° 11.101, de 2005.
O antigo Código Comercial foi todo recortado e apenas a parte relacionada ao Comércio Marítimo ainda permanece em vigor. Assim, quando estudamos os temas referentes ao Direito Empresarial, precisamos ter em mente que esse conteúdo se encontra no Código Civil, não mais no Código Comercial – que continua valendo apenas para regular as transações econômicas que envolvem o mar como transporte.
A partir da edição do Código Civil, de 2002, com a incorporação da teoria da empresa, precisamos ter em mente algumas definições técnicas em relação aos termos “empresa”, “empresário” e “sociedade”.
As sociedades podem ser classificadas de acordo com vários critérios, como a nacionalidade, a estrutura organizacional, a personificação, forma e divisão do capital, responsabilidade dos sócios ou objeto.
De acordo com o caput do art. 982 do Código Civil, as sociedades podem ser, quanto ao objeto que executam, simples ou empresária. A lei não esclarece qual é o objeto das sociedades simples, sendo ele extraído, por dedução, do objeto não reservado às sociedades empresárias.
As sociedades empresárias devem adotar um dos tipos enumerados no caput do art. 981 do Código Civil: em nome coletivo, em comandita simples, limitada, sociedade anônima ou comandita por ações. 
Em relação aos três primeiros, podem ser adotados pelas sociedades simples. Nesse caso, a sociedade ficará sujeita ao regime das sociedades não empresárias. Porém, se a sociedade se constituir sob os tipos companhia ou comandita por ações, ela será sempre empresária.
O que é uma sociedade em comandita?
A sociedade em comandita simples é aquela constituída por sócios que possuem responsabilidade subsidiária, ilimitada e solidária, e sócios que limitam a sua responsabilidade à importância com que entram para o capital.
Atividade.
1)Três pessoas naturais decidiram constituir sociedade empresária ajustando entre si que todos terão responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais; que a administração competirá apenas a sócio e o nome empresarial será da espécie firma.
RESPOSTA.
é correto afirmar que o tipo de sociedade que será constituído é; Em nome COLETIVO
A sociedade que os sócios pretendem constituir é do tipo em nome coletivo, que se caracteriza, entre outros aspectos, pela presença exclusiva de pessoas naturais, responsabilidade ilimitada e solidária dos sócios pelas obrigações sociais, administração privativa de sócio e uso da firma como espécie de nome empresarial (cf. arts. 1.039, 1.041 e 1.042 do Código Civil).
2)Duas pessoas físicas e uma pessoa jurídica decidiram constituir sociedade que terá como objeto explorar de modo predominante empresa rural. 
A sociedade adotará o tipo limitada. Ao prestar seus serviços de consultoria jurídica, para mais esclarecimentos quanto ao regime da futura sociedade, se simples ou empresária, a resposta correta seria a seguinte:
RESPOSTA. A sociedade limitada cujo objeto predominante ou exclusivo for empresa rural poderá realizar a inscrição de seu ato constitutivo no Registro Empresarial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Caso opte pelo primeiro, seja considerada para todos os fins legais como sociedade empresária; caso faça a inscrição no segundo, será uma sociedade simples.
Com fundamento legal no art. 984 do Código Civil. Por explorar empresa rural, a sociedade poderá realizar a inscrição de seu ato constitutivo no Registro Empresarial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Caso opte pelo primeiro, seja considerada para todos os fins legais como sociedade empresária; caso faça a inscrição no segundo, será uma sociedade simples.
3 -Considerando o caso da sociedade simples Andrade, Elias, Baltazar e Olinda, Médicos Associados descrito no TEXTO PARA ANÁLISE, elabore um texto discursivo, de orientação aos sócios contendo as respostas para as seguintes indagações:
A) Qual o nome da operação que a sociedade pretende realizar?
B) Considerando o novo tipo societário pretendido, a sociedade poderá manter sua condição de sociedade simples?
C) O objeto social atual – serviços médicos – poderá ser mantido pela sociedade sob o tipo anônima?
D) A responsabilidade dos sócios pode ser mantida da forma como está disposta no contrato?
E) É necessária alguma providência em relação ao capital social? As respostas devem estar fundamentadas.
RESPOSTA. 
Quanto ao nome da operação, trata-se de transformação do tipo simples para o tipo companhia, consoante definição do termo contida no art. 1.113 do Código Civil, até porque a sociedade não pretende se dissolver.
 Em relação à manutenção da condição de sociedade simples não será possível, pois a sociedade anônima é um dos tipos de sociedades por ações e seu regime é o das sociedades empresárias qualquer que seja seu objeto (art. 982, parágrafo único, do Código Civil). 
No que tange ao objeto social, é perfeitamente possível a manutenção de sua exploração no novo tipo, haja vista que a sociedade simples pode se constituir por qualquer dos tipos de sociedade empresária, sendo tal faculdade aplicada à transformação diante da ausência de vedação legal (art. 981, caput, do Código Civil). 
Em relação à responsabilidade dos sócios, terá que ser alterada, pois na sociedade anônima a responsabilidade dos sócios é limitada, como prevê o art. 1.088 do Código Civil.
 Por fim, quanto ao capital social, as quotas precisarão ser convertidas em ações, pois essa é a forma de divisão do capital nas sociedades anônimas (art. 1.088 do Código Civil).
TIPOS SOCIETÁRIOS
As diferentes espécies societárias e suas características.
A COMPOSIÇÃO
As sociedades são entidades criadas para a exploração de uma atividade econômica com mais de um empresário em sua composição. No caso do empresário individual ou da própria EIRELI, todo o risco do negócio está centralizado apenas em um indivíduo, que responderá, conforme for o caso, com a integralidade de seu patrimônio ou parte dele.
OS RISCOS
A ideia da sociedade consiste em repartir esses riscos com terceiros. Mas, não com quaisquer terceiros: com um sócio (que integra uma sociedade limitada) ou acionista (que integra uma sociedade anônima).
OS SÓCIOS
A característica mais importante, é a motivação, dispondo-se a enfrentar riscos que possam surgir, e a assumir os resultados do desempenho da atividade, sendo eles positivos ou negativos.
CLASSIFICAÇÕES DE SOCIEDADES
A Lei nº 10.406/02 (Código Civil) adota a Teoria da Empresa, ao mesmo tempo em que alarga a abrangência do Direito Comercial, fazendo com que seu estudo não se restrinja às sociedades empresárias, ou seja, àquelas que exercem atividade própria de empresário, mas, também, abarcando o estudo das sociedades não empresárias, conhecidas como sociedades simples.
A ORDEM JURÍDICA
Diz-se que as sociedades são uma “criação jurídica”, uma vez que sua existência ocorre por meio de um reconhecimento da ordem jurídica. Isso porque, a partir do registro na Junta Comercial, a sociedade torna-se uma “pessoa jurídica” distintadas demais pessoas que a constituíram.
A PERSONALIDADE JURÍDICA
O ordenamento jurídico atribui à sociedade uma “personalidade jurídica”, que passa a existir no mundo das obrigações, com nome empresarial, objeto social a ser desenvolvido, patrimônio próprio (distinto do patrimônio dos sócios) e obrigações específicas.
SOCIEDADES SIMPLES
São as sociedades organizadas para o desenvolvimento de atividades econômicas que não são reconhecidas por lei como atividades empresárias. Entre os exemplos mais recorrentes temos os escritórios de advocacia, os consultórios médicos e dentistas, e outros que exercem atividades intelectuais de modo organizado, mas que não são considerados empresários.
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
As sociedades empresárias são as que praticam atos de empresa, ou seja, possuem como finalidade a exploração de atividades empresárias. As sociedades empresárias também podem assumir formas distintas, conforme a classificação a seguir:
	Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade limitada
Sociedade anônima
Sociedade em comandita por ações
Foi incluída pela recente Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/19), que instituiu oficialmente no Brasil a possibilidade de sociedade limitada unipessoal (SLU), conforme apresentado no item sobre o exercício da função de empresário.
Sociedades não personificadas
São aquelas que não possuem uma personalidade jurídica constituída. Ou seja, não possuem patrimônio jurídico próprio, nem nome, mas são reconhecidas pelo Direito em razão de suas obrigações e seus deveres constituídos por meio de um contrato. Isso significa que elas são válidas entre os contratantes, mas não produzem efeitos perante terceiros.
Sociedade limitada
A sociedade limitada é composta por apenas uma categoria de sócios, denominados de cotistas. 
O capital social desse tipo de sociedade é constituído com a soma dos valores das cotas sociais, ou seja, é formado pelo aporte que cada sócio faz, retirando de seu patrimônio pessoal para integrar o patrimônio social. 
Pode ser em dinheiro ou em bens, conferindo direitos e deveres a cada um, especialmente de participar de seu resultado, sendo positivo ou negativo.
Existem diversos tipos societários previstos em nossa legislação. Sobre esse assunto, classifique em verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas abaixo e, depois, marque a alternativa certa.
(   F ) As sociedades simples exercem atividade empresária.
(   F ) Não é admissível a sociedade limitada composta por apenas um sócio.
(   V ) Sociedades empresárias em comum exercem atividade econômica empresarial, mas não estão regularmente inscritas junto ao registro de sociedades mercantis.
(  F  ) As sociedades em conta de participação são uma das espécies de sociedades personificadas.
V – V – F - V
A) As sociedades simples são sociedades que não exercem atividade econômica empresária, configurando sociedades civis.
B) Quanto à segunda assertiva, cabe lembrar que é admitida a sociedade limitada unipessoal.
 C) A terceira afirmativa é verdadeira, pois as sociedades empresárias em comum não se encontram devidamente registradas. 
Finalmente, as sociedades em conta de participação não são personificadas, configurando um acordo entre as partes.
Antônio e Pedro formaram-se no curso de Engenharia Química e, ao longo do estágio que realizaram juntos, descobriram uma fórmula que permitia transformar a cor do café, sem alterar o seu sabor. Depois de terem patenteado a invenção, estruturaram um plano de negócios para viabilizar a comercialização de seu produto. Entre as opções possíveis para a formalização do plano de negócios dos amigos, assinale as assertivas verdadeiras e falsas e, depois, marque a alternativa certa.
( V   ) Como a atividade empresária será desempenhada pelos dois amigos, e o plano de negócios deles prevê a comercialização do produto, não será possível optar pela sociedade em comandita.
(  V  ) Como o produto foi descoberto pelos dois, em parceria, e eles integrarão a sociedade para levar o produto à comercialização, não pode ser feito por meio de uma sociedade limitada unipessoal.
(   F ) Eles poderão abrir um MEI, uma vez que a atividade está listada como permitida para a atuação empresária.
O MEI – É PARA APENAS UMA PESSOA.
TEMA 1 MODULO 3 FIM
Você aprendeu que o administrador é a pessoa que atua pela pessoa jurídica da sociedade. Ele deve ser nomeado no contrato, mas sua substituição ou nomeação após a constituição da sociedade pode ocorrer por instrumento separado!
com base no art. 1.012 do Código Civil. De acordo com este dispositivo, o administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. 
Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções, de acordo com a disposição do art. 1016 do CC.
Nota - Com a decretação da desconsideração da personalidade jurídica, a autonomia patrimonial da sociedade será momentaneamente suspensa para atingir os bens pessoais dos sócios e satisfazer a dívida dos credores, com a manutenção da sociedade no mercado.
NOTA- A sociedade que pratica atos empresariais sem ter o contrato social registrado na Junta Comercial é reputada como sociedade comum e os sócios respondem ilimitadamente com seu patrimônio pelas dívidas contraídas por ela.
Empresário
De acordo com o artigo 966 do Código Civil, é aquele (pessoa física) que exerce de forma profissional uma ou mais atividades econômicas organizadas para a produção ou circulação (intermediação) de bens ou de serviços.
Nota - O empresário deve exercer sua atividade de modo continuado, habitual, de maneira a extrair seus rendimentos e sua manutenção desse trabalho. Portanto, não é empresário se a atividade por ele exercida for esporádica, temporária, acessória.
TEMA 2 – MODULO 1 – 
Atenção
É considerado crime reproduzir ou imitar, no todo ou em parte, em título de estabelecimento, armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, de modo que possa induzir em erro ou confusão, de acordo com o artigo 191 da Lei n. 9.279, de 1996.
1. Almir e Carlos investiram suas economias para constituir uma sociedade que explorará a atividade econômica de hotelaria. Para que seja possível a realização dessa empresa, os sócios adquiriram imóvel para a instalação do hotel, mobiliário, máquinas, celebraram contratos e escolheram uma denominação para a sociedade. Considerando o cenário apresentado pela narrativa, bem como as noções que foram apresentadas, é possível afirmar que o empreendimento hoteleiro que a sociedade vai explorar denomina-se:
RESPOSTA – ESTABELECIMENTO .
A leitura do enunciado remete ao conceito de estabelecimento, pois trata-se de um complexo de bens que é organizado pela sociedade empresária para o exercício de uma empresa, no caso, a atividade econômica de hotelaria.
2. A sociedade Marina Modas Ltda. alienou uma de suas filiais para a sociedade Saturno & Dias Ltda. No contrato de alienação, não ficou estabelecido qualquer prerrogativa do alienante quanto a eventual restabelecimento, seja na mesma localidade onde está instalada a filial alienada seja em outra localidade. De acordo com a disposição legal que rege a alienação do estabelecimento (ou de suas filiais), é correto afirmar:
RESPOSTA - Salvo estipulação em contrário, o alienante não poderá fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos seguintes à transferência.
NOTA - A disposição legal (artigo 1.147, caput, do Código Civil) determina que há uma proibição implícita de concorrência na alienação do estabelecimento pelo prazo de cinco anos seguintes à transferência, exceto se houver estipulação contratual diversa.
Início do módulo 2
Exemplo
Exemplos de normas aplicáveis apenas aos empresários regulares:
*O direito de pleitear sua recuperação, evitando a decretação da falência (caso a regularidade seja de pelo menosdois anos).
*O direito de autenticar seus instrumentos de escrituração.
*A prerrogativa de utilizar seus instrumentos de escrituração a seu favor num processo judicial entre empresários.
*O direito de pleitear a renovação compulsória do contrato de locação, que lhe assegurará a permanência no ponto empresarial.
*A possibilidade de aderir ao simples nacional, com redução da carga tributária e simplificação no recolhimento de tributos e contribuições, desde que sejam observados os limites máximos de receita bruta anual fixados no artigo 3º da Lei Complementar n. 123, de 2006.
EMPRESÁRIO RURAL
Situação muito específica, pois a regra no Direito Empresarial brasileiro é a de que, sem inscrição, todo empresário é irregular. Porém, no caso do empresário rural, como se trata de opção pelo registro empresarial, ou ele é empresário porque está inscrito ou não é empresário, sendo reputado um profissional liberal. Jamais poderá ser considerado empresário irregular por não ter exercido a escolha pelo registro empresarial.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
A sociedade somente terá o tratamento de pessoa jurídica e poderá assumir obrigações e exercer direitos em nome próprio caso seu ato de constituição (contrato ou estatuto) for arquivado no registro próprio (registro empresarial ou registro civil de pessoas jurídicas), como exige o artigo 985 do Código Civil. Assim, se a sociedade tiver por objeto uma empresa rural e não realizar o arquivamento no registro empresarial por opção dos sócios, terá que fazê-lo no registro civil de pessoas jurídicas, pois do contrário será uma sociedade irregular, sem personalidade jurídica.
Atenção
Exceção à regra do artigo 1.150 do Código Civil para efeito de vinculação ao Registro Público de Empresas Mercantis é a sociedade cooperativa. Tal sociedade não é empresária, qualquer que seja seu objeto, pois a lei lhe impõe a natureza de sociedade simples (artigo 982, parágrafo único, do Código Civil). Entretanto, como a sociedade cooperativa é regulada em lei especial, aplicando-se apenas de maneira subsidiária as disposições do Código Civil, há dispositivo expresso na lei de cooperativas indicando ser competente para elas as Juntas Comerciais para efeito de arquivamento de seu estatuto (artigo 18 da Lei n. 5.764, de 1971).
Os atos decisórios são publicados em website da Junta Comercial do respectivo ente federativo, como determina o artigo 29 da Lei n. 8.934, de 1994.
Prazo para arquivamento de atos na Junta Comercial e seus efeitos
Se o interessado (empresário, administrador ou sócio da sociedade empresária) atender ao prazo de 30 dias, após o deferimento do pedido, os efeitos do arquivamento retroagirão à data do documento. No entanto, se o documento a ser arquivado for recebido no protocolo da Junta Comercial fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder. Nesse caso, as pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, diante da omissão ou demora.
A pessoa responsável pela análise do pedido (julgador singular ou Turma), antes do deferir e efetivar o registro, deve verificar a autenticidade e a legitimidade do signatário do requerimento (no caso de sociedade empresária ou cooperativa, a legitimidade é do administrador), bem como fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados.
Atenção
Não cabe às Juntas Comerciais efetuarem um controle do conteúdo do documento, exceto se houver uma proibição legal de arquivamento, prevista no artigo 35 da Lei n. 8.934, de 1994, que ensejará o indeferimento do pedido. Entretanto, se forem encontradas irregularidades sanáveis no documento, o requerente deverá ser notificado e obedecer às formalidades da lei.
Eficácia - O arquivamento torna eficaz o ato praticado pelo empresário, pela sociedade empresária ou cooperativa tanto entre as partes quanto em relação a terceiros (eficácia perante todos ou erga omnes). Tal efeito tem previsão no artigo 1.154 do Código Civil.
Até o arquivamento, o ato sujeito a registro tem eficácia apenas entre as partes e não pode ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o conhecia. Uma vez realizado o arquivamento com o cumprimento das formalidades legais, o terceiro não pode alegar ignorância, mesmo que não conheça de fato o conteúdo do documento. O efeito do arquivamento pode retroagir ou não dependendo do cumprimento do prazo de trinta dias para seu envio à Junta Comercial.
O conceito de pequeno empresário para efeito de aplicação dos artigos citados encontra-se no artigo 68 da Lei Complementar n. 123, de 2006. 
Considera-se pequeno empresário o empresário individual caracterizado como microempresa na forma dessa lei complementar que aufira receita bruta anual até o limite de R$81.000,00 (oitenta e um mil reais). Portanto, o empresário deve estar inscrito na Junta Comercial (empresário regular) e, cumulativamente, estar enquadrado como microempresa, além de manter o limite anual de receita bruta previsto.
ELABORAÇÃO ANUAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E DO RESULTADO ECONÔMICO
O artigo 1.179 do Código Civil impõe ao empresário e à sociedade empresária a obrigação de levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Quem executa essa obrigação é o técnico em Ciências Contábeis ou contabilista, que também assina os balanços junto com o empresário ou a sociedade empresária.
PEQUENO EMPRESÁRIO - Da mesma forma que está dispensado da escrituração de livros, também está isento da obrigação quanto ao levantamento dos balanços.
Após a elaboração desses documentos contábeis, ambos devem ser lançados no livro Diário. Caso o empresário ou a sociedade empresária tenha substituído o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, também deverá lançar nele o balanço patrimonial e o resultado econômico no encerramento do exercício. A adoção de fichas em substituição ao livro Diário não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
ATIVIDADE.
Neste módulo, foram estudadas as obrigações do empresário, dentre elas o registro empresarial, tanto para as pessoas naturais (empresário individual) quanto para as pessoas jurídicas (sociedade empresária). 
Você identificou que compete às Juntas Comerciais a execução dos serviços de registro em âmbito estadual ou distrital e outras atribuições, entre as quais não se inclui:
Estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de empresários e sociedades empresárias.
	Autenticar os instrumentos de escrituração dos empresários 
	Proceder ao assentamento dos usos e das práticas empresariais. 
	Conceder matrícula a leiloeiros e administradores de armazéns gerais.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Das alternativas apresentadas, apenas a última (letra D) é falsa, pois compete ao Departamento de Registro Empresarial (DREI) editar normas quanto aos procedimentos para arquivamento de atos de empresários e sociedades empresárias.
2. Alceu é vendedor de artigos esportivos, mas não tem inscrição na Junta Comercial. Para controle e registro de seus negócios, Alceu tem um contador que realiza a contabilidade de empresa e escritura os livros. Com base nessas informações e considerando as formalidades dos livros empresariais, analise as afirmativas e assinale a única que se encontra correta.
A) Alceu poderá autenticar os livros empresariais na Junta Comercial, a qualquer momento, por ser empresário.
B) Alceu não poderá autenticar os livros empresariais enquanto não realizar sua inscrição como empresário individual na Junta Comercial.
C) Alceu não poderá autenticar os livros empresariais, mas estes farão prova plena em ações judiciais tanto a favor quanto contra o empresário.
D) Alceu poderá autenticar os livros empresariais, independentemente de inscrição na Junta Comercial, mas os livros não farão prova a favor dele em ações judiciais.
FIM DO TEMA 02

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