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DIREITO PROCESSUAL PENAL
PRISÕES. LIBERDADE PROVISÓRIA. CITAÇÕES
Livro Eletrônico
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Carolina Carvalhal Leite Brito
Prisões. Liberdade Provisória. Citações
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Apresentação .................................................................................................................4
Prisões. Liberdade Provisória. Citações ..........................................................................5
1. Prisão .........................................................................................................................5
1.1. Conceito ....................................................................................................................5
1.2. Espécies de Prisão ...................................................................................................5
1.3. Mandado de Prisão ...................................................................................................8
1.4. Prisão por Precatória ...............................................................................................9
2. Prisão em Flagrante ................................................................................................. 12
2.1. Conceito ................................................................................................................. 14
2.2. Flagrante Facultativo e Flagrante Obrigatório .......................................................17
2.3. Exceções à Prisão em Flagrante ............................................................................ 18
2.4. O Flagrante nas Infrações de Menor Potencial Ofensivo ........................................ 18
2.5. Modalidades de Flagrante ..................................................................................... 19
2.6. Prisão em Flagrante nas Várias Espécies de Crime .............................................. 20
2.7. Procedimentos ...................................................................................................... 21
2.8. Quais as Possibilidades do Juiz ao Receber os Autos de Prisão em Flagrante? ......23
3. Prisão Preventiva .....................................................................................................27
3.1. Depois da Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime ...................................................29
4. Prisão Temporária (Lei n. 7.960/1989) .................................................................... 30
5. Prisão Domiciliar ......................................................................................................32
6. Das Medidas Cautelares de Natureza Pessoal Diversas da Prisão ............................33
Questões de Concurso ..................................................................................................43
Gabarito .......................................................................................................................55
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Gabarito Comentado .....................................................................................................56
Referências ................................................................................................................. 86
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Prisões. Liberdade Provisória. Citações
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ApresentAção
E aí meu(minha) mimo(a)... sim, você é! Tudo bem com vocês? Á medida que vou fazendo 
esse material para nossa aula, eu já penso como fazer para que você assimile e aprenda esse 
conteúdo tão salutar para a prova que se aproxima. Minha maior satisfação, você já sabe né: 
você com a sua carteirinha da Ordem.
A proposta dessa aula é sintetizar todo o conhecimento que vocês trazem da graduação, 
revisar e direcionar para o exame da Ordem. Quero acrescentar ainda a minha insistência re-
petindo os artigos da Lei. A ideia é essa mesma: você vai ler, uma, duas, “ene” vezes e assim, 
internalizar o espírito da lei. Assim, procuro, dentro do assunto, por vezes, repetir o artigo. Por 
favor, não pule, leia-o, quantas vezes aparecer.
Lindinho(a), nós não vamos perder tempo com o que não é importante para a nossa prova. 
A palavra de ordem é foco e objetividade! Isso é o que buscamos como meta!
Essa já será nossa sétima aula, vamos discorrer sobre prisões, liberdade provisória, ci-
tações. É muita lei seca e jurisprudência dos Tribunais Superiores também. Vamos nos con-
centrar, estudar a doutrina de forma bem didática, resolver e analisar todas as questões dos 
últimos exames da OAB, aplicados pela banca FGV, separadas por assunto.
Muito importante verificar como nossos tribunais superiores tratam com o assunto, colo-
cando aqui suas decisões e interpretações majoritárias para você não perder nenhuma ques-
tão e dentro do possível, vamos transcrever a legislação pertinente, assim você ganha mais 
tempo.
Dentro da necessidade e relevância dos assuntos, colocaremos mapas mentais, tabelas, 
isso com o intuito de chamar sua atenção para aquilo que você não pode deixar de saber.
Ademais, temos nosso fórum de dúvidas e também me coloco a disposição para sanar 
qualquer uma que venha a ter.
E aí, animado(a)? Mãos à obra!!!
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Prisões. Liberdade Provisória. Citações
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PRISÕES. LIBERDADE PROVISÓRIA. CITAÇÕES
1. prisão
1.1. ConCeito
A palavra “prisão” origina-se do latim prensione, que significa prender. No termo que mais 
interessa ao direito processo penal, deve ser compreendida como a privação da liberdade de 
locomoção, com o recolhimento da pessoa humana ao cárcere, seja em virtude de flagrante 
delito, ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, seja em face de 
transgressão militar ou por força de crime propriamente militar, definidos em lei (CF, art. 5º, 
LXI).
1.2. espéCies de prisão
No ordenamento jurídico pátrio há, fundamentalmente, 3 (três) espécies de prisão:
a) prisão extrapenal (prisão civil e prisão militar);
b) prisão penal (prisão ou pena): é aquela que decorre de sentença condenatória com 
trânsito em julgado (STF- ADC’s 43,54).
c) prisão cautelar, provisória, processual ou sem pena: tem como subespécies a prisão em 
flagrante, a prisão preventiva e a prisão temporária.
a) PRISÃO EXTRAPENAL:
i) Prisão civil:
É aquela decretada para fins de compelir alguém ao cumprimento de um dever civil.
Atualmente, só se admite a prisão civil do devedor de alimentos, não sendo mais possível 
a do depositário infiel.
Súmula Vinculante n. 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a 
modalidade do depósito.
Súmula n. 419, STJ: Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel.
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ii) Prisão militar:
Prevista Código Penal Militar.
b) PRISÃO PENAL:
Só pode ser aplicada após um devido processo legal no qual tenham sido respeitados 
todas as garantias e direitos do cidadão. Caracteriza-se pela definitividade.
c) PRISÃO CAUTELAR:
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado 
o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Có-
digo Penal; (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
IV – (revogado). (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da 
pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a 
manutenção da medida. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cum-
primento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou 
recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
É aquela decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória como 
objetivo de assegurar a eficácia das investigações ou do processo criminal.
O art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o 
cumprimento da pena, é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção 
de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88. Assim, é proibida a chamada “execução 
provisória da pena”. Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trân-
sito em julgado (antes do esgotamento de todos os recursos), no entanto, para isso, é 
necessário que seja proferida uma decisão judicial individualmente fundamentada, na 
qual o magistrado demonstre que estão presentes os requisitos para a prisão preventiva 
previstos no art. 312 do CPP. Dessa forma, o réu até pode ficar preso antes do trânsito 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art64i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art64i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
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em julgado, mas cautelarmente (preventivamente), e não como execução provisória da 
pena. STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Info 958).
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamenta-
da da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de conde-
nação criminal transitada em julgado. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, 
cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei n. 12.403, 
de 2011).
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições 
relativas à inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
A doutrina majoritária aponta três espécies de prisão cautelar: prisão em flagrante, prisão 
preventiva e prisão temporária.
1) Momento da prisão:
1.1) Inviolabilidade do domicílio:
Art. 283 (...) § 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as 
restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
Dispõe o art. 5º, XI, da CF, que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo pene-
trar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial
Conceito de dia: durante o dia, é possível o ingresso em domicílio nas seguintes hipó-
teses: 1) com o consentimento do morador; 2) em caso de flagrante delito; 3) desastre; 3) 
para prestar socorro; ou 4) mediante determinação judicial. Por outro lado, durante a noite, o 
ingresso em domicílio só pode ocorrer nos seguintes casos: 1) com o consentimento do mo-
rador; 2) flagrante delito; 3) desastre; ou 4) para prestar socorro.
O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de flagrante 
delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa causa) que sinali-
zem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição acerca de eventual 
traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem policial, em via 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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pública, para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso em 
seu domicílio, sem o seu consentimento e sem determinação judicial. STJ. 6ª Turma. 
REsp 1.574.681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).
1.2) Prisão e Emprego de Força
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou 
de tentativa de fuga do preso.
1.3. MAndAdo de prisão
À exceção dos casos de flagrante delito, transgressão militar e crime propriamente militar, 
a CF, em seu art. 5º, inciso LXI, demanda ordem escrita e fundamentada de autoridade judi-
ciária competente para que alguém seja preso. Por isso, não se pode fechar os olhos para a 
importância do mandado de prisão, instrumentoque materializa a ordem de prisão escrita e 
fundamentada da autoridade judiciaria competente.
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
São requisitos do mandado de prisão:
(i) Ser lavrado pelo escrivão e assinado pelo juiz que determinou sua expedição;
(ii) Identificação da pessoa a ser presa por seu nome, alcunha ou sinais característicos 
(não são necessários todos os dados referentes à qualificação da pessoa que tiver de ser 
presa (art. 41-CPP);
(iii) Referência à infração penal que motivou a prisão;
(iv) Declaração do valor da fiança quando, tratando-se de infração afiançável, tenha sido 
aquela arbitrada;
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(v) Destinação a quem tiver qualidade para executá-lo: é, em regra, a autoridade policial e 
seus agentes, podendo ser também o oficial de justiça.
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da 
prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o 
preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será 
mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o 
preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a 
realização de audiência de custódia. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
1.4. prisão por preCAtóriA
Se o acusado estiver em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz que ordenou a 
prisão, esta será deprecada, devendo constar da carta precatória o inteiro teor do mandado. 
Caso haja urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, caso 
em que deverá constar o motivo da prisão, bem como valor da fiança, se arbitrada. Realizada 
a prisão, o juiz processante deverá providenciar a remoção do preso, no prazo máximo de 30 
dias, contados da efetivação da medida.
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, 
será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. (Redação 
dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual 
deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada. (Incluído pela Lei n. 
12.403, de 2011).
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a 
autenticidade da comunicação. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) 
dias, contados da efetivação da medida. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de 
dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. (Incluído pela Lei n. 12.403, 
de 2011).
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registra-
do no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expe-
diu. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Con-
selho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do 
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mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro 
do mandado na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 3º A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual 
providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo 
que a decretou. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5º da Constituição 
Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria 
Pública. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre 
a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2º do art. 290 deste Código. (Incluído pela Lei n. 
12.403, de 2011).
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se re-
fere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor 
poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade lo-
cal, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
§ 1º - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em 
tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2º Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pes-
soa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até 
que fique esclarecida a dúvida.
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se 
conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determi-
nada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios 
necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito 
também por duas testemunhas.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hos-
pitalares preparatórios para a realização do parto e duranteo trabalho de parto, bem como em 
mulheres durante o período de puerpério imediato. (Redação dada pela Lei n. 13.434, de 2017)
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em 
alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obede-
cido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, 
arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não 
for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, 
arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à pre-
sença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que for 
aplicável.
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DICA
Não constitui favorecimento pessoal (art. 348, CP) o fato de 
alguém não permitir o ingresso, durante a noite, em seu do-
micílio, para cumprir um mandado de prisão, ainda que o pro-
curado esteja no seu interior. Trata-se de exercício regular de 
direito, logo, fato lícito, porque garantido pela Constituição Fe-
deral
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, 
quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I – os ministros de Estado;
II – os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus 
respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação 
dada pela Lei n. 3.181, de 11.6.1957)
III – os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias 
Legislativas dos Estados;
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
(Redação dada pela Lei n. 10.258, de 11.7.2001)
VI – os magistrados;
VII – os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII – os ministros de confissão religiosa;
IX – os ministros do Tribunal de Contas;
X – os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos 
da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI – os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. (Reda-
ção dada pela Lei n. 5.126, de 20.9.1966)
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhi-
mento em local distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei n. 10.258, de 11.7.2001)
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela 
distinta do mesmo estabelecimento. (Incluído pela Lei n. 10.258, de 11.7.2001)
§ 3º A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubrida-
de do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico 
adequados à existência humana. (Incluído pela Lei n. 10.258, de 11.7.2001)
§ 4º O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. (Incluído pela Lei n. 
10.258, de 11.7.2001)
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. (Incluído 
pela Lei n. 10.258, de 11.7.2001)
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabeleci-
mentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos.
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Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a autoridade poli-
cial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências, devendo neles ser fielmente 
reproduzido o teor do mandado original.
Art. 298. (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de co-
municação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para 
averiguar a autenticidade desta. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definiti-
vamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. (Redação dada pela Lei n. 12.403, 
de 2011).
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, 
será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autori-
dades competentes. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
Obs.: � Deve haver a separação dos presos provisórios dos que já estiverem definitivamente 
condenados.
DICA
A PRISÃO ESPECIAL não pode ser considerada uma moda-
lidade de prisão cautelar. Cuida-se, na verdade, de especial 
forma de cumprimento da prisão cautelar. Só há se falar em 
prisão especial quando o agente estiver sujeito à prisão antes 
da condenação definitiva. Logo, com o transito em julgado, 
cessa o direito a prisão especial.
2. prisão eM FlAgrAnte
CAPÍTULO II 
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem 
quer que seja encontrado em flagrante delito.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação 
que faça presumir ser autor da infração;
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IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir 
ser ele autor da infração.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar 
a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde 
logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, 
procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre 
a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a 
autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei n. 11.113, de 2005)
§ 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará 
recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos 
do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade 
que o seja.
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse 
caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a 
apresentação do preso à autoridade.
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em 
flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
(Redação dada pela Lei n. 11.113, de 2005)
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de 
filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual res-
ponsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei n. 13.257, de 2016)
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade la-
vrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediata-
mente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz compe-
tente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia 
integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela au-
toridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. (Redação dada pela 
Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de 
suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer 
o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e 
pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato 
delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo 
apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão 
em flagrante.
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Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença 
do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei n. 13.964, 
de 2019)
I – relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do 
art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas 
da prisão; ou (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer 
das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena 
de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia 
no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela 
omissão. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste 
artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ile-
galidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de 
imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Flagrância – flaglare: significa que está ardendo, em chamas. A Constituição Federal re-
conhece que o Estado não se faz presente em todas as circunstâncias e fatos da vida social, 
de modo que permite a prisão em flagrante independentemente de autorização judicial, em 
virtude justamente do estado de flagrância.
2.1. ConCeito
É uma medida de autodefesa da sociedade, caracterizada pela privação da liberdade de 
locomoção daquele que é surpreendido em situação de flagrância (art. 302, CPP), a ser exe-
cutada independentemente de prévia autorização judicial
São funções da prisão em flagrante:
a) evitar a fuga do infrator;
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b) auxiliar na colheita de elementos informativos;
c) impedir a consumação do delito, no caso em que a infração está sendo praticada (CPP, 
art. 302, inciso I), ou de seu exaurimento, nas demais situações (CPP, art. 302, incisos II, III e IV);
d) preservar a integridade física do preso, diante da comoção que alguns crimes provo-
cam na população, evitando-se, assim, possível linchamento.
Depois da Lei n. 13.964/2019 (Pacote anticrime)
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação cri-
minal transitada em julgado.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, 
em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização 
de audiência de custódia.”
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas 
após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, 
seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa 
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das 
condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal) (legítima defesa), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de 
revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem 
medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no 
prazo estabelecido no caput deste artigo (24 horas após recebimento do auto de prisão em flagrante) 
responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, 
a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da 
prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decreta-
ção de prisão preventiva. (NR)
Nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 6298, 6299, 6300 e 6305 o ministro Luiz Fux con-
cedeu Medida Cautelar para suspender a eficácia do art. 310, §4 do Código de Processo Penal 
310, §4º (Inconstitucionalidade material):
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
“(...) A ilegalidade da prisão como consequência jurídica para a não realização da audiência 
de custódia no prazo de 24 horas fere a razoabilidade, uma vez que desconsidera dificuldades 
práticas locais de várias regiões do país, bem como dificuldades logísticas decorrentes de 
operações policiais de considerável porte. A categoria aberta “motivação idônea”, que excep-
ciona a ilegalidade da prisão, é demasiadamente abstrata e não fornece baliza interpretativa 
segura para aplicação do dispositivo
Audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa em flagrante possui de 
ser conduzida (levada), sem demora, à presença de uma autoridade judicial (magis-
trado) que irá analisar se os direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados 
(ex: se não houve tortura), se a prisão em flagrante foi legal e se a prisão cautelar deve 
ser decretada ou se o preso poderá receber a liberdade provisória ou medida cautelar 
diversa da prisão. A audiência de custódia é prevista na Convenção Americana de Direi-
tos Humanos (CADH), que ficou conhecida como “Pacto de San Jose da Costa Rica”, 
promulgada no Brasil pelo Decreto 678/92 e ainda não regulamentada em lei no Brasil. 
Diante dessa situação, o TJSP editou o Provimento Conjunto n. 03/2015 regulamen-
tando a audiência de custódia no âmbito daquele Tribunal. O STF entendeu que esse 
Provimento é constitucional porque não inovou na ordem jurídica, mas apenas explici-
tou conteúdo normativo já existente em diversas normas da CADH e do CPP. Por fim, o 
STF afirmou que não há que se falar em violação ao princípio da separação dos poderes 
porque não foi o Provimento Conjunto que criou obrigações para os delegados de polí-
cia, mas sim a citada convenção e o CPP. STF. Plenário. ADI 5240/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 
julgado em 20/8/2015 (Info 795).
A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante 
sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta 
decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o indi-
víduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia. STF. 1ª Turma. 
HC 157.306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018 (Info 917).
A audiência de custódia, no caso de mandado de prisão preventiva cumprido fora do 
âmbito territorial da jurisdição do Juízo que a determinou, deve ser efetivada por meio 
da condução do preso à autoridade judicial competente na localidade em que ocorreu a 
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prisão. Não se admite, por ausência de previsão legal, a sua realização por meio de vide-
oconferência, ainda que pelo Juízo que decretou a custódia cautelar. STJ. 3ª Seção. CC 
168.522-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/12/2019 (Info 663).
2.2. FlAgrAnte FACultAtivo e FlAgrAnte obrigAtório
a) Flagrante facultativo: quando qualquer pessoa do povo prende alguém em flagrante, 
está agindo sob a excludente de ilicitude exercício regular de direito (art. 23, III, CP);
b) Flagrante obrigatório: quando a prisão for realizada por policial, trata-sede estrito 
cumprimento de dever legal (art. 23, III, CP).
Flagrante Obrigatório ou coercitivo Flagrante Facultativo
É o das autoridades policiais. É denominado de obriga-
tório pelo fato de que as autoridades policiais funcio-
nam como garantes (art. 13, §2º do CP) e dessa forma, 
tem por lei a obrigação de realizar o flagrante.
É aquele efetuado por qualquer pessoa do povo. 
Trata-se de uma faculdade, e não um dever imposto.
É aquele imposto às autoridades policiais e seus agen-
tes. Trata-se de estrito cumprimento de um dever legal.
É aquele realizado por qualquer pessoa do povo, 
que não está obrigado a efetivá-lo. Trata-se de 
exercício regular de um direito.
Art. 301
• Espécie de flagrante
• Excludente de ilicitude
• Infração em tese
• Qualquer do povo PODERÁ
• FACULTATIVO
• Exercício regular do direito
• Constrangimento ilegal
• As autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO
• OBRIGATÓRIO
• Estrito cumprimento do dever legal
• Abuso de autoridade
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2.3. exCeções à prisão eM FlAgrAnte
Há pessoas que, em razão do cargo ou da função exercida, não podem ser presas em fla-
grante ou somente em hipóteses previstas. São exemplos:
a) Diplomatas: não podem ser presos em flagrante, por força de convenção internacional, 
assegurando-lhes imunidade.
b) Parlamentares federais e estaduais: somente podem ser detidos em flagrante de crime 
inafiançável, e ainda assim devem, logo após a lavratura do auto, ser imediatamente encami-
nhados à sua respectiva Casa Legislativa.
c) Magistrados e membros do Ministério Público: somente podem ser presos em flagran-
te de crime inafiançável, sendo que, após a lavratura do auto, devem ser apresentados, res-
pectivamente, ao Presidente do Tribunal ou ao Procurador Geral de Justiça ou da República, 
conforme o caso.
d) Presidente da República: nos termos do art. 86, § 3º, da CF, “enquanto não sobrevier 
sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito 
a prisão”.
2.4. o FlAgrAnte nAs inFrAções de Menor potenCiAl oFensivo
Nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/1995, “consideram-se infrações de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa”.
Nesse sentido, dispõe o art. 69, parágrafo único, que “ao autor do fato que, após a lavratu-
ra do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança”.
Assim, em caso de flagrância de infração considerada como de menor potencial ofensivo, 
será o acusado capturado e apresentado ao Delegado de Polícia. Concordando ele em compa-
recer ao juizado especial criminal quando encaminhado pela autoridade policial ou assumindo 
o compromisso de fazê-lo, não será lavrado o auto de prisão em flagrante, mas tão somente o 
termo circunstanciado correspondente à infração cometida, podendo ser liberado incontinenti.
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Por outro lado, caso o acusado se recuse ao comparecimento imediato ao Juizado ou a 
subscrever o termo de compromisso de comparecer à sua sede quando determinado, deverá 
a autoridade policial proceder normalmente à lavratura do auto de prisão em flagrante e de-
mais formalidades do art. 304 e seguintes do CPP.
2.5. ModAlidAdes de FlAgrAnte
a) Flagrante Próprio (real, propriamente dito, perfeito ou verdadeiro) – Art. 302, I e II, CPP: 
caracteriza-se quando o agente está cometendo a infração penal ou acabou de cometê-la. A 
expressão “acaba de cometê-la” deve ser interpretada de modo restritivo, no sentido de não 
haver qualquer intervalo de tempo.
b) Flagrante Impróprio (irreal, quase flagrante) – Art. 302, III, CPP: ocorre quando o agen-
te é perseguido logo após cometer a infração penal, em situação que faça presumir ser ele o 
autor do ilícito. Exige a conjugação de 3 fatores:
(i) perseguição (requisito de atividade);
(ii) logo após o cometimento da infração penal (requisito temporal);
(iii) situação que faça presumir a autoria (requisito circunstancial).
d) Flagrante Preparado (provocado, delito de ensaio, delito putativo, imaginado por obra 
do agente provocador): ocorre quando alguém, de forma ardilosa, instiga o agente à prática 
do delito com o objetivo de prendê-lo em flagrante, ao mesmo tempo em que adota todas as 
providências para que o delito não se consume
Súmula n. 145, STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia toma 
impossível a sua consumação.
e) Flagrante esperado: não há agente provocado. Nesse caso, chega à polícia a notícia de 
que um crime será, em breve, cometido. Trata-se de uma hipótese viável de autorizar a prisão 
em flagrante e a constituição válida do crime.
f) Flagrante Forjado: trata-se de um flagrante artificial, pois é integralmente composto por 
terceiros. É fato atípico, já que a pessoa presa jamais pensou ou agiu para praticar a infração 
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penal. Ex.: alguém coloca no veículo de outrem certa porção de entorpecente, para, abordan-
do-o depois, dar-lhe voz de prisão em flagrante por transportar ou trazer consigo a droga.
g) Flagrante postergado, diferido, retardado, estratégico, ação controlada: é a possibili-
dade que a polícia possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para obter maiores 
dados e informações a respeito do funcionamento, componentes e atuação de uma organi-
zação criminosa.
2.6. prisão eM FlAgrAnte nAs váriAs espéCies de CriMe
I – Prisão em Flagrante em Crime Permanente
Crimes permanentes são aqueles, cuja consumação, pela natureza do bem jurídico ofen-
dido, ocorre em uma única ação, mas o resultado se prolonga no tempo. Neste caso, é possí-
vel a prisão em flagrante do agente durante todo o período da permanência, conforme o art. 
303 do CPP.
II – Prisão em Flagrante nos Crimes Habituais
É aquele que demanda a prática reiterada de determinada conduta, por ex. exercício ilegal 
da medicina. Não se confunde com habitualidade criminosa.
Há divergência se pode ou não haver, parte da doutrina não admite, sob o fundamento 
de que tal delito só se aperfeiçoa com a reiteração da conduta e outra parte entende que 
pode haver, vez que a possibilidade de efetivação da prisão em flagrante em crimes habitu-
ais deve estar diretamente ligada à comprovação do ato, da reiteração da prática delituosa 
pelo agente.
III – Prisão em Flagrante nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada e 
de Ação Penal Privada
Afigura-se possível a prisão em flagrante diante da prática de crimes de ação penal pública 
condicionada ou de açãopenal privada. Nesse caso, considerando que o auto de prisão em 
flagrante constitui-se em uma das formas de início de inquérito policial e tendo em vista que, 
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nos crimes de ação penal pública condicionada e de ação penal privada, o inquérito não pode 
ser iniciado sem a manifestação do ofendido ou seu representante (art. 5º, §§ 4º e 5º, do CPP), 
para a validade do flagrante, será necessário que referidas manifestações de vontade instruam 
o auto de prisão, devendo, pois, a ele ser acostadas como condição para a homologação.
2.7. proCediMentos
Realizada a apresentação do preso, incumbirá à autoridade que presidir o auto de prisão, 
conforme previsto no CPP:
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde 
logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, 
procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre 
a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a 
autoridade, afinal, o auto.(Redação dada pela Lei n. 11.113, de 2005)
§ 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará 
recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos 
do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade 
que o seja.
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse 
caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a 
apresentação do preso à autoridade.
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em 
flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
(Redação dada pela Lei n. 11.113, de 2005)
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência 
de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual 
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.(Incluído pela Lei n. 13.257, 
de 2016)
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediata-
mente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz compe-
tente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia 
integral para a Defensoria Pública.(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela au-
toridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.(Redação dada pela 
Lei n. 12.403, de 2011).
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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Obs.: � *Testemunhas da infração, devem ser no mínimo 2. Nesse sentido, o entendimento 
dominante é o de que não vicia o auto de prisão em flagrante o fato de que esteja 
fundamentado apenas nos testemunhos dos policiais que participaram da prisão do 
agente, considerando-se estes idôneos para este fim, mesmo porque sujeitos a pos-
terior ratificação em juízo;
 � *Interrogatório do preso, que poderá manter-se em silêncio, nos termos do art. 5º, 
LXIII, da CF;
 � *Encaminhamento do auto de prisão em flagrante ao juiz, em até 24 horas após a 
realização da prisão e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia 
integral para a Defensoria Pública.
 � *Audiência de custódia: após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo 
de até 24 horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de cus-
tódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defenso-
ria Pública e o membro do Ministério Público.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o 
preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a 
realização de audiência de custódia.(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença 
do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:(Redação dada pela Lei n. 13.964, 
de 2019)
I – relaxar a prisão ilegal; ou(Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do 
art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas 
da prisão; o(Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer 
das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena 
de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art23i
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§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia 
no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela 
omissão. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste 
artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ile-
galidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de 
imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
A audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa em flagrante possui de ser 
conduzida sem demora, à presença de uma autoridade judicial (magistrado) que irá analisar 
se os direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados (ex.: se não houve tortura), se a 
prisão em flagrante foi legal ou se deve ser relaxada e se a prisão cautelar ser decretada, ou 
se o preso poderá receber a liberdade provisória ou medida cautelar diversa da prisão.
2.8. QuAis As possibilidAdes do Juiz Ao reCeber os Autos de prisão eM 
FlAgrAnte?
Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 horas após a 
realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acu-
sado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente, escolher uma das seguintes 
hipóteses:
1) Relaxamento da prisão em flagrante ilegal: Análise da legalidade da medida constritiva, 
ocasião em que o agente será imediatamente solto. o juiz observará:
(i) se o auto de prisão em flagrante noticia a prática de infração penal;
(ii) se o agente capturado estava em uma das situações legais que autoriza o flagrante 
(art. 302 do CPP);
(iii) se foram observadas as formalidades estabelecidas pela CF e pelo CPP, analisando se 
o auto está formalmente em ordem;
(iv) se o uso de algemas foi feito nos termos preconizados pela Súmula Vinculante n. 11 
do STF.
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Vale frisar, contudo, que o relaxamento da prisão em flagrante não impede a decretação 
da prisão preventiva e/ou temporária, nem a decretação das medidas cautelares diversas da 
prisão, desde que presentes seus requisitos legais.
Ademais, verificando o magistrado a presença de ordem ou execução de medida privativa 
de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder, também deve 
encaminhar ao órgão do MP as peças comprobatórias da ilegalidade, a fim de promover a 
responsabilização criminal do funcionário, nos termos da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 
13.869/2019).
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses 
legais:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, 
deixar de:
I – relaxar a prisão manifestamente ilegal;
II – substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, 
quando manifestamente cabível;
III – deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando
2) Conversão da prisão em flagrante em preventiva (ou temporária), verificada a legalida-
de da prisão em flagrante, o juiz poderá, fundamentadamente, converter a prisão, desde que:
Art. 310 (...) I - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos 
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cau-
telares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
(i) Estejam presentes os fundamentos da prisão preventiva: ou seja:
• A garantia da ordem pública;
• A garantia da ordem econômica;
• A conveniência da instrução criminal;
• A segurança da aplicação da lei penal;
• Indícios de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
(ii) Revelem-se inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;
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(iii) Trate-se de hipótese legal que autoriza a prisão preventiva, dentre as estipuladas no 
art. 313 do CPP:
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado 
o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Có-
digo Penal; (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
IV – (revogado). (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da 
pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a 
manutenção da medida. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cum-
primento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou 
recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Obs.: � Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação 
de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou 
da apresentação ou recebimento de denúncia.
 � Em que pese o art. 310, II, do CPP, fazer menção apenas a prisão preventiva, revela-se 
possível a conversão em temporária (Lei n. 7.960/1989), desde que haja requerimento 
do MP ou representação da Autoridade policial nesse sentido.
 � A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas 
constantes dos autos ter o agente praticado o fato em hipóteses de exclusão de ilici-
tude (incisos I, II e III, do art. 23, do CP):
 � a) Estado de necessidade;
 � b) Legítima defesa;
 � c) Estrito cumprimentode dever legal;
 � d) Exercício regular de direito.
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3) Concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, cumulada (ou não) com as me-
didas cautelares diversas da prisão.
Com a nova redação do art. 310, inc. III, do CPP, põe fim a decisões onde o juiz apenas 
analisava a legalidade da medida constritiva e agora deve observar a necessidade de manu-
tenção do cárcere. Deve sempre fundamentar, com elementos concretos existentes nos autos
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
(Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
I – necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos ca-
sos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei n. 12.403, 
de 2011).
II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. (Incluído pela Lei 
n. 12.403, de 2011).
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no 
curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento 
do Ministério Público. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o 
pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo 
de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo 
os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados 
em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. 
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requeri-
mento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor 
outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo 
único do art. 312 deste Código. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la 
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem 
razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por 
outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por 
outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do 
caso concreto, de forma individualizada. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
I – comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e 
justificar atividades; (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
II – proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacio-
nadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco 
de novas infrações; (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011).
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III – proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacio-
nadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei n. 
12.403, de 2011).
IV – proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária 
para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
V – recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acu-
sado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
VI – suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financei-
ra quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela 
Lei n. 12.403, de 2011).
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave 
ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) 
e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
VIII – fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, 
evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (In-
cluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
IX – monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º (Revogado). (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 2º (Revogado). (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 3º (Revogado). (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser 
cumulada com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
3. prisão preventivA
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar

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