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BBCM – N2 1. Enzimas...................................................................................................... 2 1.1. Estudo Dirigido ........................................................................................ 9 2. Bioenergética Celular: ATP e O2............................................................... 12 3. Glicólise .................................................................................................... 15 3.1. Estudo Dirigido ...................................................................................... 20 4. Ciclo de Krebs – O Temido! ...................................................................... 22 4.1. Estudo Dirigido ...................................................................................... 29 5. Cadeia de Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa ..................... 32 6. Inibidores e Desacopladores – CTE e Fosforilação Oxidativa .................. 36 1. Enzimas A manutenção da vida celular depende da contínua ocorrência de um conjunto de reações químicas, que devem atender duas exigências fundamentais: I. devem ocorrer em velocidades adequadas à fisiologia celular; II. precisam ser altamente específicas, de modo a gerar produtos definidos. A presença de proteínas com função catalítica, as enzimas, dirigindo todas as reações celulares permite atender as duas exigências apresentadas. O que são enzimas? São, em geral1 proteínas altamente especializadas que aceleram as reações químicas em várias ordens de grandeza, sem serem consumidas durante a reação. São denominadas catalisadoras, facilitam a ocorrência das reações químicas. Elas possuem a capacidade de transformar o substrato em produto, cujas vias de metabolismo variam de acordo com a especificidade da enzima. As enzimas aceleram a velocidade da reação por diminuírem sua energia de ativação. Energia de ativação é a energia necessária para que as moléculas de uma substância atinjam um estado reativo (estado de transição). Esta energia é, portanto, a “barreira” que separa os reagentes dos produtos. Propriedades da Enzima • Atuam em baixas concentrações → eficiência; Quanto menos enzima eu precisar, mais eficiente é a enzima. • Altamente específicas → interação com substrato específico; Encaixe entre a enzima e o seu substrato especifico, temos substratos específicos para cada enzima. • Necessitam de condições adequadas → temperatura e pH ótimos; Se não tiver em condições adequadas a enzima não funciona direito. • Sua concentração e atividade podem ser reguladas; • Catalisadores eficientes → até 1000 moléculas de substrato podem ser transformadas por minuto; • Localização intracelular na maioria das vezes → compartimentalização; • Não são consumidas durante a reação → concentração constante. Estrutura da Enzima • Sítio Ativo: garantem a ligação entre E-S (ponto onde o substrato se encaixa); o Resíduos de aminoácidos aproximados pelo dobramento da cadeia; o Cavidade com forma definida → reconhecimento; o Especificidade → ligação específica pelo substrato. 1 Moléculas de RNA catalisam reações químicas celulares (RNA com função de enzima), denominada ribozima. Também ocorre com moléculas de DNA, as desoxirribozimas, todavia, não são encontradas na natureza, foi descoberto através do método in vitro. • Cofatores enzimáticos o Algumas enzimas requerem cofatores para apresentarem atividade; o Cofatores são componentes não proteicos de uma enzima (íons metálicos ou moléculas orgânicas: coenzimas) e não são consumidos, da mesma forma da enzima; o Substrato específico + cofatores → encaixe e interação no sitio ativo da enzima. o Coenzimas: moléculas orgânicas não proteicas necessárias para o funcionamento ótimo de algumas enzimas. • Funções do cofator o Da orientação do substrato – se liga ao substrato para que ele encaixe na enzima da maneira correta. o De transferência de íons; o De transferência de grupos. Nomenclatura da Enzima Nome clássico (mais comum) é mais curto, utiliza o sufixo “ase” para indicar a enzima. Lactase – quebra da lactose em galactose e glicose. DNA polimerase – catalisa a polimerização de nucleotídeos para formação do DNA. Classificação das Enzimas Seis grandes grupos – de acordo com a reação que catalisam. Vamos ter reações que vão ser catalisadas pelas enzimas e agrupamos elas por esse tipo de reação. O mesmo tipo de reação pode acontecer com substratos diferentes Classe Tipos de Reação Óxido – redutase2 AH2 + B ⇄ A + BH2 Reação de óxido-redução Transferase A — X + B ⇄ A + B — X Transferência de grupos Hidrolases A — B + H2O ⇄ A — H + B — OH Hidrólise Liases A — B ⇄ A = B + X — Y ↓ ↓ X Y Adição de grupos às duplas ligações ou remoção de grupos, deixando duplas ligações Isomerase A — B ⇄ A — B ↓ ↓ ↓ ↓ X Y Y X Rearranjos intramoleculares Ligases A + B ⇄ A — B Condensação de duas moléculas Como funciona as enzimas? Combinação do substrato com a enzima cria um estado de transição de menor energia. — Estabilizam o estado de transição; — Alteram a velocidade, não o equilíbrio da reação. Entra enzima e substrato (reagente), forma o complexo (ES), depois fica a enzima e o produto. Para levar todas as moléculas de um mol de uma substância até o estado de transição, necessita-se de uma quantidade de energia definida como energia de ativação. A velocidade de uma reação será diretamente proporcional ao número de moléculas com energia igual ou maior do que a energia do estado de transição. a. Modelo chave/fechadura Encaixe entre o substrato e o sitio ativo. Um modelo mais inflexível. 2 Oxidado – quem doa elétrons / Reduzido – quem recebe. b. Modelo de ajuste induzido Mudança conformacional para o estado de transição. Quando o substrato encaixa na enzima, tem um ajuste para encaixar melhor, quando solta, a enzima volta para o estado normal (nativo). Aqui melhora a função. Cinética Enzimática Estudo da velocidade de uma reação catalisada por enzimas, ou seja, a ligação de enzima com o substrato para formar um produto, e como essa velocidade pode ser alterada. Cada vez que eu aumento a concentração de substrato a velocidade da reação aumenta, porém, chega um momento em que a velocidade da reação para de aumentar, é quando atinjo minha velocidade máxima. Como que eu chego na saturação? Todas as minhas enzimas estão ocupadas, não adianta eu colocar mais substrato, não vou conseguir aumentar a velocidade da reação. As reações catalisadas por enzimas processam-se em duas etapas: 1. Na primeira, a enzima (E) liga-se reversivelmente ao substrato (S), formando o complexo ES; 2. Na segunda, são liberados a enzimas (E) e o produto (P). No ponto C, eu tenho metade da velocidade que eu vou chegar. E no ponto F, eu já tenho a minha velocidade máxima. Km é a concentração de substrato, na qual tenho a metade da velocidade máxima. No caso do gráfico, o Km é o ponto C, onde eu tenho 0,1 de substrato e 40 de velocidade. Ele indica a afinidade que a enzima apresenta pelo seu substrato. — Cada enzima possui um Km especifico para o seu substrato; — Valor de Km baixo indica alta afinidade de enzima pelo substrato; — Valor de Km alto indica baixa afinidade de enzima pelo substrato. Atividade Enzimática A atividade de uma enzima é a sua função, a forma/estrutura é super importante. Quando altero o pH ou a temperatura das proteínas eu mexo com a estrutura da enzima. Fatores que alteram a velocidade de reações enzimáticas: • pH; • temperatura; • concentração das enzimas; • concentração dos substratos; • presença de inibidores. pH — Efeito de ionização do sitio ativo; — Desnaturação proteica. O pH influencia muito na atividade das enzimas. A manutenção do pH é extremamente importante para o nosso corpo funcionar bem. Qualquer coisa que altere ascaracterísticas dos aminoácidos, que formam as cadeias laterais das enzimas, principalmente no sitio ativo, vai mudar a interação da região com o substrato. A enzima não funciona só no seu pH ótimo, se estiver perto do pH ótimo ela ainda funciona, deixa de funcionar quando o pH altera muito. Temperatura A velocidade da reação aumenta junto com a temperatura, como se observa na maioria das reações químicas. Após atingir uma temperatura critica, a estabilidade da proteína decresce devido a desnaturação térmica. As vezes a desnaturação é irreversível, depende do grau que eu cheguei na desnaturação. Concentração de Substrato Enquanto eu tenho enzima disponível, a quantidade de substrato pode aumentar, que as enzimas vão se ligando a eles, e consequentemente vai aumentando a velocidade da reação, até que todas as enzimas estejam ocupadas, nesse caso, não importa quanto você coloque substrato, a velocidade não aumenta. Quem limitou a velocidade da reação? O número de enzima eu tinha disponível. Concentração de Enzima Existe uma relação direta entre a velocidade e a quantidade de enzimas, quanto mais enzimas eu tenho, maior vai ser a velocidade. A afinidade da enzima pelo substrato não muda, independente da quantidade de enzima ou substrato na reação. Inibidores Enzimáticos Qualquer substância que reduza a velocidade de uma reação enzimática. Temos tipos diferentes de inibidores: • Irreversíveis: uma vez inibida, a enzima nunca mais volta a funcionar. Ligam-se covalentemente ao centro ativo da enzima – inativação definitiva. Como eu não consigo remover o inibidor da enzima, vou precisar de uma nova enzima para fazer aquele serviço. Ex.: aspirina. • Reversíveis: o Competitivos: inibi a enzima competindo com o substrato pelo sitio ativo. O inibidor é um composto com estrutura molecular semelhantes à do substrato. Quando tem muito inibidor, a chance dele se ligar a uma enzima é muito maior, consequentemente, diminui a chance de um substrato conseguir se ligar a enzima, não tendo assim a formação do produto. Porém, se colocar mais substrato na reação, a chance de algum substrato se ligar na enzima aumenta, tendo então a formação do produto. O inibidor reduz a velocidade da reação, a não ser que a quantidade de substrato seja tão alta que a presença de inibidor não fará diferença. Km aparente: é o Km do substrato quando tem a presença do inibidor. o Não competitivos: inibi a enzima competindo com o substrato, mas não se liga ao sitio ativo. Ligam-se a regiões que não pertencem ao centro ativo da enzima, alteram a estrutura da enzima sítio ativo não mais complementar ao substrato inviabilizam a catálise. Nesse caso não adianta aumentar a quantidade de substrato, pois a estrutura da enzima que foi alterada e não tem uma mudança no valor do Km. Não tem como chegar na velocidade máxima da reação. Regulação da Atividade Enzimática • Controle da concentração das enzimas Controle exercido sobre as velocidades da síntese (expressão gênica) e degradação. Se eu tenho mais enzima, tenho mais reação, se tenho menos enzima, tenho menos reação. Como isso pode acontecer? Eu posso fazer, mais ou menos, enzimas, ou posso degradar (quebra), mais ou menos. • Controle da atividade das enzimas Controle efetuado por mudanças estruturais da molécula que levam a alterações de velocidade de catálise. o Reguladores alostéricos: efetores positivos (aumentam atividade) ou negativos (diminuem). As enzimas alostéricas são reguladas por moléculas chamadas de efetores (ou moduladores), que se ligam de forma não covalente a outro sítio (sítio alostérico), que não é o sítio ativo. Inibição alostérica: o modular se liga ao sitio alostérico da enzima, piorando assim a atividade da enzima. Ativação alostérica: o modulador se liga ao sítio alostérico da enzima facilitando o encaixe do substrato, neste caso, o modulador melhora a atividade da enzima. o Modificação covalente: por adição de grupos (fosforilação) ou remoção de grupos (desfosforilação). Vou grudar fosfato na proteína (fosforilação), agora tenho uma proteína fosforilada, existem proteínas que ficam mais ativas quando estão fosforiladas e outras que ficam mais ativas quando são desfosforiladas. Esse ciclo ajuda a regular a atividade de muitas enzimas. Essa modificação covalente pode ser na unidade reguladora que existe presa a enzima. o Proteólise: regula a atividade de uma enzima através de quebra de pedacinhos dela. 1.1. Estudo Dirigido Questão 1. Dê a definição de enzimas e de energia de ativação. Enzimas: são, em geral proteínas altamente especializadas que aceleram as reações químicas em várias ordens de grandeza, sem serem consumidas durante a reação. Energia de ativação: é a energia necessária para que as moléculas de uma substância atinjam um estado reativo (estado de transição). Esta energia é, portanto, a “barreira” que separa os reagentes dos produtos. Questão 2. Explique o efeito das enzimas sobre a energia de ativação das reações químicas. Para que um substrato se torne um produto, é necessário que acha a energia de ativação, entretanto, se na substância não tiver a presença de enzimas, será necessário um gasto muito maior de energia de ativação para que o substrato resulte no produto, ao acrescentar enzimas na substância, elas aceleram o processo, tendo um gasto muito menor de energia de ativação, resultando em um processo mais rápido e energeticamente econômico. Questão 3. As enzimas são moléculas que participam de reações biológicas aumentando a velocidade do processo. Como há o reconhecimento de seus substratos? O reconhecimento dos substratos é feito pelo sítio ativo da enzima, por serem moléculas de proteína altamente especificas, cada tipo de enzima tem um sítio de ativação que se ligará a um substrato especifico. Questão 4. Observando os esquemas abaixo, explique os modelos que definem o mecanismo de ação enzimático. A imagem da esquerda representa o modelo chave/fechadura, neste modelo o substrato se liga ao sítio ativo da enzima, é considerado um modelo inflexível. Na imagem da direta temos o modelo de ajuste induzido, neste caso existe um ajuste no sítio ativo para que o substrato se encaixe perfeitamente, após a saída do produto a enzima volta ao seu estado normal. Questão 5. Quais são as etapas envolvidas na catálise enzimática? O substrato se liga no sítio ativo da enzima ambas conectadas formam o estado de transição a enzima libera o produto. Questão 6. O que são e qual a importância dos cofatores enzimáticos? Os cofatores são uma espécie de guia para o substrato, eles se ligam ao substrato e guia ele até o sítio ativo da enzima para que seja feito um encaixe perfeito. Questão 7. Defina a constante de Michaelis-Menten (Km) e destaque as implicações da cinética de Michaelis-Menten. Km é a concentração de substrato, na qual tenho a metade da velocidade máxima. Ele indica a afinidade que a enzima apresenta pelo seu substrato. Cada enzima possui um Km especifico para o seu substrato, quando o valor do Km é baixo indica alta afinidade de enzima pelo substrato, e quando esse valor de Km é alto indica baixa afinidade de enzima pelo substrato. Questão 8. Explique graficamente o efeito de pH, temperatura e concentração de substratos sobre a atividade enzimática. — pH: O pH influencia muito na atividade das enzimas, pois elas necessitam de condições adequadas para funcionar. A enzima não funciona só no seu pH ótimo, se estiver perto do pH ótimo ela ainda funciona, deixa de funcionar quando o pH altera muito. — Temperatura: A velocidade da reação aumenta junto com a temperatura, como se observa na maioria das reações químicas. Após atingir uma temperatura critica, a estabilidade da proteína decresce devido a desnaturação térmica. As vezes a desnaturação é irreversível, depende do grau que eu cheguei na desnaturação. — Concentração de Substrato: Enquantoeu tenho enzima disponível, a quantidade de substrato pode aumentar, que as enzimas vão se ligando a eles, e consequentemente vai aumentando a velocidade da reação, até que todas as enzimas estejam ocupadas, nesse caso, não importa quanto você coloque substrato, a velocidade não aumenta. Questão 9. Caracterize os tipos de inibição enzimática. Reguladores alostéricos: efetores positivos (aumentam atividade) ou negativos (diminuem). Dois tipos: 1. inibição alostérica: o modulador se liga ao sitio alostérico da enzima, piorando assim a atividade da enzima; 2. ativação alostérica: o modulador se liga ao sítio alostérico da enzima facilitando o encaixe do substrato, neste caso, o modulador melhora a atividade da enzima. Modificação covalente: por adição de grupos ou remoção de grupos. Vou grudar fosfato na proteína (fosforilação), agora tenho uma proteína fosforilada, existem proteínas que ficam mais ativas quando estão fosforiladas e outras que ficam mais ativas quando são desfosforiladas. Proteólise: regula a atividade de uma enzima através de quebra de pedacinhos dela. Figura 3 - pH Figura 3 - Temperatura Figura 3 - Concentração de Substrato Questão 10. Analise os exemplos de aplicação dos inibidores enzimáticos dados em aula, observando os detalhes que permitem classificar cada um desses inibidores de acordo com o que foi dado. Questão 11. Como pode ser feito o controle da atividade enzimática? Controle efetuado por mudanças estruturais da molécula que levam a alterações de velocidade de catálise. É feito por meio dos inibidores enzimáticos. Questão 12. Qual a diferença entre regulação da enzima por modificação covalente e alostérica (não-covalente)? A modificação covalente é feita por adição ou remoção de grupo fosfato na proteína. Já o alostérico, é feito por meio de efetores, denominados moduladores que se ligam na enzima podendo diminuir ou aumentar a sua função. 2. Bioenergética Celular: ATP e O2 Bioenergética é o estudo quantitativo das transduções de energia que ocorrem nas células vivas e dos processos químicos que realizam estas transduções e suas funções. Energia: capacidade de causar alteração ou de realizar trabalho. Potencial: energia que a matéria possui como resultado de sua localização ou estrutura. Energia química é a energia potencial disponível para ser liberada em uma reação química. É o tipo de energia mais importante para os organismos vivos. É a energia que pode ser transformada para impulsionar a atividade celular. Quebrar ligações químicas libera energia no formato de ATP que o corpo consegue usar. Termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica – Lei da Conservação de Energia: a energia do universo é constante, pode ser transferida ou transformada, mas não pode ser criada ou destruída. 2ª Lei da Termodinâmica: o universo sempre tenda para uma desordem (entropia) cada vez maior. As transformações de energia ocorrem espontaneamente quando convertem a matéria de um estado mais ordenado (menos estável) para um menos ordenado (mais estável). Para ficar desorganizado precisa de menos energia, para ter uma ordem, é necessário que tenha mais energia. Exemplo prático: fone de ouvido dentro da bolsa. Bioenergética e Termodinâmica Os organismos vivos trocam matéria e energia com seu ambiente (sistemas abertos). Preservam sua ordem interna pela retirada de energia do ambiente (nutrientes ou energia solar) e devolvem para o ambiente uma quantidade igual de energia na forma de calor e entropia. Energia Livre de Gibbs (G): A energia que as células utilizam. Energia que a célula usa para o trabalho celular. O Sentido das Reações Em relação ao aspecto energético, só interessam os estados inicial e final da transformação, não importam o processo, nem a velocidade. ∆G é a subtração da anergia que tinha no produto, para a energia que tinha no reagente. Para isso usamos a formula – ∆G = Gp – Gr. A energia que foi perdida durante a reação foi para algum lugar (nada se perde). Reação espontânea: energia estado final < energia estado inicial. É espontânea por que liberou energia. ∆G ∆G é negativo: A B = exergônica. Quantidade de energia do reagente é maior que a do produto. Libera energia. ∆G é positivo: B A = endergônica. É quando recebe energia. ∆G não depende do caminho - não se altera com catalisador - não está relacionado à velocidade da reação. A magnitude de ∆G indica o quanto a reação está distante do equilíbrio quanta energia é produzida ou necessária. O sinal de ∆G reflete o sentido da reação. Acoplamento: reações acopladas acontecem quando uma reação desfavorável (endergônica) acontece junto com uma reação favorável (exergônica). Alguém via liberar energia, e alguém que precisa da energia vai aproveitar essa energia. Nas células, reações com ∆G0 positivo são acopladas a reações com AG0 negativo. Ressíntese O ATP é formato por 3 fosfatos, quando ocorre a hidrolise, o último fosfato do ATP sai, ao quebrar a ligação entre o 2 fosfato e o 3 que vai ser liberado, eu libero bastante energia. Essa energia que é liberada, é utilizada pelo nosso corpo para juntar a glicose em uma molécula de fosfato. Hidrolise: ATP + H2O = ADP + P Explicação a imagem ↑ O alimento é consumido, o organismo gera energia através de reações de exergônicas, essa energia é fosforilada resultando no ATP, quando o ATP sofre a hidrolise ele libera energia para as reações endergônicas. Esse ciclo acontece o tempo todo dentro do organismo, somos uma máquina de converter energia. Formas de ressíntese de ATP: Como é possível fornecer quantidade de energia necessária para sintetizar nova e rapidamente uma molécula tão energética como o ATP? Compostos ricos em energia ou reações de óxido-redução. Reações de Óxido-Redução — A energia para a fosforilação do ADP também pode ser obtida através da oxidação dos macronutrientes da alimentação e de reservas de glicose e ácidos graxos endógenos; — As oxidações biológicas consistem sempre na retirada de dois átomos de hidrogênio (H2) dos substratos; — Cada átomo de hidrogênio contém um próton (H+) e um elétron (e-); — Toda reação de oxidação envolve uma redação de redução simultânea; — Todo composto que pode existir nas formas oxidada ou reduzida constitui um par redox conjugado. Pares Redox: uma reação de oxido redução envolve pelo menos dois pares redox. Alguém está doando a minha energia, e essa energia é transferida na forma de elétrons. Agente oxidante - A/AH2 Oxidado – quem ganha o elétron Agente redutor – B/BH2 Reduzido – quem perde o elétron O papel do oxigênio: na respiração celular, elétrons descem uma "escada" de energia e ao final reduzem o oxigênio. Liberação controlada de energia para síntese de ATP. O oxigênio é o aceptor final de elétrons dos sistemas biológicos devido à sua elevada eletronegatividade. 3. Glicólise Principal substrato oxidável para a maioria dos organismos, tendo papel central no metabolismo energético. Quebra da molécula de glicose para pegar a energia na forma de elétrons para transformar em ATP. Única fonte de energia para as hemácias e tecido nervoso (curto prazo). Glicose é importante, predominante e determinando para os tecidos. Glicólise ou via glicolítica: a quebra de uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato. Durante o processo vou conseguir 2 ATP e 2 NADH (coenzimas reduzidas). Para isso, ocorrem 10 reações catalisadas por enzimas livres, presentes no citosol. Essa via tem a liberação de mais ou menos 5% da energia contida na glicose, o restante permanece armazenado no piruvato. Fase Preparatória – Aprisionamento da Glicose na Célula 1ª Reação Fosforilação da glicose no carbono de n. 6, isso quer dizer que a glicose vai ter um grupo fosfato no carbono n. 6, mas para isso preciso gastar 1 ATP, o gasto desse ATP resulta no ADP+P, esse fosfato que irá se grudar na glicose. Isso acontecepara que quando a glicose entre dentro da célula, ela não consiga mais sair, pois os transportadores só carregam a glicose, não carregam ela fosforilada. Essa é uma reação irreversível. Enzima responsável – Hexoquinase (tecidos) e Glicoquinase (fígado). Km Hexoquinase I, II e III < 0,1 mM – possui muita afinidade com a glicose, atinge a velocidade máxima. Km Hexoquinase IV (Glicoquinase) = 10 mM – aqui tem que ter muita glicose para ela começar a fosforilar. Possui afinidade menor pela glicose e não atinge a velocidade máxima. Esse gráfico vai cair na prova!!!! 2ª Reação Isomerização da glicose-6-fosfato. Isômero é uma molécula que tem a mesma forma molecular, mas a estrutura é diferente. A glicose fosforilada muda a sua estrutura, o carbono n. 1 “sobe”, ele se liga agora com o carbono n. 2, a forma molecular continua a mesma (C6H12O6), mas a estrutura muda, ela deixa de ser glicose-6-fostato e se torna uma frutose-6-fosfato. Enzima responsável – Fosfo-hexose-isomerase. Essa é uma reação reversível, pode ir para os dois lados. 3ª Reação Outra fosforilação. A frutose-6-fosfato que foi resultado da 2ª reação ganha outro grupo fosfato, aqui também temos a quebra de uma molécula de ATP, resultando no ADP+P, e esse fosfato que se gruda a molécula de frutose, que agora é frutose-1,6- bifosfato. Enzima responsável – Fosfofrutoquinase (PFK). Essa enzima é muito importante. Essa reação é irreversível, e é o primeiro ponto de regulação, controle da velocidade da via. 4ª Reação Clivagem, a frutose-1,6-bifosfato vai ser quebrada em duas partes, um diidroxiacetona fosfato e um gliceraldeído-3-fosfato, que são isômeros. Porém, a partir daqui só um deles consegue seguir na via, o gliceraldeído-3- fosfato, deslocando o equilíbrio da reação no sentido direito. Essa é a uma reação reversível. Enzima responsável – aldolase. 5ª Reação Isomerização, a diidroxiacetona vai ser transformada em gliceraldeído-3-fosfato, para que ela possa continuar na via. Essa é a uma reação reversível. Enzima responsável – Triose fosfato isomerase. Desse ponto em diante, a via terá seus intermediários duplicados, por que? Por que o gliceraldeído-3-fosfato da 4ª reação seguiu a via e agora o gliceraldeído-3- fosfato resultante dessa reação, também seguirá. Balanço Parcial da Fase Preparatória — Entrou uma molécula de glicose (C6); — Consumo de 2 ATP para fosforilação da glicose; — Saíram 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (C3) – duas moléculas fosforiladas. Fase de Pagamento 6ª Reação Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato (G3P), isto é, “arrancar” os elétrons da molécula de G3P. Essa molécula perde 1 hidrogênio (elétron), e no lugar dele a gente coloca 1 fosfato, porém esse fosfato é um fosfato inorgânico (está dissolvido no citosol). O resultado dessa reação é 1,3-bifosfoglicerato (1,3-BPG) e 2 coenzimas reduzidas. O elétron que está soltou é entregue para a coenzima NAD+ NADH + H+ Essa é uma reação reversível. Enzima responsável – Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase. 7ª Reação Formação do ATP. A quebra do fosfato do 1,3-bifosfoglicerato consegue ser energia o suficiente para montar uma molécula de ATP. O fosfato que sai do 1,3-BPG se gruda em um ADP, sobrando então um 3-fosfoglicerato. Essa fosforilação do ADP é chamada de fosforilação a nível do substrato. Como tudo está acontecendo dobrado, agora eu tenho 2 moléculas de ATP. Essa é uma reação reversível. Enzima responsável – Fosfoglicerato quinase. 8ª Reação Rearranjo do grupo fosfato, vou trocar a posição do fosfato no 3-fosfoglicerato, pois o fosfato no terceiro carbono não é vantajoso, o resultado é 2-fosfoglicerato. Essa é uma reação reversível. Enzima responsável – Fosfoglicerato mutase. 9ª Reação Desidratação, é uma saída de molécula de água do 2-fosfoglicerato, ficando então fosfoenolpiruvato (PEP). Aqui temos a formação do segundo intermediário de alta energia. Essa é uma reação reversível. Enzima responsável – Enolase. 10ª Reação Formação de ATP, o fosfoenolpiruvato passa pelo processo de fosforilação, ele perder a molécula de fosforo que se junta a um ADP, formando então um piruvato e um ATP. Essa fosforilação do ADP é chamada de fosforilação a nível do substrato. Essa é uma reação irreversível. Enzima responsável – Piruvato quinase. Balanço Geral da Glicólise — ATP – moeda energética — NADH – oxidado em outras etapas produzindo ATP e H2O — NAD – quantidade limitada, havendo necessidade de regeneração. — Degradação da glicose pela via glicolítica produz energia na forma de ATP, além de NADH e parte é conservada na forma de piruvato; — Todas as enzimas desta via são citosólicas; — Por molécula de glicose, são consumidos 2 ATP e são produzidos 4 ATP, ficando saldo positivo de 2 ATP. Regulação da Glicólise — Glicólise tem papel duplo – degradar glicose para fornecer ATP e produzir intermediários para outras vias; — Pontos de regulação: reações irreversíveis. As reações 1, 3 e 10 são os pontos mais importantes; — 3 enzimas: hexoquinase, fosfofrutoquinase (etapa de regulação mais importante); piruvato quinase. — Outras formas de regulação: alostérica, modificação covalente e expressão de proteínas. 3.1. Estudo Dirigido Questão 1. A glicólise é um conjunto de reações que acontece em todas as células do corpo humano e utiliza um tipo de carboidrato como substrato. Destaque qual é este substrato utilizado, sua importância e em qual compartimento da célula acontece esta via. O substrato utilizado é a glicose, é o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos, além de ser a única fonte de energia para as hemácias e tecido nervoso (curto prazo). A glicólise é feita dentro do citosol da célula. Questão 2. Qual a primeira reação da glicólise? Por que ocorre essa reação? A 1ª reação é a fosforilação da glicose, que irá receber um grupo fosfato no carbono de n. 6, mas para isso é necessário gastar 1 ATP, o gasto desse ATP resulta no ADP+P, esse fosfato que irá se grudar na glicose. Isso acontece para que a glicose não consiga mais sair da célula, pois os transportadores só carregam a glicose, não carregam ela fosforilada. A enzima responsável é a hexoquinase, existem 4 tipos dessa enzima, sendo que três deles, a hexoquinase I, II e III estão nos tecidos e a hexoquinase IV, conhecida como glicoquinase está localizada no fígado. Questão 3. Qual a diferença entre o KM da hexoquinase e glicoquinase e o que explica essa diferença? O Km da hexoquinase I, II e III é de 0,1, sendo assim, essa enzima alcança a velocidade média da reação muito rapidamente, sem a necessidade de uma grande quantidade de substrato, entretanto, a glicoquinase tem o Km 10 mM, o que faz com que essa enzima precise de uma quantidade muito maior de substrato para que a velocidade máxima da reação seja atingida. Sendo assim, podemos fizer que a hexoquinase tem mais afinidade pela glicose, do que a glicoquinase. Questão 4. A glicose possui estágios onde um pode ser chamado de “preparatório” e o outro de “pagamento”. Explique. Na fase preparatória a molécula de glicose é quebrada diversas vezes, sendo feitos vários rearranjos na estrutura para que ela seja capaz de fornecer energia, nessa fase tem o gasto de 2 ATP e não ganho energético, então é conhecida como fase de investimento energético, já na fase de pagamento, temos o armazenamento de energia e a produção de 4 ATP, 2 NADH (coenzima reduzida) e 2 piruvatos, essa fase é conhecida como retorno energético. Questão 5. Quais são as etapas irreversíveis da glicólise e qual a importância disso para a via? As etapas irreversíveis são as 1, 3 e 10. São as etapas de regulação e controle de velocidade da via glicolítica. Questão 6. Qual o saldo energético final da glicólise (por molécula de glicose oxidada até piruvato)? O saldo final é de 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvatos. Questão 7. Qual é o produto final da glicólisee quais são os destinos possíveis deste produto no ser humano? O produto final são 2 piruvatos, o destino deles pode ser tanto anaeróbicas (lactato e etanol), como aeróbicas, indo para o ciclo de krebs e cadeia de transporte de elétrons. Questão 8. Em quais pontos da glicólise, há a ocorrência de regulação? Explique. O ponto de regulação da via é a 3ª reação, que ocorre a segunda fosforilação, onde a frutose-6-fosfato vira frutose-1,6-fosfato, e é o ponto onde se gasta a segunda molécula de ATP. 4. Ciclo de Krebs – O Temido! Destino do Piruvato — Condições anaeróbicas: sem uso de oxigênio (lactato); — Condições aeróbicas: uso de oxigênio (ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons). Hemácia não tem mitocôndria, então não acontece o ciclo de krebs, ela só consegue fazer em condições anaeróbicas, ela faz fermentação láctea. O ciclo de krebs só acontece dentro da mitocôndria. Anaerobiose — As fermentações regeneram o NAD+ (o NADH produzido sem oxidação); — São processos autossuficientes; — Piruvato produzido na glicólise é o aceptor dos elétrons do NADH restaura o NAD+ para a via glicolítica; — Ocorre nas hemácias e células musculares. Essa é a única reação, a enzima utilizada é a lactato desidrogenase, o piruvato (produto da glicólise) recebe prótons do NADH+H+ e vira lactato. Por que acontece essa reação? A hemácia só se “alimenta” de glicose, e para que a via glicolítica ocorra eu preciso de NAD, por isso essa reação é importante, pois será feita a regeneração do NAD para o uso na via glicolítica. — Importância da fermentação lática para o homem: via que não requer oxigênio; gera pouco da energia disponível com a oxidação completa da glicose; os músculos esqueléticos na maioria dos animais conseguem funcionar de modo anaeróbico por curtos períodos; e, músculo funciona de modo anaeróbico até que ocorra a fadiga acúmulo de lactato. Aerobiose O piruvato sai da via glicolítica que ocorre dentro do citosol e segue para a mitocôndria, sendo transportado pela enzima piruvato translocase, onde será realizado o ciclo de Krebs e cadeira de transporte de elétrons. O primeiro passo aqui é transformar o piruvato em acetil-CoA, que é o substrato necessário para o Ciclo de Krebs. Complexo Piruvato Desidrogenase ∗ Não precisa saber o nome das enzimas, mas precisa saber o complexo em si. • Enzimas o E1 = piruvato desidrogenase o E2 = di-hidrolipoil transacetilase o E3 = di-hidrolipoil desidrogenase • Cofatores o Tiamina pirofosfato (TPP) o Ácido lipóico o Coenzima A o Flavina Adenina dinucleotídeo (FAD) o Nicotinamina adedina dinucleotídeo (NAD) O complexo enzimático (CE1) é formado por três enzimas que tem 5 cofatores, três desses cofatores estão ligados a enzima, eles precisam ficar junto com a enzima para ela funcionar. 1. Descarboxilação: o piruvato assim que entra no complexo perde um carbono e quem faz isso é a E1. 2. Ligação ao TPP: a parte do piruvato que sobrou, se liga ao cofator (tiamina) que está ligado a essa enzima. 3. Oxidação: A tiamina pega a parte do piruvato que está com ela e passa para o cofator (ácido lipóico) da E2. 4. Transferência: o grupo acetila que estava preso ao cofator da E2 é transferido para a coenzima A. 5. Formação de Acetil-Coa: o grupo acetil se liga a coenzima A, formando assim o Acetil- CoA. Daqui essa acetil-coa vai para o ciclo de Krebs. 6. Oxidação: a E3 pegar os prótons que estão em excesso no cofator da E2 e passa para o FAD, que está ligado na E3, que vira FADH2. 7. NAD: a E3 pega esses prótons e transfere para o NAD+ que está na mitocôndria, liberando então um NADH+H2 e o complexo enzimático volta a sua forma de origem, podendo recomeçar todo o clico novamente. Ciclo de Krebs Características Gerais • Ocorre em aerobiose; • É base no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas; • O ciclo de Krebs é o eixo bioquímico dá célula; • Seu sistema enzimático localiza-se na matriz das mitocôndrias; • Importante Tem como função oxidar a acetil-CoA em CO2 e H2O (função catabólica); o Como consequência dessa oxidação produção de coenzimas reduzidas (que é o mais produzido no ciclo) geração de ATP (na cadeira de transporte de elétrons); • Importante Alguns de seus intermediários são precursores de compostos bioquimicamente importantes precursores para biossínteses (função anabólica). Reações do Ciclo 1ª Reação Condensação de Acetil-CoA e oxaloacetato Citrato O oxaloacetato se junta com a acetil-coa formando o citrato, nesse processo é liberado uma coenzima A e H2O. A enzima responsável é a citrato sintase. ∗ Oxaloacetato + Acetil-CoA = Citrato, Coenzima A e H2O 2ª Reação Isomerização. A enzima aconitase altera a posição do oxigênio que está ligado ao C5 do citrato, que agora é isocitrato. ∗ Citrato Isocitrato. 3ª Reação Oxidação de isocitrato a α-ceto-glutarato. A enzima isocitrato desidrogenase faz uma ação de oxido-redução no isocitrato fazendo ele perder um CO2, gerando uma coenzima reduzida (NADH+H+), formando por fim um composto com C5, o α-ceto-glutarato. ∗ Isocitrato – CO2 = α-ceto-glutarato, CO2 e NADH+H+ 4ª Reação α-ceto-glutarato se transforma em succinil-CoA O α-ceto-glutarato fará uma ligação com a coenzima A e será o substrato para a enzima α-ceto-glutarato desidrogenase que realizará a descarboxilação, tirando um CO2, gerando uma coenzima reduzida (NADH+H+), formando por fim o succinil-coa. ∗ α-ceto-glutarato – CO2 + coenzima A = succinil-coa, CO2 e NADH+H+ 5ª Reação Conversão do succinil-CoA a succinato O succinil-coa vai ser substrato para a enzima succinil-CoA sintetase, essa enzima tem a capacidade de sintetizar um composto semelhante ao ATP (GTP, que se transforma em ATP na célula) Succinil-CoA perde a coenzima A e com a ajuda da enzima vira succinato. ∗ succinil-coa succinato, coenzima A e ATP 6ª Reação O succinato é substrato da enzima succinato desidrogenase, que vai liberar FADH2 e fumarato. ∗ Succinato FADH2 e fumarato 7ª Reação O fumarato é substrato da enzima fumarase, tem a perda de uma molécula de H2O, resultando no malato. ∗ Fumarato H2O e malato 8ª Reação O malato substrato da enzima malato desidrogenase que faz oxido-redução, gerando NADH+H+, formando o oxaloacetato. Fechando o ciclo de Krebs. • Malato oxaloacetato e NADH+H+ Resultado do Ciclo de Krebs — Oxidação completa da Acetil-CoA (sumiu, não sobrou pedaço dela, sobrou o oxaloacetato inteiro); — A maior parte da energia é conservada na forma de coenzimas reduzidas, a oxidação dessas coenzimas será feita pela cadeia de transporte de elétrons. Função Anabólica • Fornece precursores para muitas vias biossintéticas; o Oxaloacetato e alfa-ceto-glutarato precursores de aminoácidos aspartato e glutamato; o Succinil-CoA -> precursora do grupo heme (hemoglobina); o Oxaloacetato -> participa da gliconeogênese. Reações de Preenchimento (anapleróticas) • Recompõem os intermediários do ciclo quando em baixa concentração. Algumas situações metabólicas são interessantes a ocorrência dessa reação = piruvato (tem outras, mas ela deu mais destaque a essa). o Enzima piruvato carboxilase aumenta a velocidade do ciclo de Krebs; o Oxaloacetota é regenerado a cada final do ciclo; o A velocidade seria lenta se dependesse disso apenas; o Há necessidade da transformação de piruvato em oxaloacetato. Quando eu tenho muita acetil-coa formada, a enzima desvia para produzir mais oxaloacetato para "pegar na mãozinha" da acetil-coa e começar o ciclo, isso acelera o ciclo. O oxaloacetato é importante por que ele que condensa com a acetil-coa, sem ele não inicia o ciclo. o A atividade do citrato sintase depende da concentração de oxaloacetato (que é substrato da enzima). o A acetil-coa ativa a enzima piruvato carboxilase (enzima alostérica) → ↑ produção de oxaloacetato. Acetil-CoA é efetuador alostérico positivo da piruvato carboxilase. Enzima alostérica é uma enzima que além do sítio ativo, ela tem um outro sitio na sua estrutura que é o chamado sitio alostérico, onde ligam compostos que podem ativar ou inibir a enzima. o Destino metabólico do citrato depende da isocitrato desidrogenase; é uma enzima importante por que é a que quando está ativa pega o citrato, se ela está inativa o citrato acumula e segue para a síntese de lipídio. o A isocitrato desidrogenase é que determina se o citrato vai ser oxidado ou vai ser acumulado; o Inibição da isocitrato desidrogenase (enzima alostérica) indica suprimento adequado de ATP e desvia o fluxo para o armazenamento de energia. ATP é um efetuador alostérico negativo da enzima isocitrato desidrogenase. Correlação Clinica • Deficiência do complexo de piruvato desidrogenase o Distúrbio neurodegenerativo. o Mutação em gene ligado ao X → subunidade anormal da subunidade E1 do complexo. o Essa mutação leva à conversão prejudicada de piruvato em acetil-CoA. o ↑ piruvato → ação da lactato desidrogenase → ↑ lactato, levando a acidose metabólica potencialmente fatal. o Outros sintomas: letargia de início neonatal, hipotonicidade, espasticidade muscular, neurodegeneração e morte precoce. • Deficiência de tiamina (vitamina B1) – cofator o Semelhante à deficiência do complexo de piruvato desidrogenase → leva ao desvio do piruvato para o lactato, levando à acidose metabólica. o Causa: deficiência na forma ativa de tiamina (pirofosfato de tiamina - TPP) • Deficiência de fumarase o Um distúrbio metabólico autossômico recessivo raro do ciclo de Krebs o Leva ao acúmulo de fumarato→afeta principalmente o sistema nervoso. o As crianças afetadas podem ter atraso grave no desenvolvimento, microcefalia, hipotonia, encefalopatia, convulsões, retardo psicomotor e falha no crescimento. • Mutações da isocitrato desidrogenase (IDH) o Ocorrência em vários tipos de câncer, incluindo leucemia, gliomas e sarcomas. o As mutações no IDH podem ser úteis para o diagnóstico diferencial e subclassificação de gliomas humanos. o A função normal da enzima→ catalisar a descarboxilação oxidativa do isocitrato em alfacetoglutarato. o IDH mutante → catalisa a formação de 2-hidroxiglutarato em vez de alfa- cetoglutarato. 4.1. Estudo Dirigido Questão 1. Em mamíferos, quais os destinos possíveis do piruvato? Associe com o aporte de oxigênio. Condições anaeróbicas que seria sem uso de oxigênio, o piruvato iria para a via de fermentação do lactato. Condições aeróbicas que são vias com uso de oxigênio, temos o ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons. Questão 2. Dentre esses destinos (questão 1), o processo que ocorre em anaerobiose está presente em quais células humanas? Dê algumas características deste processo e descreva a sua importância para o homem. Esse processo ocorre nas hemácias e células musculares. Essa é a única reação, a enzima utilizada é a lactato desidrogenase, o piruvato (produto da glicólise) recebe prótons do NADH+H+ e vira lactato. A importância dessa via é que não requer oxigênio; gera pouco da energia disponível com a oxidação completa da glicose; os músculos esqueléticos na maioria dos animais conseguem funcionar de modo anaeróbico por curtos períodos; e, músculo funciona de modo anaeróbico até que ocorra a fadiga acúmulo de lactato. Questão 3. A formação da Acetil-CoA a partir de piruvato é realizada por um sistema multienzimático. Sobre esse processo, indique: a) Qual é esse sistema multienzimático? Complexo piruvato desidrogenase b) Quais as enzimas participantes desse sistema? E1 = piruvato desidrogenase; E2 = di-hidrolipoil transacetilase; E3 = di-hidrolipoil desidrogenase. c) Quais os cofatores envolvidos? Tiamina pirofosfato (TPP); ácido lipóico; Coenzima A; Flavina Adenina dinucleotídeo (FAD); Nicotinamina adedina dinucleotídeo (NAD). d) Qual a sua localização celular? Mitocôndria e) Quais as etapas necessárias? No slide só tem as etapas 1, 3 e 5, mas na explicação ela cita as outras. 1. Descarboxilação: o piruvato assim que entra no complexo perde um carbono e quem faz isso é a E1. 2. Ligação ao TPP: a parte do piruvato que sobrou, se liga ao cofator (tiamina) que está ligado a essa enzima. 3. Oxidação: A tiamina pega a parte do piruvato que está com ela e passa para o cofator (ácido lipóico) da E2. 4. Transferência: o grupo acetila que estava preso ao cofator da E2 é transferido para a coenzima A. 5. Formação de Acetil-Coa: o grupo acetil se liga a coenzima A, formando assim o Acetil- CoA. Daqui essa acetil-coa vai para o ciclo de Krebs. 6. Oxidação: a E3 pegar os prótons que estão em excesso no cofator da E2 e passa para o FAD, que está ligado na E3, que vira FADH2. 7. NAD: a E3 pega esses prótons e transfere para o NAD+ que está na mitocôndria, liberando então um NADH+H2 e o complexo enzimático volta a sua forma de origem, podendo recomeçar todo o clico novamente. Questão 4. Na oxidação de uma molécula de Acetil-CoA no ciclo de Krebs, escrever o nome dos compostos envolvidos e indicar a enzima que catalisa aquela(s) reação(ões) onde há produção ou consumo de: a) CO2 3ª Reação: substrato (isocitrato) e enzima (isocitrato desidrogenase). 4ª Reação: substrato (α-ceto-glutarato) e enzima (α-ceto-glutarato desidrogenase). b) GTP 5ª Reação: substrato (succinil-coa) e enzima (succinil-coa sintetase) c) NADH + H+ 3ª Reação: substrato (isocitrato) e enzima (isocitrato desidrogenase). 4ª Reação: substrato (α-ceto-glutarato) e enzima (α-ceto-glutarato desidrogenase). 8ª Reação: substrato (malato) e enzima (malato desidrogenase). d) FADH2 6ª Reação: substrato (succinato) e enzima (succinato desidrogenase). e) H2O 1ª Reação: substrato (oxaloacetato) e enzima (citrato sintase) 7ª Reação: substrato (fumarato) e enzima (fumarase) Questão 5. Quais são os passos irreversíveis e os principais pontos de regulação do ciclo de Krebs? Passos irreversíveis são os pontos de regulação. Questão 6. Citar os cofatores que fazem parte do ciclo de Krebs. FAD, NAD e Coenzima A. Questão 7. Qual a localização celular do ciclo de Krebs? Mitocôndria Questão 8. Citar as funções do ciclo de Krebs. Função Catabólica: função de oxidar a acetil-CoA em CO2 e H2O (); Função Anabólica: Alguns de seus intermediários são precursores de compostos bioquimicamente importantes precursores para biossínteses. Questão 9. O que são, e qual a importância das reações anapleróticas? Para que o ciclo tenha, ao mesmo tempo, a função anabólica e catabólica, as concentrações dos compostos intermediários formados são mantidas e controladas através de um complexo sistema de reações auxiliares. Essa reação é importante, pois sem ela, o ciclo seria muito lento. Questão 10. Na oxidação de uma molécula de Acetil-CoA, quais os principais produtos formados que estão relacionados com a produção de energia pela célula? Justifique. É formado uma molécula de citrato, que vai continuar o ciclo de Krebs e uma coenzima A que é utilizada no processo do ciclo em vários momentos, como na quarta reação do ciclo que é feita a descarboxilação da α-ceto-glutarato, para isso a enzima α-ceto- glutarato desidrogenase que faz essa reação precisa da coenzima A. Questão 11. Escrever a reação de formação de oxaloacetato a partir de piruvato e indicar: a) a enzima que catalisa esta reação: piruvato carboxilase b) a coenzima envolvida: NAD c) sua localização celular: mitocôndria Questão 12. Qual o papel da Acetil-CoA na regulação da atividade das enzimas piruvato desidrogenase e piruvato carboxilase? Explicar o significado fisiológico desta regulação. Piruvato carboxilase: a acetil-coa é um efetuador alostérico positivo dessa enzima, ele se liga a enzima para ativa-la. Piruvato desidrogenase: o complexo de piruvato desidrogenase tem como um dos produtos a acetil-coa. 5. Cadeia de Transporte deElétrons e Fosforilação Oxidativa Uma das consequências do Ciclo de Krebs é redução de grande quantidade de coenzimas (FAD e NAD). • Qual a importância das coenzimas? Elas guardam uma parte da energia do clico. • Por que as coenzimas devem ser oxidadas? Restauram a forma oxidada para participar novamente das vidas de degradação de nutrientes e é a partir da oxidação dessas coenzimas que é feita a síntese de ATP. • Como posso ter mais moléculas de ATP? Através de compostos ricos de energia (carboidratos) e por meio das reações de óxido-redução. • Como oxidar as coenzimas? o Em organismos aeróbicos: oxidação de coenzimas se dá pela transferência de seus elétrons para o oxigênio, com os elétrons o oxigênio se liga a prótons do meio formando água. Esse processo libera grande quantidade de energia. Se a transferência for direta tem uma perda na forma de calor. Estratégia da célula: fazer a transferência dos elétrons em etapas, transformar a energia contida nas coenzimas em gradiente de prótons síntese de ATP. Explicando a imagem: você tem o NADH, ele está na forma reduzida e será oxidado para virar NAD+. Quando ele tem o processo de oxidação, ele faz a liberação de elétrons (bolinha azul com -). Esses elétrons passam por um processo, uma cadeia transportadora de elétrons (bolinhas roxas). Em uma das etapas finais dessa cadeia é a formação do ATP. No fim o elétron tem que ir para algum lugar, acaba sendo formada H2O. • O elétron tem que passar pela cadeia para formar ATP? Sim! Se ocorresse de uma maneira direta você teria muita perda na forma de calor (energia), por isso tem os transportes da cadeia de elétron. • Onde oxidar as enzimas? Na cadeia de transporte de elétrons que está localizada na membrana interna da mitocôndria, essa cadeia é formada pelos complexos I, II e III e IV (complexos fixos) e coenzimas Q e citrocomo C (complexos móveis). Cadeia de Transporte de Elétrons A cadeia é uma série de transportadores de elétrons em sequência e o transporte é feito através da membrana interna da mitocôndria. — Complexos fixos: I, II, III e IV — Complexos móveis: coenzima Q e citrosomo C. Nos complexos só passa os elétrons e é um caminho unidirecional, isto é, não tem volta. Existem dois caminhos a serem feitos dentro da cadeia e ambos podem ocorrer ao mesmo tempo: — Caminho 1 – NADH: O NADH se transforma em NAD+, liberando um elétron e esse elétron entra na cadeia no complexo I. Elétron do NADH Complexo I Coenzima Q Complexo III Citrocomo C Complexo IV. — Caminho 2 – Succinato: o succinato também faz a liberação de um elétron que entra na cadeia pelo complexo II. Elétron do Succinato Complexo II Coenzima Q Complexo III Citrocomo C Complexo IV. Complexo I O complexo I oxida o NADH, transfere os elétrons para a coenzima Q e bombeia prótons para o espaço intermembranas. Complexo II Ele é a succinato desidrogenase e, portanto, vai oxidar o FADH2, os elétrons que resultarem daqui são transportados para a coenzima Q e ele não bombeia prótons. O substrato da enzima é o succinato e o produto final é o FADH2 e o fumarato, esse segundo não tem importância aqui. Coenzima Q Ela é lipossolúvel, consegue caminhar dentro da membrana. É um ponto de convergência. Ela recebe os elétrons do complexo I e II e leva eles para o complexo III. Ela só faz isso, só leva os elétrons de um lugar para o outro, não faz mais nada. Complexo III A coenzima Q transfere os elétrons para o complexo III, e o complexo passa os elétrons para o citocromo C e também consegue bombear os prótons para o espaço intermembrana. Aqui o transporte independe do elétron que chegue, tem a saída do próton (H+). Citocromo C Ele só pega os elétrons e leva para o complexo IV, não faz mais nada, só é transportador desses elétrons. Complexo IV O citocromo C entrega os elétrons para um átomo de cobre que doa os elétrons para o oxigênio, o complexo bombeia prótons, e o oxigênio vai ter que ir na matriz buscar prótons para poder virar H2O. Resultado — Grande quantidade de prótons (H+) no espaço intermembrana. Conforme foi passando os elétrons, foi tendo o movimento do próton da matriz para o espaço intermembrana. A membrana interna não é permeável a prótons, então por que jogamos todos esses prótons o pescoço intermembrana? A síntese de ATP depende da passagem dos prótons por dentro de uma enzima chamada ATPsintase. Por isso que a cadeia de transporte de elétrons é acoplada a fosforilação oxidativa. Fosforilação Oxidativa A ATPsintase tem a função de sintetizar ATP, para isso ela tira os prótons do espaço intermembrana e manda para a matriz da célula. O próton não faz o ATP, ele só ajuda o processo, é aproveitado a energia contida no gradiente de prótons. Essa enzima é formada por dois componentes: F1 e F0. Está presa na membrana e atua como um motor rotatório, essa mudança conformacional da enzima é denominada força próton-motriz. Ex.: uma barragem de água, a água seria os prótons e a barragem a enzima, conforme a água passa pela barragem é produzida energia (ATP). — ATPsintase: conversão da energia eletroquímica do gradiente de prótons em energia mecânica (faz ela girar) utilizada para gerar energia química sob forma de ATP. Hipótese Quimiosmótica – Teoria de Mitchell Transferência de elétrons pela cadeia bombeamento de prótons da matriz para o espaço intermembrana força próton-motriz impulsiona a síntese de ATP pelo complexo ATP sintase. • Razão entre o fosfato incorporado em ATP e oxigênio utilizado: o É a medida de eficiência da fosforilação oxidativa o Substrato NADH elétrons passam pelos complexos I, III e IV = 3 ATP o Substrato FADH2 elétrons passam pelos complexos II, III e IV = 2 ATP São só dois por que no complexo II não teve liberação de prótons para o espaço intermembrana. Controle Respiratório Todo o processo depende da quantidade de ADP disponível. A concentração de ADP disponível é responsável por regular a velocidade do transporte de elétrons e da síntese de ATP. A produção de ATP está intimamente relacionada a seu gasto, devido ao acoplamento do transporte de elétrons e a síntese de ATP. Só há oxidação de coenzima (NADH e FADG2) se houver síntese de ATP e vice-versa. 6. Inibidores e Desacopladores – CTE e Fosforilação Oxidativa Inibidores são substância que se ligam aos complexos e vão impedir a transferência. O citocromo C tem um grupo funcional que se chama “heme”, o oxigênio se liga a esse grupo e espera a chegada do elétron para virar água. Inibição da Cadeia de Transporte de Elétrons O NADH chega no complexo I, quem entrega elétrons no complexo II é o FADH2 (succinato). Se eu bloqueio o complexo I fica afetado, mas o complexo II não, do mesmo jeito que se eu conseguir bloquear o complexo II, o complexo I não fica afetado. Agora, se eu bloqueio o complexo III, ferrou, afeta todo mundo, pois os elétrons do I e do II precisam passar pelo III. Se eu bloquear a transferência dos elétrons e o bombeamento de prótons, vou entregar bastante eletros para o oxigênio? Não, pois todo muno estará bloqueado. O que acontece com o consumo de oxigênio? O consumo cai, por que? Por que todo mundo está segundo elétron, mas a passagem está bloqueada, não chega elétrons para o oxigênio, isso se a inibição for do complexo III para a frente. O que acontece com o gradiente de prótons? Também cai, por que ele vem da passagem de elétrons pelos complexos e se não tem passagem, não tem liberação de prótons. O que acontece com as coenzimas: NADH e FADH? Se eu bloqueio a fosforilação oxidativa começa a acumular coenzima que estão segurando os elétrons com isso prejudica todos os outros processos no organismo, glicólise, ciclo de Krebs, essas vias começam a parar. Barbitúricos e Rotenona (bloqueia o complexo I) o Bloqueiam a transferência de elétronsno NADH-coenzima Q oxidorredutase e, assim, impedem a utilização de NADH como substrato. o Na presença de rotenona e barbitúrico, o fluxo de elétrons resultante da oxidação do succinato não é comprometido porque esses elétrons entram através do complexo II, além do bloqueio. Ex.: rotenona (inseticida). Antimicina A o Inibe o complexo III – Há reversão por ação de TMPD substrato artificial do complexo IV Ex.: antibiótico, transferência do complexo III para o citocromo C. Cianeto e monóxido de carbono (CO) o Bloqueiam o fluxo de elétrons no citocromo C oxidase. Ex.: boate kiss, muitas das pessoas morreram por intoxicação de cianeto pela liberação na fumaça. Oligomicina o Liga-se ao pedículo da ATP-sintase; o Fecha o canal de H+; o Impede a dissipação dos gradientes elétricos e de pH; o Para a produção de ATP, porém aumenta a quantidade de ADP na célula. Ex.: antifúngico. Se eu inibo a ATPsintase, ferro tudo, pois é ela que produz o ATP. Se eu estou inibindo a enzima, os prótons continuam presos no espaço intermembrana, até que chega uma hora que tem tanto próton que os complexos começam a parar, já que eu deixo de ter energia suficiente mesmo produzido elétrons, por que o gradiente de concentração começa a subir muito. Desacoplador A célula precisa de ATP, quando eu tenho a passagem dos prótons pela ATPsintase, eu estou produzindo ATP, quando abro uma porta na membrana em outro lugar, vou precisar de mais prótons passando para garantir a quantidade correta de ATP, então a produção de ATP pelo local certo tem que ser acelerada. Essa porta errada seria o desacoplador. O grande estimulador da ATPsintase é o ADP. Se a fosforilação oxidativa está acelerada, o que está acontecendo com o consumo de oxigênio? O consumo aumenta, está acelerado. E o fluxo de elétrons? Vai estar acelerado também. E o gradiente de prótons? Não consigo manter ele da mesma forma, eu vou dissipando-o. A energia que estava no gradiente (passagem de prótons) começa a produzir calor. Com isso eu tenho um estimulo da minha cadeia transportadora de elétrons para manter o gradiente, então ela começa a funcionar loucamente, o metabolismo de forma geral vai acelerar. UCP = proteína desacopladora, onde temos essa proteína? Temos em grandes quantidades no tecido adiposo marrom. • São substâncias que dissociam o transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa. Ex.: O DNP é uma substância química que passa pela membrana arrastando o elétron. • Em presença de desacopladores, o transporte de elétrons se processa normalmente e a síntese de ATP está diminuída. • Não há formação de gradientes de prótons no espaço intermembranas; • A energia se dissipa na forma de calor. • Esse DNP é usado para emagrecer, é proibido e o uso dela causa morte por hipertermia. Desacoplamento fisiológico • Vazamento” de prótons realizados por uma família de transportadores de membrana; • Ocorre principalmente no tecido adiposo marrom (maior concentração de mitocôndria); • Ação da termogenina (proteína descopladora – UCP1); O aumento do hormônio da tireoide aumenta a expressão da termogenina. • Tecido adiposo marrom → alta concentração nos recém-nascidos (controle térmico); Esse tecido tem muita termogenina, ele não produz muita energia, a função dele é o controle térmico. • Em indivíduos adultos → tecido funcional → ativado por exposição a baixas temperaturas; 1. Enzimas 1.1. Estudo Dirigido 2. Bioenergética Celular: ATP e O2 3. Glicólise 3.1. Estudo Dirigido 4. Ciclo de Krebs – O Temido! 4.1. Estudo Dirigido 5. Cadeia de Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa 6. Inibidores e Desacopladores – CTE e Fosforilação Oxidativa
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