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Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Departamento de Matemática Disciplina Geometria Quantitativa I Professor Jónatan Herrera Fernández PPCC Geometria Quantitativa – Semelhança Valeria M S Andrade Matrícula 14206092 Gilberto TraPani Marcelo Heinz Florianópolis, 2016 Introdução: Este trabalho foi elaborado visando apresentar a geometria plana, especificamente à semelhança, de modo geral para alunos do ensino superior. O método de avaliação envolvera também um trabalho com questões para serem resolvidas em casa com e uma avaliação sem consulta, utilização dos recursos e metodologias observando constantemente sua adequação, observação e realização das atividades em sala de aula e laboratório de informática, participação do aluno nas diversas atividades individuais e em grupo. Antes de começarmos a falar de semelhança de triângulos temos que relembrar alguns conceitos básicos a respeito de triângulos 1 Definifçao de triângulos: é definido por três pontos não colineares onde geram três segmentos de retas, e os três segmentos de retas, cada um poussui dois destes pontos como extremidades. A soma dos ângulos de um triângulo é conhecida como a soma dos ângulos internos e esses ângulos somam 180 graus. Sendo assim, conforme a figura podemos afirmar que x+y+z=180 graus para qualquer tipo de triângulo. Dizemos que dois triângulos são congruentes se for possível estabelecer uma correspondência biunívoca entre seus respectivos vértices, de modo que ângulos de vértices correspondentes sejam congruentes, e segmentos com extremidades correspondentes sejam congruentes São três casos de congruência para qualquer triangulo: Critério lado-ângulo-lado (LAL) de Congru- ência de Triângulos. Se dois triângulos tiverem dois lados respectivamente congruentes, formando ângulos congruentes, então eles são congruentes. Caso (teorema) – Critério Ângulo-Lado-Ângulo (ALA) de Congruência de Triângulos. Se dois triângulos possuem dois ângulos respectivamente congruentes com lados comuns congruentes, então eles são congruentes. 3º Caso (teorema) – Critério Lado-Lado-Lado (LLL) de Congru- ência de Triângulos. Se dois triângulos possuem os três lados respectivamente congruentes então eles são congruentes. Já para os triângulos retângulos temos i) Caso Cateto-Ângulo Agudo Adjacente Neste caso caímos no 2º caso geral de congruência (ALA). ii) Caso Cateto-Hipotenusa iii) iii) Caso Hipotenusa-Ângulo Agudo iv) Caso Cateto-Ângulo Agudo Oposto Neste caso também caímos no 2º caso geral de congruência pois os três ângulos são congruentes. v) Caso Cateto-Cateto Conceitos Básicos de Semelhança Para falarmos de semelhança na geometria, temos que entender primeiro o seu conceito geral, o dicionário nos define da seguinte maneira: “Característica do que é semelhante. Em que há ou demonstra haver relação ou afinidade entre seres, coisas, pontos de vista; que possui algo em comum; analogia: estão casados, mas não demonstram semelhança alguma. Que apresenta uma relação de conformidade entre o modelo e o resultado imitado: há semelhança entre o verdadeiro e a cópia. Aquilo que pode ser visto no exterior; aparência ou aspecto. Em que pode haver comparação entre uma ou mais coisas; confronto: não há relação de semelhança entre as obras.” Dicionário online de português http://www.dicio.com.br/semelhanca/ Seja duas figuras F e F’ no plano ou no espaço são ditas semelhantes se existe uma constante K>0 e se existir uma Transformação onde F=>F’, tal que, para qualquer ponto P e Q em F: Sendo PQ e P’Q’ comprimentos dos segmentos. Obtemos então: P’Q’ = K.PQ Seja P’=φ e Q’= φ Observação: Se K=1 então φ é uma isometria e as figuras F e F’ são congruentes. Figuras congruentes são semelhantes, mas isso não garante que as figuras semelhantes sejam congruentes. 2 - Definições de semelhança: É representado por: ~ São relações de equivalência. Existe uma correspondência 1 a 1 entre os pontos de Lado a1 e os pontos do lado A1´. As semelhanças associam pontos colineares a pontos colineares Uma semelhança associa segmento a segmento, círculo a círculo, ponto interior a ponto interior, contorno a contorno e vértice a vértice. Toda semelhança é a composição de uma homotetia e de uma isometria. F → F´é uma semelhança de razão r entre duas figuras planas fechadas, então a razão entre suas áreas é igual a 𝑟2 . 3 - Semelhança de triângulos A definição geral dada acima permite enunciar uma definição para semelhança de triângulos. Sejam dois triângulos ∆ABC e ∆A’B’C’ são ditos semelhantes se existir uma correspondente biunívoca. Biunívoca: “Diz-se de conjuntos que possuem elementos os quais correspondem um ao outro dos respectivos conjuntos. As matérias estabelecem relações biunívocas, entre si.” Infopédia http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua- portuguesa/biun%C3%ADvoco. Entre seus vértices, P exemplo: A A’ B B’ C C” De tal modo que  = Â’, �̂� = �̂�’, �̂� = �̂�′ 𝐴′𝐵′ 𝐴𝐵 = 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 = k Teorema fundamental da semelhança nos diz que: “Se uma reta é paralela a um dos lados de um triangulo e intercepta os outros dois em pontos distintos, então o triangulo que ela determina é semelhante ao primeiro.’’ Fundamentos de matemática 9 elementar Geometria Plana- Pag200 O teorema fundamental da semelhança é conhecido como “teorema de Tales nos triângulos”. Para entender melhor esse teorema temos que lembrar o teorema anterior de Tales, o teorema das retas paralelas onde ele explica que para determinar segmentos de retas proporcionais é necessário um feixe de retas paralelas, intersectadas por duas retas transversais quaisquer, conforme figura abaixo: Podemos observar que MN = MO = NO, além de: MO = RP ou MO = RP RQ RP QP MN RQ NO QP Com esse teorema das retas // podemos dizer que quando duas retas // são interceptadas por uma reta transversal garantindo as seguintes afirmações: ângulos alternos internos congruentes. ângulos alternos externos congruentes. ângulos colaterais internos suplementares. ângulos colaterais externos suplementares. Antes de qualquer coisa observamos que: Os ∆ MQP e ∆MNP tem a mesma altura h em relação aos correspondentes lados opostos ao vértice comum P. Então { ∆∆𝑀𝑄𝑃= 𝑀𝑄.ℎ 2 ∆∆𝑀𝑁𝑃= 𝑀𝑁.ℎ 2 } Portanto: ∆∆𝑀𝑄𝑃 ∆∆𝑀𝑁𝑃 = 𝑀𝑄 𝑀𝑁 Obtém-se igualmente o: ∆∆𝑀𝑄𝑃 ∆∆𝑄𝑁𝑃 = 𝑀𝑄 𝑄𝑁 As alturas que partem de B’ nos triângulos AC A’B’ e triangulo CAB’ são iguais. Com essa observação: ∆∆𝐶𝐴′𝐵′ ∆∆𝐶𝐴𝐵′ = 𝐶𝐴′ 𝐶𝐴 Analogamente, para os triângulos ∆CB’A’ e ∆CBA’ temos: ∆∆𝐶𝐷′𝐴′ ∆∆𝐶𝐵𝐴′ = 𝐶𝐵′ 𝐶𝐵 Agora temos ∆∆𝐶𝐴𝐵′=∆∆𝐶𝐵′𝐴′+∆∆𝐴′𝐵Á (3) ∆∆𝐶𝐵𝐴′= ∆∆𝐶𝐵′𝐴′+∆∆𝐴′𝐵′𝐵 (4) As alturas dos ∆𝐴′𝐵′𝐴 e ∆𝐴𝐵′𝐵 em relação á base comum 𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗ são iguais pois 𝐴′𝐵′⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ //𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗. Por tanto, ∆∆𝐴′𝐵′𝐴= ∆∆𝐴′𝐵′𝐵. Segue disso e de (3) e (4) que ∆∆𝐶𝐴𝐵′=∆∆𝐶𝐵𝐴′ Logo ∆∆𝐴′𝐵′𝐶 ∆∆𝐶𝐴𝐵′ = ∆∆𝐶𝐵′𝐴′ ∆∆𝐶𝐵𝐴′ e portanto de (1) e (2) temos 𝐶𝐴′ 𝐶𝐴 = 𝐶𝐵′ 𝐶𝐵 ou 𝐶𝐴′ 𝐶𝐵′ = 𝐶𝐴 𝐶𝐵 (6) Ainda podemos afirmar que: temos 𝐶𝐴′ 𝐶𝐴 = 𝐶𝐵′ 𝐶𝐵 e 𝐶𝐴′ 𝐶𝐴−𝐶𝐴′ = 𝐶𝐵′ 𝐶𝐵−𝐶𝐵′ e ainda 𝐶𝐴′ 𝐴′𝐴 = 𝐶𝐵′ 𝐵,𝐵 (5) De (5) e (6) 𝐶𝐴′ 𝐶𝐵′ = 𝐶𝐴 𝐶𝐵 = 𝐴′𝐴 𝐵′𝐵 { 𝑎 𝑏 = 𝑐 𝑑 ⟺ 𝑎 𝑏 − 𝑎 = 𝑐 𝑑 − 𝑐 ⟺ 𝑎(𝑏 − 𝑎) ⟺ 𝑎𝑑 − 𝑎𝑐 = 𝑐𝑏 − 𝑐𝑎 ⟺ 𝑎𝑑 = 𝑐𝑏 ⟺ 𝑎 𝑏 = 𝑐 𝑑 } Recíproca do teorema Conservando por hipótese que na figura do teoremaanterior 𝐶𝐴′ 𝐶𝐴 = 𝐶𝐵′ 𝐶𝐵 , então temos como tese que 𝐴′𝐵′⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ //𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗ ∆𝐴𝐵𝐶~∆𝐴′𝐵′𝐶′, então  = Â’, �̂� = �̂�’, �̂� = �̂�′ e 𝐴′𝐵′ 𝐴𝐵 = 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶′ 𝐵𝐶 = 𝐾 3.1 - Teoremas As demonstrações dos teoremas foram retiradas do livro Quantitativa I do curso de ensino a distância de matemática da Universidade Federal de Santa Catarina. 3.1.1 - Teorema 01 - A relação de semelhança é uma relação de equivalência, ou seja há uma relação de correspondência entre duas proposições que possuem o mesmo valor de verdade, ou com isso, se uma é verdadeira, a outra também será “Demonstração: Temos que mostrar que a relação de semelhança entre figuras satisfaz às propriedades reflexiva, simétrica e transitiva. Reflexiva: Tome F um conjunto arbitrário de pontos e considere a aplicação identidade em F , isto é, a função que associa a cada ponto X∈F o próprio ponto X . Obviamente, a aplicação identidade é uma correspondência 1 a 1 entre os pontos de F . Também temos que, para qualquer par de pontos , Y,X∈ F , XY = 1. XY , logo, a razão de semelhança é igual a 1 e portanto, F ~ F .” Simétrica: Seja uma figura F semelhante a uma figura F′. Temos que provar que F′ também é semelhante a F . De fato, é só tomarmos a inversa da aplicação : F →F ′, que estabelece a correspondência 1 a 1 entre os pontos de F e os pontos de F′, isto é, a aplicação 1 −1: F’→F . Assim, para cada ponto Y ∈ F ′, associamos o ponto F∈X , tal que, Y=(X)=X ′ , ou seja, tome o ponto F ∈ X de forma que Y seja o seu ponto homólogo. A razão de semelhança de 1 −1− será igual a 1/r, onde r é a razão de semelhança associada à aplicação . Isso é facilmente verificável, pois se para o par de pontos 𝑥1, 𝑥2, ∈ F ′ temos associados, respectivamente, os pontos , 𝑥1, 𝑥2, ∈ F , teremos : 𝑦1 𝑦2=r.𝑥1 𝑥2 𝑥1 𝑥2= 1 𝑟 . 𝑦1𝑦2 Transitiva: Se uma figura F é semelhante a uma figura F′ e esta figura F′ é semelhante a uma figura F′′ , então, temos que provar que a figura F também é semelhante à figura F′′ . De fato, seja a correspondência 1 a 1 entre F e F′′, que a cada ponto F ∈ X associa um único ponto X ∈ F ′′, e ρ é a correspondência 1 a 1 entre F′ e F′′ , que a cada ponto X ∈ F ′′ associa um único ponto X ′′ ∈ F ′′ . Então, a correspondência 1 a 1 entre F e F′′ será estabelecida pela composição das duas, ou seja, para cada ponto F∈X , associa-se o ponto X ′′ = ( ( X)) ∈ F′′ . Quanto à razão de semelhança, se o fator de escala de σ for igual a r e o fator de escala de ρ for igual a s, então o fator de escala dessa composição será igual a r .s .” José Luiz Rosas Pinho Eliezer Batista Neri Terezinha Both Carvalho Geometria I , paginas 297-298 3.1.2 - Teorema 02 - Uma semelhança associa pontos colineares a pontos colineares. “Demonstração: Seja a semelhança : F → F’ com razão igual a r . Dados 3 pontos colineares quaisquer X , Y e Z em F, tais que XZ =XY+YZ, vamos demonstrar que seus pontos homólogos X ′=(X), Y′= (Y) e Z′=(Z) em F′ também são colineares. De fato, como X′Y′=rXY e YZ’=rYZ’,temos que: X’Y’+ YZ’= r(XY+YZ)=rXZ=rXZ’ Logo, os pontos X ′, Y′ e Z′, são colineares em F’. José Luiz Rosas Pinho Eliezer Batista Neri Terezinha Both Carvalho Geometria I , pagina 299 3.1.3 - Teorema 3 - Uma semelhança : F →F ′ de razão r transforma: Uma semelhança cuja F →F ou seja Todo segmento de reta contido em F é transferido para o segmentos de reta em F′ com razão r. Uma circunferência ou um circulo de raio R contida em F , em uma circunferência de raio r .R em F′. Pontos interiores, de contorno de F em pontos interiores de F′. Já nos casos de polígonos os vértices de F em vértices de F’. “Demonstração: 1) Por definição, um segmento XY ⊂ F é formado pelos pontos X , Y e pelo conjunto dos pontos Z∈ F , colineares com X e Y tais que XY= XZ+ ZY . Pelo teorema anterior, temos que todos os pontos homólogos Z’∈ F’são colineares aos pontos X ′ e Y′ e que X’Y’= X’Z’+ Z’Y ‘ . Logo, a imagem do segmento XY pela semelhança é o segmento XY’⊂F ′. 2) Dado um ponto X∈ F, um círculo de raio R e centro X está contido em F se todo segmento XY de comprimento menor ou igual a R estiver contido em F . Pelo item (1), temos que a imagem por de todos estes segmentos, são segmentos X’Y′ ⊂ F ′ de comprimento menor ou igual a r. R , pois X’ Y’= r.XY . Logo, a imagem do círculo de centro X e raio R será o círculo de centro X ′ e raio r.R. 3) De modo análogo, demonstramos para o caso de uma circunferência. 4) Se um ponto X∈ F é um ponto interior à figura F , então existe um número R > 0 tal que o círculo de centro X e raio R esteja contido em F , conforme ilustrado na figura abaixo: Como a imagem de um círculo em F de centro X e raio R pela semelhança é um círculo contido em F′ com centro no respectivo ponto homólogo X ‘= (X ) e raio r. R , temos que X´ é um ponto interior de F′. 5) Um ponto de contorno, também chamado ponto de fronteira, de F é um ponto X ∈ F tal que todo círculo de centro X e raio R contém pontos no interior de F e pontos no exterior de F , isto é, no interior do complementar de F no plano. A figura abaixo nos ilustra um exemplo de ponto de contorno, ou de fronteira, de uma região plana F . Dado um ponto de contorno X ∈ F , existem somente três possibilidades distintas para o ponto X ′ = (X ) : ou X ′ pertence ao contorno de F′, ou X ′ pertence ao interior de F′, ou X ′ pertence ao interior do complementar de F′. Como toda semelhança leva pontos interiores em pontos interiores, se X ′ fosse interior a F′, então, pela semelhança −1: F’ → F, concluiríamos que X= −1( (X))= −1(X) seria interior a F . Isso contradiz a hipótese de que X é do contorno de F . Com um raciocínio análogo, podemos deduzir que X ′ também não pode pertencer ao interior do complementar de F′. Excluídas as outras duas possibilidades, concluímos que X ′ pertence ao contorno de F′. Um vértice de uma poligonal F é um ponto de F que pertence à intersecção de dois segmentos não colineares. Vamos considerar apenas o caso de poligonais simples e, portanto, estas intersecções de segmentos da poligonal sempre ocorrem nas suas extremidades. Seja X um vértice de F na intersecção dos segmentos XY e XZ , como nos mostra a figura abaixo: Note que, pela definição de vértice, os pontos X , Y e Z não são colineares é possível mostrar que uma semelhança transforma uma curva aberta arbitrária em uma curva aberta. Para isso, é preciso utilizar aproximações por poligonais. Quanto maior o número de lados em uma poligonal, mais próxima esta poligonal está da curva dada. No entanto, precisamos antes verificar que uma semelhança mantém o número de vértices e arestas de uma poligonal.” José Luiz Rosas Pinho Eliezer Batista Neri Terezinha Both Carvalho Geometria I , paginas 301-303 A partir da prova desses teoremas temos o corolário que afirma , dois segmentos, duas retas e duas semirretas são sempre semelhantes (podendo assim podem ser congruentes). Na Geometria no plano temos que os triângulos são semelhantes quando guardam uma proporção entre eles, conforme provados pelos teoremas 01 e 02, http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri/moduloII/conteudos2_semelhanca.html sendo assim os ângulos e os lados do primeiro triângulo estão em correspondência com os ângulos e lados do segundo triângulo, de tal forma que seus ângulos sejam iguais e os lados do primeiro triângulo sejam proporcionais aos lados do segundo. E para isso não é necessário que sejam conhecidos todos os lados e ângulos dos triângulos para que tenhamos a semelhança assegurada. É isso que nos dizem os critérios de semelhança de triângulos: AA, LAL, LLL. A propriedade demonstrada no teorema 2 é o que esta por trás das demonstraçõesde todas as propriedades importantes das relações de semelhança para a resolução de problemas geométricos. Casos ou critérios de semelhança Caso Lado, Ângulo, Ângulo (AA) Caso Lado, Ângulo, Lado (LAL) Caso Lado, Lado, Lado (LLL) Se dois Triângulos retângulos têm na mesma ordem cateto e a hipotenusa congruentes, então eles são semelhantes. 1 - Caso Lado, Ângulo, Ângulo (AA) Se dois triângulos possuem dois ângulos respectivamente congruentes, então esses triângulos são semelhantes. Demonstração : Seja > notação de Ângulo, então temos >A=>A’ e >B=>B’ então >C=>C’. Vamos supor que 𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗ < 𝐴′𝐵′⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ , então existe um ponto D em 𝐴′𝐵′⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ tal que A’D=AB. Entao seja 𝐷𝐸⃗⃗ ⃗⃗ ⃗// 𝐵′𝐶⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ’, como E em 𝐴′𝐶′⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ então existe um ponto D em 𝐴′𝐵′⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ tal que 𝐴′𝐷⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗= 𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗. Seja 𝐷𝐸⃗⃗ ⃗⃗ ⃗// 𝐵′𝐶⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ’ como E em 𝐴′𝐶⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ , então >D=>B’. Disso ocorre que: 𝐴′𝐷 𝐴′𝐵′ = 𝐴′𝐸 𝐴′𝐶′ ou 𝐴𝐵 𝐴′𝐵′ = 𝐴𝐶 𝐴′𝐶′ OU 𝐴′𝐷 𝐴′𝐵′ = 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 (1) Analogamente conclui-se: 𝐵′𝐴′ 𝐵𝐴 = 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 = 𝐵′𝐶′ 𝐵𝐶 (2) Caso Lado, Ângulo, Lado (LAL) Se dois triângulos tem dois de seus lados respectivamente proporcionais, formando ângulos congruentes, então eles são semelhantes. Seja 𝐷𝐸⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ // 𝐴𝐵⃗⃗⃗⃗ ⃗, então temos (pelo teorema das retas // que os ângulos >A e >B são congruente), sento assim temos também 𝐴𝐶 𝐴𝐷 = 𝐵𝐶 𝐵𝐸 =r , sendo assim eles são semelhantes. Caso Lado, Lado, Lado (LLL) Se dois triângulos tem seus três lados respectivamente proporcionais então eles são semelhantes. 𝐵′𝐴′ 𝐵𝐴 = 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 = 𝐵′𝐶′ 𝐵𝐶 = r então o ∆ABC ~∆A’B’C’ Se dois Triângulos retângulos têm na mesma ordem cateto e a hipotenusa congruentes, então eles são semelhantes. Sejam ABC e DCE triângulos retângulos com um vértice em comum. Se os catetos b e c' são perpendiculares e, além disso temos b c = b′ c′ então as hipotenusas a e a' estão em linha reta. 4 - Semelhança e homotetia, Para entrarmos nesse assunto é necessário ter um entendimento a respeito do que se trata a homotetia, pois ainda não abordamos separadamente em nosso trabalho. O dicionário online nos define a homotetia da seguinte maneira: Matemática Transformação pontual em que uma série de pontos se encontra na reta que a une a um centro fixo, ampliando-se ou reduzindo-se a distância dentro de uma relação constante. Dicionario online http://www.dicio.com.br/homotetia/ É necessário então uma estudo mais profundo sobre as transformações geométricas isometrias (simetria ortogonal, simetria central, translação e rotação) e a homotetia para poder compreender o que acontece no caso de semelhança e homotetia, para compreender as definições e como elas são aplicadas nos casos de transformações geométricas, que não é o foco deste trabalho, mas de uma maneira resumimos esses conceitos da seguinte maneira: Isometria são as adaptaçoes que transformam uma figura F em outra figura F’ igual. Existem quatro isometrias na geometria plana: Reflexão, Reflexão deslizante, Translação, Rotação. A translação: é o nome dado para a ação de "movimentar" as formas, sendo necessárias duas especificações, direção e magnitude. Rotação: com base de um ponto fixado, sendo esse ponto o ponto central da rotação especificamente é o "giro" de uma forma ao redor desse ponto. Reflexão: ocorre O ponto original F e seu correspondente F’ na reflexão tem a mesma distância em relação ao eixo, seja o eixo G e a distancia r, então de G até F=r e de G até F’=r como uma forma refletida no espelho. Reflexão deslizante: resulta da translação e reflexão onde os mesmos elementos são necessários, eixo, direção e magnitude. As simetrias tratam-se de reflexões, a simetria axial é uma reflexão por uma reta e a simetria central é uma reflexão por um ponto. Semelhança: são duas formas semelhantes mais que não tem a mesma forma ,mais a razão ou o ângulo entre elas é o mesmo. Homotetia: significa ampliação, positiva ou negativa, de qualquer ente geométrico, se trata de definir um foco, e outro ponto seja o vértice da figura. Traçando todas as retas possíveis, é possível reduzir ou ampliar a figura. Polígono é uma superfície plana limitada por retas que possuem ângulos, vértices, diagonais e arestas. Polígonos regulares: é quando todas as arestas são iguais e ângulos idem. Já no contexto de transformações geométricas abordaremos as. As Isometrias ou congruências são casos de semelhanças. Sendo na geometria plana todo caso de semelhança um caso de congruência, assim uma semelhança pode ter uma razão de semelhança diferente de 1, e com isso o 1 é o tamanho exato do segmento caso ocorra que essa razão seja diferente, então haverá uma mudança de escala e com isso definiremos o que é homotetia. Uma homotetia de centro O e razão r deve satisfazer as seguintes propriedades: 1) ( O)= O Para qualquer ponto X ≠ O, sua imagem XX ′ = (X ) será o ponto na semi-reta OX tal que OX’=r .OX. Conforme figura acima podemos observar que F → F’, Sendo a homoteria de razão r e de centro O , Desta maneira a homotetia transforma a reta que passa pelo centro essa observação é a base para o teorema a seguir. 4.1 - Teorema 01. - Toda homotetia é uma semelhança que transforma qualquer reta em si própria ou em uma reta paralela. 4. 2 - Teorema 02. - Toda semelhança é uma composição de uma homotetia e de uma isometria. Demonstração: Considere a semelhança : F → F′ de razão r . Fixemos um ponto O arbitrário e tomemos a homotetia , de centro O e razão r 1/2 . E seja F′ a imagem de F pela homotetia . A composta = F → F′ é uma isometria. Logo, tomando a inversa da homotetia : a homotetia −1, de centro O e razão r , teremos que = −1. . Portanto, a semelhança é a composição da homotetia −1 com a isometria . José Luiz Rosas Pinho Eliezer Batista Neri Terezinha Both Carvalho Geometria I , pagina 309 Conclusão Em relação as demonstrações apresentadas, dificilmente encontramos as demonstrações ou provas dos teoremas na internet, normalmente o tema semelhança é abordado bem superficialmente, sem as provas dos teoremas, quando encontramos essas provas, elas não foram claras, de modo que a compreensão da demonstração era bem confusa, com isso optamos em utilizar como citação as demonstrações do livro do ensino a distância da Universidade Federal de Santa Catarina, utilizamos diversas ferramentas além desse livro que irão constar na bibliografia deste trabalho. No livro de matemática "Fundamentos da Matemática Elementar" os autores definiram a razão de semelhança, bem no começo do capitulo, mas não demonstraram a veracidade das informações do teorema e em nenhum outro momento retomaram o tema. Se considerarmos que o autor, de certa forma, apresenta o caso de semelhança de triângulos AAA e, se o analisarmos conjuntamente com a definição de semelhança de poligonos, verificaremos que fica implícito mas não explicado e nem demonstrado o caso LLL (lado — lado — lado). As semelhanças são ferramenta maravilhosas para a resolução de problemas geométricos, são relações de equivalência que associam pontos colineares a pontos colineares, e para isso se : Z → Z ´ é uma semelhança de razão r entre duas figuras planas neste caso a razão entre suas áreas é igual a r.r , sendo necessário que se tenha uma correspondência 1 a 1 entre os pontos de duas figuras e um número real que seja a razão entre as distâncias entre quaisquer pares de pontos correspondentes nestas figuras. Uma homotetia é uma transformação geométrica que, a partir de um ponto fixo O, muda todo ponto no plano de acordo com a escala, senfo ela tambémcomposta por uma homotetia e uma isometria. Os triângulos são semelhantes se os seguimentos X, Y e Z divididos por X’, Y’ e Respectivamente apresentam a razão r em todos os casos todos os casos e seus ângulos de vértices homólogos são. As condições mínimas para se garantir a semelhança entre dois triângulos são atender os três critérios de semelhança e lembrar que se eles são congruentes então também são semelhantes. Cronograma Serão necessários em torno de 8 horas aula para apresentar o conteúdo completo, realizar atividades e exercícios em sala de aula, esse tempo pode se estender de acordo com a participação dos alunos, com duvidas ou comparações de conteúdos já assimilados. Bibliografia: - Fundamentos de Matematica Elementar 9 – Geometria Plana; Osvaldo Dolce e Jose Nicolau Pompeo. - Geometria I – Curso de Licenciatura em Matematica na Modalidade á Distancia; Eliezer Batista, José Luiz Rosas Pinho e Neri Terezinha B. Carvalho. - Semelhança De Triângulos - Um Estudo Didático - Universidade Federal De Santa Catarina Centro De ciências Físicas E Matemáticas Departamento De matemática Graduação Em Licenciatura matemática - Orientando Marco Aurélio Maestri Orientadora Ner1 Terezinha Both Carvalho http://www.mat.ufmg.br/~espec/monografiasPdf/Monografia_TabataChaves.pdf http://www.dicio.com.br/semelhanca/ https://www.youtube.com/watch?v=WMTZc44DcW4 https://www.youtube.com/watch?v=LxFlnxS6iMg https://www.youtube.com/watch?v=q8mrlhJAJf0 https://www.youtube.com/watch?v=ABWHWj_nrh8 http://www.dicio.com.br/semelhanca/ https://www.youtube.com/watch?v=WMTZc44DcW4 https://www.youtube.com/watch?v=LxFlnxS6iMg https://www.youtube.com/watch?v=q8mrlhJAJf0 https://www.youtube.com/watch?v=ABWHWj_nrh8
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