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Capítulo 1 SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho O SESMT objetiva promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho, tem sua fundamentação legal e técnica no art. 162 da CLT e na NR-4. Esse serviço atua na regulamentação dos procedimentos, mantendo os dados atualizados de acidente do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridades. Possui atribuições também na apuração dos acontecimentos, e na prevenção dos acidentes e doenças ocupacionais, fiscalizando o uso corretos os EPIs e todas as medidas de precaução disponíveis O SESMT deverá ser registrado na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), mediante requerimento, contendo: ● nome dos profissionais; ● nº de registro no conselho ou no Ministério do Trabalho; ● grau de risco da empresa; ● nº de funcionários; ● horário de trabalho do estabelecimento; e ● horário de trabalho de cada um dos profissionais. 2.1 – Organização dos Serviços de Saúde e Segurança do Trabalhador 2.1.1 – Recomendação nº 112/59 (OIT) - "Serviços de Medicina do Trabalho" Como vimos na retrospectiva histórica, a nível internacional, o desenvolvimento da OIT foi um dos marcos importante no processo de organização dos serviços de saúde do trabalhador. A recomendação nº 112/59 foi utilizada como um paradigma na elaboração da legislação brasileira sobre o assunto. Em seus pontos principais, essa norma internacional recomendava que todos os países-membros adotassem a obrigatoriedade da existência de serviços médicos de empresa, assim como sugeria que a implantação desses serviços poderia ser feito por via legislativa, por acordos coletivos ou por qualquer outra forma reconhecida pelas autoridade competentes. O maior mérito da Recomendação nº 112/59, no entanto, foi definir as funções dos serviços de medicina do trabalho, destacando-se os seguintes aspectos: 1. As funções dos serviços de medicina do trabalho deveriam ser essencialmente preventivas; 2. Realização dos exames médicos ocupacionais (admissional, periódico, demissional e especiais); 3. Visitação periódica aos locais de trabalho para identificar fatores de risco que possam afetar a saúde dos trabalhadores; 4. Inspeção periódica das instalações sanitárias e de conforto (vestiário, refeitório, alojamento, etc); 5. Orientação na alimentação dos trabalhadores; 6. Registro sistemático de todas as informações referentes à saúde dos trabalhadores; 7. Providenciar os primeiros socorros às vítimas de acidentes ou indisposições; 8. Manter estreito relacionamento com os demais serviços e órgãos da empresa, e com órgãos externos interessados em questão de segurança, saúde e bem-estar social dos trabalhadores. 2.1.2 – Convenção nº 161/85 (OIT) - "Serviços de Saúde no Trabalho" Aspectos principais: 1. Ampliação do conceito restrito de "medicina do trabalho" e a valorização da qualidade geral de vida e a participação dos trabalhadores; 2. Recomenda a adoção de uma "Política Nacional de Saúde no Trabalho"; 2 3. Todo país-membro se compromete a instituir, progressivamente, serviços de saúde no trabalho para todos os trabalhadores, em todas as empresas e em todos os ramos da atividade econômica, inclusive em cooperativas e no setor público; 4. Os serviços deverão ser multidisciplinares, devem desempenhar suas funções em colaboração com outros serviços da empresa e, devem estar adequadamente coordenados com os demais serviços envolvidos na prestação de serviços de saúde; 5. Os serviços devem prestar assessoria quanto ao planejamento e à organização do trabalho; 6. Os serviços devem colaborar na difusão da informação, na formação e na educação nas áreas de saúde e higiene do trabalho e de ergonomia; 7. A autoridade competente deverá consultar as organizações de empregadores e de trabalhadores na aplicação das disposições desta Convenção; 8. Todos os trabalhadores devem ser informados dos riscos para saúde, inerentes a seu trabalho; 9. Os serviços de saúde no trabalho devem ser informados, pelo empregador e pelos trabalhadores, de todo o fator (conhecido ou suspeito) do ambiente de trabalho, que possa ter efeitos sobre a saúde dos trabalhadores; 10. O pessoal que presta serviços de saúde no trabalho não deverá ser instado, pelo empregador, no sentido de averiguar o fundamento ou as razões de faltas ao serviço (artigo 15). 2.2 – Legislação Brasileira A legislação brasileira relativa à organização dos serviços de saúde do trabalhador pode ser sistematizada em 4 níveis: a legislação constitucional, a legislação trabalhista, a legislação de saúde e a legislação complementar. Legislação Constitucional A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 7º trata dos direitos dos trabalhadores quanto ao risco no trabalho. Já o artigo 200 trata da competência do Serviço Único de Saúde (SUS) em executar ações de saúde do trabalhador. Legislação Trabalhista A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em seu capítulo V, artigos 154 a 201, trata da segurança e saúde no trabalho. Esses artigos foram regulamentados em 1977, através da Lei nº 6.514. Legislação de Saúde A Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080/90) em seu artigo 6º subordina o serviço médico de empresa (SESMT) ao Sistema Único de Saúde. Legislação Complementar A Portaria nº 3214/78 fixa as Normas Regulamentadoras (NRs). A NR-4 trata da obrigatoriedade dos serviços médicos de empresas (SESMT). 2.3 – Roteiro para Organização e Implantação do Serviço de Saúde do Trabalhador 3 Inicialmente é de suma importância uma etapa de reconhecimento formada pela consolidação de 3 diagnósticos - o político, o institucional e o situacional. Estes três diagnósticos servirão de base para se estabelecer um plano de ação a ser colocado em prática visando à implementação do Serviço de Saúde do Trabalhador (SST). Diagnóstico Político Nesse diagnóstico deverá ser verificado se a direção da empresa está preocupada em apenas cumprir a legislação ou se há uma conscientização prevencionista, deve-se analisar também se nesse ambiente de trabalho existe alguma política já instaurada para as áreas de segurança e medicina do trabalho ou medicina assistencial. Diagnóstico Institucional No primeiro momento, verifica-se o tipo de atividade da empresa – CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas) e o grau de risco da atividade desenvolvida. Após ter sido realizada essa etapa, deve-se levantar o número de empregados, e suas especificações (sexo, idade, menores, grau de escolaridade), assim como os turnos de trabalho, a localização de trabalho e a posição hierárquica. Diagnóstico Situacional Esse diagnóstico busca analisar as informações pertinentes ao ciclo de trabalho, tais como, o número de acidentes e doenças, o índice de absenteísmo e as informações fornecidas pelos membros da CIPA. Além de analisar o mapa de risco e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa. De posse dos 3 diagnósticos e de outras informações pertinentes, estaremos aptos a iniciar a organização e implantação do SST. Essa fase compreende a: 1. Definição do dimensionamento das instalações físicas mínimas. 2. Admissão de pessoal especializado; 3. Aquisição de móveis, materiais e equipamentos; 4. Elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); 5. Montar normas de ação para rotinas de trabalho (exames médicos, exames complementares, atendimento de urgência, etc); 6. Estabelecer e montar formulários que serão utilizados no SST (prontuários médicos individuais, receituário, atestados ocupacionais, agendamento de consultas, registro de atendimentos, entre outros); 7. Sistematizar a emissão de relatórios periódicos para diretoria e gerências, para o setor de segurança, CIPA, entre outros. 2.3.1 – Formas de Implementação A implantação por empresa ocorre de acordo com o Quadro II da NR-4 da Portaria nº 3214/78. Centralizado (* para uma mesma empresa) 1. Conjunto de estabelecimentos da própria empresa quando a distância entre eles não for superior a 5.000 metros (item 4.2.3).2. Canteiros de obras ou frentes de trabalho com menos de 1.000 empregados e situados no mesmo estado (item 4.2.1). 4 3. Empresa com estabelecimento que se enquadre no Quadro II da NR-4 e com outros estabelecimentos que não se enquadrem, desde que situados no mesmo estado (item 4.2.4). 4. Empresas com estabelecimentos que isoladamente não se enquadrem no Quadro II da NR-4, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no mesmo estado alcance aqueles limites do referido Quadro (item 4.2.5). Comum (*para empresas diferentes) 1. Empresas que não se enquadrem no Quadro II da NR-4 poderão utilizar serviços montados por Sindicatos ou Associações de categoria econômica, por instituição pública ou instituições privadas de direito público (4.14 e 4.15). 2. Empresas contratadas que não se enquadrem no Quadro II da NR-4 poderão utilizar o serviço montado pela contratante (item 4.5). 3. Quando a empresa contratante e a(s) outra(s), por ela contratada(s), não se enquadrarem no Quadro II da NR-4, mas pelo número total de empregados de ambas no estabelecimento, atingirem o limite disposto no referido Quadro (item 4.5.1). Integrado (*para empresas diferentes) Empresas com grau de risco 1 poderão integrar seus serviços, submetendo um programa bienal à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (item 4.3). Serviços Médicos Terceirizados Empresas desobrigadas de manter médico do trabalho deverão contratar os serviços médicos de um médico do trabalho para elaborar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 2.3.2 – Estrutura Organizacional dos Serviços Toda essa estrutura organizacional deve estar de acordo com legislação da Vigilância Sanitária (SUS). Recurso Humanos 1. Pessoal Médico: médico do trabalho, clínico, oftalmologista, otorrinolaringologista, ortopedista, radiologista, etc. 2. Pessoal de Higiene do Trabalho: engenheiro, químico e técnicos. 3. Pessoal de Enfermagem: enfermeira-chefe, auxiliar de enfermagem e técnico em enfermagem. 4. Pessoal Administrativo: secretária, recepcionista, pessoal de limpeza, etc. 5. Pessoal Técnico: para laboratório, radiologia, exame visual, etc. 6. Outros: assistente-social, psicólogo, nutricionista, dentista, fonoaudióloga, fisioterapeuta, entre outros. Instalações Físicas 5 1. Deve ter como área mínima 32 metros quadrados, obedecendo a divisão de: Consultório=10 m; sala de espera=6m; sala de curativos=8m e sanitários=8m. 2. Essa instalação deve estar em área central, de fácil acesso, inclusive para ambulâncias. É necessário que o local não tenha ruídos, poeiras, vibrações. 3. A construção deve ser em espaço térreo, com boa iluminação natural, ventilação adequada e com pisos e paredes impermeáveis. Há a necessidade também da construção de rampas. Mobiliário 1. Mesas de escritório 2. Mesa para exame clínico 3. Cama para repouso 4. Escadinha 5. Mesas auxiliares 6. Mesas para computação 7. Cadeiras (fixas e giratórias) 8. Bancos/sofás para sala de espera 9. Banquetas 10. Armários 11. Arquivos 12. Fichários Equipamentos 1. Balança com antropômetro 2. Estetoscópio e Esfigmomanômetro 3. Negatoscópio 4. Termômetros 5. Lâmpada de altura variável, com haste flexível (foco) 6. Pinças e tesouras diversas 7. Porta-bisturi e lâminas diversas 8. Porta-agulhas e agulhas diversas 9. Seringas e agulhas diversas 10. Luvas descartáveis 11. Cubas diversas 12. Aparelho para esterilização 13. Lanterna para orofaringe 14. Abaixadores de língua 15. Otoscópio, rinoscópio e oftalmoscópio 16. Dinamômetro 17. Martelo para percussão 18. Escalas optométricas ou Orthorather (para exame da acuidade visual) 19. Equipamentos de primeiros socorros (macas, talas infláveis, etc.) 20. Equipamento mínimo para fisioterapia 21. Medicamentos (para medicação de urgência e sintomática) 6 Capítulo 3 Instrumentos Existentes para Auxiliar o Serviço de Saúde e Segurança do Trabalhador 3.1 – Programas Gerais 7 3.1.1 – PCMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Este programa é regulamentado pela NR 07 e tem como objetivo por meio de Exames Ocupacionais a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores através de medidas prevencionistas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ou não ao trabalho. Os Exames Ocupacionais são: ▪ Admissional ▪ Periódico ▪ Retorno ao trabalho ▪ Mudança de função ▪ Demissional Elaboração da ficha médica do funcionário (Guarda mínima de 20 anos): ▪ Anamnese Dirigida (Questionário) ▪ Exame Clínico Geral ▪ Resultado dos Exames Subsidiários Poderá haver a necessidade de solicitação de exames complementares, dependendo dos riscos específicos decorrentes de cada atividade, como Hemograma completo ou RX de Tórax. 3.1.2 – PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais É um documento de ação contínua, um programa de gerenciamento obrigatório para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. Não importando o grau de risco ou a quantidade de empregados. Por exemplo, uma padaria, uma loja ou uma planta industrial, todos estão obrigados a ter um PPRA, cada um com sua característica e complexidade diferentes. O documento-base, previsto na estrutura do PPRA, permanecerá na empresa a disposição da fiscalização, junto com um roteiro das ações a serem empreeendidas para atingir as metas do Programa. Esse programa está estabelecido em uma das Normas Regulamentadoras (NR-9) da CLT- Consolidação das Leis Trabalhistas, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho Esse programa busca a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente de trabalho. Por isso, torna-se imprescindível a participação da CIPA na elaboração do PPRA, auxiliando na sua implementação. Os riscos ambientais são agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. 8 Os riscos ambientais são classificados em: Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Ruídos Poeiras Vírus Vibrações Fumos Bactérias Radiações ionizantes Névoas Protozoários Radiações não ionizantes Gases Fungos Frio Vapores Parasitas Pressões anormais Substâncias, compostos ouprodutos químicos em geral Bacilos Articulação em o PPRA e o PCMSO Ambos são programas de caráter permanente, coexistem nas empresas e instituições, com as fases de implementação definidas. O PPRA deverá pronto para servir de subsídio ao PCMSO. Observe a NR-7, item 7.2.4 – “O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.” De acordo com item 9.1.3 da NR09 – “O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.” 3.1.3 – PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário O PPP é um documento histórico-laboral, apresentado em formulário instituído pelo INSS, contendo todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual é exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de SaúdeOcupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. É necessário o preenchimento do PPP, pelas empresas, para todos os empregados. De acordo com a Instrução Normativa/INSS/DC nº 99 de 05/12/2003, após a implantação do PPP em meio magnético, pela Previdência Social, esse documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos. 3.2 – Programas Específicos 9 3.2.1 – PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção É um Programa obrigatório para todos os estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais. Este Programa é elaborado segundo as exigências contidas no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e objetiva o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos encontrados nesta atividade laboral. Os documentos que integram o PCMAT são: ▪ Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho ▪ Projeto de execução das proteções coletivas ▪ Especificação técnica das proteções coletiva ▪ Cronograma de implantação das medidas preventivas ▪ Layout inicial do canteiro de obra ▪ Programa educativo sobre acidentes e doenças do trabalho. 3.2.2 – PCA: Programa de Conservação Auditiva Este programa é regulamentado pela NR-9 e tem como objetivo prevenir ou estabilizar as perdas auditivas ocupacionais em decorrência de um processo contínuo e dinâmico de implantação de rotina nas empresas. O fonoaudiólogo exerce um papel importante em decorrência do contato individual com o trabalhador, realizando avaliação auditiva (audiometria), informado a eficácia do programa, bem como dando esclarecimentos sobre os efeitos do ruído e as formas de prevenção, e principalmente o uso do EPI ou EPA. Os programas de conservação auditiva devem ser coordenados por profissionais da área médica, por fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, sendo necessário o intercâmbio das informações adequadas ao sucesso do programa. 3.2.3 – PPR: Programa de Proteção Respiratória O PPR é obrigatório para as empresas em que há trabalhadores em ambientes com material em suspensão (aerodispersóides) e considerados prejudiciais à saúde. Esse programa objetiva o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos funcionários envolvidos em ambientes contendo elementos em suspensão (aerodispersóides, névoas, fumos, radionuclídeos, neblina, fumaça, vapores, gases) que provoquem danos às vias aéreas (pulmão, traquéia, fossas nasais, faringe). De acordo com a Portaria número 1 de 11 de Abril de 1994, emitida pelo Ministério do Trabalho, cujo conteúdo estabelece um regulamento técnico sobre uso de equipamentos de proteção respiratória, todo empregador deverá adotar um conjunto de medidas com a finalidade de adequar a utilização de equipamentos de proteção respiratória - EPR, quando necessário para complementar as medidas de proteção 10 eletivas implementadas, ou com a finalidade de garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho. 3.2.4 – PPRPS: Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similaraes O PPRPS é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser implementadas em prensas e equipamentos similares com o objetivo de garantir proteção adequada à integridade física e à saúde de todos os trabalhadores envolvidos com as diversas formas e etapas de uso das prensas e/ou dos equipamentos similares. 3.3 – Outros Instrumentos 3.3.1 – ASO: Atestado de Saúde Ocupacional É o atestado que define se o funcionário está apto ou inapto para a realização de suas funções dentro da empresa. Para cada exame realizado, o médico emitirá em duas vias o ASO. A primeira via ficará arquivada no local de trabalho inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via será obrigatoriamente entregue ao trabalhador mediante recibo na primeira via. Este documento é de extrema importância, pois além da identificação completa do trabalhador, o número de identidade, a função exercida, os riscos que existem na execução de suas tarefas, procedimentos médicos a que foi submetido, ou seja, informações completas sobre a saúde do funcionário deixando o mesmo e a empresa cientes de sua atual condição. 3.3.2 – LTCAT: Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Somente será renovado caso sejam introduzidas modificações no ambiente de trabalho. Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando-se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem. 3.4 – Fiscalização e Penalidades A Norma Regulamentadora de número 28, como o próprio nome diz, trata da fiscalização e em casos do não cumprimento das obrigações com relação às demais NRs, das penalidades que deverão ser aplicadas pelos Agentes de Inspeção do Trabalho. Por exemplo, em uma empresa com um número entre 51 e 100 colaboradores, com relação ao PCMSO ( NR-7 ), temos : 11 ▪ MULTA de 1.324 UFIRs em caso da não elaboração e implementação do PCMSO. ▪ MULTA de 1.986 UFIRs em caso da não realização dos Exames Médicos : admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Com relação ao PPRA ( NR-9 ), temos : ▪ MULTA de 2.200 UFIRs caso a empresa não tenha elaborado e implementado o PPRA. ▪ MULTA de 2.200 UFIRs se não efetuada uma análise global do PPRA para sua avaliação, pelo menos uma vez ao ano. Para a segurança e bem estar dos colaboradores e para evitar penalidades é fundamental o conhecimento e gerenciamento dos programas exigidos pela Legislação Trabalhista. 12 Capítulo 4 Noções Básicas de Epidemiologia Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da ocorrência de doenças em populações humanas e os fatores determinantes destes padrões (Lilienfeld, 1980). Enquanto a clínica aborda a doença em nível individual, a epidemiologia aborda o processo saúde-doença em grupos de pessoas. A epidemiologia trata de qualquer evento relacionado à saúde (ou doença) da população. Suas aplicações variam desde a descrição das condições de saúde da população, da investigação dos fatores determinantes de doenças, da avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde até a avaliação da utilização dos serviços de saúde, incluindo custos de assistência. A epidemiologia obedece ao seguinte princípio: “os agravos à saúde não ocorrem, ao acaso, na população” 4.1 – Metodologia da Investigação Epidemiológica Raciocínio: Lógica indutiva, mediante a qual, partindo-se de certo número de dados, estabelece-se uma proposição mais geral. Objeto de estudo: Ocorrência de doenças nas populações humanas e dos fatores que as influenciam (determinam, condicionam). Hipóteses: Orientam a forma com que os dados referentes ao agravo e seus fatores condicionantes ou determinantes serão associados com o contexto (marco teórico) em que os resultados encontrados serão submetidos à comparação. Investigação epidemiológica: A identificação da doença (definição de caso) tem uma natureza ditada pela comparabilidade potencial e uma tendência à padronização, ao contrário da clínica que reconhece a individualidade de cada paciente. Os instrumentosde medida e/ou identificação de caso estão sujeitos a erros sistemáticos (viés) em função de sua maior ou menor sensibilidade (capacidade para identificar um maior número de casos incluindo inevitavelmente os falsos positivos) e especificidade (capacidade de só incluir casos positivos). 4.2 – Especificação da Abordagem Epidemiológica São dividas em: descritivas e analíticas. Estudos descritivos: Geralmente se limitam ao registro da freqüência de eventos ou agravos patológicos observando sua variação no tempo e espaço. Estudos analíticos: Buscam estabelecer um nexo ou relação de causa efeito entre um determinado agente patogênico e um aspecto específico do meio ambiente, considerando-se a tríade de fatores que intervém e condicionam o aparecimento e desenvolvimento de uma doença (agente, hospedeiro, ambiente). 13 O repertório da epidemiologia engloba quatro estratégias básicas de pesquisa (Almeida & Rouquayrol, 1992): 1) Estudos ecológicos 2) Inquéritos tipo corte-transversal (seccionais) 3) Estudos de caso-controle 4) Estudos de coorte Estudos ecológicos: Abordam áreas geográficas, analisando comparativamente indicadores globais, quase sempre por meio de correlação entre variáveis ambientais (ou sócio-econômicas) e indicadores de saúde. Os estudos seccionais ou estudos de corte transversal ou estudo de prevalência: Observam simultaneamente, o fator causal e o efeito de um determinado agravo ou patologia, revelando apenas medidas de associação entre o agravo e a condição atribuída, úteis para identificar grupos (fatores) de risco, gerar hipótese e descrever a prevalência de doenças. Estudo de caso-controle: Procura verificar a freqüência de um determinado agravo na presença ou ausência de um determinado fator condicionante/determinante distinguindo-se do estudo de coorte pelo fato de que as pessoas foram escolhidas por estar doentes. Os estudos de coorte: São os únicos capazes de abordar hipóteses etiológicas produzindo estimativas de incidência. A técnica de elaboração de uma coorte propõe como seqüência lógica da pesquisa a anteposição das possíveis causas e a posterior busca de seus efeitos ou danos. 4.3 – Indicadores de Saúde ou Epidemiológicos Para que a saúde seja quantificada e para permitir comparações na população, utilizam-se os indicadores de saúde. Estes devem refletir, com fidedignidade, o panorama da saúde populacional. Esses indicadores podem ser expressos em termos de freqüência absoluta ou como freqüência relativa, onde se incluem os coeficientes e índices. Frequência absoluta: Os valores absolutos são os dados mais prontamente disponíveis, são utilizados quando pode assumir-se que a estrutura populacional é estável. Frequência relativa: Para comparar a freqüência de uma doença entre diferentes grupos, deve-se ter em conta o tamanho das populações a serem comparadas com sua estrutura de idade e sexo, expressando os dados em forma de taxas ou coeficientes. Os requisitos para a eficiência na construção de indicadores de saúde são: ▪ disponibilidade dos dados ▪ simplicidade técnica ▪ uniformidade 14 ▪ rápido manejo (Informe técnico no 137 OMS) 4.3.1 – Coeficientes (ou taxas ou rates) São as medidas básicas da ocorrência das doenças em uma determinada população e período. Para o cálculo dos coeficientes, considera-se que o número de casos está relacionado ao tamanho da população que lhes deu origem. O numerador refere-se ao número de casos detectados que se quer estudar e o denominador refere-se a toda população capaz de sofrer aquele evento, é a chamada população em risco. Para uma melhor utilização desses coeficientes, é preciso o esclarecimento de alguns pontos: 1) Escolha da constante (denominador); 2) Intervalo de tempo; 3) Estabilidade dos coeficientes; 4) População em risco. 1) Escolha da constante A escolha de uma constante serve para evitar que o resultado seja expresso por um número decimal de difícil leitura, portanto faz-se a multiplicação da fração por uma constante (100, 1.000, 10.000, 100.000). A decisão sobre qual constante deve ser utilizada é arbitrária, pois depende da grandeza dos números decimais. Para muitos dos indicadores, essa constante já está uniformizada. Por exemplo: para os coeficientes de mortalidade infantil utiliza-se sempre a constante de 1.000 nascidos vivos. 2) Intervalo de tempo É preciso especificar o tempo a que se referem os coeficientes estudados. Nas estatísticas vitais, esse tempo é geralmente de um ano. Para a vigilância epidemiológica (verificação contínua dos fatores que determinam a ocorrência e a distribuição da doença e condições de saúde), pode decidir-se por um período bem mais curto, dependendo do objetivo do estudo. 3) Estabilidade dos coeficientes Quando se calcula um coeficiente para tempos curtos ou para populações reduzidas, os coeficientes podem tornar- se imprecisos e não ser tão fidedignos. Para contornar esse problema, é possível aumentar o período de observação (por exemplo, ao invés de observar o evento por um ano, observá-lo por dois ou três anos), aumentar o tamanho da amostra (observar uma população maior) ou utilizar números absolutos no lugar de coeficientes. 4) População em risco Refere-se ao denominador da fração para o cálculo do coeficiente. Nem sempre é fácil saber o número exato desse denominador e muitas vezes recorre-se a estimativas no lugar de números exatos. 15 4.3.1 – Coeficientes Gerais ▪ NATALIDADE O coeficiente de natalidade está relacionado com o tamanho da população. nº nascidos vivos em determinada área e período x 1.000 população da mesma área, no meio período ▪ MORTALIDADE O número de óbitos (assim como o número de nascimentos) é uma importante fonte para avaliar as condições de saúde da população. Coeficiente de mortalidade geral é obtido pela divisão do número total de óbitos por todas as causas em um ano pelo número da população naquele ano, multiplicado por 1.000. nº de óbitos em determinada comunidade e ano x 1.000 população estimada do mesmo ano ▪ MORBIDADE Morbidade é um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Para que se possa acompanhar a morbidade na população e traçar paralelos entre a morbidade de um local em relação a outros, é preciso que se tenha medidas-padrão de morbidade. As medidas de morbidade mais utilizadas são as de incidência e prevalência. Medida da Prevalência A prevalência (P) mede o número total de casos, episódios ou eventos existentes em um determinado ponto no tempo. O coeficiente de prevalência é a relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o número de pessoas na população, em um determinado período. O termo prevalência refere-se à prevalência pontual ou instantânea. Isso quer dizer que, naquele particular ponto do tempo (dia, semana, mês ou ano da coleta), a freqüência da doença medida foi de uma determinada porcentagem. nº casos EXISTENTES da doença na comunidade e tempo x 10n população da área no mesmo tempo Medida da incidência A incidência mede o número de casos novos de uma doença, episódios ou eventos na população dentro de um período definido de tempo (dia, semana, mês, ano); é um dos melhores indicadores para avaliar se uma condição está diminuindo, aumentando ou permanecendo estável, pois indica o número de pessoas da população que passou de um estado de não-doente para doente. 16 nº casos NOVOS da doença na comunidade e tempo x 10n população da área no mesmo tempo Relação entre Incidência e Prevalência A prevalência de uma doença depende da incidência da mesma (quanto maior for a ocorrência de casos novos, maior será o número de casos existentes), como também da duração da doença. A mudança da prevalência pode ser afetada tanto pela velocidade da incidência como pela modificação da duração da doença. Esta, por sua vez, depende do tempo de cura da doença ou da sobrevivência. ▪ LETALIDADE A letalidade refere-se representa a proporção de óbitos entre os casos da doença,sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. É importante lembrar que, na letalidade, o denominador é o número de doentes. nº óbitos x determinada comunidade e tempo x 100 nº casos da doença x na mesma área e tempo 4.3.2 – Coeficientes / Indicadores Específicos ▪ MEDIDA DE ABSENTEÍSMO O absenteísmo refere-se às ausências dos trabalhadores em um determinado período, seja por falta, doença, férias ou folga. Esse indicador permite verificar as ocorrências, priorizando hábitos comportamentais dos indivíduos face à quantidade de falta ao trabalho, postulando medidas tanto em benefício da empresa quanto de seus funcionários para diminuir as constantes absências na instituição. nº de ausências____ nº de pessoas presentes ▪ DURAÇÃO MÉDIA DAS AUSÊNCIAS EM DETERMINADO PERÍODO nº de dias de ausência num período nº de ausências no período ▪ TEMPO PERDIDO POR AUSÊNCIAS nº de horas de trabalho perdido num período_____ nº potencial de horas ou dias de trabalho no mesmo período ▪ COEFICIENTE DE FREQÜÊNCIA 17 Esse coeficiente avalia a freqüência de determinado agravo que acomete a saúde dos trabalhadores, diante das horas/homens de trabalho total. nº de acidentes__________ x 10n nº de horas-homens trabalhadas por ano ▪ COEFICIENTE DE GRAVIDADE Refere-se à gravidade dos problemas da saúde, mediante o número de dias perdidos. nº de dias perdidos____ x 10n nº de horas-homem trabalhadas 4.4 – Epidemiologia na Saúde e Segurança do Trabalhador A Lei Orgânica de Saúde orienta a execução das ações voltadas para a saúde do trabalhador. O parágrafo 3º do artigo 6 a define como: “Um conjunto de atividades que se destina, por meio das ações das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária, à promoção e à proteção da saúde do trabalhador, assim como visa à recuperação e à reabilitação dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho”. Na área de Saúde do Trabalhador as informações são escassas com estimativas a partir de dados da Previdência Social, por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), sendo pouco abrangentes, não conseguindo apreender dados precisos da questão, pois têm o caráter de seguridade. A subnotificação é um grande desafio a ser vencido. Principalmente nos casos das doenças relacionadas ao trabalho que acabam não sendo diagnosticadas como tal e em casos do trabalho informal que ocultam os acidentes, morte e invalidez. Considerando a necessidade da disponibilidade de informação consistente e ágil sobre a situação da produção, perfil dos trabalhadores e ocorrência de agravos relacionados ao trabalho para orientar as ações de saúde, a intervenção nos ambiente e condições de trabalho e pela constatação de que essas informações estão dispersas, fragmentadas e pouco acessíveis, foi publicada a Portaria nº 777/28 de abril de 2004. Em atendimento a esta portaria a Coordenação Nacional de Saúde do Trabalhador (COSAT), deu início ao processo de construção para a implantação da vigilância Epidemiológica em Saúde do trabalhador com a incorporação dos agravos. 4.5 – Portaria nº 777 Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de 11 agravos da saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica no SUS e as atribuições no nível local, municipal, regional, estadual e nacional nas áreas de assistência (vigilâncias epidemiológica e ambiental e a estruturação de um sistema de informação e capacitação). 4.5.1 – Agravos de Notificação Compulsória 18 1. PAIR (Perda auditiva induzida por ruído): É a diminuição gradual da audição induzida por índice de ruídos elevado no ambiente de trabalho. 2. Dermatoses Ocupacionais: compreendem as alterações da pele, mucosas e anexas, direta ou indiretamente causadas, mantidas ou agravadas pelo trabalho. 3. Pneumoconioses: Conjunto de doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeira nos pulmões e reação tissular à presentes no ambiente de trabalho. 4. LER-DORT: É uma síndrome clínica que afeta o sistema músculo esquelético em geral, caracterizado pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, tais como dor crônica, parestesia, fadiga muscular, manifestando-se principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores. Acontece em decorrência das relações e da organização do trabalho, onde as atividades são realizadas com movimentos repetitivos, com posturas inadequadas. 5. Câncer relacionado ao trabalho: É o câncer que surgiu como conseqüência da exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo após da cessação da exposição. 6. Acidente de Trabalho com Exposição a Material Biológico: Acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos ocorridos com os profissionais da área da saúde durante o desenvolvimento do seu trabalho, onde os mesmos estão expostos a materiais biológicos potencialmente contaminados. 7. Transtornos Mentais relacionados ao Trabalho: São resultantes de situações do processo de trabalho, provenientes de fatores pontuais como exposição a determinados agentes tóxicos, até a completa articulação de fatores relativos à organização do trabalho, como a divisão e parcelamento das tarefas, as políticas de gerenciamento das pessoas e a estrutura hierárquica organizacional. 8. Acidente de Trabalho Fatal: Acidente de trabalho que resulta em morte que ocorrem no exercício da atividade laboral ou no percurso de casa para o trabalho e vice-versa (acidente de trajeto). 9. Trabalho com Mutilações 10. Acidente de Trabalho em Crianças e Adolescentes 11. Intoxicação Exógena: Todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a substâncias químicas (agrotóxicos, produtos de uso doméstico, medicamentos, cosméticos e higiene pessoal, produtos químicos de uso industrial, drogas, plantas, alimentos e bebidas), apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis. 19 20
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