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Introdução à Biofísica e Conceitos Fundamentais

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Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
A Física é a área das ciências naturais que 
estuda os fenômenos que acontecem com a 
matéria no decorrer do espaço e do tempo. 
 
A Física é, tradicionalmente, dividida em 
ramos. Cada ramo agrupa o estudo dos fatos 
que apresentam propriedades semelhantes e 
que podem ser relacionados e descritos por 
leis comuns. 
 
Mecânica – estuda o movimento e suas 
causas. 
Termologia – estuda o calor. 
Acústica – estuda o som. 
Optica – estuda a luz. 
Eletricidade – estuda a eletricidade. 
Física moderna – estuda tudo relacionado a 
física após 1900. 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Matéria: o que detém massa e ocupa espaço 
Energia: é uma grandeza numérica, 
constante em sistemas controlados, que 
relaciona a massa a seu movimento 
 
Ambas formas correspondem ao que se 
denomina Energia Mecânica 
 
 
 
 
A CONSTITUIÇÃO BÁSICA DA MATÉRIA 
A constituição básica da matéria é o átomo. 
 
A matéria, embora constituída por átomos, é 
estudada na Física Clássica como um grande 
e único corpo. Esse corpo é mantido coeso 
por meio das ligações moleculares. 
 
OS ESTADOS DA MATÉRIA 
A matéria pode ser definida de maneira bem 
simplificada como sendo tudo aquilo que tem 
massa e volume e ocupa um lugar no 
espaço. Portanto, a matéria é constituída de 
minúsculas partículas, que podem ser 
átomos, moléculas, íons e assim por diante. 
De modo que, simplificadamente, o que 
diferencia um estado físico de outro é a 
organização dessas partículas, se elas estão 
mais próximas umas às outras ou mais 
afastadas, isto é, se estão mais agregadas 
ou menos agregadas. Por isso, os estados 
físicos podem ser corretamente chamados 
de “estados de agregação”. 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Sólido: Nesse estado, as partículas estão 
bem próximas umas às outras, de modo que 
não se movimentam. Estão bem organizadas 
e, por isso, possuem forma e volume fixos, 
não podendo sofrer compressão. O gelo é 
um bom exemplo disso. 
Líquido: Nesse estado, as partículas 
possuem maior liberdade de movimentação 
que no estado sólido, pois estão um pouco 
mais afastadas umas das outras, havendo 
certo espaço entre elas. Por essa razão, as 
substâncias líquidas, como a água, possuem 
forma variável, adaptando-se ao recipiente 
em que estão contidas, mas não podem ser 
comprimidas, pois possuem volume 
constante. 
Gasoso: Nesse estado, as partículas estão 
bem afastadas umas das outras, possuindo 
grande liberdade de movimentação. Por isso, 
os gases e os vapores, como o vapor de 
água, não possuem forma nem volume fixos, 
conformando-se de acordo com o recipiente 
e podendo ser comprimidos. 
Assim, quando uma substância recebe ou 
perde energia na forma de calor, ela muda de 
estado físico. Com isso, ela continua sendo a 
mesma substância, mas mudou somente a 
organização de suas partículas constituintes. 
Dependendo do tipo de interação entre essas 
partículas, isto é, dependendo da intensidade 
das forças intermoleculares, a quantidade de 
energia necessária para provocar a mudança 
de estado físico varia. Se a força 
intermolecular for bem intensa, precisará de 
mais energia, ou seja, precisaremos aquecer 
bastante a substância para mudá-la de 
estado físico e vice-versa. 
 
NOMENCLATURA DAS TRANSFORMAÇÕES 
 
 
 
O QUE SÃO DIMENSÕES? 
Na física e na matemática, a dimensão de 
um espaço matemático é informalmente 
definida como o número mínimo de 
coordenadas necessárias para especificar 
qualquer ponto dentro dela. 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Massa (m): o quão pesado é um objeto de 
estudo. 
Volume (V): o quão espaçoso é um objeto 
de estudo. 
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/tipos-forcas-intermoleculares.htm
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Densidade (ρ): o quanto pesa um 
determinado volume do objeto de estudo. 
Distância (S): o quão grande é uma 
grandeza linear. 
 – Unidade Internacional: metro (m). 
 
Tempo (t): o quanto esperamos para que se 
complete um evento determinado. 
 – Unidade Internacional: segundo (s). 
Período (T): o tempo que demora para que 
se complete um evento que se repete. 
Frequência (f): quantos eventos se repetem 
em um determinado tempo. – Unidade 
Internacional: Hertz (Hz). 
Movimento: a distância percorrida em uma 
ou mais direções. 
Velocidade (v): o quanto um objeto se 
movimentou em um determinado tempo. 
Aceleração (a): o quanto um objeto muda 
sua velocidade em um determinado tempo. 
 
 
As Leis de Newton são os princípios 
fundamentais usados para analisar o 
movimento dos corpos. Juntas, elas formam 
a base da fundamentação da mecânica 
clássica. 
PRIMEIRA LEI DE NEWTON 
A Primeira Lei de Newton é também 
chamada de "Lei da Inércia" ou "Princípio da 
Inércia". Inércia é a tendência dos corpos de 
permanecerem em repouso ou em 
movimento retilíneo uniforme (MRU). 
Assim, para um corpo sair do seu estado de 
repouso ou de movimento retilíneo 
uniforme é necessário que uma força passe a 
atuar sobre ele. 
Portanto, se a soma vetorial das forças for 
nula, resultará no equilíbrio das partículas. 
Por outro lado, se houver forças resultantes, 
produzirá variação na sua velocidade. 
Quanto maior for a massa de um corpo, 
maior será sua inércia, ou seja, maior será 
sua tendência de permanecer em repouso ou 
em movimento retilíneo uniforme. 
Para exemplificar, pensemos num ônibus em 
que o motorista, que está numa determinada 
velocidade, se depara com um cão e 
rapidamente, freia o veículo. 
Nesta situação, a tendência dos passageiros 
é continuar o movimento, ou seja, eles são 
jogados para frente. 
 
SEGUNDA LEI DE NEWTON 
A Segunda Lei de Newton é o "Princípio 
Fundamental da Dinâmica". Nesse estudo, 
Newton constatou que a força resultante 
(soma vetorial de todas as forças aplicadas) 
é diretamente proporcional ao produto da 
aceleração de um corpo pela sua massa: 
 
 
Onde: 
: resultante das forças que agem sobre o 
corpo 
: massa do corpo 
: aceleração 
LEIS DE NEWTON 
https://www.todamateria.com.br/primeira-lei-de-newton/
https://www.todamateria.com.br/movimento-retilineo-uniforme/
https://www.todamateria.com.br/movimento-retilineo-uniforme/
https://www.todamateria.com.br/segunda-lei-de-newton/
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
No Sistema Internacional (SI) as unidades de 
medida são: F (força) é indicada em Newton 
(N); m (massa) em quilograma (kg) e a 
(aceleração adquirida) em metros por 
segundo ao quadrado (m/s²). 
Importante ressaltar que a força é um vetor, 
ou seja, possui módulo, direção e sentido. 
Dessa forma, quando várias forças atuam 
sobre um corpo, elas se somam 
vetorialmente. O resultado desta soma 
vetorial é a força resultante. 
A seta acima das letras na fórmula 
representa que as grandezas força e 
aceleração são vetores. A direção e o sentido 
da aceleração serão os mesmos da força 
resultante. 
 
TERCEIRA LEI DE NEWTON 
A Terceira Lei de Newton é chamada de "Lei 
da Ação e Reação" ou "Princípio da Ação e 
Reação" no qual toda força de ação é 
correspondida por uma força de reação. 
Dessa maneira, as forças de ação e reação, 
que atuam em pares, não se equilibram, uma 
vez que estão aplicadas em corpos 
diferentes. 
Lembrando que essas forças apresentam a 
mesma intensidade, mesma direção e 
sentidos opostos. 
Para exemplificar, pensemos em dois 
patinadores parados um de frente para o 
outro. Se um deles der um empurrão no 
outro, ambos irão se mover em sentidos 
opostos. 
 
 
Em um sistema fechado a energia sempre se 
conserva, embora mude sua forma. A não 
conservação ocorre por perda de energia em 
forma de calor. Se não houver forças não 
conservativas, a soma de energia mecânica 
antes de um evento é igual à depois do 
eventoNa natureza nada se cria, nada se perde, 
tudo se transforma. 
- Antoine Lavoisier (1743-1794) 
 
ENERGIA EM FORMA DE TRABALHO E POTÊNCIA 
A forma de energia não-conservativa mais 
utilizada na Física Mecânica é denominada 
Trabalho. 
 
Trabalho (τ): energia dispendida por/ 
necessária para que uma força desloque 
determinada distância. 
 – Unidade de medida: Joule (J) 
 
Potência (P): quantidade de energia 
dispendida por tempo. 
 – Unidade de medida: Watt (W) (J/s) 
 
Conceito de Transdução 
Transdução é um fenômeno de conversão de 
um tipo de energia em outro. 
 
 
LEI DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA 
 
https://www.todamateria.com.br/terceira-lei-de-newton/
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
TAXA METABÓLICA 
Taxa metabólica é a quantidade de energia 
gasta por um animal em um determinado 
período de tempo. 
A taxa metabólica pode ser medida em 
joules, calorias ou quilocalorias por unidade 
de tempo. Você também pode ver a taxa 
metabólica expressa como oxigênio 
consumido (ou dióxido de carbono produzido) 
por unidade de tempo. 
 
Quantificação oxidativa 
 É a medição do consumo de gás O2 
 
QR= 
𝐶𝑂2 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜
𝑂2 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜
 
 
O oxigênio é usado na respiração celular e o 
dióxido de carbono é produzido como um 
subproduto, assim ambas medidas indicam 
quanto combustível está sendo queimado. 
Em alguns casos, a taxa metabólica é dada 
para o animal inteiro. Em outros casos a taxa 
metabólica é dada em uma base por massa. 
Taxas metabólicas por massa nos ajudam a 
fazer comparações significativas entre 
organismos de diferentes tamanhos. 
A taxa metabólica "de base" de um animal é 
medida como a taxa metabólica basal (TMB) 
para um endotérmico ou como a taxa 
metabólica padrão (TMP) para um 
ectotérmico. Tanto a TMB quanto a TMP são 
medidas de taxa metabólica em animais que 
estão em descanso, calmos/sem stress e não 
ativamente digerindo alimento (em jejum). 
 Para um endotérmico, a TMB é 
também medida quando o animal está 
em um ambiente termoneutro, isto é, 
um ambiente onde o organismo não 
gasta energia extra (acima da linha de 
base) para manter a temperatura. 
 Para um ectotérmico, TMP variará 
com a temperatura, assim qualquer 
medida de TMP é específica para a 
temperatura na qual é tomada. 
Os endotérmicos tendem a ter taxas 
metabólicas basais altas e altas 
necessidades energéticas, graças à sua 
manutenção de uma temperatura corporal 
constante. Ectotérmicos de tamanho similar 
tendem a ter taxas metabólicas padrão e 
necessidades energéticas muito mais baixas, 
algumas vezes 10% ou menos do que 
aquelas de endotérmicos comparáveis. 
 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS RELACIONADAS 
AO TAMANHO CORPORAL 
Quem tem uma taxa metabólica basal maior: 
um rato ou um elefante? Se nós olharmos 
para a taxa metabólica do organismo inteiro, 
o elefante ganhará - há muito mais tecido 
metabolizante em um elefante do que em um 
rato. Se nós olharmos para a taxa metabólica 
por massa, contudo, a situação se inverte. 
Uma grama de tecido de rato metaboliza 10 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
vezes mais rápido ou mais do que uma 
grama de tecido de elefante. 
Ou seja, quanto menor a massa do 
organismo, provavelmente maior será sua 
taxa metabólica basal. 
Parte da explicação pode estar relacionada à 
proporção entre área superficial e volume do 
animal, e como ela varia com o tamanho. 
Assim como uma célula pequena tem mais 
área superficial em relação ao seu volume 
que uma célula grande, assim também um 
animal pequeno tem mais superfície corporal 
em relação ao seu volume de tecido 
metabolizante. 
Uma vez que os animais trocam calor com 
seu ambiente por toda sua superfície 
corporal, pequenos animais tenderão a 
perder calor para um ambiente mais frio mais 
rápido que animais grandes. Por causa disto, 
um animal menor necessitaria de mais 
energia e uma taxa metabólica mais alta para 
manter a temperatura interna constante (em 
um ambiente de temperatura mais baixa que 
sua temperatura corporal). 
 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS RELACIONADAS 
AOS NÍVEIS DE ATIVIDADE 
Quanto mais ativo está um animal, mais 
energia deve ser gasta para manter essa 
atividade, e maior é a taxa metabólica. 
A taxa metabólica de um animal determina 
quanto alimento ele deve consumir para 
manter seu corpo com uma massa constante. 
Se um animal não come alimento suficiente 
para repor a energia que utiliza, perderá 
massa corporal (uma vez que glicogênio, 
gorduras e outras moléculas são queimadas 
como combustível). Por outro lado, se um 
animal come mais alimento do que precisa 
para repor a energia gasta, haverá sobra de 
energia química que é armazenada pelo 
corpo como glicogênio ou gordura. Esta é a 
base de perda e ganho de peso em seres 
humanos e também em outros animais. 
 
 
 
Temperatura 
É uma medida da energia cinética média de 
translação por molécula de uma substância, 
em kelvins, graus Celsius ou graus 
Fahrenheit. 
 
Escalas termométricas 
 
Calor 
É energia que flui de um objeto para outro 
em virtude de uma diferença de 
temperaturas. É medido em calorias ou 
joules. 
 
TERMOBIOLOGIA 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
MEIOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR 
 O calor é um tipo de energia que pode ser 
transferido de um corpo para o outro quando 
há diferença de temperatura entre eles. A 
transferência de calor pode ocorrer de três 
formas: radiação, condução e convecção. 
 
Radiação 
A radiação térmica, também conhecida 
como irradiação, é uma forma de 
transferência de calor que ocorre por meio de 
ondas eletromagnéticas. Como essas ondas 
podem propagar-se no vácuo, não é 
necessário que haja contato entre os corpos 
para haver transferência de calor. Todos os 
corpos emitem radiações térmicas que são 
proporcionais à sua temperatura. Quanto 
maior a temperatura, maior a quantidade de 
calor que o objeto irradia. 
 
Condução 
Nesse processo, é necessário que o objeto 
esteja em contato com uma fonte de calor, 
por exemplo, o fogo. Primeiramente, a parte 
que está sobre o fogo terá sua temperatura 
elevada, pois o fogo está transferindo energia 
para o objeto. Em seguida, as moléculas que 
constituem o objeto começarão a ficar 
agitadas e irão se chocar com as outras que 
não estão em contato com o fogo. Essa 
agitação será transmitida de molécula para 
molécula até que todo o objeto fique 
aquecido. Dessa forma, na condução, a 
energia propaga-se em virtude da agitação 
molecular. 
Convecção 
É uma forma de transferência de calor 
comum para os gases e líquidos. 
 
Exemplo. 
Ao colocar água para ferver, a parte que está 
próxima ao fogo será a primeira a aquecer. 
Quando ela aquece, sofre expansão e fica 
menos densa que a água da superfície, 
sendo assim, ela desloca-se para ficar por 
cima, enquanto a parte mais fria e densa 
move-se para baixo. Esse ciclo repete-se 
várias vezes e forma uma corrente de 
convecção, que é ocasionada pela diferença 
entre as densidades, fazendo com que o 
calor seja transferido para todo o líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
PARTES DO CORPO E O FLUXO DE IRRADIAÇÃO 
DE ONDAS DE CALOR 
 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE 
CALOR EM ORGANISMOS 
 
Distribuição de temperatura no corpo de um 
indivíduo a temperaturas ambiente de 20°C 
(esquerda) e 35°C (direita). As isotermas, 
que indicam locais de temperaturas iguais, 
demonstram que, a uma temperatura 
ambiente de 35°C, a temperatura central de 
37°C (área sombreada) estende-se aos 
braços e per nas. À temperatura ambiente de 
20°C, os gradientes de temperatura no 
envoltório estendem-se ao longo das pernas 
e braços, e a temperatura central fica restrita 
ao tronco e à cabeça (Aschoff e Wever,1958). 
 
A Teoria do Tecido Caro 
O aumento da energia na dieta, resultado da 
seleção de cérebros mais eficazes, permitiu a 
sobrevivência de intestinos menores com o 
mesmo suporte energético ao organismo. 
Consequentemente, mais energia pode ser 
devotada ao desenvolvimento cerebral. 
 
 
MECANISMOS DE REGULAÇÃO TÉRMICA 
Alterando a condutância entre organismo 
e meio ambiente (frio): 
 Isolamento morfo-térmico do corpo 
(pelugem, tecido adiposo, roupas); - 
 Vasoconstrição periférica (inclusive da 
camada adiposa); - 
 Piloereção (eriçamento de 
pelos/penas, que aumenta camada de 
ar isolante); - 
 Flexão do eixo ântero-posterior do 
corpo, diminuindo a Relação Área 
Superficial por Volume; 
 
Alterando a produção de calor no corpo: 
 Tetania muscular (calafrio) 
 Ativação simpatética por liberação de 
acetilcolina (exceção) 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 Liberação de adrenalina na circulação 
 Aumento da taxa metabólica basal (ou 
diminuição – hibernação e torpor) 
 Incremento metabólico da tireoxina e 
de esteroides 
 Termogênese química: por 
desacoplamento da fosforilação 
oxidativa em gordura marrom; e por 
digestão de alimentos 
 
 
Alterando a condutância entre organismo 
e meio ambiente (quente): 
 Sudorese (superestimulação das 
glândulas sudoríparas, com 
consequente aumento na produção da 
secreção precursora e subsequente 
aumento na liberação de suor) 
 Arquejo (taquipnéia, aumenta a troca 
de gases e, então, de calor por 
condução) 
 Umidificação superficial (lamber ou se 
molhar) 
 Vasodilatação periférica (irrigação da 
camada adiposa) 
 Extensão do eixo ântero-posterior do 
corpo, aumentando a Relação Área 
Superficial por Volume 
 
Alterando a produção de calor no corpo: 
 Repouso 
 Diminuição da taxa metabólica basal 
 Redução metabólica da tireoxina e de 
esteroides 
 
 
O corpo humano tem uma temperatura 
constante entre 36 e 37°C. Algumas pessoas 
podem apresentar temperatura corporal um 
pouco mais elevada ou baixa que essa 
média, sem que isso seja um problema. E, 
por isso, entende-se como febre, a elevação 
da temperatura do paciente além de sua 
média. 
A febre é um dos sintomas clínicos mais 
comuns. Mas o que acontece no nosso corpo 
para elevar a temperatura? 
A temperatura corporal é controlada pelo 
hipotálamo, uma região do cérebro. Quando 
nosso organismo é invadido por agentes 
infecciosos, os glóbulos brancos são ativados 
e começam a combater esses invasores. 
Esse processo aumenta a produção de 
agentes inflamatórios “do bem”, chamados 
prostaglandinas, que ajudam no processo de 
eliminação da infecção. 
Quando esses agentes chegam ao cérebro, 
estimulam o hipotálamo, que aumenta a 
temperatura do corpo. É um ciclo 
interessante. Os glóbulos brancos produzem 
prostaglandinas, que ao chegar ao cérebro, 
aumentam a temperatura do corpo, porque 
assim vai dar mais fortalecer o sistema 
imunológico no combate à infecção. Nesse 
momento, o corpo reage com calafrios, 
contrações musculares e alteração dos 
batimentos cardíacos, porque está lutando 
para se manter aquecido. Esse é o motivo do 
mal-estar causado pela febre. 
O MECANISMO DA FEBRE 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Velocidade (v): o quanto um objeto se 
movimentou em um determinado tempo. 
Aceleração (a): o quanto um objeto muda sua 
velocidade em um determinado tempo. 
Força (F): a influência no sistema que resulta 
de uma determinada massa sob uma 
determinada aceleração. 
Torque (Т): a força rotacional em um objeto 
sobre seu eixo de rotação. 
Momentum (q): grandeza referente ao 
movimento de um objeto portador de massa. 
 
Gravidade 
É a força de atração entre dois centros de 
massa. Na superfície terrestre, resume-se à 
aceleração de ≈ 10m/s2 . 
 
É a gravidade que nos mantém em contato 
com o solo, pois nos aproxima do centro da 
Terra. 
 
A força resultante é denominada Normal, em 
sentido oposto à gravidade. O centro de 
gravidade de nosso corpo é o ponto onde se 
manifesta a força gravitacional média de 
todos os pontos de massa que nos constitui. 
 
CENTRO DE GRAVIDADE E EQUILÍBRIO 
O centro de gravidade, também chamada de 
baricentro, é o ponto de um corpo onde pode 
ser aplicada a força de gravidade de todo o 
corpo. É através do centro de gravidade que 
os corpos atingem ou não um ponto de 
equilíbrio. 
 
Equilíbrio corporal é o estado postural 
assumido pelo corpo que permite a sua 
sustentação no apoio desejado. Muitos 
distúrbios de marcha ocorrem por alterações 
no centro de gravidade estrutural ou em sua 
percepção neural. 
 
O Torque 
Torque é um conceito físico, relativo ao 
movimento de rotação de um corpo após a 
aplicação de determinada força sobre ele. 
 
Torque (T) é definido matematicamente por: 
 T = F * d 
Sendo d a distância entre a força e o ponto 
de rotação. 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
Qualquer um que já abriu uma porta tem um 
entendimento intuitivo sobre torque. Quando 
alguém abre uma porta, eles empurram o 
lado da porta para mais longe das 
dobradiças. Empurrando o lado da porta 
para mais perto das dobradiças requer 
consideravelmente mais força. Embora 
o trabalho feito é o mesmo nos dois casos (a 
maior força seria aplicada sob uma distância 
menor) pessoas geralmente preferem aplicar 
menos força, então se explica a posição 
usual da maçaneta. 
 
A MUSCULATURA ESQUELÉTICA 
A nossa capacidade de locomoção depende 
da ação conjunta de ossos, articulações 
e músculo, sob a “supervisão” e controle do 
sistema nervoso. 
 
Então, de uma forma bem elementar, os 
músculos são as estruturas básicas 
do Sistema Muscular. Como uma de suas 
principais propriedades, temos a contração, 
ou o encurtamento e alongamento das fibras 
musculares, e é justamente essa 
característica que torna possíveis os 
movimentos. 
 
Os músculos também são responsáveis, 
entre outras coisas, por estabilizar as 
posições do nosso corpo e produzir calor, por 
exemplo. Esses órgãos são formados por um 
conjunto de células especializadas que são 
chamadas de Fibras Musculares 
 
Fáscia muscular 
Cada fibra muscular isolada, cada fascículo e 
cada músculo no seu conjunto, estão 
revestidos por um tecido conjuntivo chamado 
de fáscia. 
 
As fáscias são consideradas elementos 
passivos da contração muscular transmitindo 
a tensão gerada pela atividade muscular. 
Têm como principal função fricção (entre 
músculos, fascículos e fibras musculares) 
permitindo, assim, que os músculos deslizem 
uns sobre os outros, e como essas as 
membranas envolvem e isolam um do outro, 
dificulta, por exemplo, a proliferação 
infecções. 
 
 
 
A ESTRUTURA DO SARCÔMERO 
 A Unidade Funcional da Miofibrila 
Esquelética 
https://pt.khanacademy.org/science/physics/torque-angular-momentum/torque-tutorial/a/science/physics/work-and-energy/work-and-energy-tutorial/a/what-is-work
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
 
Sarcômeros são unidades que se repetem 
nas miofibrilas e são compostos pelas 
proteínas actina, tropomiosina, troponina 
(filamentos finos) e miosina (filamentos 
grossos). As miofibrilas são filamentos 
cilíndricos de proteínas (as citadas acima) 
que, em conjunto, formam a fibra muscular. 
As fibras musculares são células cilíndricas, 
longas e multinucleadas que se originam no 
embrião pela fusão de células alongadas, os 
mioblastos. Portanto, os sarcômeros são 
estruturas que fazem parte das células. 
 
 
O CICLO DE PONTES CRUZADAS E A 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
A contração muscular, além de ser 
responsável pela locomoção e vários outros 
tipos de movimentos do corpo, também 
promove a movimentação dos órgãos 
internos. 
 
Tais processos sefazem possíveis graças à 
capacidade de encurtamento das miofibrilas, 
que são filamentos citoplasmáticos das 
células musculares. Tais miofibrilas são 
constituídas por diversos tipos de proteínas, 
sendo a actina e a miosina as mais 
abundantes. 
Os filamentos de actina e miosina 
apresentam uma alta afinidade eletrônica, 
estabelecendo ligações estáveis, o que 
recebe o nome de ponte cruzada. Ambos os 
filamentos se organizam de tal forma que os 
finos podem se deslizar sobre os grossos, 
encurtando as miofibrilas, o que leva à 
contração das células musculares. Todo esse 
processo ocorre em presença de ATP, que 
tem sua hidrólise catalisada pela miosina, 
liberando a energia necessária ao trabalho 
muscular. 
 
 
Impulso 
Caso o sistema não seja conservativo e 
exista forças atuando sobre o mesmo, 
observa-se que os corpos sofrem forças por 
determinada quantidade de tempo. A 
resultante dessa interferência é chamada 
Impulso. 
 
Impulso na Prática Locomotiva 
O aumento do tempo de impacto reduz a 
força necessária para mudar o momentum e, 
https://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/
https://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/
https://www.infoescola.com/bioquimica/adenosina-trifosfato-atp/
https://www.infoescola.com/reacoes-quimicas/hidrolise/
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portanto, reduz a deformação do objeto em 
movimento. 
 
 
 
 
Pressão 
É o efeito de potencial deformador que uma 
força exerce sobre uma determinada área. 
 
Para uma mesma força, quanto menor a 
área, maior a pressão e maior a chance de 
deformação da superfície. 
 
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
Fluxo: volume de fluido em uma determinada 
área ou volume. 
 Ex: 1,5L/compartimento renal. 
 
Vazão: massa ou volume de fluido por 
unidade de tempo. 
 Ex: gotas/segundo 
Na Fisiologia, em português, os conceitos 
são considerados equivalentes: 
FLUXO = VAZÃO = volume por tempo. 
 
Densidade: a relação entre a quantidade de 
massa por um determinado volume. 
 
PROCESSOS BIOFÍSICOS 
 
 
 
Difusão é um processo físico em que 
substâncias são transportadas de uma região 
mais concentrada para outra menos 
concentrada (a favor do gradiente de 
concentração) de maneira aleatória e 
espontânea. Esse processo pode ser 
observado, por exemplo, ao se colocar um 
corante em um copo com água. Com o 
tempo, o corante espalha-se (difunde-se) de 
maneira homogênea, deixando toda a água 
com a mesma quantidade de soluto. 
 
Ou seja, Difusão é o fenômeno de 
espalhamento de uma substância menos 
abundante (soluto) em outra substância 
miscível mais abundante (solvente) atingindo 
a distribuição uniforme de ambos 
 
 
Movimento Browniano 
Em 1827, o botânico Robert Brown observou 
em um microscópio que grãos de pólen se 
movimentavam por caminhos aleatórios 
DIFUSÃO 
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quando em suspensão em água. Tal 
fenômeno foi explicado em 1905 pelo físico 
Albert Einstein, que homenageou o botânico 
ao nomear o fenômeno como Movimento 
Browniano, caracterizado pelo movimento de 
colisão aleatório de moléculas em um fluido. 
 
A COMPOSIÇÃO DO AR 
O ar atmosférico é composto por vários 
gases. Uma análise nas camadas de ar seco 
e limpo ao nível do mar pode revelar 
uma composição de 21% de oxigênio, 78% 
de nitrogênio, 1% de argônio, e 0,03% de 
dióxido de carbono. 
 
A relação ar e pressão atmosférica 
Pressão atmosférica é o peso que o ar 
exerce sobre a superfície terrestre. Sua 
manifestação está diretamente relacionada à 
força da gravidade e à influência que essa 
realiza sobre as moléculas gasosas que 
compõem a atmosfera. Assim, a pressão 
atmosférica sofre variações conforme as 
altitudes e as condições de temperatura do 
ar. 
Quanto maior a altitude de um dado relevo, 
isto é, quanto mais elevado ele estiver em 
relação ao nível do mar, menor será a 
pressão atmosférica. Isso ocorre porque a 
força da gravidade mantém a maior parte do 
ar próxima à superfície, o que explica o fato 
de grandes cadeias de montanhas 
apresentarem um ambiente mais rarefeito. 
 Ar rarefeito é um gás pouco denso presente 
na atmosfera em condições especiais. O ar 
rarefeito está em regiões de baixa pressão 
atmosférica e grandes altitudes. Ao nível do 
mar, por exemplo, o ar é pesado, com uma 
massa estável. Mas, conforme a altitude é 
elevada, a pressão do ar diminui, causando 
dificuldade de respiração. 
 
AR INSPIRADO E AR EXPIRADO 
 
As funções do sistema respiratório são: 
 Levar ar para dentro do corpo, 
retirar oxigénio desse ar e transferi-lo 
para o sangue, que se encarrega de o 
distribuir por todas as células do 
corpo. (Inspiração) 
 Expulsar do nosso corpo o dióxido de 
carbono. (Expiração) 
 
 
 
 
 
 
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VIAS AÉREAS 
A Anatomia das Vias Aéreas é dividida em 
duas porções: via aérea superior, que se 
situa fora da cavidade torácica e é 
constituída pela cavidade nasal, faringe e 
laringe; e via aérea inferior, que consiste na 
traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. 
 
 
O pulmão e a hematose 
A hematose é o processo de trocas gasosas 
que ocorre nos capilares sanguíneos dos 
alvéolos pulmonares através da difusão de 
gases: oxigênio e dióxido de carbono. 
 
 
 
Alvéolos pulmonares 
Alvéolos pulmonares são onde ocorrem as 
trocas gasosas e constituem a última porção 
da árvore brônquica. Essas estruturas fazem 
parte do sistema respiratório e são um dos 
componentes da chamada porção 
respiratória, a qual é formada pelos 
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e 
alvéolos. 
 
são estruturas localizadas na porção 
respiratória do sistema respiratório, sendo 
encontrados após o ducto alveolar, o qual 
pode terminar em um alvéolo único ou em 
sacos alveolares, constituídos por vários 
alvéolos. Eles se assemelham a pequenos 
sacos de ar e caracterizam-se por 
apresentarem paredes muito delgadas, o que 
garante maior facilidade nas trocas gasosas. 
 
Nos alvéolos pulmonares, ocorre o processo 
conhecido como hematose (troca gasosa), 
que garante que o sangue pobre 
em oxigênio torne-se oxigenado. O ar 
inspirado é levado pelas vias aéreas até os 
alvéolos, e, ao chegar a essa estrutura, o 
oxigênio presente no ar difunde-se para o 
interior dos capilares e o gás carbônico 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/hematose.htm
https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&cx=010178560479257371445:mr4ko1lt60u&q=https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sangue.htm&sa=U&ved=2ahUKEwjmvcrB0YnuAhVRHLkGHT4uA04QFjAAegQIBBAB&usg=AOvVaw1irr1w316tCwv99e37LWMS
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/oxigenio.htm
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presente no sangue difunde-se em direção 
contrária. 
 
Devido a esse processo, mediando o sistema 
respiratório e o sistema circulatório, o sangue 
venoso, concentrado em CO2 e convertido 
em sangue arterial rico em O2, é distribuído 
aos tecidos do organismo para provimento 
das reações metabólicas das células. 
 
Portanto, a difusão nos alvéolos pulmonares 
se estabelece por diferenças no gradiente de 
concentração dos capilares, onde o 
CO2 difunde-se do sangue venoso em 
direção ao meio externo, havendo a 
oxigenação do sangue a partir do mecanismo 
inverso com as moléculas de oxigênio na 
cavidade pulmonar. 
 
O DIAFRAGMA E A VENTILAÇÃO PULMONAR 
A respiração pulmonar é um processo em 
que ocorre a entrada de ar em nossos 
pulmões e sua posterior eliminação. A 
entrada do ar é importante, pois garante que 
oxigênio seja levado até o sangue para, 
então, ser distribuído às células. Além disso,a respiração permite que o gás carbônico 
produzido pelas células seja lançado para 
fora do corpo. 
Para que a respiração pulmonar aconteça, é 
fundamental a realização de 
dois movimentos respiratórios: inspiração e 
expiração. 
 
 
→ Inspiração 
Na inspiração, o ar entra em nossos pulmões 
graças à ação integrada de várias 
estruturas. Os principais eventos que 
determinam a inspiração são: 
 Contração dos músculos 
intercostais externos que 
promovem a elevação das 
costelas; 
 A elevação das costelas que 
promove a movimentação do 
esterno para fora, desencadeando 
o aumento do diâmetro do tórax; 
 O diafragma, músculo que separa 
a cavidade abdominal e torácica, 
contrai e abaixa o assoalho da 
cavidade torácica; 
 O pulmão alarga-se; 
 A pressão intrapulmonar diminui. 
A diminuição da pressão intrapulmonar, que 
chega a valores abaixo da pressão 
atmosférica, promove a entrada de ar nos 
pulmões. Quando o ar entra nos pulmões, a 
pressão atmosférica e a intrapulmonar ficam 
equilibradas temporariamente. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/hematose.htm
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→ Expiração 
Na expiração, o ar é expulso do nosso corpo 
de maneira passiva. O que se observa nesse 
movimento respiratório é o inverso do que 
ocorre na inspiração, assim, os eventos 
marcantes desse movimento são: 
 Relaxamento dos músculos 
intercostais externos; 
 Relaxamento do diafragma; 
 Retorno ao tamanho de repouso 
da cavidade torácica; 
 Retração dos pulmões; 
 Aumento da pressão 
intrapulmonar. 
 
O aumento da pressão intrapulmonar força o 
ar para fora dos pulmões, lançando-o no 
meio. Quando o ar sai dos pulmões, a 
pressão atmosférica e a intrapulmonar ficam 
equilibradas temporariamente. 
 
A TENSÃO SUPERFICIAL E O SURFACTANTE 
O surfactante pulmonar é um líquido que 
reduz de forma significativa a tensão 
superficial dentro do alvéolo pulmonar, 
prevenindo o colapso durante a expiração. 
 
A tensão superficial é a força que atua 
através de uma linha imaginaria na superfície 
do liquido. Ela se origina porque as forças de 
atração entre as moléculas adjacentes do 
liquido são muito mais fortes do que aquelas 
entre o liquido e o gás, resultando em 
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diminuição da superfície liquida, gerando 
uma pressão dentro do alvéolo. 
 
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CONCEITOS FÍSICOS FUNDAMENTAIS 
 
Densidade (d): grandeza caracterizada pela 
razão entre massa por volume 
Viscosidade (η): grandeza caracterizada 
pela resistência intrínseca de um fluido ao 
escoamento. 
Pressão (P): grandeza caracterizada pela 
razão entre força por área. 
Tensão (T): estado de submissão de um 
material a forças unidirecionais opostas que 
tendem a gerar ruptura. 
Resiliência (Re): grandeza caracterizada 
pela resistência de um material à deformação 
(vulgarmente conhecido como Elastância – 
dada em % de restauração ao estado inicial 
após deformação. 
Complacência (C): grandeza caracterizada 
pela relação entre deformação volumétrica 
por unidade de tensão. 
 
FLUXO EM ESPAÇOS CILÍNDRICOS (VASOS) 
É entendido como fluido qualquer tipo de 
matéria que apresenta a propriedade de 
escoar ou fluir. Esses fluxos de fluidos 
sempre estão apoiados nas leis e princípios 
já destacados acima. Na natureza os fluxos 
são caracterizados nas diversas seguinte 
maneiras: 
 
Fluxo laminar: Nesse caso as partículas 
constituintes do fluido apresentam trajetórias 
 
bem definidas. Essas trajetórias formam 
camadas ou lâminas que preservam as 
propriedades e características do meio. O 
escoamento laminar aparece geralmente em 
baixas velocidades e em fluidos mais 
viscosos. Nesse tipo específico de 
escoamento a viscosidade do fluido age de 
maneira a amortecer o surgimento de 
turbulências. 
 
 Velocidade em parábola 
 Som agudo ou inaudível 
Fluxo Turbilhonar: Nesse caso as partículas 
constituintes do fluido apresentam trajetórias 
indefinidas. Isso quer dizer que as trajetórias 
são aleatórias e irregulares. Geralmente o 
escoamento turbulento aparece em fluidos 
menos viscosos como a água. 
 
 Velocidade multidirecional 
 Som grave e audível 
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CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA VASCULAR 
o sistema cardiovascular é formado 
pelo coração, artérias, veias e capilares, 
sendo esses três últimos denominados 
genericamente de vasos sanguíneos. É 
nesses vasos que o sangue circula, sendo 
levado para todas as partes do corpo, o que 
garante nutrição e oxigenação das células. 
 
Características dos vasos sanguíneos 
Geralmente os vasos sanguíneos são 
formados pelas seguintes camadas, também 
conhecidas como túnicas: túnica íntima, 
túnica média e túnica adventícia. A camada 
mais interna é a túnica íntima, e a mais 
externa é a adventícia. A túnica íntima é 
formada pelo endotélio, uma camada 
de tecido conjuntivo frouxo que 
ocasionalmente apresenta células 
musculares e uma lâmina elástica interna. A 
túnica média, por sua vez, é formada 
por tecido muscular liso associado a fibras 
elásticas. Por fim, a túnica adventícia é 
formada por tecido conjuntivo denso não 
modelado e tecido conjuntivo frouxo. 
 
→ Artérias 
As artérias são vasos sanguíneos que levam 
sangue do coração para todos os tecidos. À 
medida que saem do coração, essas artérias 
tornam-se de menor calibre e cada vez mais 
ramificadas. O sangue, ao sair do coração, 
está sob uma alta pressão, o que poderia 
danificar as artérias se elas não possuíssem 
paredes elásticas e fortes. Nas artérias, 
percebe-se que a túnica média é bem mais 
desenvolvida quando comparada com as dos 
outros tipos de vasos sanguíneos. 
Túnica íntima: é a camada mais interna dos 
vasos sanguíneos. É formada por uma 
camada de células endoteliais que se apoia 
em uma camada de tecido conjuntivo frouxo 
(camada subendotelial). Separando a túnica 
íntima da média, há uma lâmina elástica 
interna, a qual apresenta elastina. 
Túnica média: destaca-se por ser rica em 
células musculares lisas. Entre essas células, 
existe uma matriz que contém, entre outros 
componentes, fibras e glicoproteínas. Pode-
se observar entre a túnica média e a túnica 
adventícia a presença de uma lâmina elástica 
externa em artérias de calibre menor. Nas 
artérias de calibre maior, a túnica média 
apresenta-se bem espessa. 
Túnica adventícia: é a camada mais externa 
dos vasos sanguíneos e apresenta como 
principais componentes o colágeno e as 
fibras elásticas. 
 
Anteriormente, considerava-se que artérias 
eram vasos que transportavam apenas 
sangue rico em nutrientes e oxigênio, que 
recebia o nome de sangue 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/coracao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo-1.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-muscular.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo-1.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-muscular-liso.htm
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arterial. Entretanto, hoje sabemos que isso 
não é verdade, pois existe a artéria 
pulmonar, que leva sangue pobre em 
oxigênio do coração ao pulmão para que ele 
possa ser oxigenado. 
 
→ Veias 
As veias são vasos sanguíneos que 
transportam sangue proveniente dos tecidos 
para o coração. As veias maiores resultam 
da convergência de vasos sanguíneos, que 
tornam a veia mais calibrosa à medida que 
se aproxima do coração. Quando 
comparadas às artérias, verificamos que a 
túnica média das veias é menos musculosa e 
com menos fibras elásticas.Túnica íntima: é formada por células 
endoteliais que ficam apoiadas em uma 
camada de tecido conjuntivo frouxo. Nas 
veias essa túnica é fina. 
Túnica média: é formada, principalmente, 
por células musculares lisas, e entre elas é 
encontrada uma matriz extracelular 
composta, entre outros componentes, por 
fibras elásticas. A túnica média desses vasos 
sanguíneos apresenta menos músculo e 
fibras elásticas do que essa camada nas 
artérias. 
Túnica adventícia: Na túnica adventícia, 
observa-se a presença, principalmente, de 
colágeno e fibras elásticas. Nas veias essa é 
a camada mais desenvolvida. 
 
Normalmente o sangue transportado pelas 
veias é rico em gás carbônico e pobre em 
nutrientes, por isso, esse tipo de sangue era 
chamado anteriormente de sangue 
venoso. Vale destacar, no entanto, que as 
veias também transportam sangue rico em 
oxigênio, que é o caso da veia pulmonar. 
Diferentemente das artérias, a pressão nas 
veias é menor. Para que o sangue consiga 
vencer a força da gravidade e a baixa 
pressão para retornar ao coração, as veias 
possuem válvulas que evitam o refluxo de 
sangue. 
 
→ Capilares 
Os capilares são vasos sanguíneos que 
apresentam como função principal realizar 
trocas entre o sangue e os tecidos, 
garantindo que nutrientes e oxigênio sejam 
passados para as células. Por causa dessa 
função, é importante que esses vasos sejam 
delgados. Normalmente os capilares são 
formados por uma única camada de células 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo-1.htm
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endoteliais e seu diâmetro fica em torno de 8 
mm. 
 
 
VASOCONSTRIÇÃO SIMPÁTICA 
O Sistema Nervoso Simpático promove a 
vasoconstrição de arteríolas periféricas, 
diminuindo a perfusão e hematose dos 
membros e da pele. Isso ocorre 
principalmente na regulação térmica e 
pressórica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A ANATOMIA DO CORAÇÃO 
Coração é um órgão muscular que, por meio 
da sua contração, garante o bombeamento 
do sangue para as diferentes partes do 
corpo. O bombeamento do sangue é 
fundamental para que nutrientes 
e oxigênio cheguem a todas as células e que 
os resíduos do metabolismo sejam levados 
até locais adequados para sua eliminação. 
 
 
Características do coração 
O Coração é um órgão localizado na parte 
inferior do mediastino médio. Encontra-se na 
cavidade torácica, mais precisamente na 
região posterior ao osso esterno e acima do 
músculo diafragma. Esse órgão tem 
o tamanho aproximado de uma mão 
fechada e apresenta maior parte da sua 
massa à esquerda da linha mediana. 
 
O coração possui um formato de cone 
invertido, com seu ápice voltado para baixo, 
e seu peso é de cerca de 300 g. O coração é 
um órgão formado, principalmente, por tecido 
muscular estriado cardíaco, o qual se 
caracteriza por apresentar contração 
involuntária. Esse órgão realiza contrações e 
relaxamentos que seguem um ritmo 
cíclico. Sua contração garante o 
bombeamento de sangue, enquanto seu 
relaxamento permite que as câmaras se 
encham dele. A fase de contração recebe a 
denominação de sístole, enquanto a fase de 
relaxamento é denominada diástole. 
 
O coração apresenta paredes constituídas 
por três camadas: 
 
Endocárdio: é a camada mais interna e é 
formado por endotélio que está sobre uma 
camada subendotelial delgada de tecido 
conjuntivo. Essa última camada conecta-se 
ao miocárdio por uma camada de tecido 
conjuntivo que apresenta nervos, veias e 
alguns ramos do sistema responsável pela 
condução do impulso do coração. O 
endocárdio reveste as cavidades do coração, 
as válvulas e os músculos associados com 
as válvulas. 
Miocárdio: é a camada média do coração e 
a mais espessa. O miocárdio é rico em 
células musculares cardíacas, sendo a 
camada responsável pela capacidade de 
contração desse órgão. O miocárdio do 
ventrículo esquerdo é mais espesso que o do 
ventrículo direito. Isso se deve ao fato de que 
a contração nessa região deve ser mais 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/oxigenio.htm
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vigorosa, de modo a garantir que o sangue 
siga para o corpo. 
Pericárdio: é uma espécie de saco 
invaginado constituído de uma camada mais 
externa, chamada de pericárdio parietal, e de 
uma camada mais interna, chamada de 
pericárdio visceral. É este último que adere 
ao coração e forma a camada mais externa 
do órgão (epicárdio). 
 
Cavidades do coração 
O coração humano é formado por quatro 
cavidades, assim como o de todos 
os mamíferos. Nesse órgão é possível 
observar dois átrios e dois ventrículos. 
 
Átrios: apresentam paredes relativamente 
delgadas e funcionam como câmaras 
receptoras de sangue. O átrio esquerdo 
recebe o sangue proveniente do pulmão, 
enquanto o direito recebe o que vem de 
outras partes do corpo, com exceção do 
pulmão. Dessas cavidades o sangue segue 
para os ventrículos. 
Ventrículos: apresentam paredes mais 
grossas — uma característica importante, 
uma vez que sua contração garante que o 
sangue siga para os pulmões e outras partes 
do corpo. A contração do ventrículo direito 
impulsiona-o em direção aos pulmões, 
enquanto a do esquerdo garante o seu 
impulso ao restante do corpo. 
 
Caminho do sangue dentro do coração 
O coração funciona como uma espécie de 
bomba que garante o impulsionamento do 
sangue para todas as partes do corpo. O 
sangue, proveniente das várias partes do 
corpo, com exceção do pulmão, chega ao 
coração pelo átrio direito. As veias cavas 
superior e inferior trazem sangue do corpo e 
desembocam-no nessa cavidade, assim 
como o seio coronário, o qual é responsável 
por drenar o sangue presente no coração. 
 
Após chegar ao átrio direito, o sangue segue 
em direção ao ventrículo direito. Do 
ventrículo, ele parte em direção aos pulmões, 
sendo levado pela artéria pulmonar. Nos 
pulmões, o sangue, que até então estava rico 
em gás carbônico, recebe o oxigênio 
proveniente da respiração, tornando-se 
oxigenado. 
 
O sangue oxigenado retorna então para o 
coração por meio das veias pulmonares. 
Essas veias desembocam no átrio 
esquerdo. O sangue, daí, segue para 
o ventrículo esquerdo, local de onde será 
impulsionado para todo o corpo, com 
exceção do pulmão, sendo levado pela 
artéria aorta. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/classe-mammalia.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/movimentos-respiratorios.htm
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
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CONCEITOS IMPORTANTES 
Difusão 
Difusão é o fenômeno de espalhamento de 
uma substância menos abundante (soluto) 
em outra substância miscível mais abundante 
(solvente) atingindo a distribuição uniforme 
de ambos. 
 
Soluto 
É a substância que se encontra dispersa no 
solvente. Corresponde a substância que será 
dissolvida e, geralmente, apresenta-se em 
menor quantidade na solução. 
 
Solvente 
É a substância na qual o soluto será 
dissolvido para formação de um novo 
produto. Apresenta-se em maior quantidade 
na solução. 
 
Solução 
Uma solução pode ser definida como a 
mistura homogênea de duas ou mais 
substâncias. 
 
EXEMPLOS DE SOLUTO E SOLVENTE 
Água e sal 
 Soluto: Sal de cozinha - Cloreto de 
sódio (NaCl) 
 Solvente: Água 
 
Por se tratar de um composto iônico, o 
cloreto de sódio na solução dissocia-se e 
forma íons que, por sua vez, são solvatados 
por moléculas de água. 
O polo positivo da água (H+) interage com o 
ânion do sal (Cl-) e o polo negativo da água 
(O2-) interage com o cátion (Na+). 
Esse é um tipo de solução eletrolítica, pois as 
espécies iônicas em solução são capazes de 
conduzir corrente elétrica. 
 
Água e açúcar 
 Soluto:Açúcar - Sacarose 
(C12H22O11) 
 Solvente: Água 
O açúcar é um composto covalente e quando 
dissolvido em água as moléculas se 
dispersam, mas não alteram a sua 
identidade. 
Essa solução aquosa é classificada como 
não eletrolítica, pois o soluto disperso em 
solução é neutro e, por isso, não reage com 
a água. 
 
 
https://www.todamateria.com.br/agua/
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-molecula/
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Uma importante regra para solubilidade é 
que semelhante dissolve semelhante. 
Compostos polares são dissolvidos em 
solventes polares, enquanto que substâncias 
apolares dissolvem-se em solventes 
apolares. 
 
Mistura homogênea 
É uma solução que apresenta uma única 
fase. 
Ex: água e sal 
Mistura heterogênea 
Apresenta duas ou mais fases. 
Ex: água e óleo 
Fase é cada porção que apresenta aspecto 
visual uniforme. 
 
 
A dissociação iônica é a separação de íons 
que ocorre a partir de compostos iônicos 
dissolvidos em água. 
A água interage com os íons e provoca a sua 
separação, um fenômeno denominado de 
solvatação. 
Ele observou que algumas substâncias 
quando colocadas em água podiam conduzir 
eletricidade. Assim, Arrhenius sugeriu que 
nas soluções aquosas deviam existir 
partículas carregadas eletricamente, os íons. 
É importante ressaltar que apenas as 
substâncias iônicas, como sais e bases, 
sofrem dissociação quando em soluções ou 
fundidos. 
Processo 
Para exemplificar o processo de dissociação, 
podemos utilizar o NaCl, o sal de cozinha. 
Quando o NaCl é colocado em água, temos a 
seguinte equação: 
 
O NaCl é um composto iônico, por isso os 
íons já existiam, o que ocorreu foi apenas a 
separação entre eles através da ação da 
água. 
Agora temos um outro exemplo utilizando 
uma base: 
O NaOH, uma base, quando colocado em 
água, a ligação entre o Na+ e OH- é rompida 
e os mesmos são liberados no meio. 
 
Lembre-se que as bases são substâncias 
que liberam íons hidroxila (ânions OH–) em 
solução aquosa. 
É importante ressaltar que os íons livres em 
soluções aquosas podem conduzir 
eletricidade. 
 
DISSOCIAÇÃO E IONIZAÇÃO 
Entenda a diferença entre dissociação iônica 
e ionização: 
DISSOCIAÇÃO IÔNICA 
https://www.todamateria.com.br/ionizacao/
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Dissociação iônica: É o processo físico de 
separação de íons que ocorre em sais e 
bases. 
Ionização: É uma reação química que 
origina íons a partir de ácidos colocados em 
água. 
Assim, a ionização é o processo de formação 
de íons. 
Exemplo: 
 
No caso do HCl (ácido clorídrico), a ligação 
química entre o H e Cl é quebrada e formam-
se os íons H+ e Cl-. 
Em comum, na dissociação e ionização os 
elétrons livres podem conduzir eletricidade. 
Tal situação não ocorre, por exemplo, com o 
açúcar (C12H22O11) que não forma íons em 
solução aquosa. 
Portanto, não há condução de eletricidade e 
o açúcar apenas se dissolve na água. 
 
DIFUSÃO 
Sob as mesmas condições de temperatura e 
pressão, as taxas de difusão (r) dos gases 
são inversamente proporcionais às raízes 
quadradas de suas massas molares 
Tais fenômenos levaram os fisiologias a 
proporem a chamada Constante de Difusão 
(K) para gases, que relaciona a velocidade 
de difusão diretamente à pressão parcial de 
cada gás específico na fase gasosa e é 
definida como: o número de centímetros 
cúbicos de um gás que se difunde em 1 
minuto, através de uma área de 1cm2, 
quando o gradiente de pressão é 1atm por 
centímetro. 
 
O tempo de difusão aumenta com o 
quadrado da distância média total. 
 
Equação de Fick 
Basicamente diz que, quanto mais próximo 
da homogeneidade, ou seja, quanto menor o 
gradiente de concentração, menor será a 
velocidade de diluição. 
 
 
 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
 
Um gradiente de concentração ocorre 
quando a concentração de partículas é maior 
em uma área que na outra. No transporte 
passivo, partículas irão difundir na direção do 
menor gradiente de concentração, das áreas 
de maior concentração para áreas de 
menor concentração, até que elas tenham a 
mesma concentração. 
 
Quando as substâncias estão igualmente 
distribuídas, não há mais um gradiente de 
concentração. 
 
OSMOSE 
É o movimento de água entre duas soluções 
com diferentes concentrações de soluto 
quando as soluções são separadas por uma 
membrana semipermeável 
 
Molaridade (M): número de mols de um 
soluto (n) por volume (V) de solução. 
Osmolaridade (Osm): número de partículas 
(i) dissociadas por volume (V) de solução. 
Pressão Osmótica (π): pressão hidrosalina 
(π) exercida por uma solução conforme sua 
osmolaridade (Osm) sob determinadas 
condições de temperatura (T) em Kelvin e de 
pressão (P) em atm. 
Equação de van’t Hoff 
Um composto dissociável aumenta a pressão 
osmótica em dobro. 
Exemplo: Cloreto de sódio 
 
Quando o NaCl é colocado em água os íons 
se separam. 
Supondo que há uma concentração de 10 
NaCl em uma solução aquosa, após a 
separação dos íons, será 10 Na+ e 10 Cl-, ou 
seja, a pressão osmótica aumentará 20 
vezes e não 10. 
Esse fenômeno explica porque uma pessoa 
hipertensa não pode fazer um consumo alto 
de sal, pois, como vimos, o sal aumenta em 
dobro a pressão. 
Esse processo, no entanto, não ocorre com 
substancias que não são dissociáveis como a 
glicose por exemplo. 
Em uma solução aquosa, uma concentração 
de 10 C6H12O6 (glicose) aumentará a 
pressão osmótica somente 10 vezes, pois o 
composto não sofrerá dissociação iônica. 
Dessa forma, em caso de compostos não 
dissociáveis, a pressão osmótica aumenta de 
acordo com a quantidade de moléculas. 
Quanto maior a concentração iônica na 
solução, maior será sua pressão osmótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
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COEFICIENTE DE REFLEXÃO 
A permeabilidade de um soluto em relação a 
uma certa membrana é caracterizada pelo 
seu coeficiente de reflexão, de modo que 0 
representa total permissividade da 
membrana ao íon e 1 representa total 
reflexão da membrana ao íon. 
Quanto maior a pressão, maior será o 
número de partículas que vão permear a 
membrana. 
 
Equilíbrio donnan 
 Equilíbrio de forças física e química 
que permite dois ambientes 
preservarem um gradiente de 
concentração. 
 
É um nome para o comportamento 
de partículas carregadas perto de 
uma membrana semipermeável que às vezes 
não consegue se distribuir uniformemente 
pelos dois lados da membrana. A causa 
usual é a presença de uma substância 
carregada diferente que é incapaz de 
atravessar a membrana e, portanto, cria 
uma carga elétrica desigual. Por exemplo, as 
grandes proteínas aniônicas no plasma 
sanguíneo não são permeáveis a 
paredes capilares . 
 
Como os pequenos cátions são atraídos, 
mas não estão ligados às proteínas, os 
pequenos ânions cruzarão as paredes 
capilares para longe das proteínas aniônicas 
mais prontamente do que os pequenos 
cátions. 
 
Assim, algumas espécies iônicas podem 
passar pela barreira, enquanto outras não. 
As soluções podem ser géis ou colóides , 
bem como soluções de eletrólitos. 
Estabelece-se uma “situação de equilíbrio, 
com distribuição desigual de íons difusíveis e 
carga elétrica resultante. 
O potencial elétrico que surge entre duas 
dessas soluções é denominado potencial de 
Donnan. 
https://stringfixer.com/pt/Ions
https://stringfixer.com/pt/Semi-permeable_membrane
https://stringfixer.com/pt/Electrical_charge
https://stringfixer.com/pt/Anion
https://stringfixer.com/pt/Blood_plasma
https://stringfixer.com/pt/Blood_plasma
https://stringfixer.com/pt/Capillary
https://stringfixer.com/pt/Cation
https://stringfixer.com/pt/Gel
https://stringfixer.com/pt/Colloid
https://stringfixer.com/pt/Electrolytehttps://stringfixer.com/pt/Electric_potential
https://stringfixer.com/pt/Donnan_potential
https://stringfixer.com/pt/Donnan_potential
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
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O QUE É SOM? 
Trata-se de um tipo de onda mecânica, 
longitudinal e tridimensional, sendo um dos 
principais tipos de ondas presentes em nosso 
cotidiano. 
O som é uma onda do tipo mecânica, pois 
precisa de um meio para propagar-se, e 
é tridimensional, já que pode ser percebida 
em todas as direções. O fato de ser 
tridimensional restringe a sua forma de 
propagação, que não pode ser transversal, 
mas, sim, longitudinal, isto é, as ondas terão 
uma direção de propagação paralela à 
vibração que as gerou. As ondas 
eletromagnéticas são uma exceção, pois, 
mesmo sendo tridimensionais, a sua forma 
de propagação é transversal. 
 
Espectro sonoro 
O ouvido humano pode perceber sons 
apenas dentro de um intervalo de 
frequências, que vai de, no mínimo, 20 
Hz até o máximo de 20.000 Hz. Os sons 
abaixo do mínimo audível são denominados 
de infrassons e aqueles acima do máximo 
audível pelo ser humano são denominados 
de ultrassons. O espectro sonoro mostra as 
regiões da audição humana, bem como as 
regiões de infra e ultrassons. O que para nós 
pode ser infrassom ou ultrassom pode ser 
som audível para alguns animais, como os 
cães. 
 
 
Audição 
 
O ser humano utiliza o som, em conjunto 
com outros tipos de estímulos, proveniente 
do ambiente para perceber o mundo a sua 
volta, o que faz com que emoções e 
sentimos sejam despertos. A audição é, 
dentre todos os sentidos humanos, o primeiro 
a ter o desenvolvimento completo em termos 
de origem. O seu funcionamento tem início 
por volta das 16 semanas de gestação, 
quando já é possível o feto responder a 
estímulos provenientes do corpo materno e 
do ambiente externo. Esses estímulos são 
mecânicos, por meio de ondas sonoras as 
estruturas que compõem o sistema 
auditivo captam, transformam e transmite ao 
córtex cerebral, onde serão interpretados e 
armazenados. 
O sistema auditivo é dividido em três partes 
descritas abaixo. O processo da audição 
ocorre em duas etapas: o mecânico, que 
acontece na orelha externa e média, e o 
mecânico/elétrico, que decorre na orelha 
interna. 
Orelha externa – constituída pelo pavilhão 
auricular e o canal auditivo. 
Orelha média – membrana timpânica e 
cadeia de ossículos. 
Orelha interna – cóclea, sistema vestibular e 
nervo auditivo. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-audicao-humana.htm
https://www.infoescola.com/sentidos/
https://www.infoescola.com/fisica/ondas-sonoras/
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FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO 
A vibração da onda sonora se propaga no 
meio e produz sons que são audíveis à 
orelha do ser humano. A frequência de som 
percebida pelo ser humano está entre 20 Hz 
e 20.000 Hz. Contudo, esses valores podem 
variar com o avanço da idade, onde pode 
existir a presbiacusia (perda auditiva). Na 
orelha externa, o som (energia sonora) é 
captado pelo pavilhão auricular, que funciona 
como um funil a fim de concentrar melhor a 
coleta dos sons. Os estímulos sonoros são 
direcionados para o meato acústico externo, 
onde são amplificados. 
Essa estrutura funciona também como auxílio 
na localização da fonte sonora (através da 
pressão que o som exerce na orelha). O som 
passa pelo canal auditivo externo e segue 
pela membrana timpânica, sendo 
transformada em energia mecânica e 
transmitida aos ossículos. 
A orelha externa funciona também como 
proteção ao sistema auditivo: há presença de 
pelos, glândulas sebáceas e ceruminosas 
que protegem contra a entrada de agentes 
patogênicos e estranhos; e controle da 
temperatura e umidade. Os estímulos 
atingem a membrana do tímpano, que vibra e 
se desloca em um movimento de para dentro 
e para fora da orelha média (conforme um 
pistão). 
As estruturas dos ossículos transmitem as 
vibrações pela base do estribo e bigorna até 
o cabo do martelo, onde são propagados 
pelo fluido que está presente na cóclea, 
estrutura da orelha interna. 
Ocorre então a transformação do estímulo 
mecânico em energia hidrodinâmica. Os 
estímulos são conduzidos até o vestíbulo 
pela janela oval, onde existe a perilinfa, se 
desloca pela rampa vestibular e atinge a 
helicotrema, retornando pela rampa 
timpânica. Ao chegar na janela oval, os 
estímulos são direcionados à caixa 
timpânica. A diferença de pressão 
hidrostática é aplicada sobre a membrana 
basilar. 
Sobre a membrana basilar há o órgão de 
Corti, uma estrutura que transforma a energia 
mecânica em energia elétrica. Nela, existem 
cinco tipos de células que realizam essa 
transdução: células ciliadas internas, células 
ciliadas externas (amplificam o impulso 
nervoso), células de sustentação (Deiters, 
Hensen, Claudius), estereocílios das células 
ciliadas e o nervo auditivo (coclear). Os 
estímulos são transformados em impulsos 
nervosos e conduzidos ao córtex 
cerebral onde serão decodificados 
pelo cérebro, que processa, interpreta e 
analisa. 
 
 
 
https://www.infoescola.com/sistema-exocrino/glandulas-sebaceas/
https://www.infoescola.com/audicao/timpano/
https://www.infoescola.com/audicao/coclea/
https://www.infoescola.com/fisica/energia-mecanica/
https://www.infoescola.com/fisica/energia-mecanica/
https://www.infoescola.com/biologia/cortex-cerebral/
https://www.infoescola.com/biologia/cortex-cerebral/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
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O olho humano é formado por um conjunto 
complexo de elementos que atuam de forma 
específica para que o ato de olhar, ver ou 
enxergar ocorra. Primeiramente existem 
aquelas estruturas responsáveis pela 
captação da luz e desempenham função 
ótica, posteriormente aparecem os elementos 
que transformam o impulso luminoso em 
impulso elétrico, através de reações 
químicas. De forma simplificada o olho é 
formado por: córnea, íris, pupila, cristalino, 
retina, esclera e nervo ótico. 
Córnea: É a primeira estrutura do olho que a 
luz atinge. A córnea se constitui de cinco 
camadas de tecido transparente e resistente. 
A camada mais externa, o Epitélio, possui 
uma capacidade regenerativa muito grande e 
se recupera rapidamente de lesões 
superficiais. As quatro camadas seguintes, 
mais internas, são que proporcionam uma 
rigidez e protegem o olho de infecções. 
Íris: A porção visível e colorida do olho, logo 
atrás da córnea. Possui músculos em 
disposição tal que possam aumentar ou 
diminuir a pupila, a fim de que o olho possa 
receber mais ou menos luz, conforme as 
condições de luminosidade do ambiente. 
Pupila: É a abertura central da íris, através 
da qual a luz passa para alcançar o cristalino. 
 
 
Cristalino: É quem ajusta na retina o foco da 
luz que vem através da pupila. Tem a 
capacidade de, discretamente, aumentar ou 
diminuir sua superfície curva anterior, a fim 
de se ajustar às diferentes necessidades de 
focalização das imagens, próximas ou 
distantes. Esta capacidade se chama 
"acomodação". 
Retina: É a membrana que preenche a 
parede interna em volta do olho, que recebe 
a luz focalizada pelo cristalino. Contém 
fotorreceptores que transformam a luz em 
impulsos elétricos, que o cérebro pode 
interpretar como imagens. Existem na retina 
dois tipos de receptores: bastonetes(+ ou -
120 milhões) e cones (+ ou - 7 milhões), que 
se localizam em torno da fóvea. Cada 
receptor comporta em torno de 4 milhões de 
moléculas, ricas em rodopsina, que é capazde absorver quanta luminosos decompondo-
se em duas outras moléculas. 
Nervo Óptico: Transporta os impulsos 
elétricos do olho para o centro de 
processamento do cérebro, para a devida 
interpretação. 
Esclera: É o nome da capa externa, fibrosa, 
branca e rígida que envolve o olho, e 
contínua com a córnea. É a estrutura que dá 
forma ao globo ocular 
O globo ocular está localizado em cada uma 
das duas cavidades orbitárias, que são 
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largas e profundas, situadas entre a face e o 
crânio. Os estímulos que são captados pelos 
olhos, são assimilados pelo cérebro que 
engendra uma imagem tridimensional única. 
No olho está presente o cristalino, cuja 
função consiste em sua adaptação para 
suprir as necessidades solicitadas pela visão, 
funcionando como uma lente. Há também 
a retina que contém as células fotossensíveis 
que são responsáveis por detectar as cores e 
os estímulos luminosos. No olho ainda estão 
presentes as estruturas da córnea (primeira e 
mais poderosa superfície que a luz 
atravessa) e os nervos ópticos (meio de 
transporte das informações entre a retina e 
o cérebro). 
 
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RADIAÇÃO 
 Radiação é o processo por meio do 
qual ocorrem mudanças na estrutura 
nuclear dos átomos: 
 Enquanto reações químicas envolvem 
alterações na eletrosfera, reações 
radioativas envolvem alterações no 
núcleo • 
 Portanto, o núcleo de um determinado 
elemento químico é alterado 
Radiação é um processo físico de emissão 
(saída) e de propagação (deslocamento) de 
energia por meio de partículas ou de ondas 
eletromagnéticas em movimento. Esse 
processo pode ocorrer em um meio material 
ou no espaço (vácuo). 
São exemplos de radiações bastante 
conhecidas e comentadas: alfa, beta, gama, 
raio X, ultravioleta, luz visível, ondas de 
rádio, infravermelha, micro-ondas, etc. 
 
Radioatividade 
Radioatividade é um fenômeno nuclear que 
resulta da emissão de energia por átomos, 
provocada em decorrência de uma 
desintegração, ou instabilidade, de 
elementos químicos. 
Uma reação nuclear é diferente de uma 
reação química. Em transformações 
 
nucleares o núcleo do átomo sofre 
alterações, já as reações químicas ocorrem 
na eletrosfera do átomo. 
Desta forma, um átomo pode se transformar 
em outro átomo e, quando isso acontece, 
significa que ele é radioativo. 
 
Tipos de Radioatividade 
A radioatividade das partículas Alfa, Beta e 
das ondas Gama são as mais comuns. O tipo 
de radiação determina o poder de penetração 
na matéria, que são, respectivamente, baixa, 
média e alta. 
 
Emissões Alfa 
São partículas pesadas de carga positiva, 
que possuem carga elétrica +2 e massa igual 
a 4. 
 
Por possuir 2 prótons e 2 nêutrons, seu 
núcleo é comparado ao do elemento químico 
hélio, e por isso, alguns autores também a 
chamam de “hélion”. 
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Possui pequeno poder de penetração, e por 
isso a sua radioatividade pode ser impedida 
por uma folha de papel. 
 
Emissões Beta 
São partículas leves, de carga negativa e que 
não contêm massa. O elétron da partícula é 
produzido por reações nucleares a partir de 
um nêutron e possui alta velocidade. 
 
Nessa reação, um nêutron instável se 
desintegra, convertendo-se em um próton, 
que permanece no núcleo, há a emissão de 
um elétron em alta velocidade e do neutrino, 
cuja massa e carga são desprezíveis. 
Possui poder de penetração superior a 
radioatividade alfa, podendo penetrar uma 
folha de papel, mas não uma placa de metal. 
 
Emissões Gama 
São ondas eletromagnéticas de altíssima 
frequência e que não possuem massa e 
carga elétrica. 
 
A sua capacidade de penetração é superior 
aos raios-X e faz com que a sua 
radioatividade passe tanto pelo papel como 
pelo metal. 
Como podemos ver a seguir, as radiações 
diferem no poder de penetração. 
 
A radiação gama é bem mais penetrante que 
os outros dois tipos devido o seu 
comprimento de onda ser bem menor, 
podendo facilmente atravessar todo o nosso 
organismo. 
 
RAIO X E TOMOGRAFIA • 
Ambos os métodos obtêm imagens conforme 
a incidência de elétrons emitidos que 
incidem, refletem e refratam nos tecidos, 
marcando uma superfície posterior ao tecido. 
A Tomografia é como se fossem inúmeros 
Raio-X, incididos em diversas angulações. 
https://www.todamateria.com.br/eletron/
https://www.todamateria.com.br/ondas-eletromagneticas/
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Raios x são elétrons (ondas beta) de maior 
frequência que a luz visível 
 
Como funciona o Raio-X: A Máquina 
O controle da intensidade, penetração e 
contraste dos raios-x nos tecidos varia 
conforme a diferença de potencial assumida 
pelo acelerador de elétrons (motor). 
Quando o aparelho é ligado, o gerador de 
raios X produz um feixe de radiação. Essas 
partículas saem pela abertura do 
equipamento e são irradiadas até atingirem a 
parte do corpo que será examinada. 
Em seguida, a radiação atravessa o corpo do 
paciente, e uma parte dela é absorvida pelas 
estruturas anatômicas. 
Os raios não absorvidos se chocam contra 
uma chapa feita de material sensível à 
radiação, que pode estar sob o paciente ou 
atrás da parte do corpo estudada, e é nesse 
momento que as imagens são registradas. 
 
Como expliquei alguns tópicos atrás, nos 
aparelhos convencionais, é necessário 
revelar um filme para ver as imagens. Já na 
radiografia digital, seja direta ou indireta, as 
imagens são formadas em pixels. 
A versão indireta usa uma chapa eletrônica 
para registrar as imagens que, em seguida, 
são escaneadas para visualização no 
computador. 
Na radiografia digital direta, por sua vez, a 
chapa sensível envia os dados diretamente 
ao computador, que conta com um software 
específico para transformar as informações 
em imagens 
A energia utilizada pelo equipamento de raio-
X é a radiação ionizante. Por ser capaz de 
modificar a estrutura das células, ela está 
relacionada a alguns tipos de câncer. 
Também pode causar reações simples, como 
eritemas (vermelhidão no local exposto aos 
raios X) e queimaduras. 
Entretanto, os riscos são muito inferiores aos 
benefícios. Além disso, os aparelhos 
modernos contam com tecnologias de 
controle da radiação, de forma a expor o 
paciente à menor quantidade necessária 
para o registro das imagens. 
 
Quais são as características das imagens 
radiográficas? 
As imagens geradas pela radiografia são 
semelhantes a negativos de fotografias. Elas 
mostram as estruturas anatômicas em duas 
dimensões, em tons de cinza. 
 
A tonalidade pode ser mais ou menos 
intensa, dependendo da densidade dos 
tecidos mostrados. Afinal, quando a radiação 
atravessa a parte do corpo examinada, é 
absorvida pelos tecidos de forma diferente. 
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Os mais densos e duros, como os ossos, 
absorvem mais raios X, permitindo que uma 
pequena quantidade os atravesse e se 
choque com a placa sensível do 
equipamento de radiografia. Por isso, 
aparecem claros nas imagens registradas. 
Por outro lado, tecidos menos densos, como 
órgãos e partes moles, absorvem pouca 
radiação, permitindo que a maior parte dos 
raios os atravesse e cheguem até a placa 
sensível. Com a maior intensidade, a 
radiação queima o material fotossensível, de 
modo que essas áreas aparecem mais 
escuras. 
 Quanto mais radiopaco, mais branco. 
 Quanto mais radioluminescente, mais 
escuro. 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
 Ultrassom, como o nome refere, é 
uma onda sonora e, portanto, 
mecânica. 
 Essas ondas têm frequência entre 2-
20∙106 Hertz (faixas não audíveis). 
 Detectam a parcela de ondas 
refletidas (o que varia conforme a 
estrutura do tecido)e convertem-na 
em uma imagem. 
 
A ultrassonografia é um exame que 
utiliza ondas sonoras para gerar imagens do 
corpo humano. É um método muito utilizado, 
por exemplo, para o acompanhamento pré-
natal e para avaliação de estruturas de 
partes moles. Além disso, a ultrassonografia 
também pode ser utilizada 
para guiar procedimentos intervencionistas, 
como biópsias e cirurgias. 
O ultrassom é um procedimento seguro, de 
baixo custo, não invasivo e que não utiliza 
radiação ionizante. Portanto, é uma ótima 
ferramenta diagnóstica quando nas mãos de 
um radiologista habilidoso. 
Na ultrassonografia, o ultrassom é a 
produção de ondas sonoras de alta 
frequência que não podem ser ouvidas pela 
audição humana. As imagens geradas por 
ultrassom são baseadas nos mesmos 
princípios que envolvem o sonar utilizado por 
morcegos, navios e pescadores. Ou seja, 
quando uma onda sonora atinge um 
determinado objeto, ela reverbera ou reflete. 
Ao medir essas ondas de eco, é possível 
determinar a distância do objeto, bem como o 
tamanho, forma e, com certo grau de certeza, 
a consistência. Permite dizer, por exemplo, 
se a estrutura é sólida ou líquida. 
O exame de ultrassonografia utiliza uma 
pequena sonda, chamada de transdutor, e 
um gel condutor especial que é espalhado 
sobre a pele. As ondas sonoras de alta 
frequência são emitidas do transdutor, 
passam pelo gel e, por fim, para o corpo, 
sendo refletidas. Assim, o transdutor capta as 
ondas sonoras que refletem dos órgãos. Por 
sua vez, estas ondas são transmitidas para 
um computador que irá gerar a imagem em 
tempo real. Um ou mais quadros das 
imagens em movimento são capturados 
como imagens estáticas. Pequenos loops de 
https://www.nova.med.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sonar
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vídeo das imagens também podem ser 
salvos. 
 
Como as imagens são capturadas em tempo 
real, elas são capazes de mostrar a estrutura 
e o movimento dos órgãos internos do corpo. 
Aliás, a ultrassonografia, utilizando uma 
técnica especial chamada de ultrassom com 
Doppler, também pode mostrar em tempo 
real o sangue em movimento através dos 
vasos sanguíneos. 
Por isso, o ultrassom é um exame tão 
utilizado e que pode ajudar os médicos a 
diagnosticarem e tratarem condições clínicas 
de maneira não invasiva, simples e rápida. 
 
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OSMOLARIDADE 
A osmolaridade é defina pela concentração 
de solutos em um meio aquoso. A diferença 
de osmolaridade entre dois espaços 
contendo líquidos, separados por uma 
membrana semipermeável – que permite a 
passagem de água, mas não de solutos-, cria 
uma pressão osmótica, que, determina 
passagem de água do meio menos 
concentrado (hipoosmolar) para o meio mais 
concentrado (hiperosmolar), até que se 
obtenha um equilíbrio osmolar entre os 
compartimentos. 
 
No corpo humano, como era de se esperar, 
existe equilíbrio osmolar entre o líquido 
intracelular e extracelular. O principal soluto 
responsável pela osmolaridade plasmática é 
o sódio, enquanto o potássio é responsável 
pela osmolaridade intracelular. 
 
Outros solutos podem influencia a 
osmolaridade plasmática: CL, HCO3, glicose 
e uréia. Desequilíbrios entre as 
osmolaridades intra e extravascular 
determinam deslocamento anômalo de 
líquido para o compartimento com maior 
osmolaridade. O objetivo disso é diluir o 
soluto e manter constante a osmolaridade. 
 
Volume Intravascular 
O volume intravascular é regulado de 
maneira fina, principalmente porque, mínimas 
alterações de volume nesse compartimento 
resultam em alterações significativas na 
pressão arterial. E, essa necessita ser 
mantida dentro da faixa da normalidade para 
evitar danos ao organismo. 
A pressão arterial deve ser entendia como a 
pressão exercida pelo sangue contra as 
artérias, no momento em que é bombeado 
pelo coração. 
A partir dessa compreensão podemos inferir 
que aumento do volume sanguíneo resulta 
também em aumento da pressão arterial, e o 
contrário também é verdadeiro. 
Pressão arterial alta: O organismo entende 
que existe volume de líquido excessivo no 
meio intravascular e, portanto, os rins atuam 
aumentando a eliminação urinária de sal e 
água, reduzindo esse volume e normalizando 
a pressão. 
Pressão arterial baixa: O organismo 
entende que o volume de líquido 
intravascular está insuficiente, então, os rins 
passam a reter sal e água, aumentando o 
volume sanguíneo e elevando a pressão para 
níveis normais. 
 
PRESSÃO 
Pressão é a relação entre uma determinada 
força e sua área de distribuição. O termo 
pressão é utilizado em diversas áreas da 
ciência como uma grandeza escalar que 
mensura a ação de uma ou mais forças 
sobre um determinado espaço, podendo este 
ser líquido, gasoso ou mesmo sólido. 
 
Biofísica – Módulo I – Fisioterapia – 2° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Pressão hidrostática 
É a pressão que o volume sanguíneo exerce 
na parede do vaso. 
 
Pressão oncótica 
É a pressão exercida na parede dos vasos 
em função do coeficiente de reflexão dos 
solutos sobre uma membrana. 
Pressão osmótica 
É a pressão exercida na parede dos vasos 
em função do número de partículas 
dissociadas.

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