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Johnatan Weslley Araujo Cruz Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Sergipe Residente em Saúde Cardiovascular IAM E SCA: FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Belo Horizonte, 2023 ● O termo síndrome coronariana aguda (SCA) é aplicado a pacientes nos quais há suspeita ou confirmação de isquemia ou infarto agudo do miocárdio. ● A doença isquêmica do miocárdio é caracterizada pelo surgimento de isquemia em uma ou mais porções do músculo cardíaco. Sua principal etiologia é a aterosclerose das artérias coronárias, sendo as demais causas (ex.: embolia, vasculite, dissecção coronariana) bastante incomuns Síndrome Coronariana Aguda - SCA Assintomática Os indícios de isquemia miocárdica só podem ser detectados através da realização de exames complementares. Crônica O paciente refere sinais e sintomas de isquemia durante o esforço - AE Aguda Manifestação de sinais e sintomas em repouso – instabilidade da placa de ateroma – AI, IAM S SST e IAM C SST 04 Síndrome Coronariana Aguda - SCA Na ausência de tratamento, o desfecho de todas as formas de aterosclerose coronária é o mesmo: infarto miocárdico na região suprida pelo vaso doente. Dependendo da extensão e localização, pode evoluir com complicações elétricas (ex.: arritmias, incluindo a morte súbita por FV/TV) e/ou mecânicas (ex.: falência ventricular esquerda; ruptura de parede livre; ruptura do septo interventricular; ruptura de músculos papilares, aneurisma miocárdico). Fisiopatologia PECULIARIDADE FISIOLÓGICA DO MIOCÁRDIO EXTRAÇÃO DE O2 AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEORESERVA CORONARIANA OBSTRUÇÕES > 50% OU 80% AUMENTO DA DEMANDA MIOCÁRDICA SCA RESERVA CORONARIANA Fonte: MEDCURSO Fonte: MEDCURSO É comum que múltiplos geradores de isquemia coexistam no mesmo paciente. Combinação de fatores que aumentam a demanda miocárdica de O2 (taquiarritmias como a fibrilação atrial; hipertrofia do ventrículo esquerdo; HAS descontrolada) com fatores que limitam a oferta de O2 (doença pulmonar, anemia). A interação de tais fatores com a presença de doença coronariana subjacente (estável ou instável) resulta em limiares variáveis para o surgimento de isquemia miocárdica F o n te : W ik ip e d ia Irriga o miocárdio do VD e, quando dominante (70% dos casos), irriga também a porção basal do septo e a parede inferior e posterior do VE. Irriga quase todo o septo IV, a parede anterior e a região apical do VE. Seus principais ramos são as artérias septais e diagonais. Irriga a parede lateral do VE e, quando dominante (30% dos casos), irriga também a porção basal do septo e a parede inferior e posterior do VE. Fonte: MEDCURSO ISQUEMIA MIOCÁRDICA F o n te : M E D C U R S O Perfusão Miocárdica na Sístole e na Diástole. ISQUEMIA MIOCÁRDICA Os cardiomiócitos isquêmicos desenvolvem alterações bioquímicas (queda do ATP) que prejudicam suas funções mecânicas e elétricas. Fonte: MEDCURSO Fonte: CUREM ISQUEMIA SUBENDOCÁRDICA INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO IAM ● O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. Estima-se cerca de 300.000 a 400.000 casos/ano em nosso meio, com algo em torno de 60.000 mortes (um óbito a cada 5-7 casos). ● Em > 95% das vezes a causa é a aterotrombose, isto é, a formação de um trombo sobre a placa de ateroma que sofreu ruptura. ● Em < 5% dos casos a oclusão coronariana aguda é secundária a processos patológicos outros que não a aterotrombose: IAM - SINTOMATOLOGIA ● Dor torácica anginosa (precordialgia constrictiva), tipicamente de forte intensidade, longa duração (> 20min), e que não se resolve por completo com repouso ou nitrato sublingual. Sinal de Levine F o n te : M E D C U R S O IAM - SINTOMATOLOGIA ● Dispneia, náuseas e vômitos, palidez, sudorese fria, ansiedade, e não raro uma sensação de morte iminente. A dor pode irradiar para o epigastro, dorso (diagnóstico diferencial com dissecção aórtica), membros superiores (principalmente o esquerdo) e pescoço/mandíbula (sensação de “sufocamento”). F o n te : S a ú d e e b e m e sta r IAM - SINTOMATOLOGIA ● - Exaustão, lipotímia ou síncope (baixo débito); ● - Deficit neurológico focal (AVE ou AIT); ● - Choque cardiogênico indolor; ● - Edema agudo de pulmão (IVE aguda, IM aguda); ● - Morte súbita (geralmente por fibrilação ventricular). F o n te : M E D C U R S O Classificação prognóstica do IAM Em todo paciente suspeito, um ECG deve ser obtido e interpretado em menos de dez minutos! O ECG não só pode confirmar o diagnóstico de IAM e orientar o tratamento. Angina Instável A angina instável é definida como isquemia miocárdica em repouso ou com esforço mínimo na ausência de lesão/necrose aguda de cardiomiócitos. Em comparação com pacientes com IAMSSST, indivíduos com angina instável não apresentam lesão/necrose aguda de cardiomiócitos, têm um risco substancialmente menor de morte e parecem obter menos benefícios da terapia antiplaquetária intensificada, bem como de uma estratégia invasiva dentro de 72 h. Troponina de alta sensibilidade = aumento no número de diagnóstico de IAM Paciente R.RM, sexo masculino, 38 anos, portador de HAS sem tratamento, tabagista ativo (3 maços/dia) e etilista social. Apresentou dor precordial típica às 10h da manhã, fez uso de Isordil do pai, com alívio da dor. Às 12h evolui com piora do quadro de dor e procurou o PA. Último episódio de dor às 14h. Primeiro ECG somente às 19h no PA, já assintomático. Caso clínico IAM S SST IAM C SST X IAM S SST Pacientes com desconforto torácico agudo, mas sem elevação persistente do segmento ST [supradesnivelamento do segmento ST-SCS (NSTE-ACS)] exibem alterações no ECG que podem incluir elevação transitória do segmento ST, depressão persistente ou transitória do segmento ST, inversão da onda T, ondas T planas ou pseudonormalização das ondas T; ou o ECG pode ser normal. IAM C SST Pacientes com dor torácica aguda e elevação persistente (>20 min) do segmento ST. Essa condição é denominada SCA com supradesnivelamento do segmento ST e geralmente reflete uma oclusão coronariana aguda total ou subtotal. A maioria dos pacientes acabará por desenvolver infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). A base do tratamento nesses pacientes é a reperfusão imediata por intervenção coronária percutânea primária (ICP) ou, se não disponível em tempo hábil, por terapia fibrinolítica. ELETROCARDIOGRAMA - PA Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal. ELETROCARDIOGRAMA - UCO Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: CUREM IAMSSST E IAMCSST Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020. Estratificação do risco F o n te : S o c ie d a d e B ra si le ir a d e C a rd io lo g ia , 2 0 2 0 . Modelo de protocolo SCA F o n te : M E D C U R S O ● Eletrocardiograma ● Exame Físico* ● Troponina cardíaca de alta sensibilidade ● Outros biomarcadores: CK-MB, Proteína C de miosina e Copeptina Critérios Diagnósticos Critérios Diagnósticos F o n te : S o c ie d a d e B ra si le ir a d e C a rd io lo g ia , 2 0 2 0 . Tratamento ● Tratamento antitrombótico; ● Antiplaquetários; ● Anticoagulante; ● CATE; ● Angiografia coronariana invasiva e revascularização*; Idade avançada, sexo feminino, doença renal crônica (DRC), diabetes mellitus, insuficiência cardíaca/revascularização prévia, história de câncer e fragilidade são as principais razões relatadas para a retenção da ICA diagnóstica Tratamentos *DAC extensa não passível de revascularização ou aqueles sem DAC obstrutiva. Atuação fisioterapêutica CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon and infographics & images by Freepik Obrigado! @fisiocomjohn Johnatan.cruz@ebserh.gov.br http://bit.ly/2Tynxth http://bit.ly/2TyoMsr http://bit.ly/2TtBDfr ● PIEGAS, Luís Soares et al.V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 105, p. 1- 121, 2015. ● KASPER, Dennis et al. Harrison's principles of internal medicine, 19e. New York, NY, USA:: Mcgraw-hill, 2015. ● SAMESIMA, Nelson et al. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre a Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos–2022. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 119, p. 638-680, 2022. ● COLLET, Jean-Philippe et al. 2020 ESC Guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation: The Task Force for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation of the European Society of Cardiology (ESC). European heart journal, v. 42, n. 14, p. 1289-1367, 2021. ● BEIGIENĖ, Aurelija et al. Cardiac rehabilitation and complementary physical training in elderly patients after acute coronary syndrome: a pilot study. Medicina, v. 57, n. 6, p. 529, 2021. ● JI, Haigang et al. Effects of exercise-based cardiac rehabilitation in patients with acute coronary syndrome: a meta-analysis. Medical science monitor: international medical journal of experimental and clinical research, v. 25, p. 5015, 2019. ● GADAGER, Birgitte Bitsch et al. Benefits of cardiac rehabilitation following acute coronary syndrome for patients with and without diabetes: a systematic review and meta-analysis. BMC Cardiovascular Disorders, v. 22, n. 1, p. 295, 2022. REFERÊNCIAS Slide 1: IAM E SCA: Slide 2: Síndrome Coronariana Aguda - SCA Slide 3: Assintomática Slide 4 Slide 5: Fisiopatologia Slide 6 Slide 7: É comum que múltiplos geradores de isquemia coexistam no mesmo paciente. Combinação de fatores que aumentam a demanda miocárdica de O2 (taquiarritmias como a fibrilação atrial; hipertrofia do ventrículo esquerdo; HAS descontrolada) com fatores Slide 8 Slide 9 Slide 10: ISQUEMIA MIOCÁRDICA Slide 11: ISQUEMIA MIOCÁRDICA Slide 12 Slide 13 Slide 14: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Slide 15: IAM Slide 16: IAM - SINTOMATOLOGIA Slide 17: IAM - SINTOMATOLOGIA Slide 18: IAM - SINTOMATOLOGIA Slide 19: Angina Instável Slide 20: Caso clínico Slide 21: IAM S SST Slide 22: IAM S SST Slide 23: IAM C SST Slide 24: ELETROCARDIOGRAMA - PA Slide 25: ELETROCARDIOGRAMA - UCO Slide 26: IAMSSST E IAMCSST Slide 27 Slide 28: Estratificação do risco Slide 29: Modelo de protocolo SCA Slide 30: Critérios Diagnósticos Slide 31: Critérios Diagnósticos Slide 32: Tratamento Slide 33: Atuação fisioterapêutica Slide 34: Obrigado! Slide 35: REFERÊNCIAS
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