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SIMP.TCC 2021(22);1331- CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1331 CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ACIDOSE RUMINAL RUMINAL ACIDIS Victor Canhete Mello Vitor Dalmazo Melotti Resumo Introdução: A acidose ruminal ocorre devido a ingestão de carboidratos não fibrosos, que tem rápida fermentação no rúmen. Ingestão essa, que pode ocorrer de forma acidental, pois o animal tem o acesso ao local de estocagem e faz a ingestão de carboidrato, onde fatores como quantidade ingerida e o tipo de carboidrato não fibroso será um dos fatores limitantes da fermentação, e do quadro clínico do animal. Outros erros, também, levam a acidose, como a má formulação da dieta e, ou, sem previa adaptação dos animais a grande quantidade. Os quadros clínicos de acidose são a aguda, onde o pH ideal do rúmen é em média de 6,8, com a ingestão abrupta de grande quantidade de carboidrato não estruturais, sofre uma queda de pH, o pH 5,5 abaixo haverá aumento de bactérias fermentadoras, diminuindo ainda mais o pH. Os valores de pH menores que 5,0 o animal já passa estar em prognóstico reservado, sendo necessário intervenção rápida de Médico Veterinário. A acidose ruminal crônica/subaguda acontece de forma gradual podendo ser por dieta mal formulada e/ou erros de manejo, sendo consumido a mais que o fisiológico do rúmen, gerando fermentação, porém, ocorrendo baixa do pH nos valores entre 5,0 a 6,0, havendo aumento na produção de ácido láctico e leve acumulo no interior do rúmen, podendo causar lesões das vilosidades do rúmen, não havendo sinais clínicos específicos. Esta revisão tem como objetivo abordar a patogenia, os sinais clínicos, achados de necropsia e formas de tratamento. Palavras-Chave: 1. Acidose; 2.sinais clínicos; 3.pH. Abstract Introduction: The work described here aims to review ruminal acidosis, which occurs due to the ingestion of non-fibrous carbohydrates that have rapid fermentation in the rumen. This ingestion can occur accidentally, because the animal has access to the storage site and ingests the carbohydrate, where factors such as the amount ingested and the type of non-structural carbohydrate, will be one of the limiting factors of fermentation and the clinical picture of the animal. Other errors also lead to acidosis, such as poor formulation of the diet, or without previous adaptation of the animals to a large quantity. The clinical pictures of acidosis are acute, where the ideal pH of the rumen is on average 6.8, with the abrupt ingestion of a large amount of non-structural carbohydrates, there is a drop in pH, the pH 5.5 below there will be an increase in fermenting bacteria, further decreasing the pH. The values of pH less than 5.0 the animal already passes to be in a reserved prognosis, being necessary fast intervention of the Veterinarian. Chronic/subacute ruminal acidosis occurs gradually and may be due to poorly formulated diets and/or management errors, with more being consumed than the rumen's physiological capacity, generating fermentation, but with a low pH between 5.0 and 6.0, with increased production of lactic acid and slight accumulation inside the rumen, which may cause lesions of the rumen villi, with no specific clinical signs. This review aims to address the pathogenesis, clinical signs, necropsy findings, and forms of treatment. Keywords: 1.Acidosis; 2.clinical sings; 3.pH. Contato: victor.mello@souicesp.com.br Introdução A acidose ruminal ocorre pela ingestão de carboidratos não fibrosos como os grãos, em quantidade maior que a estimada de consumo, de forma errônea no manejo alimentar ou ingestão abrupta sem prévia adaptação, promovendo assim a degradação da microbiota ruminal, sendo elas bactérias gram-negativas e protozoários em decorrência da sobrecarga de carboidrato, produzindo ácido láctico (LIMA; MARTINS, 2017). Esse distúrbio metabólico pode ocorrer de forma aguda ou crônica/subaguda (MACEDO, 2010). Trata-se de uma das principais doenças gastrointestinais promovidas através da ingestão e rápida fermentação de carboidratos altamente digeríveis, consumidos em excesso. O milho é o principal carboidrato responsável por essa doença. No entanto, existem outros grãos de cereais, como a aveia, o trigo e a cevada, que podem causar acidose (PUGH, 2004). Os grãos compostos nas rações são particularmente ricos em carboidratos, importantes para a produção de energia em animais confinados, acelerando o ganho de peso. Porém, é necessário formular uma dieta balanceada, para que os animais tenham uma resposta diferenciada à matéria seca (ARRIGONI et al., 2013). A prevalência de doenças metabólicas em ruminantes, como a acidose ruminal, tem aumentado com o advento de sistemas de manejo intensivo. A alimentação à base de rações concentradas e o uso excessivo de cereais são utilizados para atingir a produção máxima no menor tempo possível (ORTOLANI et al., 2010). O artigo tem como objetivo discorrer sobre as possíveis causas da acidose ruminal, bem como sua patogenia, sinais clínicos e tratamento. Revisão de Literatura A acidose pode ocorrer de duas formas, sendo elas: a aguda, onde haverá manifestação clínica ou crônica na qual os sinais clínicos são mais brandos. A acidose ruminal aguda ocorre pela alta ingestão de carboidratos não estruturais de fermentação rápida, havendo queda significativa do pH no rúmen, aumentado propionato, ácido láctico e ácidos graxos voláteis (VIEIRA; SANTOS; ANDRADE NETO, 2016). A forma crônica não possui sinais clínicos bem evidentes, se manifestam de forma mais branda e insidiosa, visto que o acúmulo de ácido láctico no rúmen é menor, significando que a queda do pH é leve (CORREA, 2007). A ingestão de altos níveis de concentrado, reduz a habilidade tamponante devido a Como citar esse artigo: Mello VC, Melotti VD. ACIDOSE RUMINAL . Anais do 22° Simpósio de TCC do Centro Universitário ICESP. 2021(22); 1331-1334. SIMP.TCC 2021(22);1331- CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1332 diminuição de secreção salivar por redução na mastigação e ruminação (ALCANTARA, 2019). Dieta rica em concentrados, aumentará a produção de ácido propiônico, este é responsável pela produção de glicose. A concentração de ácido propiônico aumentada no rúmen, ocorre a diminuição do pH ruminal, além do aumento e predominância de bactérias gram-positivas os Streptococcus bovis e lactobacibacillus sp., bactérias produtoras de ácido láctico (MACEDO, 2010). Fisiologia do ambiente ruminal O rúmen para o seu bom funcionamento deve conter em sua microflora equilibrada por bactérias, fungos e protozoários. Quando a dieta do animal é rica em fibra, haverá uma produção de ácido acético maior, gerando produção de ácidos graxos (MACEDO, 2010). Para o crescimento ideal dos microrganismos, é necessário que o ambiente seja quente, úmido e sem oxigênio, para que forneça aos hospedeiros, um ambiente fisiológico adequado, sem oscilações, o que prejudicaria o funcionamento e sobrevivência dos microrganismos (CUNHA, 2011). O rúmen possui microrganismos como bactérias, protozoários e fungos. A variação do pH oscila entro 5,5 e 7,0, com frequência estável de 6,8 a 6,9. A salivação mantém o pH estável, por atuar como substância tamponante. No rúmen a temperatura gira em torno de 38 a 42ºC, facilitando a fermentação (ANDRIGUETO; PERLY; MINARD et al., 2002). A solução tamponante endógenas no rúmen, atua em todo o período de fermentação e digestão, é isotônica, contendo íons como sódio, fosfato, bicarbonato secretado via saliva para o rúmen (MOREIRA, 2015). Fisiopatologia da acidose Ocorre pelo acúmulo de ácido láctico no rúmen de forma gradual ou abrupta, no qual se dá pela ingestão de carboidrato, por modificação da dieta para maior teor energético e pouca ou sem fibra bruta, sem a prévia adaptação dos animais (SCHILD, 2001). A acidose aguda, ocorre pelo consumo de grande concentração de carboidratos não fibrosos, que fermentam rapidamente no rúmen, assim, produzem grandes quantidades de ácido láctico e ácidos graxos voláteis (AGVs), principalmente, ácido propiônico. À medida que oscarboidratos fermentam, o pH ruminal é alterado, e favorece a reprodução do Streptococcus bovis, aumenta a produção do ácido lático, levando a queda de pH, o pH <5,5, passa a ser prejudicial para sobrevivência de bactérias gram-negativas e protozoários. A queda do pH para <5, o Streptococcus bovis será inibido e haverá multiplicação do Lactobacillus sp. e elevará a concentração de ácido láctico no rúmen, acarretando o aumento da pressão osmótica no rúmen, sendo sequestrado líquido para a luz do órgão (OLIVEIRA et al., 2009). Segundo Macedo (2010) alguns fatores são relevantes em relação ao quadro de acidose aguda, como o tipo de grão ingerido, a forma em que está, como triturado ou inteiro, a quantidade ingerida, se já houve consumo anteriormente pelo animal, seguido do tipo em que está a microflora ruminal e o estado nutricional do animal. Após sintomatologia clínica do quadro agudo o animal pode ir a óbito em até 3 dias (QUEVEDO et al., 2015). Já em sua forma crônica ou subaguda, a acidose ocorre como resultado da ingestão prolongada de grandes quantidades de carboidratos, associados a níveis insuficientes de volumosos. Contudo, se tem funcionalidade dos microrganismos ruminais a dieta fornecida, assim, o ácido láctico acumula em baixa concentração e é metabolizado por bactérias. Porém, as elevadas concentrações de ácidos graxos voláteis (AGVs), principalmente, butírico e propiônico, estimulam a proliferação do epitélio das papilas ruminais causando paraqueratose, o que leva a uma menor absorção dos ácidos graxos voláteis e, aumentando a ocorrência de traumatismo e inflamações na parede do rúmen. Os efeitos sobre os animais são crônicos e insidiosos, a contínua carga ácida pode reduzir a eficiência metabólica e desempenho geral (SMITH, 2006, apud OLIVEIRA, 2009). Diagnósticos e sinais clínicos Os parâmetros para se obter o diagnóstico, uma boa anamnese, sendo diferencial, avaliação do ambiente, o período dos sinais clínicos e se houve alteração na dieta, pois em alguns períodos do ano há mudança de dieta, o que predispõe a acidose, e realizar exames físicos e complementares (DIRKSEN, 2005, apud LIMA; MARTINS, 2017). No exame físico, avalia-se a frequência cardíaca e respiratória, nível de consciência, inspeção do contorno abdominal, palpação e auscultação ruminal, temperatura do animal (RADOSTITS et al., 2007 apud ALCANTARA, 2019). A coleta de líquido ruminal para avaliação do pH no rúmen é feita por meio de sonda ou paracentese (SCHILD, 2001). Na visualização do liquido ruminal quando a protozoários médios e pequenos em dominância sugere que seja distúrbio mais brando ou transitório. Por outro lado quando houver ausência e indicativo de quadro grave. Os protozoários SIMP.TCC 2021(22);1331-1334 CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1331 podem morrer em pH abaixo de 5,0 (FEITOSA, 2014). A coloração do liquido pode apresentar cor cinza, leitoso, amarelo podendo ser uma combinação destas e aquoso e odor ácido (REIS E PEREIRA, 2020). Para uma avaliação geral do animal, pode ser solicitado alguns exames complementares, como: hemograma, exames bioquímicos para avaliação da função renal de ureia e creatinina, hepática como aspartato aminotransferase - AST, fósfatase alcalina - FA, gamaglutamil transferase - GGT, bilirrubina, proteína plasmática total - PPT e Albumina e hemogasometria pH (FIOVARANTE et al., 2020). O diagnóstico em acidose crônica ou subaguda torna-se mais difícil por não apresentar sintomas clínicos tão evidentes. O animal pode apresentar perda de apetite, apatia, desidratação e alterações nas fezes (MACEDO, 2010). A sobrecarga de carboidrato no rúmen dificulta o desempenho no ganho de peso, quadros de laminite, crescimento dos cascos de forma excessiva e até claudicação do animal (SCHILD, 2001). Os principais sintomas clínicos em animais com acidose ruminal são: anorexia, depressão, desidratação, diminuição da ruminação, laminite, podendo afetar animais de qualquer idade e sexo (MACEDO, 2010). Ainda, as fezes do animal podem apresentar textura liquida e teor amarelada brilhante, podendo conter alimentos não digeridos, com odor característico agridoce (KLEEN et al., 2003, apud OETZEL, 2010). Também, pode apresentar quadros diarreico escuro, decúbito esternal e atonia ruminal em casos de acidose ruminal aguda (QUEVEDO et al., 2015). O diagnóstico diferencial deve ser feito com todas as enfermidades que envolvem condições sépticas ou tóxicas, como mastite ou metrite séptica, peritonite difusa aguda, paresia puerperal, intoxicações por chumbo, sal, arsênico ou nitrato e enterotoxemia (OGILVIE, 2000, apud, Quevedo et al 2015). Achados de necropsia Em achados de necropsia por Quevedo et al. (2015) observou-se áreas de necrose, coagulação pode ser visto na parede do rúmen. Hiperemia na superfície da mucosa e submucosa, sinais de erosão, ulceração. Já no epitélio observou-se degeneração hidrópica e necrose de queratinócitos, com ulceração focal, infiltração de neutrófilos intenso, lugares com desprendimento de mucosa. Aumento de tamanho e fino nas bordas do baço. Fonte: QUEVEDO et al. (2015) Fonte: QUEVEDO et al. (2015) Fonte: QUEVEDO et al. (2015). Em conteúdo ruminal observa-se líquido amarelado com presença de sangue escuro. Manchas azuladas, sendo característica de ruminite química decorrente de alta concentração de ácido láctico no rúmen. Em visualização histológica observa-se as papilas ruminais aumentadas, formação de vesículas decorrente da vacuolização do citoplasma das células epiteliais; e, também, ulcerações e áreas de erosões focais, na mucosa e submucosa, achados de infiltrado inflamatório de neutrófilos. Pode ocorrer infecção por fusobacterium necrophorus ou fungos, se houver lesões por tempo prolongado, em decorrência do ambiente ruminal, pois ali eles se habitam (SCHILD, 2001). SIMP.TCC 2021(22);1331-1334 CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1332 A ruminite química pode também desencadear ruminite micótica em doses tóxicas de carboidratos em fase aguda. A associação de ácido láctico e ruminite favorece invasões de bactérias, como Sphaerpphorus nercrophorus e Corynebacterium pyogenes nos vasos ruminais e, por consequência, achados de abcessos hepáticos (LIMA; MARTINS, 2017). Após as bactérias adentrarem na mucosa do rúmen vão para circulação sanguínea, no sistema circulatório porta, chega no fígado, gerando infecções e formação de abcessos hepáticos (NAGARAJA; LECHTENBERG, 2007, apud VICHIATO, 2009). Fonte: VECHIATO (2009) Consequências do pH baixo O pH ruminal pode se tornar instável, por consequência da má absorção da parede do rúmen devido as alterações das papilas ruminais e ou ruminite (NAGARAJA; TITGEMEYERT, 2007). No entanto, sabe-se que o aumento da produção de ácidos graxos voláteis, como butirato, propionato e ácido láctico, nos casos mais graves provoca oscilação no pH do fluido ruminal, podendo predispor à ruminite. A paraqueratose costuma ocorrer como consequência da ruminite, o que leva ao espessamento córneo na mucosa ruminal, situação que pode dificultar, ainda, mais a absorção dos ácidos graxos voláteis (ENEMARK, 2008). A ruminite micótica pode ser desenvolvida em dias, ou em semanas a necrobacilose hepática crônica com evidências de cicatrização, visualizada durante inspeção de abate (NOCEK et al., 1997, apud JUNIOR, 2010). Tratamento Em caso de acidose que o pH se encontra a cima de 5,0 não é necessário o esvaziamento, entrar com tratamento de suporte de 500g de hidróxido de magnésio diluído em água morna, a cada 450kg do peso do animal ou bicabornato de sódio 0,5 a 1g/kg. Para o controle das bactérias que promovem a queda do pH pode se utilizar penicilina ou tetraciclina para o controle (RADOSTITS, 1994, apud SCHILD, 2001). A utilização de antiácidos diretamente no rúmen e a transfaunação pode ser uma boa ferramenta no auxílio do tratamento, seguido de antibióticos, visto que pode reduzir a possibilidade de abcessos hepáticos e até septicemia grave (GONZALEZ et al., 2000; QUEVEDO et al., 2015). A transfaunaçãoé o método de transferência de suco ruminal proveniente de um animal fisiologicamente sadio para o animal enfermo. O líquido que será transferido deve ser de animal adaptado a mesma dieta do animal enfermo. Indicado para restabelecer a microflora ruminal (SMITH, 2015, apud PEREIRA et al., 2018). Profilaxia Diante disso, é necessário orientar os proprietários quanto à adequação e manejo de dietas alimentares, para evitar distúrbios e transtornos, causando danos fisiológicos e prejuízos aos proprietários (VIEIRA, 2006, p. 100). O indicado é a adição gradual de concentrado na dieta, por um período de três a cinco semanas, para atingir os níveis estimados de adaptação da microbiota e papilas ruminais, garantindo que haja ingestão satisfatória de alimentos ricos em fibras (NAGARAJA; LECHTENBERG 2007; SHEEHAN, 2007, apud QUEVEDO et al., 2015). A prevenção está relacionada ao manejo alimentar e se baseia em princípios, como ter a manutenção de níveis adequados de forragem/fibra efetiva, manter os níveis de açúcares e amidos equilibrados, sempre havendo adaptação prévia adequada, quando houver transições alimentares (CUNHA, 2011). Já o uso de soluções tamponantes como o bicarbonato ou calcário, também, recomendado frequentemente, assim, como os ionóforos, principalmente monensina e lasalocida, que promovem o número de bactérias lactolíticas e reduzem o risco de acidose (NAGARAJA, 1982, apud SABES, 2016). As soluções tampões contribuem para o bom funcionamento e melhora do pH ruminal e atua, também, impedindo quedas drásticas. Substância comum utilizada é a de bicarbonato de sódio em proporção de 1,0 a 2,0% na dieta com concentrado, podendo ser substituído por bicarbonato de potássio ou carbonato de potássio. O óxido de magnésio, também pode ser utilizado na proporção de 0,2 a 0,3% na dieta total, com solução tamponante (MACEDO et al., 2010). O uso de antibióticos ionóforos que atuam no combate aos microrganismos gram-positivos, que são os que auxiliam no desenvolvimento e aumento da acidose láctica e, não inibem bactérias gram-negativas, ionóforos como a monesina sódica (LIMA; MARTINS, 2017). SIMP.TCC 2021(22);1331-1334 CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1333 É importante manter de forma segura a estocagem dos alimentos, para que não ocorra acesso e consumo acidental dos animais (HOWARD, 1986, apud PATRÍCIO, 2012). Considerações finais A acidose ruminal seja aguda ou subaguda/crônica, por mais que se tenha dados e estudos referentes sobre o assunto, ainda se faz presente no dia a dia, às vezes por falta de informação, por manejo de forma errônea ou acidental. As boas práticas de equilíbrio na dieta em relação a proporção de carboidratos fibrosos e não fibrosos, manejo adequado da alimentação, certamente consegue se obter o controle dos quadros de acidose ruminal. Referências ALCANTARA, U. A. A. de. Perfil metabólico e características do fluido ruminal de bovinos submetidos à dieta grão de milho inteiro. 2019. 124 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Ruminantes) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns. ANDRIGUETO, J. M.; PERLY L.; MINARD I. et al. Nutrição animal - As bases e os fundamentos da nutrição animal/ os alimentos. V. 1. São Paulo: Nobel, 2002 ARRIGONI M. D. B., et al. Níveis elevados de concentrado na dieta de bovinos em confinamento. Vet. e Zootec. 20 (4): p. 539-551, dez. 2013. CORREA, F. Doenças de Ruminantes e Equídeos. Vol.2, 3. ed., Santa Maria: Pallotti, 2007. CUNHA, J. O. S. R. Acidose ruminal em caprinos. 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