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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO BACHARELADO EM QUÍMICA BEATRIZ ROMANO WARDIL Nº USP: 13690989 GIOVANNA COELHO BOSSO Nº USP: 13690968 LAURA VITTI DE MORAES Nº USP: 13690972 EXPERIMENTO 6: Lei dos Gases RIBEIRÃO PRETO 2023 1. INTRODUÇÃO Podemos definir um gás ideal como aquele em que as moléculas são pontuais, não ocupam volume e não interagem entre si, realizando colisões perfeitamente elásticas . O comportamento de um gás ideal pode ser descrito pela seguinte equação de estado: 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 (1) Onde, P é a pressão, V o volume, n é o número de moles, T a temperatura e R trata-se da constante dos gases ideais. Tal modelo é uma idealização onde as moléculas estão muito distantes umas das outras, em pressões muito pequenas e temperaturas elevadas. De acordo com a Lei de Pascal, uma parte fundamental da hidrostática, estabelece que a pressão exercida em um ponto de fluido incompressível, se transmite igualmente em todas as direções e pontos deste fluido, sendo esta proporcional a força aplicada no sistema e inversamente proporcional a área em que tal força é aplicada. Em um sistema composto por um tubo de vidro preenchido parcialmente por água, com uma extremidade aberta e outra fechada, a pressão no interior deste determinado volume pode ser escrita pela seguinte equação: 𝑃 = 𝑃0 + 𝑝𝑔∆ℎ (2) Onde, P – pressão P0 – pressão atmosférica p – densidade da água g – gravidade ∆h – a diferença de altura entre os dois níveis de água do tubo de vidro 2. OBJETIVOS Comprovar experimentalmente a validade da equação (1) dos gases ideais, quando relacionada a equação (2) com o intuito de determinar a constante dos gases R e a pressão atmosférica P0. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1. Instrumentos e materiais utilizados • Proveta; • Trena; • Régua; • Caneta para marcação em vidro; • Termômetro; • Paquímetro; • Tubo de vidro em formato de “U” Com uma extremidade aberta e outra fechada; • Água; 3.2. Método aplicado Sistema utilizado no experimento: Fonte: roteiro disponibilizado 1. Fixou-se o tubo de vidro numa base metálica utilizando garras metálicas apropriadas. 2. A água foi adicionada para preencher apenas a região inferior do tubo onde se encontra a dobra do vidro, de modo a formar 2 níveis de água aproximadamente horizontais. 3. Determinou-se a altura H que corresponde ao volume armazenado na alça fechada do tubo, bem como a diferença de altura ∆h que corresponde a diferença nos níveis de água entre a extremidade fechada e a extremidade aberta. Todos os valores foram organizados em uma tabela. 4. Foi realizada a adição de mais água, e determinou-se novamente os valores de H e ∆h. 5. A etapa anterior foi repetida até a obtenção de no mínimo 6 medidas experimentais de H e ∆h. 6. Durante o experimento a temperatura do ambiente foi aferida. 3.3. Fórmulas utilizadas 1. Relação entre as equações (1) e (2) ∆ℎ = 𝑛𝑅𝑇 𝑝𝑔A𝐻 𝑃0 − 𝑝g Em que, ● ∆ℎ = Coluna de líquido na extremidade aberta ● 𝑛 = Número de mol ● T = Temperatura ● p = Densidade da água ● 𝑔 = Aceleração da gravidade ● A = Área ● H = Coluna de ar na extremidade fechada ● P0 = Pressão atmosférica 2. Desvio padrão 𝜎 = √ ∑ 𝑛 (𝑇𝑖 − 𝑇𝑚𝑖=1 )2 𝑛 − 1 Em que, ● σ = Desvio Padrão ● Tm = Valor médio do período ● Ti = Valor medido ● n = Número de repetições 3. Incerteza combinada 𝜎𝐶 = √𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐵 2 Em que, ● σC = Incerteza do Tipo Combinada ● σA = Incerteza do Tipo A ● σB = Incerteza do Tipo B 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os dados coletados durante os experimentos, temos: Tabela 1 – Dados coletados Diâmetro (mm) 10,5 Medições 0 1 2 3 4 5 6 H (cm) inicial 44,5 44,5 44,5 44,5 44,5 44,5 44,5 variação 0mm 4mm 5mm 6mm 7mm 8mm 9mm total 44,5 44,1 44,0 43,9 43,8 43,7 43,6 ∆H (cm) 94,0 92,0 90,0 88,0 86,0 84,0 82,0 Raio (mm) 5,25 Temperatura (°C) 23,4 N (mols) 0,1754107 A (m3) 0,4578 Fonte: autoria própria, 2023 Calculando o volume: Tabela 2 - Volume volume final (L) 3,9292 Fonte: autoria própria, 2023 Ao plotar um gráfico de ΔH x 1/H, é possível extrair informações como o coeficiente angular e o linear: Gráfico 1 – ΔH x 1/H Fonte: autoria própria, 2023 y = 2x - 2 R² = 1 0 2 4 6 8 10 12 14 0,0225 0,0226 0,02270 0,0228 1/43,8 1/43,7 1/43,6 Δ H 1/H ΔH vs 1/H Tabela 3 - Coeficientes Coeficiente Linear -2 Coeficiente Angular 2 Fonte: autoria própria, 2023 A partir dos valores dos coeficientes, podemos igualá-los as seguintes fórmulas e obter o valor de R, para o coeficiente angular, e Po, para o coeficiente linear. 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = 2 = 0,175. 𝑅. 296,4 1000.9,8.0,46 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 = 2 = − 𝑃0 1000.9,8 R = 173,8 J/mol.K P0 = - 19600Pa ou 0,1 atm Cálculo do erro experimental Sendo R = 173,8J/mol.K e P0 = 0,1 atm encontrados, é possível observar um erro de 1981% e 90% respectivamente dado que seus valores teóricos são: P0 = 1,01x105 Pa ou 1atm e R = 8,314 J/mol.K 5. CONCLUSÃO Ao analisar o erro encontrado, observamos uma enorme discrepância nos resultados encontrados, provavelmente devido a erros de medida e aproximação dos valores na hora de converter para o SI O gráfico por sua vez apresenta a linearidade esperada durante o experimento, além disso o valor de R2 do gráfico plotado é exatamente 1, ou seja, o resultado esperado, por isso, provavelmente, os erros aconteceram no momento de realizações de conversões e dos cálculos.
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