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UNIVERSIDADE PAULISTA
VANDERLÉIA VICENTE COELHO NUNES
MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DE ESPORTES E O PAPEL DO TREINADOR/TÉCNICO: REVISÃO DE LITERATURA
CUIABÁ-MT
2023
VANDERLÉIA VICENTE COELHO NUNES
MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DE ESPORTES E O PAPEL DO TREINADOR/TÉCNICO: REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física, à Universidade Paulista (UNIP), Polo de Cuiabá, na Faculdade de Educação Física.
Orientador: Prof. Ms. Helder Cravo da Costa
CUIABÁ-MT
2023
VANDERLÉIA VICENTE COELHO NUNES
MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DE ESPORTES E O PAPEL DO TREINADOR/TÉCNICO: REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física, à Universidade Paulista (UNIP), Polo de Cuiabá, na Faculdade de Educação Física.
Aprovado em: _24_ de maio de 2023.
BANCA EXAMINADORA
Profº. –
Universidade Paulista (UNIP)
Profº. –
Universidade Paulista (UNIP)
Profº.
Universidade Paulista (UNIP)
DEDICATÓRIA
Dedico essa obra a meu pai José Almiro Coelho (in memorian), me ensinou a trabalhar e seguir os meus objetivos. Dedico à minha mãe Glimaria Vicente Coelho, também dedico aos meus filhos, Vitor Hugo V. Nunes e Mateus Vicente Nunes ao meu esposo, Perickes Nunes Pereira, fontes maiores de inspiração, pelo carinho e ensinamentos, sem os quais nada seria possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a JESUS o meu DEUS por permitir a conclusão dessa graduação.
Gostaria de agradecer ao meu orientador profº por ter aceitado estar me orientando e me ajudar durante todo o processo de construção desta pesquisa.
Agradeço aos meus pais, Glimaria Vicente Coelho e José Almiro Coelho ( in memorian) por sempre estarem me apoiando com a vida acadêmica e sempre estarem à disposição de me incentivar no que foi possível.
Aos membros da banca por aceitarem fazer parte da banca e contribuírem efetivamente para tal pesquisa.
A faculdade de Educação física e a Universidade Federal de Mato Grosso, sou muito grata, pois nessa Instituição tive muito aprendizado no qual transformou minha vida, ajudando a me desenvolver como profissional e como pessoa.
Agradecer ao meu Esposo, Perickes Nunes Pereira que incentivou a concluir e patrocinou financeiramente essa graduação.
RESUMO
A motivação é um traço estudado para refletir o comportamento de um atleta em termos de esforço, determinação, disposição e até mesmo tenacidade para desenvolver uma ação específica que já foi definida como meta da equipe. No esporte ou em qualquer atividade física, a motivação aparece como um fator importante para a permanência na atividade. Objetivo: Revisar as pesquisas sobre motivação para prática de Esportes e o papel do Técnico/Treinador na literatura científica. Metodologia: Este trabalho é de natureza bibliográfica. A partir da análise da literatura verificou-se que os fatores motivacionais que levam à prática de Esportes diferem de acordo com a idade estudada, e os fatores mais relevantes encontrados durante a revisão foi relacionada a motivação intrínseca. Esta revisão reúne os trabalhos entre agosto 2022 e março 2023 sobre motivação no esporte e o papel do treinador. Utilizando os seguintes termos, que devem constar no resumo do estudo: motivação, esportes e treinador/ técnico. Também encontramos outros estudos que se concentra em motivar outros esportes e atividades Físicas individuais e coletivos. Dentre estes, foram selecionados 20 estudos sobre motivação para prática de esportes e influência do treinador/técnico. Considerações finais: Diante desta revisão, observou-se que os principais fatores motivacionais que aparecem nas crianças são os fatores intrínsecos, enquanto nos adultos o que mais os motiva são os fatores extrínsecos, sendo o principal fator a “segurança”, relacionado a remuneração do mesmo. Recomenda-se que estudos futuros ampliem o assunto da motivação para prática de esportes e o papel do treinador/tecnico, pois há poucos estudos relacionados sobre o papel do treinador. Com essa projeção que vem sendo estudado esse tema, merece uma maior amplitude de estudos e uma intensa investigação.
Palavras chaves: Motivação, Esporte e Treinador /Técnico
ABSTRACT
Motivation is a trait studied to reflect an athlete's behavior in terms of effort, determination, willingness and even tenacity to develop a specific action that has already been defined as the team's goal. In sport or in any physical activity, motivation appears as an important factor for staying in the activity. Objective: To review research on motivation to practice Sports and Coach/Coach Influence in the scientific literature. Methodology: This work is bibliographic in nature. From the analysis of the literature it was found that the motivational factors that lead to the practice of sports differ according to the age studied, and the most relevant factors found during the review were related to intrinsic motivation. This review brings together works between August 2022 and March 2023 on motivation in sport and coach influence. Using the following terms, which must appear in the study summary: motivation, sports and coach/coach. We also found other studies that focus on motivating other sports and individual and collective physical activities. Among these, 20 studies on motivation to practice sports and coach/coach influence were selected. Final considerations: In view of this review, it was observed that the main motivational factors that appear in children are the intrinsic factors, while in adults what motivates them most are the extrinsic factors, the main factor being “security”, related to the remuneration of the same.It is recommended that future studies expand the subject of motivation to practice sports and the influence of the coach/coach, as there are few related studies on the influence of the coach. With this projection that this theme has been studied, it deserves a greater range of studies and an intense investigation.
Keywords: Motivation, Sport and Coach/Coach
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-Continuum motivacional.................................................................. 20
Figura 2- Papel do treinador/técnico ............................................................. 25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EFDEPORTES – Revista Digital;
ME - Motivação Extrínseca;
MI –motivação Intrínseca;
PMQ- Participation Motivation Questionnaire;
QMAD- Questionário de Motivação para Atividades Desportivas;
SciELO- Scientific Electronic Library Online;
TAD- Teoria da Autodeterminação;
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso;
UNIP – Universidade Paulista.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	10
2.	OBJETIVO	13
3.	JUSTIFICATIVA	14
4.	REVISÃO DE LITERATURA	16
4.1. Motivação para prática esportiva	16
4.2. Os aspectos motivacionais intrínsecos e extrínsecos	18
4.3. O papel do treinador/técnico no esporte	22
5.	METODOLOGIA	26
6.	DISCUSSÃO	27
7.	CONCLUSÃO	31
	REFERÊNCIAS	32
	
1. INTRODUÇÃO
A definição de motivação foi explicada por Samulski (2009) como um processo ativo, intencional e orientado para um objetivo. No entanto, esse processo é influído por fatores pessoais e ambientais (respectivamente, internos e externos). 
Segundo o modelo do autor a motivação é um determinante energético com um nível de activação e um determinante da direção comportamental (interesses, objetivos).
Os motivos que levam o sujeito a realizar uma ação com prazer, que resulta em excelente desempenho esportivo, vão desde o pertencimento a um grupo, aceitação social, prazer ou simplesmente preocupação com a saúde e a boa forma física.
Para saber mais sobre os tipos de efeitos motivacionais, conforme Vanek e Cratty (1990; apud MORENO et al.( 2006 )). Isso pode ser feito por meio de “elogios, palavras de encorajamento e demonstrações de apoio” (VANEK; CRATTY, 1990; apud MORENO et al., 2006). efeitos negativos: aparecem em configurações não pedagógicas, que podemlevar a uma violação da personalidade de uma pessoa. exemplos: punição ou assédio essas ações podem levar as pessoas a se tornar violentas, covardes, tímidas ou oscilantes (VANEK; CRATTY, 1990, apud MORENO et al., 2006). 
Nessa perspectiva, o treinador torna-se elemento fundamental para estimular a motivação de modo que administre efeitos positivos, que tornem o atleta mais bem preparado no aspecto esportivo, seja para a rotina de treinos e competiçãos, como também nas modalidades não esportivos aspecto., em sua evolução como estar em formação; como cidadão.
O técnico deve se posicionar como líder, pois liderança, segundo Barrow (1977 apud WEINBERG & GOULD, 2008) é um processo comportamental que irá influenciar indivíduos e grupos em direção aos objetivos estabelecidos. Para Weinberg & Gould (2008), no esporte e no exercício aspectos dos conceitos supracitados dizem respeito à tomada de decisão do atleta, motivação, feedback. construindo relacionamentos interpessoais e gerir a equipa com confiança. Com essas informações, cabe ao treinador estimular o treinamento psicológico que permitirá ao atleta aprender, manter e melhorar psicofisicamente de que necessita para obter bons resultados nas competiçãos (BECKER JR., 2002 apud MONTEIRO; SCALON, 2008). 
Também ajuda você a estudar e desenvolver aptidões cognitivas a motivação é um fator importante no desenvolvimento da atenção e autoestima dos atletas (BECKER JR., 2002 apud MONTEIRO; SCALON, 2008). 
Segundo Samulski (2009), entre as formas de treinamento psicológico está o treinamento automotivacional que inclui ações que uma pessoa aplica ao seu comportamento, tendo controle sobre ele, regulando assim seu nível de motivação.
A motivação é um tópico muito discutido no meio esportivo de rendimento, pois na presença dela, muitos atletas permanecem em seu clube ou equipe, treinam com determinação, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios físicos e mentais diários. Praticar com os colegas ou abandono é o comportamento, porque não há razão para estar ali Segundo Nitsch (1989 b:29, apud SAMULSKI, 2009), a motivação é um dos processos mentais básicos da psicologia do esporte que deve ser investigado no esporte, efeitos básicos e mentais da ação esportiva.
Quanto à motivação propriamente dita, o atleta irá procurar “motivos para praticar a atividade e esta busca pode ser auxiliada pelo treinador que assumirá um papel decisivo, pois segundo este mesmo autor, durante o treino o atleta não deve ser posto sozinho em sua forma tático-técnica e física, mas também deve ser vista em seus aspectos intelectuais, motivacionais, emocionais e sociais. Portanto, medidas pedagógicas, psicológicas e sociais devem ser abordadas na formação. Isso torna importante resolver um problema que quer continuar correndo, apesar do estressante trabalho físico diário, demandas internas e externas (família, torcedores, clubes, patrocinadores e cobrança pessoal por bons resultados, medalhas, troféus). 
Conhecer os fatores motivadores que impulsionam esses atletas ajudará no desenvolvimento de trabalhos mais eficazes que visem melhores resultados. Este estudo, em colaboração com a ciência e a psicologia do esporte, pode fornecer informações importantes sobre esse assunto. Para os clubes esta enquête pode facilitar a busca pelos melhores resultados nas partidas. porque se os atletas se sentirem motivados A equipe com certeza conseguirá atingir seus objetivos, além disso, o conhecimento dos fatores que impulsionam atletas jovens e adultos ao treinamento pode contribuir significativamente na preparação para o treinamento, atraindo talentos e, portanto, garantindo maior adesão e permanência deles no treinamento esportivo. fatores motivacionais extrínsecos para a prática esportiva e fatores relacionados ao treinador.
Esse trabalho discute o tema motivação para pratica nos esportes e como estudos científicos trabalharam motivação para prática do esporte e o papel do técnico nesse processo motivacional, utilizando uma delimitação temporal, revisão de literatura de agosto de 2022 a março de 2023, somente documentos da língua portuguesa, dentro de diversos esportes.
2. OBJETIVO
	A finalidade desta revisão bibliográfica foi explorar as descobertas científicas sobre motivação para prática de esportes a Influência do treinador/tecnico, com um prazo de 8 meses (08/2022 à 23/2023) e apenas estudos científicos, na língua portuguesa.
Para tal, fez-se uso de trabalhos originais publicados na plataforma Scielo, revista digital EFDEPORTES.COM,revista digital “Educação Física em Revista”, bancos de dados da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), e outros repertorios de pesquisas.
3. JUSTIFICATIVA
No desporto, e em qualquer outra área da sociedade o sucesso depende de muitas características relacionadas com os domínios biológico, sociocultural e psicológico, entre outros, sendo a motivação um dos aspetos mais importantes para um bom desempenho. A motivação atua como reguladora da vitalidade e da concentração utilizada para atingir objetivos previamente traçados (VALDÉZ, 1996 apud AZOFEIFA, 2006).
Segundo Plonczynski (2000), a motivação para atividades extenuantes, como esportes, é um problema significante devido à natureza intrincada das atividades esportivas e à confusão entre os métodos contido no documento de pesquisa para o tema.
Falar sobre motivação para prática de esportes e pesquisar sobre o papel dos treinadores no processo motivacional é fundamental para a comunidade científica, pois muitas vezes surgem questões motivacionais em atletas/equipes como: medo do fracasso, metas são estabelecidas mas não têm chance de serem alcançadas, em além de reforços insuficientes (SAMULSKI, 1988). 
Este estudo visa demonstrar a importância deste tema para acadêmicos e profissionais do esporte na tentativa de contribuir para um treinamento realizado da melhor forma possível, seja ele um líder (técnico) ou uma pessoa que realiza o treinamento de forma eficaz (atleta). 
Segundo Nitsch (1984, apud SAMULSKI, 1988), a motivação de um atleta para o treinamento deve seguir os seguintes objetivos: estabelecer metas, melhorar metas dentro dos planos existentes, estabelecer metas de forma construtiva e corrigir as causas. Todos esses controles aumentarão as chances de sucesso do atleta em seu desempenho.
Este trabalho é essencialmente uma bibliografia. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão a partir da análise da literatura Motivação para Pratica de Esportes e o papel do treinador/Técnico.
Esta revisão reúne trabalhos de agosto de 2022 a março de 2023 sobre motivação para treinamento esportivo. Para tanto, foram aplicados trabalhos originais publicados na plataforma Scielo, revista digital EFDEPORTES.COM, revista digital "Educação Física em Revista", bases de dados da (Universidade Federal de Mato Grosso), Repositório da UFMT. A pesquisa teve muitas opções de busca porque existem muitos artigos na área de motivação no esporte em geral ou que, durante a investigação envolveu mais esportes, sem distinguir entre motivação para pratica apenas esportes e Atividades Físicas em geral. Consequentemente, a razão da existência de muitos bancos de dados é a falta de estudos motivacionais na língua portuguesa. Utiliza os seguintes termos Deve estar no título ou resumo do estudo: Motivação, Esporte e técnicos / Treinadores.
O estudo é do tipo bibliográfico. Segundo Rodriguez (2007), nesse tipo de pesquisa, as informações são solicitadas em livros ou outros meios de publicação”. (pág. 43).
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1. Motivação para prática esportiva
Compreensivelmente, a motivação permite que os indivíduos criem metas e busquem alinhamento no esforço para alcançá-las. Às vezes, a motivação pode vir porque o indivíduo é recompensado. No caso do esporte e da atividade física, tais recompensas podem ser medalhas, melhora da saúde, melhora da estética, eleição de atletas de elite, diversão ou até elogios. 
Polles, Márcia Cristina e col. 2012. p.249apud Malavasi e Both, 2005.Enfatizam o conceito de motivação como um processo de orientar as pessoas a fazer ou não fazer algo diferentes situações de vida.
A importância das razões para participar de atividades físicas e esportivas aumentou significativamente devido ao reconhecimento da importância da motivação para aumentar a participação e o engajamento dos jovens em programas esportivos. Mas ainda hoje é difícil confrontar os resultados das pesquisas publicadas devido aos diferentes procedimentos e ferramentas analíticas no estudo desenvolvido e diferenças socioculturais na população analisada. Participação desportiva entre diferentes populações.
Pesquisas qualitativas publicadas em ampla rede de bancos de dados eletrônicos entre 1990 e 2004 exibiram que, embora muitos jovens confessam os benefícios do exercício para a saúde esse não é o principal motivo para a participação. Segundo os autores outros fatores como manutenção do peso, deleite, interação social e apoio foram os motivos mais comuns pelos quais os jovens permaneceram fisicamente ativos.
Assim, dentre os estudos que analisaram os motivos da participação das crianças foram identificados como principais motivos ' experimentação ', ' atividades incomuns ', ' apoio dos pais ' e ' segurança ambiental '. Nesta mesma população “Esportes competitivos” e “atividades altamente estruturadas” foram identificados como barreiras à participação.
Em geral, as crianças do estudo consideram importantes recompensas como ganhar, representando o tipo motivacional de regulação extrínseca introjetada e identificada. No entanto, quando as idades foram divididas em três grupos, verificou-se que o grupo mais jovem (8-10 anos) apresentou uma maior importância da motivação focada em recompensas extrínsecas, em comparação com os outros dois grupos (11-13 anos e 14 a. -16 anos). No entanto, a revisão da literatura de Azofeifa (2006) não encontrou consistência com o artigo de que crianças mais novas têm motivação orientada para a recompensa enfatizou-se que é importante para sujeitos mais jovens.
No entanto, em um estudo de Garcia, Weis e Valdivieso (2005), cinco fatores-chave foram identificados por meio da análise fatorial exploratória: "aceitação social", "inclusão, diversão e superioridade", "amizade e saúde". "Ação-emoções" e "Habilidade". analisando as notas médias atribuídas pelos jovens coletadas no estudo aos itens do instrumento sobre os fatores supracitados, observou-se que, considerando as três faixas etárias, o fator “cooperação, diversão e excelência” foi o mais importante: 8- 10 anos (3, 62 pontos), 11-13 anos (3,57 pontos) e 14-16 anos (3,74 pontos), seguidos dos fatores "reconhecimento social": 8-10 anos (3,49 pontos), 11-13 anos (3,10 pontos) e 14-16 anos (3,00 pontos) e "Amizade e Saúde" 8-10 anos (3,45 pontos) 11-13 anos (3,30 pontos) e 14-16 anos (3,30 pontos).
Cecchini, Méndez e Muñiz (2002) decompor as razões pelas quais os alunos de 8 a 18 anos praticam esportes por meio de um questionário elaborado pelos autores em uma escala Likert de 3 pontos (“nada importante” (1), "muito importante"). ' (2), ' muito importante ' (3), ' estar em forma ' (2,80 pontos), ' manter-se saudável ' (2,74 pontos), ' melhorar e melhorar o esporte ' (2,73 pontos), ' habilidades ' melhorar ' (2,72) pontos). Embora meninos e meninas listassem os mesmos motivos como os mais importantes, a ordem de importância diferia por sexo. A razão “Ser saudável” foi mais importante para as meninas do que para os meninos (2,83 e 2,76 pontos, respectivamente) e “Melhorar minhas habilidades” foi mais importante para os meninos do que para as meninas (2,77 e 2,68 pontos, respectivamente). No entanto, os motivos menos importantes foram: "ser famoso e popular" (1,28 pontos), "porque os atletas são atraentes para o sexo oposto" (1,35 pontos) e "sucesso do sexo oposto" (1, 42 pontos).
Além disso, os autores saltitar as cargas fatoriais abaixo de 0,40 e identificaram nove fatores que determinam as razões para o exercício por meio da análise fatorial principal. Os fatores estabelecidos para toda a população foram ' condição física / aparência ', ' heterossexualidade ', ' equipe ', ' prazer / amizade ', ' habilidade ', ' vitória ', ' descanso ', ' saúde ' e ' reconhecimento social '... ', não houve diferença na determinação dos fatores separados por sexo, e os estudantes do sexo masculino sugeriram 8 fatores em vez de 9 porque os fatores ' condição física / aparência ' e ' saúde ' foram misturados em um fator (CECCHINI, MÉNDEZ, & MUÑIZ, 2002)
É o movimento potencia que orienta as atitudes humanas e pode tornar as coisas impopulares aceitáveis ​​ou mesmo desejáveis. Pesquisas voltadas à investigação de motivadores são úteis porque, ao gerar conhecimento sobre os motivadores, auxiliam na estratégia e na formação docente.O direcionamento dos interesses dos praticantes aumenta as chances dos praticantes manterem suas atividades (KREBS, 1992). 
A motivação humana é compreendida na teoria social cognitiva, em seu núcleo uma série de subteorias com princípios, suposições e suposições específicas. Devido à complexidade do tema motivação para a prática do exercício, a organização da revisão de literatura foi pensada de acordo com o suporte teórico que a sustenta, o que não é condizente com o tema abordado. Dessa forma é relevante para a compreensão do comportamento e da motivação.
4.2. Os aspectos motivacionais intrínsecos e extrínsecos
Os autores citam Cratty, (1984), ao dizer o processo envolve a análise do que leva as pessoas a agir fazer algo com uma atitude mais firme do que as outras pessoas.
Samulski (2002, p.104), afirma que:
Quando a satisfação do sujeito é inerente ao objeto de aprendizagem, não dependendo de elementos externos, nomeia-se motivação intrínseca. Por conseguinte, a extrínseca está relacionada ao determinismo que envolve a aprendizagem, como ganho de medalhas, salários e interação social.
No campo da psicologia Segundo Silva et al., 2012, existem diversas teorias que analisam a motivação das quais a Teoria da autodeterminação (TAD) é a mais citada (DICE; RYAN, 1985). Segundo Penna (2001) No campo de estudo da psicologia, a motivação através da abordagem apresentada por Jean Piaget denominada cognitivista, diz que a atividade cognitiva do ser humano é inseparável de sua motivação” (Prudêncio et al., 2020 apud Barrera, 2010, p.162). Ele entende que o indivíduo é um sujeito ativo quando se relaciona com o meio em que se encontra. Tal conexão traz o anseio de ter conhecimento do mundo e de si mesmo, o que traz a possibilidade de fazer previsões de possíveis acontecimentos futuros e de conduzir o próprio comportamento (PRUDÊNCIO et al., 2020 apud FONTAINE, 2005). A Teoria da autodeterminação (TAD) é uma teoria motivacional que faz parte da vertente cognitiva.
O TAD propõe um continuum motivacional que ilustra a motivação do ser humano, este diagrama é composto pela Desmotivação, Motivação Extrínseca (ME) e seus diferentes níveis de Regulação (Externa, Introjetada, identificada e integrada) e Motivação Intrínseca (MI) (PRUDENCIO et al., 2020 e DECI & RYAN, 1985; DECI & RYAN, 2000).
Figura 1 - continuum motivacional (Fonte: PRUDENCIO et al., 2020 apud DECI & RYAN, 1985; DECI & RYAN, 2000).
Fonte: PRUDENCIO et al., 2020 apud DECI & RYAN, 1985; DECI & RYAN, 2000
O continuum do TAD e seus regulamentos são explanados a seguir: Desmotivação é a falta de intenção e vontade de uma pessoa realizar um comportamento / tarefa. Na Motivação Extrínseca (ME), o comportamento / tarefa é realizado pelo próprio indivíduo, por meio de uma necessidade que vem de fora dele mesmo, ou seja, externa, considerando que o indivíduo terá uma recompensa / reconhecimento ou talvez evite sanções / punições. Na ME por Regulação Externa, o comportamento / atividade é solicitado e controlado externamente em antecipação de possíveis recompensas ou evitação de punições. Na ME por Regulação Introjetada, há regulação individual, porém a causa e efeito é externo, pois o comportamento é realizado pelo próprio indivíduosob controle para evitar possíveis sentimento de culpa, vergonha, ansiedade ou para evitar quebrar sua autoestima. Na ME por Regulação identificada, o comportamento / tarefa tem uma certa autodeterminação porque o indivíduo consegue compreender aquilo a que se opõe, mesmo perante reguladores externos, através dos seus valores e/ou exigências. A ME, por regulação integrada, é o modelo mais inerente a fatores externos. Porque representa o nível mais autodeterminado. Há aceitação geral do indivíduo quando ele executa o comportamento / tarefa. Porque dentro disso com controle rígido motivação interna Pois ambos tem causas internas. A motivação intrínseca (MI) é quando o indivíduo tem interesse e satisfação em realizar o comportamento / tarefa e a participação é gratuita, sem recompensa ou punição (PRUDÊNCIO et al., 2020 apud DECI; RYAN, 2008; RYAN DECI, 2000A, RYAN, DECI, 2004, CLEMENT et al., 2014, ROSECLER, GUIMARAES, 2010, JOLY; PRATES, 2011).
Compreender a motivação e suas prescrições ajuda a entender o impacto nas atitudes do atleta, considerando que motivações mais internas podem sustentar a permanência no esporte e a motivação pode ser um fator para o abandono do esporte (PAULA, 2021 apud RYAN et al., 2007). A Teoria da autodeterminação introduzida no contexto desportivo permite compreender as motivações e comportamentos das pessoas, possibilitando assim desenvolver estratégias de treino e intervenções mais eficazes junto dos atletas, tornando assim mais provável que a pessoa se mantenha na prática desportiva e tenha também impactam no rendimento e no desempenho nos esportes (PAULA, 2021). Viana (2010), cita que o TAD é significativo para o esporte e precisa de mais pesquisas.
Isso ocorre porque relativamente poucos estudos foram feitos sobre o TAD quando se trata de esportes. Isso não provê muito conhecimento científico claro sobre a psicologia do uso do TAD em um contexto esportivo.
Ampliação dos estudos sobre TAD, Teixeira et al. (2012) realizar uma revisão internacional da conjectura da autodeterminação no contexto do esporte. A revisão incluiu 66 estudos publicados até 2011 que decompor diretrizes, causalidade, autonomia, necessidades de suporte, satisfação de necessidades, autorregulação e motivação relacionada ao exercício. Os resultados exibiram uma correlação positiva entre os padrões de motivação e o exercício mais independente. As regras estabelecidas serão aplicadas desde o início ou resumindo. Em compromisso de longo prazo A motivação intrínseca é mais relevante a revisão também mostrou que habilidades intrínsecos e motivação tiveram uma influência positiva na participação em atividades físicas. Em conclusão, há evidências positivos na literatura para a importância do TAD na compreensão do comportamento do exercício durante a autofagia. A atividade física (exógena e intrínseca) está associada à promoção da atividade física.
Durante a pesquisa de conclusão de curso realizada no Brasil em 2021 para analisar os resultados científicos da teoria da autodeterminação (TAD) no contexto esportivo, o mapeamento revelou que o primeiro estudo com a teoria no esporte foi feito em 2008. Nesse contexto, o eixo mais comum foi a relação entre a motivação e o comportamento dos indivíduos. Devido a determinados critérios de inclusão para o estudo, foram analisados ​​25 estudos autora deduz que o número de estudos envolvendo TAD no contexto esportivo sugere mais estudos (PAULA, 2021.
Sobre a participação de atletas em competições escolares e a teoria da autodeterminação no contexto da educação física escolar, Pizani et al. (2015) examinaram a identificação da presença da desmotivação na educação física escolar. Foram amostrados 371 alunos de educação física do ensino médio de escolas públicas e particulares. Os resultados mostram uma baixa presença de desmotivação, mas em estudos anteriores foram encontrados resultados diferentes, razão pela qual é considerado um assunto com resultados contraditórios que requer um estudo mais aprofundado.
Ao analisar a teoria da autodeterminação no contexto esportivo, no futebol Borges et al. (2015) examinaram os níveis de motivação que afetam o desempenho táctico dos jogadores. A amostra foi composta por 29 jogadores do projeto de expansão da universidade Estadual de Maringá. Concluiu-se que jogadores mais velhos apresentam desmotivação, jogadores com maior motivação intrínseca possuem habilidades comportamentais mais específicas e melhor desempenho tático.
Coimbra e outros. (2013) realizaram pesquisa com o objetivo de verificar as diferenças e semelhanças das características motivacionais de atletas brasileiros com base na teoria da autodeterminação na teoria da modalidade coletiva e individual. Participaram do estudo 344 atletas de ambos os sexos 59 % deles competindo em esportes coletivos e 64 % deles competindo em nível internacional. Os resultados sugerem que os atletas brasileiros possuem características motivacionais únicas em relação aos atletas de outros países. Quando comparadas por sexo, foram achadas diferenças significantes nas dimensões motivação de introdução externa, motivação extrínseca de regulação externa e baixa motivação.
Considerando a teoria da autodeterminação no contexto específico do atletismo, Ribeiro (2014) realizou uma investigação no campo da corrida de rua, na qual objetivou descrever o perfil motivacional para a prática do esporte em praticantes de corrida de rua na cidade de Porto Alegre alinhando-se com os índices médios de motivação de seis dimensões (Controle do Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer). O estudo envolveu 34 pessoas de ambos os sexos que aplicavam corrida de rua em Porto Contente. Os resultados mostram que os corredores de rua possuem altos níveis de motivação intrínseca e são mais autodeterminados para treinar. Sena Júnior (2012) também realizou uma pesquisa no campo da corrida de rua com o objetivo de determinar os motivos da corrida de rua levando em consideração a teoria da autodeterminação dos indivíduos. Participaram do estudo 51 corredores que beneficiar classificação na prova de Juiz de Fora (MG). Os resultados obtidos mostram níveis satisfatórios de consistência interna.
Dado o escopo da psicologia do esporte e da teoria da autodeterminação (TAD), até que ponto ela pode ser benéfica para o contexto esportivo? Consequentemente, é relevante para o estudo da motivação na pratica do esporte, desenvolver e expandir tanto as teorias relacionadas à psicologia quanto à especificidade do esporte.
4.3. O papel do treinador/técnico no esporte
Especialista na área de esportes especialmente treinadores desportivos Muitas vezes subestimam a importância dos aspectos psicológicos e sociais. Superestimando as ciências biológicas envolvidas no treinamento esportivo. especialmente os fatores fisiológicos e bioquímicos da atividade competitiva. Este fato afeta a compreensão do processo de treinamento , visto que o treinamento atlético é um processo ontológico e a dialética entre ensino e educação é fundamental. É um processo de ensino onde "ensinar" significa ensinar e aprender técnicos e táticas esportivos. bem como trabalhar para atingir o objetivo. 
Nesse caso, “treinamento” refere-se ao desenvolvimento de traços de personalidade para um desempenho ou comportamento atlético adequado diante dos desafios inerentes ao esporte. Essa compreensão do processo de treinamento atlético parece ser fundamental para o sucesso de um programa de treinamento com atletas de todas as idades e níveis de desempenho, pois não é o corpo do indivíduo que está sendo treinado, mas o indivíduo que o está treinando. Desta forma, os jovens atletas não são apenas energia física e biológica. Mas também sentimentos e pensamentos. porque gostam do que fazem e são motivados nas atividades esportivos (CASAL, 2000).
Atletas de esportes coletivos e individuais são psicologicamente extremamente despreparados e sem suporte social que garanta um ajuste positivo às tensões associadas à carreira esportiva. Desta forma, parece imperativodesenvolver pesquisas que examinem os aspectos psicológicos de jovens atletas e transportavam conclusões sobre como melhorar a adesão, aumentar a motivação para a prática e estimular uma atitude positiva frente às dificuldades inerentes à carreira desportiva. 
Dentro do processo volta a destacar-se o papel do treinador, pois se não permitir a investigação e introdução de novos procedimentos psicológicos na sua equipa, torna-se em vão todo o trabalho do psicólogo desportivo. Nos locais onde existe uma equipa multidisciplinar de apoio aos atletas, o treinador será o sensibilizador, o incentivador e o elo entre este time e os seus atletas. Num clube sem apoios desta equipe, o treinador assumirá o papel de nutricionista, preparador físico fisioterapeuta e psicólogo esportivo são os responsáveis ​​por se aprontar para estimular a mente do atleta. Visando a máxima eficiência o que frequentemente se observa e refere no trabalho de Stefanello (2009) é que muitos treinadores não sabem aplicar as competências para alcançar o sucesso desportivo ou as consideram como “qualidades inatas”, onde com este artigo o autor demonstrou que é possível desenvolver um programa sistemático de acompanhamento e trabalho psicológico no desporto.
O treinador/ técnico tem um papel reconhecido como fundamental para o acesso à prática desportiva de qualidade e ao desenvolvimento dos jovens (SANTOS, 2016; REVERDITO et al., 2020), incentivando a participação, ensinando valores e energizando o trabalho em grupo, fazendo com que a percepção consciente de problemas sociais. Realidade e proporcionando oportunidades de aprendizado em contextos de treinamento e competição, derrota e vitória (STRACHAN; CÔTÉ; DEAKIN, 2011). Nesse contexto, há a necessidade de desenvolver um maior número de estudos voltados para ambientes competitivos, nos quais o equilíbrio entre a busca do máximo desempenho atlético e o desenvolvimento de crianças e jovens é por vezes problemático (CAMIRÉ, 2015).
Figura 2 - Papel do treinador/ técnico
Considerando a figura do treinador como dominante na organização do processo e na mediação das relações no ambiente de jogo, a enquete tem como objetivo explorar a percepção dos treinadores sobre o que está em jogo no futebol sub-10. Em particular, estamos interessados ​​em destacar o papel que os treinadores notam de seu papel na partida esportiva, o que os treinadores esperam que os jogadores de futebol aprendem nesse ambiente e a relevância de outros personagens (pais, árbitros) na partida infantil.
Os treinadores relatam que seu papel deve ser exemplar, espelho, facilitador, professor e deve malhar, incentivar, desenvolver as crianças e criar um ambiente positivo. Nessa visão, uma reflexão sobre o papel do treinador na competição é relevante não como protagonista, mas como agente educacional que trabalha para criar um ambiente de aprendizagem onde as crianças possam se desenvolver e atuar como protagonistas neste contexto. 
“O técnico/professor precisa levar em conta determinadas necessidades específicas na área de aprendizagem motora, as quais terão importância na capacidade de reduzir nível de ansiedade do indivíduo”. (citado por KNIJNIK, J. D.; GREGUOL, M.; SANTOS, S. S, 2001)
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Holt e outros (2008) assinalar que os treinadores são um dos principais fatores que influem a experiência de um atleta no esporte. Responsabilidade pela supervisão, treinamento e orientação adequada (LAUER; DIEFFENBACH, 2013). Isso significa que as oportunidades de treinamento devem ser focadas não apenas em habilidades técnico-táticas, mas também em elementos relacionados ao desenvolvimento pessoal e social dos jovens (VELLA; OADES; CROWE, 2012). Além disso, é importante destacar que o papel do treinador não se configura apenas em fazer o que as crianças querem, mostrando apenas as circunstâncias de sucesso, mas também apontando as dificuldades e apresentando situações problemáticas para que as crianças de acordo às suas possibilidades e necessidades. 
5. METODOLOGIA
Este estudo buscou um formato de revisão bibliográfica através da realização de um levantamento bibliográfico na literatura científica discutindo o tema motivação para prática do esporte. 
Para melhor nortear a discussão deste estudo, nos concentramos no que esses escritos científicos tratam motivação para prática de esportes e influência do técnico/ treinador. Entre agosto de 2022 à março de 2023, livros, artigos, (mídia eletrônica) e sites como EF Esportes e CDOF foram pesquisados ​​para documentos a serem utilizados para discussão, com base em motivação e o papel do treinador e técnico. Este trabalho propõe limites de tempo de revisão bibliográfica (de agosto à março) e somente artigos de língua portuguesa, traçando perspectivas de diferentes modalidades esportivas.
6. DISCUSSÃO 
Estar motivado é sentir-se motivado. Um estado emocional equilibrado deve ser desenvolvido entre atletas e comissão técnica. A importância da manutenção desse estado é sublinhada por Hanin (2000, apud MIGUEL; BRANDÃO; SOUZA, 2009) ao sugerir que:
Um estado emocional ótimo para a competição esportiva motiva os atletas a iniciarem e manterem a quantidade de esforço necessária para ter uma performance de sucesso, enquanto emoções disfuncionais diminuem a motivação e o esforço despendido. Assim, as emoções podem levar os atletas a se aproximar ou se afastar de suas metas.
Uma pesquisa com atletas de atletismo trouxe resultados similares com o estudo atual, teve como objetivo ver as relações de motivações com idade, tempo de prática e motivação. Foi encontrado alta médias de motivação, sendo intrínseca e extrínseca, também com baixos níveis de desmotivação. Os atletas têm maiores números de motivação intrínseca, resultado igual ao atual estudo e a similares. (LUCKWU et al., 2016). Outra pesquisa que pesquisou os motivos para a prática do atletismo concluiu que existem motivos diversificados que tem influência sobre as motivações dos atletas, mas os que seriam mais importantes são os psicológicos no qual ajuda a controlar o estresse, se sentir bem, porque gostam, objetivos de situações desafiantes e porque querem ter uma carreira de sucesso no qual se tornam melhor que si mesmo e, de condição física no qual os atletas praticam a modalidade para fortalecer seus corpos, aumentar a motivação, desenvolverem músculos, melhorarem a força, agilidade e flexibilidade (MARTINS; SERRANO, 2016).
De maneira geral, verificou-se que os participantes deste estudo utilizavam atividade física mais por motivos de saúde, diversão, aparência e boa forma e menos por motivos sociais, visto que apresentar médias superiores à média teórica da escala nesses quatro fatores. com exceção apenas do fator social. No entanto, deve-se destacar que o fator saúde apresentou a maior média.
Outros estudos sobre motivação e comparações entre homens e meninas encontrar resultados conflitantes, alguns mostrando que os homens são mais motivados e outros que as meninas são mais motivadas. Coimbra e outros. (2013) investigar modalidades coletivas e individuais relacionadas ao esporte e constataram que os atletas apresentam altos níveis de motivação, tanto intrínseca quanto extrínseca, e baixos níveis de desmotivação. Outro resultado significativo foi que os homens apresentar maiores níveis de motivação em todas as variáveis ​​em relação às meninas. Sena Júnior. (2012) e Souza et al. (2016), no qual foi estudado corredores rua. Ribeiro (2014) em seu estudo com corredores de rua em que buscou entender o perfil motivacional alinhado em seis dimensões (controle do Estresse, Saúde, Sociabilidade, Competitividade, Estética e Prazer) também não encontrou diferença significante na variável gênero.
Segundo um estudo de Martins e Serrano (2016) com atletas Portugal, as meninas apresentam uma maior motivação estética para serem bonitas e elegantes. Em comparação com o estudo atual em que não houve diferença significativa, isso se soma à literatura existente onde o gênero é controverso e há estudos outra pesquisadescobriu que os homens são mais motivados do que as meninas e vice-versa.
Em relação aos principais fatores motivacionais na categoria saúde, os dados analisados ​​na pesquisa se assemelham aos estudos de Nuñez et al. (2008), em que constataram que os principais fatores motivacionais são manter a saúde e manter o corpo em forma. Um estudo de Cavalcanti (2013) confirmou dados semelhantes, e as principais motivações para os jovens se envolverem no futsal são manter a forma, exercitar e construir músculos.
Diante da literatura revisada, iniciamos nossa discussão com o estudo de Júnior. Deschamps, Korsakas (1999) na modalidade (alto rendimento, que apresenta situações situação causam estresse” associado fatores competitivos. Dezenove atletas com idades entre 23 e 38 anos (9 mulheres e 10 homens) participaram deste estudo. Todos os atletas participar de competições internacionais representando a seleção brasileira. Dentre os fatores competitivos situacionais, o treinador apresentou-se como fonte específica de estresse, em dois segmentos: pessoas importantes e o jogo. Neste estudo, os autores citam que o treinador tem grande influência no comportamento dos participantes, podendo modificar seu desempenho durante as partidas.
Ligando este estudo ao tema desta revisão de literatura, uma vez que a motivação inclui o motivo da prática de uma ação este estudo apresenta a “competição” e o “desejo de ultrapassar limites” como os principais motivos para a prática desportiva. 
Tendo salientado o papel do treinador neste contexto de preparação psicológica, sugere-se a oferta de formação na área da Psicologia do Desporto para melhorar a sua compreensão dos testes psicológicos. Curiosamente, eles também ganham motivação e aptidões de comunicação.
Entre diversos instrumentos utilizados para mensurar a motivação temos o Participation Motivation Questionnaire (PMQ), elaborado por Gill, Gross e Huddleston em 1983, e o Questionário de Motivação para Atividades Desportivas (QMAD), sua adaptação portuguesa por Serpa e Frias em 1990.
Estrutura fatorial do Participation Motivation Questionnaire (PMQ) traduzido para o idioma português administrado em jovens atletas:
Fator 1 – Realização e Status Social: equivalentes as principais razões relacionadas a vencer, sentir-se importante, ser popular, ganhar status, fazer o que é bom e recompensas.
Fator 2 – Trabalho em Equipe: equivalente as razões do trabalho em equipe, espírito de equipe e estar em uma equipe.
Fator 3 – Aptidão Física: equivalente à estar em forma, fazer exercício físico e desenvolver-se fisicamente.
Fator 4 – Gasto Energético: equivalente a alcançar dispêndio energético, liberação de tensão, algo para fazer, viajar, e sair de casa.
Fator 5 – Fatores Situacionais: equivalente as razões relacionadas aos parentes e amigos íntimos, técnicos, e equipamentos e facilidades.
Fator 6 – Desenvolvimento de Habilidades: equivalente as razões relacionadas ao aprimoramento das, aprender novas habilidades e ir para um alto nível.
Fator 7 – Afiliação: equivalente a estar com amigos e fazer novos amigos.
Fator 8 – Diversão: equivalente a ter diversão, ação e excitação
O Inventário de Motivação para o Esporte de Gaia e Cardozo (1998) foi utilizado como ferramenta de avaliação. É composto por 19 questões objetivas divididas em três categorias: competência desportiva, saúde e amizade / lazer. Cada pessoa anotando o nível de intenção, importância.
A competição esportiva é composta pelas seguintes questões: vencer, ser o melhor no esporte, competir, ser atleta, desenvolver habilidades, aprender novos esportes e ser jogador quando crescer. Saúde: exercite-se, mantenha-se saudável, constrói músculos, tenha uma boa aparência, mantenha seu corpo em forma e perca peso. Amizade / Lazer: brincar, porque gosto, encontrar amigos, me divertir, fazer novas amizades e não ficar em casa. Para as questões as opções de resposta estavam ligadas aos níveis de importância: “nada importante”, “pouco importante”, “muito importante”.
Entre os vários instrumentos aplicados para medir a motivação encontram-se o Participation Motivation Questionnaire  (PMQ) desenvolvido por Brânquia, Gross e Huddleston em 1983, e o Questionário de Motivação para a Atividades Esportivas (QMAD), uma adaptação portuguesa de Serpa e frios em 1990.
7. CONCLUSÃO
Conclui-se que a motivação para prática de esporte e influência do treinador/técnico. Está ligada a fatores externos e internos, à personalidade e ambiente deste praticante, além de fatores sociais e psicológicos, permitindo diferentes níveis de ação e dedicação para alcançar seus objetivos.
No esporte, o estudo da motivação também é de extrema importância, pois, com base nas pesquisas realizadas, podemos orientar melhor as crianças na busca por determinados esportes; contribuir para aumentar a taxa de participação destas pessoas no desporto, reduzindo assim a saída precoce de crianças de seus respectivos esportes; ou ainda, conseguir que o esforço que estes atletas fazem nos treinos e jogos seja valorizado e, assim, que possam obter melhores resultados.
Weinberg e Gould (2001) observar que os treinadores podem aumentar o comprometimento e a motivação dos atletas fazendo com que se sintam competentes nas atividades que oferecem. Para Martin (2001), reforços como troféus, medalhas, saudações, homenagens, reconhecimento e atenção de amigos e treinadores também podem ter um efeito poderoso sobre alguns.
Foi observado, fatores intrínsecos foram os principais, entre eles foram desenvolver habilidades; aptidão; prazer; excitação e desafios; aperfeiçoamento técnico; diversão; E dos fatores extrínsecos os mais citados foram a segurança, premiação e gosto do professor. A medida que procuramos aprofundar o nosso conhecimento sobre este tema, temos de enfrentar a falta de trabalhos disponíveis sobre a influência dos treinadores na pratica do esporte e sua motivação.
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