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CPIIIA CONSTITUCIONAL GABARITOS TEMAS 11 E 13

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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPIII A 12023
Disciplina/Matéria: DIREITO CONSTITUCIONAL ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sessão: 11 - Dia 13/03/2023 - 08:00 às 09:50
Professor: RICARDO COIMBRA DA SILVA STARLING BARCELLOS
11 Tema: Defesa do Estado e das instituições democráticas. Estado de defesa. Estado de sítio.
1ª QUESTÃO:
O Presidente da República, diante da grave perturbação da ordem pública no Estado de Alagoas, 
decretou estado de defesa, com fundamento nos artigos 84, X e 136, ambos da Constituição Federal. 
Dispensando a consulta prévia ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, 
determinou a medida de exceção pelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis, por uma única vez, 
por igual período. O Decreto ainda determinou possibilidade de violação domiciliar durante a noite, 
desde que com mandado judicial, restrições à liberdade de pensamento e de manifestação artística, 
bem como suspensão da liberdade de reunião, além de possibilitar a incomunicabilidade de presos, 
quando necessária à execução das medidas. O ato foi apresentado ao Congresso Nacional em 48 
(quarenta e oito) horas para que o apreciasse. Face ao exposto disserte sobre os requisitos e as 
medidas determinadas pelo Decreto, analisando, cada um dos aspectos, à luz da doutrina e da 
Constituição.
RESPOSTA:
O sistema constitucional das crises pode ser compreendido como o conjunto ordenado de normas 
constitucionais que, informadas pelos princípios da necessidade e da temporariedade, tem por objeto 
as situações de crise e por finalidade a mantença ou restabelecimento da normalidade constitucional. 
O Estado de Defesa é uma medida de emergência que deve obedecer aos requisitos determinados no 
art. 136, quais sejam: consulta prévia ao Conselho da República e da Defesa Nacional; determinação 
no Decreto, do tempo de sua duração, que não poderá ser superior a 30 (trinta) dias, prorrogáveis por 
apenas uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. O ato 
ainda deverá ser apresentado ao Congresso Nacional em 24h, para que aprecie o decreto. Na questão 
proposta os requisitos não foram obedecidos. Quanto às medidas que podem ser tomadas durante a 
situação de exceção, o art. 136, § 1º, I, da CF, determina que a liberdade de reunião poderá sofrer 
restrições, não ser suspensa, tampouco as outras medidas tomadas têm autorização constitucional. A 
incomunicabilidade do preso é também vedada na forma do art. 136, § 3º, IV. Com isso, o estado de 
defesa deverá ser imediatamente cessado pelo Congresso Nacional, por não ter atendido aos requisitos 
e limites constitucionais. Se não o fizer, o Juiz, em cada caso, poderá determinar as providências na 
proteção dos direitos individuais.
2ª QUESTÃO:
Qual é o fundamento de validade do Sistema Constitucional das Crises, e quais são os seus efeitos no 
Estado Democrático de Direito? Pode o Judiciário proceder ao controle quanto à decretação dos 
estados de defesa e de sítio, bem como quanto dos atos neles praticados pelos agentes públicos?
13/03/2023 - Página 1 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
De acordo com o Professor Alexandre de Moraes o "sistema constitucional das crises consiste em um 
conjunto de normas constitucionais, que informadas pelos princípios da necessidade e da 
temporariedade, têm por objeto as situações de crises e por finalidade a mantença ou o 
restabelecimento da normalidade constitucional". 
A hipótese em tela trata de medidas excepcionais que têm por fundamento legal os artigos 136 a 140 
da Constituição da República Federativa do Brasil. 
Em razão do sistema constitucional das crises as garantias constitucionais são eventualmente 
suspensas com o fim de defesa do Estado Democrático de Direito, observando-se o disposto no artigo 
136, § 1º, da Carta Magna. 
Nessa linha de posicionamento o Professor Nagib S. Filho destaca em sua obra, Direito 
Constitucional, que: "Na realidade, o que se deve enfatizar não é, simplesmente, o seu caráter de 
suspensão dos direitos individuais e, sim, o conteúdo de salvaguarda constitucional do regime 
democrático. 
Os direitos individuais são prevalecentes ainda quando em situação de poderes de crise e a suspensão 
das garantias do exercício de tais direitos é, sempre, eventual, excepcional e de aplicação restrita".
A decisão em decretar o estado de defesa está sujeita ao controle do Poder Judiciário, uma vez que 
não poderá o Poder Público exorbitar de sua esfera de atribuições em atenção aos princípios da 
vigência temporária e responsável de uma situação de medidas de exceção. 
Transcreve-se, por derradeiro, a lição do Professor Nagib: "Há, sempre, o controle judicial nos 
elementos de: 1. a competência para decretação e execução das medidas; 2. a forma pela qual se 
decretou a medida e por qual se exercita a constrição; 3. a finalidade que deve se restringir aos bens 
jurídicos tutelados; 4. o objeto, tanto da decisão como da execução, que não pode extrapolar a 
moldura constitucional; 5. o motivo ou a causa, como prevê a Lei Maior."
13/03/2023 - Página 2 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 3 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 4 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 5 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 6 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 7 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 8 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 11 Questão: 02
13/03/2023 - Página 9 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPIII A 12023
Disciplina/Matéria: DIREITO CONSTITUCIONAL ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sessão: 13 - Dia 13/03/2023 - 10:10 às 12:00
Professor: RICARDO COIMBRA DA SILVA STARLING BARCELLOS
13 Tema: Princípios orçamentários. Lei de responsabilidade fiscal. As diversas modalidades de 
orçamento.
1ª QUESTÃO:
Com vistas a obter garantias diretas, indiretas e aval de outros entes e à contratação de operações de 
crédito em geral, o Governo do Distrito Federal, cumprindo o procedimento previsto na Lei de 
Responsabilidade Fiscal, solicita à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda 
autorização para realizar operação de crédito com organizações internacionais e bancárias. A 
autoridade fazendária negou-lhe tal autorização, uma vez que a Câmara Legislativa e o Tribunal de 
Contas do Distrito Federal teriam descumprido, cada qual, os limites individuais a eles impostos pela 
Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 20, inciso II, "a").
Em consequência, o Distrito Federal impetra um mandado de segurança para que seja concedida a 
ordem da referida autorização em face do Secretário do Tesouro Nacional.
Responda fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, se a ordem deve ser concedida.
13/03/2023 - Página 10 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
STF - AC 2197 Referendo-MC/DF, rel. Min. Celso de Mello
AC 2197 REF-MC / DF - DISTRITO FEDERAL 2197 / DF - DISTRITO FEDERAL" name=titulo 
fixed_bound="true" REFERENDO EM MED.CAUT. AÇÃO CAUTELARRelator(a): Min.CELSO 
DE MELLOJulgamento: 13/11/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação 
DJe-213 DIVULG 12-11-2009 PUBLIC 13-11-2009
EMENT VOL-02382-01 PP-00050
Parte(s) 
REQTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
ADV.(A/S) : PGDF - SIMONE COSTA LUCINDO FERREIRA E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Ementa E M E N T A: AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA - MEDIDA LIMINAR - RECUSA 
DE PRESTAÇÃO DE AVAL PELA UNIÃO FEDERAL E NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO, POR 
PARTE DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL (OFÍCIO Nº 10.540/2008-COPEM/STN) -
OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM O DISTRITO FEDERAL DE CELEBRAR OPERAÇÕES DE 
CRÉDITO COM ENTIDADES DE FOMENTO E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
INTERNACIONAIS - RESTRIÇÕES, QUE, EMANADAS DA UNIÃO, INCIDEM SOBRE O 
DISTRITO FEDERAL, POR ALEGADO DESCUMPRIMENTO, POR PARTE DE SUA CÂMARA 
LEGISLATIVA E DE SEU TRIBUNAL DE CONTAS, DOS LIMITES SETORIAIS QUE A LEI 
DE RESPONSABILIDADE FISCAL IMPÕE A TAIS ÓRGÃOS PÚBLICOS (LC Nº 101/2000, 
ART. 20, II, "A") - CONFLITO DE INTERESSES ENTRE A UNIÃO E O DISTRITO FEDERAL -
LITÍGIO QUE SE SUBMETE À ESFERA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL - HARMONIA E EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS 
ENTRE O DISTRITO FEDERAL E A UNIÃO FEDERAL - O PAPEL DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL COMO TRIBUNAL DA FEDERAÇÃO - PRETENSÃO CAUTELAR FUNDADA NAS 
ALEGAÇÕES DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DAS MEDIDAS 
RESTRITIVAS DE DIREITOS - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA - DECISÃO DO RELATOR 
REFERENDADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O ALTO 
SIGNIFICADO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E A QUESTÃO DE SUA 
APLICABILIDADE AO DISTRITO FEDERAL: LIMITE GLOBAL E LIMITES SETORIAIS EM 
TEMA DE DESPESA COM PESSOAL (CÂMARA LEGISLATIVA E TRIBUNAL DE CONTAS). 
- O Poder Executivo do Distrito Federal não pode sofrer sanções nem expor-se a restrições impostas 
pela União Federal em tema de celebração de operações financeiras internacionais (recusa de 
prestação de aval e negativa de autorização), sob a alegação de que o Tribunal de Contas e o Poder 
Legislativo locais - embora observando o índice setorial de 3% - teriam descumprido, cada qual, os 
limites individuais a eles impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 20, inciso II, "a"), pois o 
Governo do Distrito Federal não tem competência para intervir na esfera orgânica da Câmara 
Legislativa e do Tribunal de Contas, por se tratar de órgãos investidos de autonomia institucional, por 
força e efeito de expressa determinação constitucional. Precedentes. - O art. 20, inciso II, "a", da Lei 
de Responsabilidade Fiscal - cuja validade constitucional foi inteiramente confirmada pelo Supremo 
Tribunal Federal (ADI 3.756/DF) - aplica-se, de modo plenamente legítimo, no que se refere ao 
índice setorial de 3% (três por cento), ao Distrito Federal. NECESSIDADE DE OUTORGA DE 
PROVIMENTO CAUTELAR, NO CASO, EM ORDEM A NÃO FRUSTRAR A REGULAR 
PRESTAÇÃO, NO PLANO LOCAL, DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS. - A recusa de 
prestação de aval pela União Federal e a negativa da Secretaria do Tesouro Nacional em autorizar o 
Distrito Federal a celebrar operações de crédito com entidades de fomento 
13/03/2023 - Página 11 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
einstituições financeiras internacionais comprometem, de modo irreversível, a prestação, no plano 
local, de serviços públicos de caráter primário, pois inviabilizam a obtenção de recursos financeiros 
necessários ao desenvolvimento e ao fortalecimento de áreas sensíveis, tais como a gestão das águas e 
a drenagem urbana, a preservação ambiental (proteção de nascentes e recuperação de erosões), bem 
assim a execução de obras de saneamento básico, na modalidade abastecimento de água, além do 
aperfeiçoamento institucional da administração tributária do Distrito Federal, para efeito de adequado 
custeio dos serviços públicos, notadamente no domínio da saúde e da educação públicas. Situação que 
configura, de modo expressivo, para efeito de outorga de provimento cautelar, hipótese 
caracterizadora de "periculum in mora". Precedentes.
Decisão 
O Tribunal, por votação unânime, referendou, integralmente, por seus próprios fundamentos, a 
decisão proferida pelo Relator.
Ausentes, porque em representação do Tribunal no exterior, o Senhor Ministro Gilmar Mendes 
(Presidente), justificadamente o Senhor Ministro Eros Grau e, neste julgamento, o Senhor Ministro 
Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I do 
RISTF). Plenário, 13.11.2008.
Indexação
ACO 3066 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Julgamento: 24/05/2019
Publicação: 04/06/2019
Ementa
Ementa: CONSTITUCIONAL E DIREITO ADMINISTRATIVO. ANÁLISE DE CRÉDITO. 
PENDÊNCIAS ORIUNDAS DO PODER LEGISLATIVO ESTATAL, DO PODER JUDICIÁRIO 
ESTADUAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA 
INTRANSCENDÊNCIA DAS MEDIDAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. OCORRÊNCIA. 
AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
2ª QUESTÃO:
Lei Estadual que disponha sobre a promoção de Audiências Públicas Regionais com o objetivo de 
colher, no âmbito da sociedade civil, propostas de investimentos públicos prioritários a incluir no 
orçamento do Estado, e que contenha norma que determine o convite de representantes dos Poderes 
Executivo e Judiciário para participarem do evento, ofende ao Princípio da Separação dos Poderes?
Colhidas as propostas resultantes de tais Audiências, poderão elas vincular a iniciativa do Chefe do 
Executivo no tocante ao orçamento?
13/03/2023 - Página 12 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
STF: ADI 1.747-2/SC, Relator Min. Sepúlveda Pertence, Julgado em 22.05.02, Tribunal Pleno.
RE 837311 / PI - PIAUÍ
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. LUIZ FUX
Julgamento: 09/12/2015 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação
PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO
DJe-072 DIVULG 15-04-2016 PUBLIC 18-04-2016
Parte(s)
RECTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
RECDO.(A/S) : EUGÊNIA NOGUEIRA DO REGO MONTEIRO VILLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DANIEL MOURA MARINHO E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : ANTONIO CAETANO DE OLIVEIRA FILHO
RECDO.(A/S) : KARLA ARAÚJO DE ANDRADE LEITE
RECDO.(A/S) : CYNTHYA TEREZA SOUSA SANTOS
RECDO.(A/S) : ÁLVARO FRANCISCO CAVALCANTE MONTEIRO
ADV.(A/S) : JOÃO ESTENIO CAMPELO BEZERRA E OUTRO(A/S)
Ementa
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO VIRTUAL. 
CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS 
APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO 
PÚBLICO NO CASO DE SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE 
VALIDADE DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A ABERTURA DE 
NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA 
DA NECESSIDADE PREMENTE E INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. 
INTERPRETAÇÃO DO ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. 
ARBÍTRIO. PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA EM 
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA, BOA-FÉ, 
MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA. FORÇA 
NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO. INTERESSE DA SOCIEDADE. RESPEITO À 
ORDEM DE APROVAÇÃO.ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA 
DELIMITADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O 
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o Estado conferir efetividade a 
diversos princípios constitucionais, corolários do merit system, dentre eles o de que todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do concurso 
com número específico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir um dever de nomeação para a 
própria Administração e um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentrodesse 
número de vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar Mendes, Tribunal 
Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de Direito republicano impõe à Administração 
Pública que exerça sua discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral a 
respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos direitos fundamentais e 
demais normas constitucionais em um ambiente de perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder 
Judiciário não deve atuar como "Administrador Positivo", de modo a aniquilar o 
13/03/2023 - Página 13 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
espaçodecisório de titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a Administração: 
se a convocação dos últimos colocados de concurso público na validade ou a dos primeiros aprovados em 
um novo concurso. Essa escolha é legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra obstáculo 
em qualquer preceito constitucional. 5. Consectariamente, é cediço que a Administração Pública possui 
discricionariedade para, observadas as normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor 
convier para o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de razões 
orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um futuro distante, ou, até mesmo, que sejam 
extintos, na hipótese de restar caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação de novo 
edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a validade de outro anteriormente 
realizado não caracteriza, por si só, a necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito 
da vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade do concurso, podem surgir 
circunstâncias e legítimas razões de interesse público que justifiquem a inocorrência da nomeação no 
curto prazo, de modo a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à 
nomeação dos aprovados em colocação além do número de vagas. Nesse contexto, a Administração 
Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que esteja 
na validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral 
é a de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o 
prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos 
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada 
por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz 
de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, 
a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade da Administração quanto à 
convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf 
Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: 
i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando 
houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação (Súmula 15 do STF); iii) 
Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e 
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da 
administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à 
nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do 
processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, manifestações inequívocas da 
Administração piauiense acerca 
13/03/2023 - Página 14 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
daexistência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos 
para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega provimento.
TJMG
Ação Direta Inconst 1.0000.20.016406-9/000 0164069-17.2020.8.13.0000 (1)
Relator(a) Des.(a) Wander Marotta
Órgão Julgador / Câmara: Órgão Especial / ÓRGÃO ESPECIAL
Súmula: JULGARAM PROCEDENTE A REPRESENTAÇÃO
Data de Julgamento: 23/09/0020
Data da publicação da súmula: 30/09/2020
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI DE INICIATIVA DA 
CÂMARA DOS VEREADORES VINCULANDO RECEITA A HIPÓTESES NÃO 
CONSTITUCIONAIS À ÉPOCA. VÍCIO DE INICIATIVA. PLANO DE VALIDADE DA NORMA. 
IMPOSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO. EMENDAS À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
N. 86, de 2015 E 100, de 2019. INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA.
- A situação jurídica que aqui se apresenta é oposta àquela em que a lei se torna inconstitucional, ou 
seja, não é recepcionada; neste caso, a lei, inconstitucional, tornou-se, mas posteriormente, 
constitucional, o que o STF não acata.
- Os artigos 165 da CR e 153 da Constituição Mineira reservavam ao Executivo a iniciativa de leis 
que tratam do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais.
- Na hipótese, o parágrafo único do artigo 103 da Lei Orgânica do município de Oliveira determinou a 
vinculação de 1% da receita corrente liquida do município às propostas priorizadas em audiência 
pública, efetuando, assim, a vinculação de receita de caráter orçamentário, o que não era possível à 
época da edição da lei, não havendo determinação constitucional a vincular a receita contida na regra 
impugnada, pelo que a iniciativa parlamentar feria o princípio da separação de poderes e o poder de 
gestão financeira do Chefe do Executivo, vício grave e sem possibilidade de convalidação por norma 
constitucional futura, posição que é a da doutrina majoritária e do STF.
- À exceção de hipóteses excepcionais previstas na Constituição, a função legislativa de frear e limitar 
a discricionariedade do Executivo na elaboração do orçamento só poderia ocorrer no momento de 
deliberação e aprovação da proposta orçamentária, não sendo admitida a vinculação abstrata de 
receitas, situação que, modificada agora, prevalecia então.
13/03/2023 - Página 15 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 13 Questão: 02
13/03/2023 - Página 16 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 13 Questão: 02
13/03/2023 - Página 17 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 13 Questão: 02
13/03/2023 - Página 18 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tema: 13 Questão: 02
13/03/2023 - Página 19 de 25DIREITO CONSTITUCIONAL - CP01 - 04 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
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