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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ............................................................................................................ 2 NOÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................. 2 OBJETO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ................................................................................. 2 PARÂMETRO DE CONSTITUCIONALIDADE ................................................................................................. 3 ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE ....................................................................................................... 4 INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO E POR OMISSÃO ........................................................................... 4 INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL E FORMAL ..................................................................................... 4 INCONSTITUCIONALIDADE TOTAL E PARCIAL ............................................................................................ 5 INCONSTITUCIONALIDADE DIRETA E INDIRETA......................................................................................... 6 INCONSTITUCIONALIDADE ORIGINÁRIA E SUPERVENIENTE ..................................................................... 6 EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 7 GABARITO ...................................................................................................................................................... 9 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NOÇÕES GERAIS Como se sabe, o Brasil adota uma Constituição (quanto à estabilidade) do tipo rígida, para serem alteradas, passam por um processo legislativo muito mais rigoroso do que o processo de elaboração das normas infraconstitucionais. Como consequência disso, as normas constitucionais são hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, vigorando assim o princípio da supremacia da Constituição. Dessa forma, todas as normas produzidas devem estar de acordo com o disposto na Constituição Federal, para que ela possa manter assim a sua supremacia. O processo que analisa se as normas estão ou não de acordo com o disposto na Constituição, é o que se chama de controle de constitucionalidade. O que não estiver de acordo com a Constituição deve ser ELIMINADO (declarado inconstitucional). Devemos partir do pressuposto de que as leis e os atos normativos são constitucionais, pois realizados por representantes da vontade popular; é o que se chama de princípio da presunção da constitucionalidade das leis. OBJETO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Todos os atos normativos sujeitos ao controle de constitucionalidade são os chamados atos normativos PRIMÁRIOS (Art. 59 da CF/88): • Emendas constitucionais; • Leis complementares; • Leis ordinárias; • Leis delegadas; RIGIDEZ CONSTITUCIONAL PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO O CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE É DECORRÊNCIA DA RIGIDEZ CONSTITUCIONAL Presunção de constitucionalidade das leis AS LEIS PRESUMEM – SE CONSTITUCIONAIS, ATÉ QUE VENHA A SER FORMALMENTE DECLARADA A SUA INCONSTITUCIONALIDADE. DEVE-SE, ANTES DE SE DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UMA LEI, BUSCAR A INTERPRETAÇÃO CONFORME A CF. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 • Medidas provisórias; • Decretos legislativos; • Resoluções; • Decretos autônomos. Lembre-se: normas constitucionais originárias, não sofrem controle de constitucionalidade. Apesar de não estarem elencados no Art. 59 da CF/88, os decretos autônomos são classificados como atos normativos primários, pois encontram fundamento na própria CF e por isso podem ser objeto de controle de constitucionalidade. IMPORTANTE! Conforme entendimento do STF, um ato normativo secundário, quando viola a Constituição, não se trata de inconstitucionalidade, mas sim de ilegalidade, pois os atos secundários não encontram fundamento na Constituição, e sim nos atos normativos primários (controle de legalidade). Não são objeto de controle de constitucionalidade os atos normativos secundários. PARÂMETRO DE CONSTITUCIONALIDADE O parâmetro para analisar se uma norma é ou não constitucional é a própria Constituição. Entretanto, o preâmbulo não pode servir como parâmetro, pois não tem força normativa. Já o ADCT, por ser norma com hierarquia constitucional e ter força normativa (eficácia jurídica), pode servir de parâmetro para controle de constitucionalidade. Devem servir também como parâmetro os Tratados Internacionais de Direitos Humanos que forem internalizados com status de emenda constitucional. As Constituições Estaduais também servem como parâmetro para controle de constitucionalidade das leis estaduais e municiais (Art. 125, § 2°, CF/88). A Lei Orgânica do Distrito Federal também serve como parâmetro de constitucionalidade para as leis distritais. Não há controle de constitucionalidade com parâmetro em lei orgânica municipal. Bloco de constitucionalidade (STF) CF EMENDAS TRATADOS INTERNACIONAIS (DH) – ART. 5º, §3º. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO E POR OMISSÃO Inconstitucionalidade por ação ocorre quando uma norma é criada em desacordo com a CF, ou seja, decorrente de um ato positivo do Estado. Inconstitucionalidade por omissão ocorre quando o legislador, por expressa determinação constitucional, deveria criar a norma e não o faz. Esse tipo de inconstitucionalidade ocorre diante de normas de eficácia limitada. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL E FORMAL A inconstitucionalidade material , ou namoestática, ocorre quando o conteúdo da norma viola a Constituição. Ex.: lei que estabeleça pena de morte no Brasil em situação de normalidade institucional. A inconstitucionalidade formal, ou namodinâmica, ocorre quando o processo de elaboração da norma foi desrespeitado. A inconstitucionalidade formal pode ser orgânica ou propriamente dita. Vejamos: • Inconstitucionalidade formal orgânica: ocorre pela inobservância das regras constitucionais de competência. Nesse caso, a lei é realizada por ente que não tem competência para a elaboração da referida norma. Por exemplo, uma lei estadual dispondo a respeito de desapropriação, essa norma é inconstitucional, porque a competência para legislar sobre esse tema é da União, e não dos estados. • Inconstitucionalidade formal propriamente dita: ocorre pela inobservância de regras do processo legislativo. Essa inconstitucionalidade pode ocorrer por violação de requisitos subjetivos ou objetivos do processo. Vejamos: Viola os requisitos subjetivos quando houver vício de iniciativa da norma, por exemplo, um parlamentar que apresenta projeto de lei sobre o regime jurídico dos servidores públicos federais; a competência para propor essa lei é reservada ao Presidente da República; caso essa lei seja aprovada, ela será inconstitucional por vício na iniciativa. Viola os requisitos objetivos quando ferir qualquer outra regra referente ao processo legislativo. Por exemplo, a CF exige que aquele tema seja regulamentado por meio de lei complementar, e a lei criada é ordinária; nesse caso, a lei será inconstitucional por violação dos requisitos objetivos. Ação e omissão Por ação: POSITIVA. QUANDO PRATICADO O ATO COMISSIVO, POSITIVO, QUE CONTRARIA A CF Por omissão: NEGATIVO. FALTA DE ELABORAÇÃO DE LEI QUE A CF DETERMINA (NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA) https://www.alfaconcursos.com.br/alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 INCONSTITUCIONALIDADE TOTAL E PARCIAL A inconstitucionalidade é total quando atinge todo o ato, ou seja, toda a norma é inconstitucional. A inconstitucionalidade é parcial quando atinge um artigo, um parágrafo ou uma alínea da norma, podendo, se for declarada pelo Judiciário recair até mesmo em uma palavra. Não pode alterar o sentido da norma (o Poder Judiciário não pode legislar). Merecem destaque duas formas de declaração de inconstitucionalidade parcial adotadas pelo STF: a declaração parcial de nulidade sem redução de texto e a interpretação conforme a Constituição. Declaração parcial de nulidade sem redução de texto ocorre quando o STF vê que parte da norma é inconstitucional, mas a exclusão seria tecnicamente impossível pela redação da norma ou porque a retirada da parte indesejada acabaria acarretando um resultado ruim, indesejado. Nesse caso, o STF determina que apenas a aplicação da lei a determinadas pessoas, ou em determinados períodos, é inconstitucional, ou seja, nenhuma palavra da lei é suprimida, apenas a sua aplicação é considerada como inconstitucional. A interpretação conforme a Constituição, técnica também adotada pelo STF, ocorre quando uma norma comporta mais de uma interpretação, e uma ou algumas interpretações são inconstitucionais. Nesse caso, o Poder Judiciário deve declarar a interpretação que se compatibiliza com a Constituição ou proibir a adoção de uma interpretação específica. Essas técnicas mencionadas encontram-se regulamentadas na Lei 9.868/1999 (Art. 28, parágrafo único). Não confundir com o veto parcial do Presidente da República, que não pode ser de apenas uma palavra. Inconstitucionalidade Material - namoestática Formal-namodinâmica Orgânica – regras de competências constitucionais PROPRIAMENTE DITA – violação das regras do processo legislativo Vício formal subjetivo: vício na fase de iniciativa Vício formal objetivo: no processo em si (após a fase de iniciativa) https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 6 INCONSTITUCIONALIDADE DIRETA E INDIRETA Na inconstitucionalidade DIRETA, a desconformidade verificada se dá entre leis e atos normativos primários e a CF. Confronto direto entre a norma infraconstitucional e a CF. A inconstitucionalidade INDIRETA ocorre nas situações em que o vício verificado não decorre de violação direta da CF (cabe somente o controle de legalidade). INCONSTITUCIONALIDADE ORIGINÁRIA E SUPERVENIENTE A inconstitucionalidade ORIGINÁRIA é o confronto entre a lei e a CF no momento de sua produção. Já a inconstitucionalidade SUPERVENIENTE é o confronto entre a lei e a CF posterior (caso venha a ser editada norma constitucional que vá contra a lei, ela será simplesmente revogada). Não existe inconstitucionalidade SUPERVENIENTE no Brasil. Inconstitucionalidade TOTAL PARCIAL DECLARAÇÃO PARCIAL DE NULIDADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO INTERPRETAÇÃO CONFORME A CF Inconstitucionalidade DIRETA INDIRETA https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 7 EXERCÍCIOS 1. No tocante às técnicas de decisão em sede de controle abstrato, julgue o item que se segue. Ao afirmar que a aplicação de uma norma a determinada hipótese fática é inconstitucional, o STF se utiliza da técnica de decisão denominada declaração de inconstitucionalidade sem redução do texto. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: Certo Declaração parcial de nulidade sem redução de texto ocorre quando o STF vê que parte da norma é inconstitucional, mas a exclusão seria tecnicamente impossível pela redação da norma ou porque a retirada da parte indesejada acabaria acarretando um resultado ruim, indesejado. Nesse caso, o STF determina que apenas a aplicação da lei a determinadas pessoas, ou em determinados períodos, é inconstitucional, ou seja, nenhuma palavra da lei é suprimida, apenas a sua aplicação é considerada como inconstitucional. 2. Com relação ao Poder Legislativo, julgue o item seguinte. No âmbito do controle político repressivo de constitucionalidade, o Congresso Nacional tem competência para sustar decreto do Presidente da República que exorbite do poder regulamentar. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: Certo Como regra, esse controle é feito pelo Poder Judiciário, por intermédio do sistema de controle jurisdicional misto (difuso e concentrado), entretanto, excepcionalmente esse controle pode ser feito pelo Legislativo e pelo Executivo. O Legislativo exerce controle de constitucionalidade repressivo nas seguintes hipóteses: Sustar atos normativos – Art. 49, V. (VETO LEGISLATIVO) O Congresso Nacional tem competência para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa (autorização para elaboração de lei delegada), conforme Art. 49, V, da CF/88 Quando o Poder Executivo exorbita o poder regulamentar, temos em verdade um controle de legalidade, e não de constitucionalidade. Entretanto, quando susta Inconstitucionalidade ORIGINÁRIA SUPERVENIENTE https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 8 os efeitos da lei delegada (Art. 68 CF/88), o Congresso Nacional realiza controle de constitucionalidade. É chamado de “veto legislativo.” 3. A respeito de controle de constitucionalidade, julgue o próximo item. Os tribunais de justiça possuem competência para julgar ação direta de inconstitucionalidade movida em desfavor de lei orgânica municipal, desde que o parâmetro para a fundamentação dessa ação seja a Constituição Federal. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: Errado Preste muita atenção, em sede de ação direta de constitucionalidade, os Tribunais de Justiça possuem competência para julgar essa ação, em desfavor de lei orgânica municipal. Mas, temos que prestar atenção em um detalhe, tem que ser norma de reprodução obrigatória pelos Estados. Ps. Maldade da banca. 4. De acordo com a Constituição Federal brasileira, em matéria de controle difuso de constitucionalidade, o Senado Federal poderá editar uma resolução suspendendo a execução, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Esta resolução senatorial terá efeitos erga omnes, porém ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: Certo Como a decisão no controle difuso produz efeitos apenas entre as partes (inter partes), existe a possibilidade de ampliação desses efeitos, conferindo eficácia geral (erga omnes) à decisão, mediante a atuação do Senado Federal, quando a decisão tiver sido dada pelo STF. É o que dispõe o Art. 52, X da CF/88. Nesse caso, o STF realizando controle de constitucionalidade Incidental (em um caso concreto) declara a inconstitucionalidade de uma determinada norma e o Senado atribui efeitos abstratos à decisão suspendendo os efeitos da lei. Logo, aquela decisão produzirá efeitos erga omnes e ex nunc. 5. De acordo com a Constituição Federal brasileira, em matéria de controle difuso de constitucionalidade, o Senado Federal poderá editar uma resolução suspendendo a execução, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Esta resolução senatorial não terá efeitos erga omnes, sendo que os efeitos inter partes serão ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: Errado Como a decisão no controle difuso produz efeitos apenas entre as partes (inter partes), existe a possibilidade de ampliação desses efeitos, conferindo eficácia geral (erga omnes) à decisão, mediante a atuação do Senado Federal, quando a decisão tiver sido dadapelo STF. É o que dispõe o Art. 52, X da CF/88. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 9 Nesse caso, o STF realizando controle de constitucionalidade Incidental (em um caso concreto) declara a inconstitucionalidade de uma determinada norma e o Senado atribui efeitos abstratos à decisão suspendendo os efeitos da lei. Logo, aquela decisão produzirá efeitos erga omnes e ex nunc. GABARITO 1. C 2. C 3. E 4. C 5. E https://www.alfaconcursos.com.br/