Buscar

GABARITO EMERJ CP I A DIREITO CONSTITUCIONAL TEMAS 7 E 8

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL 
CP I A 
1º PERÍODO 2022 
TEMA 07 
 
Tema 07: 
Controle concentrado de constitucionalidade I. 
Natureza jurídica das ações constitucionais. 
Ação direta de inconstitucionalidade. 
Legitimados. 
 
1ª QUESTÃO: 
No bojo de uma arguição por descumprimento de preceito fundamental, uma das partes 
requereu o impedimento de dois ministros do STF, sob o fundamento de que os mesmos 
são sócios de pessoa jurídica que é parte no processo. 
Responda, fundamentadamente, se no âmbito do controle concentrado, são aplicáveis as 
regras do impedimento e suspeição do CPC. 
 
RESPOSTA: 
ADI 6362, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI 
Órgão julgador: Tribunal Pleno 
Julgamento: 02/09/2020; Publicação: 09/12/2020 
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 13.979/2020, QUE 
DISPÕE SOBRE MEDIDAS PARA O ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE 
SAÚDE PÚBLICA DECORRENTE DA COVID-19. COMPETÊNCIA COMUM DOS 
ENTES FEDERADOS PARA CUIDAR DA SAÚDE. ARTS. 23, II, E 196 DA CF. 
FEDERALISMO COOPERATIVO. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA VOLTADA 
PARA O CONFRONTO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS. DESNECESSIDADE 
DE AUTORIZAÇÃO PRELIMINAR DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. 
INDISPENSABILIDADE, TODAVIA, DO PRÉVIO SOPESAMENTO DE 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E ANÁLISES SOBRE INFORMAÇÕES 
ESTRATÉGICAS. MEDIDA QUE, ADEMAIS, DEVE OBSERVAR OS CRITÉRIOS 
DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. FIXAÇÃO DE NOVOS 
 
 
 
REQUISITOS PARA A REQUISIÇÃO PELO JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE EM 
FACE DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA IMPROCEDENTE. I - A Constituição 
Federal prevê, ao lado do direito subjetivo público à saúde, a obrigação de o Estado dar-
lhe efetiva concreção, por meio de “políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação” (art. 196). II – Esse dever abrange 
todos os entes federados, inclusive as comunas, os quais, na seara da saúde, exercem uma 
competência administrativa comum, nos termos do art. 23, II, do Texto Constitucional. 
III - O federalismo cooperativo, adotado entre nós, exige que a União e as unidades 
federadas se apoiem mutuamente no enfrentamento da grave crise sanitária e econômica 
decorrente da pandemia desencadeada pelo novo coronavírus. IV- O Plenário do STF já 
assentou que a competência específica da União para legislar sobre vigilância 
epidemiológica, da qual resultou a Lei 13.979/2020, não inibe a competência dos demais 
entes da federação no tocante à prestação de serviços da saúde (ADI 6.341-MC-Ref/DF, 
redator para o acórdão Ministro Edson Fachin). V – Dentre as medidas de combate à 
pandemia, a Lei 13.979/2020 estabelece que qualquer ente federado poderá lançar mão 
da “requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será 
garantido o pagamento posterior de indenização justa” (art. 3°, VII). VI – Tais requisições 
independem do prévio consentimento do Ministério da Saúde, sob pena de invasão, pela 
União, das competências comuns atribuídas aos Estados, Distrito Federal e Municípios, 
os quais, todavia, precisam levar em consideração evidências científicas e análises sobre 
as informações estratégicas antes de efetivá-las (art. 3°, § 1°). VII – Como todas as ações 
estatais, as requisições administrativas precisam balizar-se pelos critérios da 
razoabilidade e da proporcionalidade, só podendo ser levadas a cabo após a constatação 
de que inexistem outras alternativas menos gravosas. VIII- Essa fundamentação haverá 
de estar devidamente explicitada na exposição de motivos dos atos que venham a impor 
as requisições, de maneira a permitir o crivo judicial. IX – Ao Judiciário, contudo, é 
vedado substituir-se ao Executivo ou ao Legislativo na definição de políticas públicas, 
especialmente aquelas que encontrem previsão em lei, considerado o princípio da 
separação dos poderes. X - A requisição administrativa configura ato discricionário, que 
não sofre qualquer condicionamento, tendo em conta o seu caráter unilateral e 
autoexecutório, bastando que fique configurada a necessidade inadiável da utilização de 
um bem ou serviço pertencente a particular numa situação de perigo público iminente, 
sendo por isso inexigível a aquiescência da pessoa natural ou jurídica atingida ou a prévia 
intervenção do Judiciário. XI - A criação de novos requisitos para as requisições 
administrativas por meio da técnica de interpretação conforme à Constituição (art. 3°, 
caput, VII, da CF e § 7°, III, da Lei 13.979/2020), não se aplica à espécie, dada a clareza 
e univocidade da disposição legal impugnada. XII - Ação direta de inconstitucionalidade 
julgada improcedente. 
 
 
 
 
 
2ª QUESTÃO: 
Determinada entidade de classe propõe a devida ação direta de inconstitucionalidade em 
que visa à defesa dos direitos da classe, ao pugnar texto de lei que extinguiu determinado 
benefício à classe. 
A autora impugna também outros dispositivos da mesma lei, por entender 
inconstitucionais, já que violadores do pacto federativo. 
Em sua inicial, comprova sua inscrição regular e a existência de associados em 7 (sete) 
estados da federação. 
Responda, fundamentadamente, se a demanda merece trânsito. 
 
RESPOSTA: 
ADI 3287 / DF - DISTRITO FEDERAL, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO; 
Redator(a) do acórdão: Min. RICARDO LEWANDOWSKI 
 
Julgamento: 05/08/2020; Publicação: 28/08/2020 
 
Órgão julgador: Tribunal Pleno 
 
Publicação PROCESSO ELETRÔNICO DJe-215 DIVULG 27-08-2020 PUBLIC 28-08-
2020 
 
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO. ENTIDADE DE CLASSE DE ÂMBITO NACIONAL. 
NÃO CARACTERIZAÇÃO. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 103, IX, E 102, 'I', 'A', 
DA CF/1988. CARÊNCIA DA AÇÃO RECONHECIDA. AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE NÃO CONHECIDA. I - A jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal exige, para configuração do caráter nacional da entidade de classe, 
comprovação da existência de associados ou membros em pelo menos 9 Estados da 
Federação. Precedente: ADI 108/QO, Relator Ministro Celso de Mello. II - 
Reconhecimento da carência da ação, por força da ilegitimidade ativa da associação. III - 
Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida. 
 
ADI 6077 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO 
 
 
 
 
Órgão julgador: Tribunal Pleno 
 
Julgamento: 12/06/2019; Publicação: 27/06/2019 
 
Ementa 
 
LEGITIMIDADE – PROCESSO OBJETIVO – ASSOCIAÇÃO – PERTINÊNCIA 
TEMÁTICA. As associações de classe não têm legitimidade universal, devendo haver 
pertinência temática, ou seja, elo entre o objeto social e o ato atacado. AÇÃO DIRETA 
DE INCONSTITUCIONALIDADE – ATOS CONCRETOS – INADEQUAÇÃO. A 
ação direta de inconstitucionalidade pressupõe impugnação de ato normativo abstrato e 
autônomo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
CP I A 
1º PERÍODO 2022 
TEMA 08 
 
Tema 08: 
Controle concentrado de constitucionalidade II. 
Efeitos da decisão que reconhece a inconstitucionalidade. 
Inconstitucionalidade por omissão. 
Súmula vinculante. 
Reclamação Constitucional. 
 
1ª QUESTÃO: 
Determinada sociedade que explora o serviço de radiodifusão propõe Reclamação no 
STF, em que argui usurpação da competência dessa Corte, em razão de decisão de juiz de 
1º grau, pautada no art. 3º, parágrafo único, da Lei 10.871/2004, que concluiu ser legítima 
a conduta de fiscais da ANEEL que fecharam e lacraram o local onde a reclamante 
executa o serviço. 
Fundamenta seu pedido, no entanto, na alegação de afronta à autoridade do julgado na 
ADI 1.668- MC, em que o STF determinou a suspensão cautelar da eficácia de uma série 
de dispositivos da Lei Geral das Telecomunicações, entre eles o que autorizava a 
ANATEL a realizar busca e apreensão, no exercício do seu poder de polícia (art. 19, XV, 
da Lei nº 9.472/1997). Tal processo visou a evitaro exercício arbitrário das próprias 
razões pela agência reguladora, de tal sorte que não pode prevalecer a intervenção 
realizada pela ANATEL, ainda que embasada em outro dispositivo legal (art. 3º, 
parágrafo único, da Lei nº 10.871/2004). 
Responda, fundamentadamente, como deve ser julgada a reclamação. 
 
RESPOSTA: 
Rcl 19541 AgR / MG - MINAS GERAIS 
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO 
 
 
 
Julgamento: 07/06/2016 Órgão Julgador: Primeira Turma 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-128 DIVULG 20-06-2016 PUBLIC 21-06-2016 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. REGIME DA LEI 8.038/90. 
AFRONTA A ADI 1.688-MC. INTRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS 
DETERMINANTES. 
1. No julgamento da medida cautelar na ADI 1.688, o STF suspendeu a eficácia do art. 
19, XV, da Lei nº 9.472/1997, que autorizava a ANATEL a realizar busca e apreensão no 
âmbito de suas atribuições. 
2. Não guarda estrita identidade com o referido paradigma decisão que julga legítima 
apreensão realizada com base na Lei nº 10.871/2004. 
3. A eficácia vinculante dos acórdãos proferidos em controle concentrado de 
constitucionalidade abrange apenas o objeto na ação e não se estende ao legislador. 
Inaplicabilidade da transcendência dos motivos determinantes. Precedentes. 
4. Agravo regimental desprovido. 
 
2ª QUESTÃO: 
JOÃO apresentou reclamação, com pedido de liminar, contra decisão de Juizado Especial 
Cível que teria desrespeitado a autoridade da decisão proferida pelo STF no julgamento 
da ADPF 130, que decidiu que a Lei de Imprensa (Lei 5250/67) não foi recepcionada pela 
CRFB88. 
Na inicial, alega o reclamante, em síntese, que: 
(a) Delegado de Polícia ajuizou ação de indenização por danos morais acusando o 
reclamante de ter veiculado matérias jornalísticas supostamente atentatórias a sua honra, 
por meio de seu blog; 
(b) além de requerer reparação pecuniária pelas alegadas ofensas, o mencionado agente 
postulou, em sede de tutela de urgência, a retirada das matérias publicadas do blog do 
jornalista, bem como a proibição de que o mesmo jornalista divulgue novas matérias 
acerca de sua atuação em determinada Operação policial em que atua; 
(c) o juízo reclamado determinou cautelarmente, inaudita altera pars, que o jornalista 
retirasse as matérias do referido blog jornalístico, sob pena de multa diária; e 
(d) ao assim agir, o magistrado teria violado o decidido pelo STF no julgamento da ADPF 
130, uma vez que estabeleceu censura ao reclamante, obstando sua manifestação 
jornalística acerca de fatos envolvendo a atuação pública da delegada. 
 
 
 
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas: 
a) se a ADPF citada serve de parâmetro para a reclamação; 
b) se a reclamação citada é cabível no conflito citado. 
 
RESPOSTA: 
CONSTITUCIONAL - RECLAMAÇÃO 
Cabimento de reclamação: censura e liberdade de expressão 
A Primeira Turma, por maioria, deu provimento a agravo regimental para julgar 
procedente reclamação ajuizada com fundamento em afronta à autoridade do acórdão 
proferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Arguição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130/DF. 
A decisão reclamada determinou, cautelarmente, a retirada de matéria de "blog" 
jornalístico, bem como a proibição de novas publicações, por haver considerado a notícia 
ofensiva à honra de delegado da polícia federal. 
Quanto ao cabimento, o colegiado entendeu que a ADPF 130/DF pode ser utilizada como 
parâmetro para ajuizamento de reclamação que verse sobre conflito entre a liberdade de 
expressão e de informação e a tutela das garantias individuais relativas aos direitos de 
personalidade. 
No julgamento da citada ADPF, o STF considerou que a Lei de Imprensa (Lei 
5.250/1967) não foi recepcionada por incompatibilidade com a Constituição Federal 
(CF). Posteriormente, passou a entender que a transcendência dos motivos determinantes 
daquela decisão se projeta, de modo a flexibilizar o critério da aderência estrita para fins 
de cabimento do remédio constitucional nessas situações. 
No mérito, entendeu que a determinação de retirada de matéria jornalística afronta a 
liberdade de expressão e de informação, além de constituir censura prévia. Essas 
liberdades ostentam preferência em relação ao direito à intimidade, ainda que a matéria 
tenha sido redigida em tom crítico. 
O Supremo assumiu, mediante reclamação, papel relevante em favor da liberdade de 
expressão, para derrotar uma cultura censória e autoritária que começava a se projetar no 
Judiciário. 
Vencidos os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Marco Aurélio, que negaram 
provimento ao agravo. Entenderam que não houve cerceamento prévio da liberdade de 
expressão, ausente estrita aderência entre o ato reclamado e o paradigma da citada ADPF, 
de modo que o seu conhecimento representaria hipótese de supressão de instância. 
Rcl 28747/PR, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ ac. Min. Luiz Fux, julgamento em 
5.6.2018. (Rcl-28747/PR)

Continue navegando