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Tratamento do complexo dentino pulpar na pediatria (capeamento pulpar direto e indireto, pulpectomia e pulpotomia)

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Tratamento do complexo 
dentino- pulpar na 
dentição decídua 
É objetivo do tratamento do completo dentino-pulpar 
a manutenção da integridade e saúde do dente e seus 
tecidos de suporte. Para o dente sem vitalidade pulpar 
o objetivo é preservar a função. 
Proteção pulpar indireta: 
• Dentes com lesão de cárie rasa e média 
(hibridização) 
• Dentes com lesões de cárie profunda, próximo à 
polpa dental, sem sinais e sintomas de 
degeneração. 
• Dentes com pulpite reversível 
Tratamento: 
• A remoção deve ser parcial 
• Remoção da dentina infectada (contaminada e 
desorganizada) 
• Manutenção da dentina afetada (parcialmente e 
passível de remineralização) 
• A remoção parcial da dentina é recomendada para 
reduzir risco de exposição pulpar 
• Aplicar uma camada de material protetor como 
sistema adesivo dentinário, ionômero de vidro 
modificado por resina, hidróxido de cálcio, ou CIV. 
Proteção pulpar direta: 
• Dentes com polpa normal com pequena exposição 
acidental durante o preparo cavitário 
• Exposição devido a injuria traumáticas 
Considerações: 
• Aplicar uma base sobre o tecido pulprar exposto 
de material biocompativel como hidróxido de 
cálcio ou mineral trioxide aggregate (MTA). 
• Apesar de existir alguns relatos na literatura sobre 
o capeamento pulpar direto em dentes decíduos, 
esta técnica é normalmente desestimulada devido 
ao grande número de insucesso. 
Matérias empregados: 
Hidróxido de cálcio; formocresol; pasta guedes-pinto; 
otosporim. Tricesol. 
Formocresol: 
-Formaldeído: ação bactericida; 
-Cresol: ação antisséptica; 
-Muitos autores relatam grande porcentagem de 
sucesso; 
-Desvitalização pulpar ou curativo para a 
neutralização; 
-Não biológico, pois não ocorre reparação pulpar; 
-Difícil controle de penetração; 
-Nunca ficar mais de uma semana no dente. 
Oxido de zinco: 
-Ação antisséptica, secativa e antiinflamatória 
-Não apresentando efeitos tóxicos ou adversos 
conhecidos 
-Promove degradação do colágeno nos tecidos 
necróticos 
-Efeito positivo na cicatrização. 
Hidróxido de cálcio: 
-pH altamente alcanino, entre 12,4 e 12,8; 
-Não causa alteração na cor; 
-Induz a formação de dentina; 
-Propriedades antibacterianas; 
-Regeneração pulpar; 
-Reduz processo inflamatório; 
-Vasoconstritor capilar; 
-Processo de mineralização. 
Pasta Guedes-Pinto: 
-Iodofórmulo antisséptico e antimicrobiano; 
-PMCC: antimicrobiano/ ação bacteriostática e 
bactericida e alta citotoxidade. 
-Rifocort (rifamicina) antibiótico + (prednisolona) 
corcicosteróide. 
-Material mais utilizado nas universidades. 
Omciolon-A (triancinolona acetonida + sulfato de 
neomicina + gramicidina + nistatina) 
CTZ: 
-Protocolo de simples execução; 
-Fundamentada em evidencias clinicas e cientificas; 
-A técnica do CTZ pode ser indicada independente do 
diagnostico pulpar; 
-Não necessita de instrumentação dos canais; 
-Os índices de sucesso clinico com ela obtidos são 
encorajadores, já que há desaparecimento dos sinais e 
sintomas rapidamente. 
PULPOTOMIA EM DENTES DECÍDUOS: 
• Indicada quando ocorre exposição pulpar em 
dentes decíduos por extensa lesão cariosa, porem 
sem evidencia de dor espontânea, fistula, edema, 
mobilidade, sinais radiográficos de alteração 
pulpar, ou ausência de lesão periapical. 
• Indicada em caso de pulpite reversível ou em caso 
de exposição mecânica pulpar 
• Considerar as características clinicas da polpa: 
presença de sangramento cm coloração vermelho-
vivo e controlável; consistência firme da polpa 
coronária ao corte. 
Tecnica para pulpotomia: 
❖ Organização da mesa clinica 
❖ Radiografia de diagnostico 
❖ Anestesia tópica e local 
❖ Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2% 
❖ Abertura coronária 
❖ Remoção da polpa coronária com cureta grande e 
afiada 
❖ Irrigação com soro fisiológico abundante e 
aspiração 
❖ Secagem com bolinha de algodão estéril 
❖ Inserção da pasta de preferencia 
❖ Acomodação da pasta com bolinha de algodão 
❖ Forramento com CIV 
❖ Restauração definitiva do dente com material de 
escolha 
❖ Controle clinico e radiográfico com 4 meses 
PULPECTOMIA: 
Indicações: 
• Dentes decíduos com pulpite irreversível ou 
necrose pulpar; 
• Dentes com presença de sangramento vermelho 
escuro e não controlável espontaneamente e 
tecido pulpar sem consistência; 
• Dentes que exibem possibilidade de restauração 
coronária. 
Contra- indicações: 
• Reabsorção radicular ultrapassando mais de um 
terço do comprimento da raiz; 
• Falta de integridade da cripta do germe do dente 
permanente; 
• Impossibilidade de isolamento absoluto. 
Técnica da pulpectomia: 
❖ Organização da mesa clinica 
❖ Radiografia para diagnóstico e determinação do 
comprimento do dente e determinação do 
comprimento de trabalho (CT): CT= CD -1mm 
❖ Anestesia tópica local 
❖ Isolamento absoluto e antissepsia com solução de 
clorexidina 2% 
❖ Abertura coronária: remoção do tecido cariado: 
❖ Broca esférica de grande diâmetro e em baixa 
rotação; 
❖ Remoção do teto da câmara pulpar: ponta 
diamantada esférica 
❖ Desgaste compensatório: broca endo Z ou ponta 
diamantada 3082 
❖ Remoção da polpa coronária com cureta afiada 
❖ Irrigação abundante com solução de Milton 
(hipoclorito) 
❖ Visualização da entrada dos canais radiculares 
(sonda exploradora) 
❖ Extirpação da polpa radicular com lima tipo Kerr 
ou Hedstron 
❖ Instrumentação dos canais radiculares (molar-
limas tipo Flexofile 1ª serie até 35, no máximo; 
incisivos- limas tipo Kerr 2ª série, dependendo da 
amplitude do canal) 
❖ Irrigação entre as limas 
❖ Obturação dos canais radiculares, pasta de 
preferência, condensar levemente com calcadores 
❖ Colocar pequena lamínula de guta-percha 
❖ Preencher a câmara coronária, preferencialmente 
com CIV 
❖ Radiografia final 
❖ Restauração definitiva do elemento dental com 
material de escolha 
❖ Controle clinico e radiográfico com 3 e 6 meses

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