CASO 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA – CE
	XYZ VIAGENS S.A., pessoa jurídica de direito privado, representada pelo sócio Carlos, inscrita no CNPJ nº ___, com sede ____, Fortaleza – CE, vem por seu advogado, com endereço profissional na ___,bairro ___, cidade ___, estado ___, com endereço eletrônico ___, que indica para os fins do artigo 77, V, CPC, com fundamento no artigo 824 e seguintes do CPC, propor:
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
	Contra Pedro, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n° ___, inscrito no CPF sob o n° ___, com endereço eletrônico ___, residente e domiciliado ___, pelos fatos e fundamentos a seguir:
1. DOS FATOS
	 A empresa Exequente foi constituída por Carlos, Gustavo e Pedro, sendo o último o Executado, como uma sociedade anônima com sede em Fortaleza – CE, de capital fechado.
	No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada.
	Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), tendo havido a realização, como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram – se a intregalizá – lo até o dia 23 de julho de 2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados.
	No entanto, Pedro não integralizou o preço de emissão de suas ações. Carlos e Gustavo optaram por exigir a prestação de Pedro, pois não desejavam promover a redução do capital social da companhia, nem excluir Pedro para admitir novo sócio. A sociedade não publicou aviso de chamada aos subscritores por ser desnecessário.
2. DOS FUNDAMENTOS
	No caso em questão Excelência podemos dizer que o Exequente é detentor do título executivo, conforme previsto na nossa legislação em seu artigo 784, XII do CPC.
	Vale ressaltar ainda que o Executado é um acionista remisso como dispõe o artigo 106, §2° da Lei 6404/76, pois o acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto, ficará de pleno direito constituído em mora, sujeitando-se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o estatuto determinar, não superior a 10% do valor da prestação. Ainda de acordo com o artigo 107, I da mesma lei, é facultado aos acionistas promover a ação de execução contra o sócio remisso, já que não existe a intenção de excluir o Executado da sociedade e nem diminuir o capital social da Empresa.
	Diante de tal situação, diz a jurisprudência:
“(TJ-SP - AI: 20674506720168260000 SP 2067450-67.2016.8.26.0000, Relator: Hamid Bdine, Data de Julgamento: 21/09/2016, 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 23/09/2016)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. Art. 585, inciso VIII, do CPC/73 c.c. art. 107 da Lei n. 6.404/76. Processo instruído com boletim de subscrição e aviso de chamada de capital. Demonstração de que a agravada obrigou-se a integralizar ações emitidas correspondentes a 20% do capital social. Certeza e liquidez do crédito representadas pelo boletim de subscrição. Acionista obrigado a realizar a prestação correspondente às ações subscritas (art. 106 da Lei n. 6.404/76). Exigibilidade decorrente do não pagamento nas condições contratadas. Mora constituída pelo aviso de chamada de capital (art. 106, § 2º). Assinaturas de duas testemunhas dispensadas na hipótese dos autos. Decisão reformada. Recurso provido.
FÁBIO ULHOA discorre sobre a obrigação contraída pelos sócios da 
seguinte maneira: 
	“A principal obrigação que o sócio contrai ao assinar o contrato social é a de investir, na sociedade, determinados recursos. Na linguagem própria do direito societário, cada sócio tem o dever de integralizar as quotas do capital social que subscrever. A subscrição consiste no compromisso que o Sócio contrai de reverter bens, créditos ou valores em favor da sociedade, em data determinada ou determinável, a partir de quando as cotas subscritas serão tidas por integralizadas. Se no prazo estabelecido, o Sócio não cumprir com a obrigação a que se vinculara, a sociedade deve notifica – lo para purgar sua mor no prazo máximo de 30 (trinta) dias, findos os quais, o sócio perde o direito a compor o quadro social, passando à condição de sócio remisso. Em assim ocorrendo, podem os demais sócios deliberar a exclusão do sócio remisso da sociedade, que poderá ser feita judicial ou extrajudicialmente, pela tomada das cotas do sócio remisso para si, a transferência das cotas a terceiros, a redução da participação do inadimplente às cotas já integralizadas ou a execução judicial movida pela sociedade contra o sócio para haver o montante inadimplido.” 
	A princ ip al o brig aç ão que o sóc io c ont r ai ao as si nar o c o ntrat o s oc ial é a d e 
3. DOS PEDIDOS
	Diante do exposto requer:
a) Citação do executado para pagar a dívida de R$ ___, no prazo de 3 dias, sob pena de penhora.
b) Que seja fixado de plano os honorários advocatícios em 10%, podendo esta ser elevado em até 20%, caso sejam rejeitados os embargos à execução ou não opostos.
4. DAS PROVAS
	Segue em anexo, título executivo extrajudicial.
5. DO VALOR DA CAUSA
	Dá – se a causa o valor de R$ _____.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF