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Relatório final de Estágio- ALDEIZE PARINTINS R.P

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - CAMPUS MAUÉS 
 
 
 
 
ALDEIZE PARINTINS LOBATO
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
Área: Sistema de cultivo de peixe integrado em aquaponia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maués - AM 
2023
 
ALDEIZE PARINTINS LOBATO
 
 
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
Área: Sistema de cultivo de peixe integrado em aquaponia
 
 
 
 Relatório de Estágio Supervisionado para obtenção do Certificado de Técnico em Recurso Pesqueiro, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas IFAM, Campus Maués. Matrícula na CIEE: 
 	 
 
Orientador (a): 
 
 
 
 
 
 
Maués-AM 2023
 SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO
2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 Espécie cultivada o Tambaqui
2.2 Adubação do tanque berçário 1, 2 e 3
2.3 Transporte de alevinos do tanque geomembrana para o tanque berçário 1
2.4 Biometria e materiais utilizados na biometria dos peixes em fase de alevinos
2.5 Controle de alimentação do tambaqui no tanque geomembrana e berçário 1.
2.6 Sistema de Aquaponia
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO 
O Instituto Federal do Amazonas é uma instituição de ensino pública que funciona no município desde de 2010, oferecendo a comunidade cursos como: Administração, Meio Ambiente, Agropecuária, e Informática de nível médio/ técnico, na forma integral, PROEJA (Programa Nacional de Integração da Educação Básica de Jovens e Adultos) e subsequente. 
Entretanto, para o a conclusão do curso faz com que seja obrigatório a execução do estágio supervisionado, conforme descrito na Lei nº 11.788, de 25 de Setembro de 2008, para isso o aluno deve dirigir-se ao Setor de Estágio para solicitação, precisando estar presente consigo os seguintes documentos: CPF ( Cadastro da pessoa), Carteira de identificação, duas fotos 3x4, comprovante de residência, declaração e histórico escolar para a realização da matrícula. Em seguida o aluno será direcionado para local que estagiará com o encaminhamento, três vias de termo de compromisso, controle de frequência, ficha avaliação periódica do estágio, avaliação final do supervisor e do aluno, relatório periódico do estágio, plano de estágio e o termo de compromisso do orientador. A princípio as vagas de estágio estavam sendo bastante concorridas nas escolas, então depois de muita espera tive a oportunidade de fazer o estágio na secretária da escola, hoje em dia as empresas estão a procura de jovens que já têm experiência de estágio, com bastante esforço e dedicação individual na empresa e com a orientação do seu supervisor, faz com que o estagiário cresça a cada função ou no trabalho exercido por ele no ambiente de estágio. A oportunidade de estágio, será de suma importância na carreira profissional da pessoa, sendo produtiva e aproveitadora, podendo abrir várias outras oportunidades de empregos em uma determinada área. 
O estágio ocorreu nos tanques de psicultura do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas 
2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
Este trabalho refere-se ao Estágio Supervisionado Obrigatório, realizado nos tanques de piscicultura do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas-Campus Maués, com isto serão relatadas as principais tarefas realizadas ao decorrer do estágio, assim como descrever a espécie em cultivo desde o seu crescimento nas suas fases de pós-larvas até na fase de alevinos, adubação dos tanques berçários, transferência de alevinos do tanque geomembrana para o tanque berçário, o controle de alimentação, a montagem do tanque de geomembrana, e a alimentação das pós-larvas e alevinos, o sistema de aquaponia, biometria dos peixes, equipamentos utilizados na biometria, análise de amônia nitrito e nitrato e os equipamentos utilizados na análise da amônia, nitrito e nitrato.
2.1 Espécie cultivada o Tambaqui
Segundo BUCKUP et al, 2007, é uma espécie nativa dos rios Amazonas, Orinoco e seus afluentes, é pertencente à classe Actinopterygyy, da ordem Characiformes, da família Serrasalminae. É também conhecida por outros nomes populares como cachama na Venezuela e na Colômbia e gamitama no Peru. No Rio Amazonas, ele é comumente encontrado na foz do Rio Xingu, no Estado do Pará, até o Médio rio Ucaiali, no Peru (ARAÚJO-LIMA e GOULDING 1998; BALDISSERROTTO e GOMES, 2005).
Segundo Araújo-Lima e Goulding, 1998; Araújo-Lima e Goulding, 2005; Penna et al., 2005, é uma espécie de caracídeo redondo de corpo bastante alto, tornando-se assim mais alongado e levemente comprido lateralmente na fase adulta. É considerado um peixe de grande porte podendo alcançar 100 cm de comprimento e 30 gramas de peso (ARAÚJO-LIMA E GOULDING, 1998; ARAÚJO-LIMA e GOMES, 2005; PENNA et al., 2005). Segundo Val e Honczark, 1995; Araújo-Lima e Goulding, 1998, não possuem espinhas pré-dorsais, apresentam nadadeiras adiposas raiadas e sua linha lateral é formada por 67 a 76 escamas.
A coloração dos adultos varia com a cor da água sendo mais escuras nos indivíduos que vivem em água preta e mais clara nos indivíduos de água barrenta (ARAÚJO-LIMA e GOULDING, 1998; SANTOS et al., 2006; SOARES et al., 2008).
Na fase de juvenis de até 10 cm de comprimento apresentam uma mancha escura arredondada na região mediana do corpo, ao nível da nadadeira dorsal, que desaparecem completamente após este tamanho. Existem diferenças morfométricas no padrão de crescimento entre machos e fêmeas de tambaqui, principalmente peso, indicando a existência de dimorfismo sexual em tambaqui na fase adulta, sendo a fêmea maior e mais pesada, após a fase reprodutiva, segundo Mello et al., 2015; Almeida et al., 2016.
Segundo Araújo-Lima e Goulding, 1998; Abelha et al., 2001; Santos et al 2006, o Colossoma macropomum possuem dentes molares robustos, implantados fortemente na mandíbula o que lhes favorecem na alimentação, tanto de zooplâncton quanto de frutos e sementes que caem na água no período de cheia dos rios.
Os rastros branquias do tambaqui são longos e numerosos, o que permite filtrar pequenos organismos que flutuam na água, segundo Val e Honczark, 1995; Araújo-Lima e Goulding, 1998.
Sendo assim segundo Ruffino, 1996; Barthem e Fabré, 2004, estima-se que no ambiente natural a expectativa de vida do C. macropomum seja entre 13 a 14 anos.
No decorrer do primeiro dia de estagio, dia 01 de março de 2023, ao chegarmos ao IFAM, local que fora designado para ocorrer o estágio, fomos direcionados aos tanques de piscicultura sediado no próprio Instituto, ao chegarmos ao local designado, primeiramente fomos conhecer a espécie em cultivo, segundo o bolsista José Omar Costa e ao encarregado pela supervisão do estágio André Verçosa, técnico em agropecuária, a espécie em cultivo é o Colossoma macropomum, mais comumente conhecido como o tambaqui, ao observarmos podemos dizer que a espécie em cultivo ainda estão em sua fase de crescimento pós-larvas em alevinos.
2.2 Adubação do tanque berçário I (um), II (dois) e III (três).
Segundo o doutor em Piscicultura, Manuel Vasquez, afirma que a principal finalidade da adubação é a de estimular o crescimento de organismos que servirão de alimentos aos peixes em cultivo.
Nos cultivos tanto extensivos quanto semi-intensivos de peixes, as adubações possuem grande papel importante, pois em primeiro lugar, promoverá o desenvolvimento dos orgânicos do plâncton, além de ajudar na produção de oxigênio na água, servirá também de alimentos para a maioria de peixes cultivados.
Além disto, ela promoverá a turbidez da água, impedindo a penetração dos raios solares em toda a coluna d’água evitando consequentemente a proliferação de plantas aquáticas, dificultando assim a predação por aves. A adubação da água de viveiros pode ser feitas após a calagem, e os adubos utilizados podem ser de origem orgânica ou química. 
Os adubos de origem orgânica como os estercos de boi, de suínos ou de aves são comumente mais utilizados, enquanto aos adubos químicos mais empregados são o superfosfato triploe o superfosfato simples, monoamoniofosfato (ou fosfato de monoamonio), sulfato de amônia, uréia e nitrato de amônia.
Segundo (Criação de peixes, IBAMA, 1989), a adubação promoverá um padrão de cor na água dos viveiros. Os estercos de gado e os adubos químicos favoreceram a proliferação primeiramente do fitoplâncton, enquanto os estercos de suínos e de aves favorecem um maior desenvolvimento inicial do zooplâncton. Ou seja, a cor da água então indicará um tipo de plâncton.
Ainda no decorrer do primeiro dia de estágio, após sabermos a espécie em cultivo fomos fazer a adubação dos tanques berçários 1,2 e 3, para que isto fosse feito foi preciso moermos 31 kg de ração orgânica, sendo que para cada balde de 18 l, foram necessárias 10 kg de ração, no total foi de 4 kg para cada balde.
Para isto foram utilizados os seguintes materiais como a balança, ração orgânica, balde city color e moinho.
2.3 Transporte de alevinos do tanque geomembrana para o tanque berçário I (um).
Sabe-se que, há inúmeros detalhes envolvidos neste processo, entre eles destacam-se a importância do monitoramento de alguns fatores, tais como a temperatura da água durante o transporte dos alevinos até seu destino final. Com base nisto pode-se afirmar que, a temperatura da água também influencia na determinação do tempo de jejum aplicado aos alevinos antes de serem transportado, pois a adoção do jejum antes do transporte faz com que os peixes limpem o trato digestório, reduzindo assim o consumo de oxigênio, excretando menos amônia e gás carbônico na água, tolerando melhor o manuseio e apresentaram maior sobrevivência após o transporte. Pois com o trato digestivo vazio, os alevinos também, não sujaram a água com suas fezes, reduzindo assim a carga bacteriana na água evitando assim o risco de contaminação e risco de infecções durante o transporte.
Os materiais geralmente utilizados no transporte de alevinos são os sacos de polietileno, no entanto também podem ser usado caixa d’água. Para isto ser feito é necessária a adição de sal na água que já dentro da caixa d’água que será transportado os alevinos, o sal permitirá igualar o gradiente osmótico entre a água e o plasma do peixe, fazendo com que haja uma redução na difusão de íons para a água, permitindo assim que os alevinos mantenham suas funções vitais em harmonia, não comprometendo a sua saúde, o sal também estimulará a secreção de muco sobre o epitélio branquial, dificultando a passagem dos íons através das membranas celulares, além de reduzir o estresse, o sal também tem efeito profilático, sendo indicada para o tratamento de fungos, infestação de parasitas, infecção branquial de bacteriana, entre outras.
Sendo assim no decorrer do dia 03 de março, fizemos a retirada dos alevinos que estavam no tanque geomembrana para o tanque berçário. Para isto foi-se necessária a retirada de seis litros de água do tanque geomembrana, já no tanque berçário foi-se necessário medir a temperatura, ph, condensação e oxigênio. Com tudo isto feito, foi-se necessário colocarmos 1 Kg de sal em uma caixa d’água para poder ser mantidos os alevinos durante 20 minutos até acontecer todo o processo de retirada do tanque geomembrana ao tanque berçário I (um). 
Com este processo sendo feito pode-se observar que um dos principais fatores da mortandade de alevinos e de pós-larvas é pelo devido fato de ter pouco oxigênio na água e por ter um intruso dentro do tanque, ou seja, uma tilápia, no qual isto também favoreceu para que ocorresse a mortalidade de vários alevinos.
Logo em seguida, fora feita a mudança dos alevinos para o tanque berçário I (um), para que houvesse mais segurança dos alevinos o tanque foi coberto com o sistema de ante pássaros e foram soltos 780 alevinos, sendo que houve a mortandade de 331 pós-larvas e 127 alevinos.
Segundo André Verçosa, técnico em agropecuária e também encarregado em cuidar dos tanques, o mesmo nos informou na sala 20, ao atualizar os dados de monitoramento nos falou que inicialmente haviam 7.307 alevinos e morreram 6.507, restando atualmente 800 alevinos.
2.4 Biometria e materiais utilizados na biometria dos peixes em fase de alevinos
Sabe-se que biometria, vem do grego bio= vida e metria= medida, pode ser entendido como a ciência que mede os seres vivos, ou seja, a base científica para o uso dos dados sobre os parâmetros métricos para estudar estaticamente as características físicas indicativas do desenvolvimento dos peixes em uma dada unidade de produção.
 Na piscicultura a prática da biometria é feita com o objetivo de identificar os problemas na evolução dos peixes, com foco na sua alimentação, ou seja, a taxa de arraçoamento versus o ganho de peso. Dessa maneira, é possível realizar modificações que iram melhorar o desenvolvimento da criação e, consequentemente geraram resultados econômicos para os proprietários da piscicultura.
O processo da biometria acontece por meio de pesagem dos peixes, calculando a biomassa total presente no tanque. Contudo a biometria em peixes é fundamental para reduzir os riscos associados à prática de piscicultura, pois é através deste procedimento que o criador acompanha o desenvolvimento dos peixes, identificando se há algo de errado com os mesmos.
A prática da biometria também facilita que o criador aperfeiçoe o crescimento dos peixes, garantindo assim o crescimento dos mesmos e também a quantidade de ração para que esta esteja sempre de acordo com as condições observadas em cada um dos tanques.
De acordo com as recomendações da EMBRAPA, a biometria deve ser feita a cada 15 dias ou, pelo menos, uma vez ao mês.
Para que ocorra a biometria é necessário o uso dos seguintes materiais para que seja realizado o procedimento.
• balança: preferencialmente a portátil e do tipo dinamômetro para que seja realizado de forma simplificada e rápida, pois os peixes não sobrevivem muito tempo fora d’água.
• objeto para pesagem: é indicado o uso de uma sacola para o manjo e biometria de peixes, pois a sacola permite o escoamento da água com rapidez.
• materiais para anotações: caderno, caderneta, formulário, prancheta, lápis e tabelas de controle do criador, com dados da curva de crescimento da espécie ou da variedade de peixe em produção.
• tabelas alimentares: informações fornecidas pelos fabricantes de ração.
• sal: indicado para o banho em imersão na dosagem de 8g/ litro de água para estimular a produção natural dos peixes.
• redes, puçás ou tarrafa: para captura dos peixes.
Para que seja realizado o procedimento da biometria é indicado que sua realização seja feita nas primeiras horas do dia. Embora que neste momento, a temperatura e o teor de umidade relativa do ar, bem como a incidência de raios solares estão em patamares menos agressivos a esses organismos de vida aquática. Além disso, vale a pena ressaltar que há a importância de se realizar o procedimento antes do primeiro trato do dia.
Para que seja feita a biometria, necessitará ocorrer cinco procedimentos, que são eles.
- Captura dos peixes: está mesma pode ser feita de diferentes maneiras. Porém o indicado é o uso de redes de arrasto com fios trançados sem nós, com cobertura de malha inferior à altura dos peixes impedindo que eles, sofram injúrias mecânicas, seja por atrito ou por ficarem presos, emalhados no tecido das redes. Isto dependerá do tipo do local de criação dos mesmos. Sendo que, se o local da criação não é possível o uso desta ferramenta, pode-se optar por tarrafas, porém, o fio nylon pode machucar os peixes e não é uma melhor opção, além de causar elevado estresse.
Se o local da criação também não permita o uso de rede ou tarrafa, a melhor opção é acostumar os peixes a serem alimentados em um único ponto e, no momento da captura, usar uma quantidade mínima de ração para atrair os peixes e realizar a captura com puçás.
- Amostragem: esta deve ser feita de forma imparcial, ou seja, sem escolher os peixes para o procedimento e usar os que forem capturados de forma aleatória. Além disso, a quantidade de animais pesados deve ser representativa e, por isso, o ideal é usar 3 a 10%do total de peixes alojados no tanque. A amostragem deve ter o número de indivíduos não inferior a 30 peixes.
- Pesagem: os peixes recolhidos devem ser colocados na sacola de manejo e biometria dos peixes. É importante e necessário pesá-la molhada, após a imersão na água, antes de colocar os animais para obter o peso. 
Para ser feita a pesagem, não devem sobrecarregar as sacolas, pois nesse instante pode ocorrer o esmagamento e perfurações nos peixes nela acondicionados. Sendo assim os valores do peso do objeto da pesagem, sacola úmida e peixes são então anotados. Ao devolvê-los ao tanque, é indicado um processo cuidadoso nos peixes.
- Cálculos: Com a pesagem finalizada, é o momento de avaliar os dados coletados, o primeiro passo é calcular o peso da amostra. Com tudo há quatro tipos de cálculos. 
• Cálculo do peso total dos peixes: para calcular o peso total, soma-se o valor de todas as pesagens obtidas. Multiplicando o valor do puçá molhado pelo número de pesagens realizadas, por fim, soma-se a quantidade de peixes pesados e contados por puçá. Depois, desconte-se do valor total do peso, o valor obtido no cálculo do puçá molhado. 
• Cálculo do peso médio dos peixes: o peso médio dos peixes é obtido a partir do valor do peso total dos peixes (medido em kg) dividido pelo número de peixes pesados. Por exemplo, o valor supondo que o peso total dos peixes foi 100kg e o número de peixes pesados foi 200, o peso médio dos peixes é igual a 0,500kg.
• Cálculo do ganho da biomassa: a biomassa corresponde ao peso total da população de peixes de um viveiro, tanque ou açude. Seu valor é encontrado a partir da multiplicação do número total de peixes pelo peso médio. 
• Cálculo do índice de conversão alimentar: por fim o cálculo do índice de conversão alimentar serve para que o produtor perceba a eficiência com que os peixes transformam em biomassa a alimentação que recebem. A fórmula é representada por: Índice de conversão alimentar = consumo de ração (kg) / ganho de biomassa (kg).
Com a realização periódica de todas essas etapas, a biometria funciona como uma espécie de instrumento para a verificação da efetividade da criação de peixes.
Sendo assim as atividades desenvolvida ao decorrer do estágio, foi o processo da biometria, no qual esta mesma ocorre de quinze em quinze dias.
Para que fosse feita a biometria, tivemos que primeiramente capturar os alevinos do tanque. Sendo assim fizemos primeiramente o uso de uma malhadeira esperta, que é lançada ao tanque de forma circular, com intuito de fazer com que os alevinos se juntem, facilitando assim a captura dos mesmos. Após fazermos isto, utilizamos um puçá, para capturarmos os alevinos, ao ser feito isto foi feita a captura de 30 alevinos, no qual foram colocados dentro de um balde acrílico de 18 litros, para facilitar que os peixes fiquem em segurança e para que os mesmos não fiquem sem oxigênio até que se conclua a biometria. E com o auxílio de um crivo retiramos do balde um por um e colocamos dentro de uma vasilha que está sobre a balança, para que seja feita a pesagem de cada alevinos. Após serem feita a pesagem dos alevinos por unidade, os mesmos são devolvidos ao tanque de um em um. Para obtermos o valor da biometria foi necessário fazermos o Cálculo de Arraçoamento.
Biomassa total = a média × quantidade de indivíduos no tanque.
Taxa de arraçoamento biomassa total ×8%
2.5 Controle e alimentação do tambaqui na fase de alevinos nos tanques geomembrana e berçário I (um).
Alguns fatores podem ser afetados pela frequência alimentar, como espécie, idade do animal, temperatura da água (Hayashi et al., 2004). Frascá-Scorvo (1997) cita outros aspectos importantes a serem considerados, como: anatomia, fisiologia, comportamento e hábito alimentar dos animais. Na maioria das pesquisas realizadas com diversas espécies e hábitos alimentares, podem-se encontrar animais que se desenvolvem bem como uma, duas, três ou mais alimentações diárias (Hayashi et al., 2004; Ferreira et al., 2007; Graeff e Punner, 2008; Corrêa et al., 2010). No tambaqui, especialmente, ainda não foi proposto um modelo de frequência utilizada. Desta forma, é necessário determinar a frequência de alimentação, e os existentes não são unânimes quanto a frequência utilizada. Desta forma, é necessário determinar a frequência ideal nas várias fases de criação, considerando-se as diferenças na idade dos animais, a composição das rações, a qualidade da água e as condições experimentais. Segundo Sampaio et al., (2007), estes fatores podem variar até na mesma espécie e nos diversos sistemas de cultivo.
Sabe-se que, o tambaqui é uma espécie natural da bacia amazônica, que possui um alto potencial de cultivo e grande importância econômica e social para as famílias ribeirinhas do Amazonas (Melo et al., 1998; Val et al., 2000) e constitui a principal espécie nativa produzida no Brasil (Paula, 2009). Por ser onívoro, com tendência à herbivoria, filtrador e frutívoro (Nunes et al.; 2010), além de apresentar boas características zootécnicas, com rápido crescimento e um excelente ganho de peso. Contudo, ainda são escassos os trabalhos envolvendo o seu cultivo principalmente relacionados a frequência de alimentação, à digestibilidade, à avaliação de alimentos e, ainda ao conhecimento do perfil de metabólitos ou da atividade de enzimas, que, segundo Melo (2004), são ferramentas necessárias para entender o aproveitamento dos nutrientes, verificar situação metabólicas indesejáveis, pois constituem indicativos do estado nutricional dos animais.
Contudo, uma vez que a ração é um dos itens mais onerosos nos diversos sistemas de produção de peixes, com 50% do custo total (Andrade et al., 2005), se é necessário adotar medidas que visem à redução de custos, por meio de um adequado manejo alimentar.
No entanto o consumo de ração dos animais está diretamente relacionado com a saúde dos peixes, o ajuste pode prejudicar a conversão alimentar e, assim, constituir fonte de prejuízo ao produtor. Segundo Meer et al. (1997) afirma que o excesso de alimento provoca alterações metabólicas, o que agrava a eficiência da absorção dos nutrientes.
Para ser feito sempre a alimentação dos peixes é necessário sempre analisar o comportamento dos mesmos na alimentação para evitar sobras e suspender o trato quando os níveis de oxigênio dissolvidos na água, para que haja o acompanhamento do ganho do peso, crescimento e estado geral da saúde (Embrapa, 2012).
Sendo assim, ao decorrer de todo o período de estágio uma das atividades de extrema importância é o controle e a alimentação dos peixes em suas fases larvais, pós-larvais e alevinos, para isto ser feito precisamos fazer a pesagem da ração para cada tanque, sendo que no tanque geomembrana usamos a ração farelada n⁰ 45, que contém 45% de proteínas, isto na fase de pós-larvais e larvais.
Já no tanque berçário I (um), usamos a ração extrusada n⁰ 32, que contém 32% de proteínas, isto na fase de alevinos.
Sendo que no tanque geomembrana são utilizados 10 g de ração farelada e logo depois da mesma ser pesada colocamos num copo equivalente a quantidade de ração pesada para ser levada ao tanque geomembrana, já para levarmos a ração que foi pesada ao tanque berçário I (um), colocamos 40 g de ração extrusada em uma garrafa pet no qual é retirado o gargalo. Logo após de isto ser feito levamos ao destino final, que são aos respectivos tanques.
Já no que diz a respeito ao controle e alimentação dos peixes, estes possuem um delineamento interinamente ao acaso, com quatro tratamentos, (oito e onze da manhã, quatorze e dezessete da tarde, contudo sendo arraçoados quatro vezes ao dia). 
2.6 Sistema de Aquaponia
Com o cenário hídrico atual que assola no país, atingindo inclusive regiões onde a falta d’ água 
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