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BIOÉTICA – INTRODUÇÃO A prática de experimentação animal no campo científico e acadêmico é comum. Sua trajetória remonta há séculos na história da humanidade. A pesquisa em animais é considerada como fundamental para a ciência e principalmente responsável pelos avanços na saúde humana. Anualmente, mais de 115 milhões de animais são usados em todo o mundo para abastecer a indústria biomédica. Os ratos, camundongos, coelhos e cães representam mais de 90% de espécies utilizados na pesquisa científica. Apesar dos inúmeros recursos na área de pesquisa animal, é importante verificar o impacto, as limitações e confiabilidade desses procedimentos. Os termos teste animal, experimentação animal, pesquisa animal, teste in vivo e vivissecção têm denotações semelhantes, mas conotações diferentes. A referência é feita principalmente a animais vertebrados, com base no pressuposto de que apenas os vertebrados teriam a capacidade de sentir dor e sofrer. O termo “vivissecção” significa literalmente o “corte” de um animal vivo e tem uma conotação negativa, implicando tortura, sofrimento e morte. As principais áreas onde a experimentação animal é usada são: pesquisa básica e aplicada; testes regulamentares de medicamentos, compostos e produtos; testes regulatórios de substâncias e produtos biológicos; finalidade educacional. A dor é um estado complexo originado de muitas fontes, envolvendo vários sistemas do corpo. Dor é mais do que nocicepção e foi definida como uma experiência subjetiva e sensorial no homem, e, por consequência, a causa potencial de sofrimento em animais experimentais é justamente a dor induzida pelos procedimentos. Entretanto, o tratamento da dor torna-se uma obrigação ética e, na maioria dos países, legal em qualquer experimento com animais que induza dor leve de curta duração. O manejo é mais do que uma preocupação com o bem-estar animal, pois se amplia à implicações científicas e metodológicas para o planejamento de experimentos e a qualidade dos dados resultantes.