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O que é a Sociologia
A Sociologia é uma Ciência que surgiu no final do século XVIII com o advento da Modernidade, ou seja, é a ciência da modernidade por excelência, pois o saber emerge junto com esse momentuum socio-histórico. A sociedade moderna, pós-industrial, ou o que os autores chamam de capitalismo é o objeto de estudo da sociologia. Tendo a mudança social um dos estudos elementares.
No final do século XVIII ocorreu a Revolução Industrial, e com ela, além de uma mudança da forma da organização da produção, da tecnologia e das relações econômicas; ocorreu uma mudança de toda a sociedade, com um redimensionamento das relações sociais, a urbanização, a concentração de pessoas nas grandes metrópoles, a relação de comércio entre países, dentre outros aspectos.
O surgimento das máquinas alterava completamente as formas de interação humana, aumentando a produtividade e instaurando novas classes sociais (...). Junto com as mudanças econômicas vinham a migração, a urbanização, novas formas de pobreza e uma série de outros fenômenos sociais radicalmente novos” (SELL, 2001.p.8).
Ao ocorrer uma mudança sociohistórica, se desenvolve junto uma transformação cultural que altera a vida das pessoas, os costumes, as relações sociais e políticas, ou seja, uma modificação das estruturas fundamentais da sociedade. E isso findou chamando a atenção dos pensadores: como ao mudar a estrutura da sociedade se redimensiona as relações sociais ? Como uma mudança social também modifica a relação entre as pessoas ? Por quê uma mudança coletiva altera a psicologia dos indivíduos e a sua interação ?
Nesse cenário, questões acerca da vida social emergem como um problema, e esse deve ter a sua resolução respondida cientificamente - e não de forma especulativa ou filosófica-. Desse modo, a sociologia surge como uma
compreensão científica dos problemas sociais, das relações que cercam	a nossa vida cotidiana, da sociedade.
A Sociologia é o estudo da vida social humana, grupos e sociedades. É uma tarefa fascinante e constrangedora, na medida em que o tema de estudo é o nosso próprio comportamento enquanto seres sociais. A esfera de ação do estudo sociológico é extremamente abrangente, podendo ir da análise de encontros casuais entre indivíduos que se cruzam na rua até à investigação de processos sociais globais (GIDDENS, 2008.p.2)
Sociologia e Filosofia não são a mesma coisa. A filosofia é de onde a maioria dos conhecimentos científicos de desenvolveram de forma plural, é um conhecimento racional, baseado na dúvida, assim como a ciência, porém, poucos filósofos estavam preocupados com questões sociais - essas só eram analisadas no campo do fenômeno do poder (Estado)- , além de ser um conhecimento que muitas vezes não dispõe de elementos do método científico: a observação e a experimentação. Muitas das suas afirmações não fazem um laço social com a realidade, ou seja, não se baseiam em pesquisas empíricas, mas em reflexões e intuições colocadas de forma racional (especulação). Você não consegue demonstrar empiricamente a existência do mundo das ideias, é uma forma abstratas de explicação, por mais racional que seja, não está entrelaçada com elementos da realidade social concreta, carecem de pesquisas empíricas metodologicamente orientadas. Já a sociologia, é uma ciência empírica.
A sociologia é uma ciência empírica, o seu fundamento está metodologicamente orientado na observação e na experimentação, em pesquisas que de desenvolvem empiricamente com laço na realidade social, constituindo, com isso, uma explicação e compreensão científica da sociedade. É a ciência da sociedade, uma “Ciência Social”, junto com a Antropologia e a Ciência Política.
Tal preocupação cientifica está presente desde a gênese epistemológica do surgimento da ciência social, tanto que o seu nome, antes de se chamar
“sociologia”, foi chamada de Física Social, por Augusto Comte (1798 – 1857). O objetivo de Comte era aplicar o mesmo método rigoroso das ciências naturais, como a física e a química, para estudar as mudanças na sociedade e o crescimento da industrialização, e como essa tinha alterado o modo tradicional de vida da população francesa.
Comte procurou criar uma ciência da sociedade que pudesse explicar as leis do mundo social, à imagem das ciências naturais que explicavam como funcionava o mundo físico. Embora reconhecesse que cada disciplina científica tem o seu próprio objeto de análise, Comte acreditava que todas partilham uma lógica comum e um método científico, o que visa revelar leis universais. Tal como a descoberta das leis do mundo natural nos permite controlar e prever os acontecimentos à nossa volta, também desvenda as leis que governam a sociedade humana nos pode ajudar a configurar o nosso destino e a melhorar o bem-estar da humanidade. Comte acreditava que a sociedade se submete a leis invariá-veis, de um modo muito semelhante ao que sucede no mundo físico (GIDDENS, 2008. p.7)
A. Comte (1798 – 1857)
Este método estabelecido por Comte se chama “Positivismo”, ele é o pai do positivismo nas ciências sociais – e não da sociologia, como veremos adiante. O positivismo defende que a ciência deve preocupar-se apenas com fatos observáveis que ressaltam diretamente da experiência. Desse modo, com base em observações sensoriais, podemos inferir as Leis que explicam a relação existente entre os fenómenos observados. A abordagem positivista da Sociologia se fundamenta na produção de conhecimento acerca da sociedade, com base em provas empíricas retiradas da observação, da comparação e da experimentação (GIDDENS, 2008).
Para Comte, as tentativas humanas para compreender o mundo passaram por vários estádios diferentes, o que o fez formular a “lei dos três estádios”, que são a compreensão teológica, metafísica e positiva. No estádio teológico, as ideias religiosas e a crença que a sociedade era uma expressão da vontade de Deus guiavam o pensamento da época. No estádio metafísico, que se afirmou no Renascimento (final do séc. XIV ao XVI), a sociedade começou a ser vista em termos naturais, e não sobrenaturais. E no estádio positivo, desencadeado pelas descobertas e feitos de Copérnico, Galileu e Newton, foi encorajado a aplicação de métodos científicos ao mundo social. Comte, ao adotar esta última perspectiva, considerava a Sociologia como a última das ciências a desenvolver-se, depois da Física e da Química.

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