Desvendando o Baralho Maria Padilha_MIOLO

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Rio de Janeiro, 2019
EDITORA BONECKER
Editora Bonecker Ltda
Rio de Janeiro
1ª Edição
Junho de 2019
ISBN: 978-85-7077-075-2
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia 
autorização dos autores e da Editora Bonecker.
Capa: 
Projeto Gráfico: Celeste Ribeiro
Dedicatória
Dedico este livro aos apaixonados por cartomancia e, claro, a pes-
soas especiais que sempre estiveram ao meu lado. À minha mãe 
Rita que é quase uma Padilha encarnada; a meu pai e aos meus 
filhos que torceram e vibraram em cada processo; ao meu marido 
George Barreto que apoiou e acreditou em mim, à minha amiga 
Gisele Santos que é minha bruxinha e que torce por cada conquis-
ta minha à Tânia Durão que foi fundamental na criação deste 
livro, à minha eterna professora Karla Souza, à Ana Cristina, 
como uma grande amiga, parceira e meu braço direito para tudo. 
e à criadora do baralho, minha amada Eliane Arthman.
Agradecimentos
A Eliane Arthman que é a criadora deste maravilhoso baralho e que me 
deu seu apoio e sua bênção. A Karla Souza, que me ensinou a maior parte do 
que sei hoje e me deu uma excelente base para a construção do estudo do bara-
lho de Maria Padilha. E a Carlinha, minha irmã de alma.
Tanta gente importante, que tenho um enorme carinho por cada uma e 
uma gratidão imensa por terem estado cominho em todo este processo. 
Obrigada por vocês existirem na minha vida, e que Padilha nos dê sem-
pre caminho e proteção. 
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
História de uma Maria: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Criação do baralho de Maria Padilha: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Para você mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Capítulo 1: Preparação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1) Primeiro Contato: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2) Consagração: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3) Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4) Cartomante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5) Composição da mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Capítulo 2: Cartas positivas, negativas e neutras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Capítulo 3: Cartas tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Capítulo 4: Significados das cartas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Capítulo 5: Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
1) Sim/Não: (usado para perguntas objetivas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
2) Uma geral: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
3) Conselhos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
4) Detalhando um assunto: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
5) A carta do dia: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
6) Mesa Real: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 11
Introdução
A força do sagrado feminino; mulher Mulher de fala direta, clara e muito 
inteligente. Rainha por mérito, trabalha como facilitadora dos caminhos dos 
seres humanos. Feiticeira e conhecedora dos mistérios ocultos da vida.
Pioneira das Pombo-Giras, serva de luz, traz ajuda a quem precisa mos-
trando a direção a ser seguida.
O baralho foi criado para estreitar a relação das entidades e dos seres 
humanos. Com uma fala direta, mostrando os acontecimentos ocultos e dando 
o direcionamento necessário.
Sua energia é apenas reflexo do que se pede. Pede, ela obedece. Está para 
trabalhar, não para julgar. Fala, mostra, ensina, mas faz o que se pede. Amarra, 
desamarra, fecha, abre, dá, tira... Quem dá o tom é quem pede.
Mulher de palavra. cumpre Cumpre o que promete, mas logo desfaz seu 
trato quando não se dá o que foi acordado. Sua estrada é uma via de mão dupla.
Tem seus preferidos, mas não nega trabalho a ninguém.
Não se faz de rogada e adora ser presenteada.
O que ela ensina com sua postura sedutora é a capacidade que todos nós 
temos de seduzirmos o que queremos. Um emprego, um amor, uma melhora 
de vida... Sua sensualidade nos mostra como é possível, com jogo de cintura, 
conquistarmos e alcançarmos nossos desejos. Com isso ela tenta nos passar a 
manha do jogo da vida.
Com sua dança inebriante, convence a todos a fazer o que ela quer. E 
assim ela intercede por nós.
Seu fumo cria uma névoa nos olhos do inimigo, onde assim, ela nos pro-
tege e nos esconde.
Sua bebida sendo é sempre alcoólica, logo, e sendo assim é volátil, e ser-
ve de condutora para nossos pedidos.
12 | Vera Mello
Tem compaixão pelos que sofrem, mas sua proteção é de fortalecimento. 
Ela não passa a mão na cabeça dos seus protegidos, em vez disso, ensina-os a 
eles a serema ser fortes.
Mulher de gênio forte e paciência curta, transmite suas mensagens para 
os que querem ouvir.
Com uma grande gargalhada ela se despede e convida a todos a conhe-
cerem mais a fundo seu baralho.
Este livro foi criado para dar uma ajuda a quem se interessa em aprender 
o baralho Baralho de Maria Padilha. 
Nem de longe ele contém verdades únicas, onde cada oraculista irá 
acrescentar sua personalidade à jogada. Adaptar, acrescentar, retirar e, enfim, 
criar a sua forma de jogar. Aqui contém apenas uma luz, o pontapé inicial para 
uma grande e surpreendente jornada. 
Sim, isso mesmo. Surpreendente! Vocês vão se surpreender com este 
baralho. 
Não existe certo ou errado na forma de se jogar este oráculo. Mas Po-
rém, assim como tudo na vida, ele exige coerência, disciplina, dedicação, es-
tudo e seriedade.
Vamos abordar um pouco da história de Maria Padilha, de como Eliane 
Arthman criou este baralho, os seus significados e várias possíveis jogadas, do 
simples sim/ ou não até a Mesa Real.
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 13
Apresentação
História de uma Maria:
Nossa história começa em Sevilha, no ano de 1334, com o nascimento de 
uma mulher que mudaria completamente os destinos de uma corte europeia. 
De amante a rainha, Maria Padilla influenciou o rei Dom Pedro I de Castela 
(1334-1369) nas mais importantes decisões, além de determinar o modo como 
governaria e auxiliar na negociação de seu casamento com Branca de Bourbon, 
visando uma aliança com a França.
Também conhecida como Maria de Padilla, a amante do rei de Castela 
teve com ele quatro filhos. Contam que estava prestes a dar à luz quando Branca 
de Bourbon chegou para selar o acordo de casamento. Três dias depoisda ceri-
mônia, o rei desfez a aliança com os franceses, abandonou a esposa e retornou 
para os braços de sua amada.
Dona Maria Padilla e Dom Pedro I de Castela seguiram juntos para Ol-
medo, onde se casaram secretamente. Viveram com certa tranquilidade até que 
os adversários políticos do rei descobriram que ele havia se casado e passaram 
a exercer grande pressão, obrigando-o a retomar a relação com sua primeira 
esposa. Dom Pedro, no entanto, preferiu manter Branca de Bourbon bem dis-
tante e a mandou para outras cidades. Por fim, a legítima esposa foi envenenada 
e morreu aos 25 anos.
Em 1361, a peste bubônica assola o reino e, para desespero de Dom Pe-
dro I de Castela, faz de Maria Padilla uma de suas vítimas. A princípio, a aman-
te do rei é sepultada em Astudillo, no convento que ela mesma fundou.
Dizem que o rei nunca se conformou com essa morte prematura e um 
ano depois declarou, diante de todos os nobres da corte de Sevilha, que sua úni-
ca e verdadeira esposa era Maria Padilla. Tanto fez, que o Arcebispo de Toledo 
acabou considerando procedentes as razões que o levaram a abandonar Branca 
14 | Vera Mello
de Bourbon, principalmente pelo conflito com os franceses. A corte também 
aceitou as declarações do rei.
Foi assim que Maria Padilha sagrou-se como a única esposa de Dom 
Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e in-
fluência mesmo depois de morta. Seu corpo foi transportado para a Capela dos 
Reis, na Catedral de Sevilha, e seu túmulo é ainda hoje local de peregrinação.
Criação do baralho de Maria Padilha:
E aqui vai o meu infinito agradecimento a Eliane Arthman que foi o 
veículo escolhido a dedo para trazer este baralho até as nossas mãos. Toda a 
história da criação eu retirei do livro da Eliane Arthman. Livro este que acom-
panha o baralho.
“Em meados de Julho de 1997, sentei-me numa cadeira junto a mesa da 
sala, acendi uma vela e enchi uma taça com uma bebida doce. O detalhe é que 
nunca bebi álcool, nem mesmo nas festas de Final de Ano!
Após acender a vela, vibrei o nome de cada um de meus mestres, que não 
eram poucos!
Depois de alguns minutos de oração, uma luz surgiu por detrás da pare-
de e pude sentir uma leve presença feminina.
— A chama não vai se apagar! Ela me sussurrou. - Eternamente esta 
lembrança acionará as consciências libertas e os Mestres do Universo usarão 
os símbolos desenhados hoje como portais para as dimensões de aprendizado, 
permitindo a visão do futuro! A autorização está sendo dada hoje! As portas 
finalmente se abriram, pois obtive a autorização para a abertura de um Portal!
“Autorização”? Pensei.
Nas duas últimas palavras vibradas, já não havia ambiente vela, taça 
ou mesa.
Naquele momento eu era o Infinito. Pude ouvir muito murmúrios pro-
nunciando orações e ver mandalas sendo traçadas. (Não tenho certeza se eram 
pontos riscados ou mandalas). 
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 15
De dentro daquela Luz muitas “Consciências” surgiram e, logo, deram 
passagem a uma linda mulher.
Ela estava toda de vermelho, com um arranjo negro a prender-lhe os ca-
belos brilhantes e sorria feliz. Eu sempre fora muito contida e estranhei quando 
a vi sacudir os ombros e jogar a cabeça para trás.
No mesmo minuto em que lhe acompanhava visualmente e analisava a 
figura, meus olhos passaram a observar alguns pontos luminosos que pensei 
terem cedido ectoplasma para dar forma àquela interessante mulher!
Era mais de meia-noite e o silêncio reinava absoluto, já que morava numa 
rua silenciosa da Barra da Tijuca.
Peguei a taça e sorvi seu conteúdo em três goles estalando a língua em 
cada um deles, demonstrando prazer, e tornei a enchê-la. “Meu Deus! Nunca 
bebi tanto assim! Nunca!” Admirei-me.
Apesar de estar consciente, não consegui controlar meus gestos e nem 
muito menos os meus pensamentos.
Não entendia o porquê daquela Luz meio amarelada por detrás da parede, 
que parecia estar sendo emitida por uma fogueira amarelada nas bordas e muito 
branca em seu núcleo. Não havia parede. Quer dizer, havia parede, sim! Mas ela 
não estava materializada naquele momento, pois eu podia ver através dela.
Eu não enxergava através dos meus olhos ou ouvia através dos meus 
ouvidos.
E, em estado de consciência completamente alterado, comecei a dese-
nhar a primeira carta, que seria na verdade a Carta 2, ouvindo as milhões de 
vozes em oração.
Mesmo que tentasse entender o que pronunciavam na tal oração, o idio-
ma no qual eram recitadas não era o mesmo que o meu. Sabia quais eram as 
orações, mas elas não me pareciam inteligíveis naquele momento.
— Escute bem: cada lâmina desse Baralho conterá uma parte de mim. 
Entende isso? – perguntou ela com voz firme e doce. Eu estava como que hipno-
tizada prestando atenção na cor de seu batom enquanto a ouvia falar e, por isso, 
não reagi a sua pergunta. Só voltei a mim com o som da sua gostosa gargalhada.
16 | Vera Mello
— Entendi, sim, Senhora! — respondi refazendo-me e ajeitando-me 
na cadeira.
Ela estava dividindo a mesma cadeira comigo, do meu lado direito, es-
crevendo com a mão sobre a minha mão. Não atentei, naquele momento, para 
o fato dela escrever e desenhar com sua mão direita, assim como eu também. 
Portanto, ela estava sentada no mesmo lugar que eu, mas sua “consciência” era 
diversa da minha. Ela me empurrava gentilmente, como se eu estivesse atrapa-
lhando os seus movimentos. Antes que caísse da cadeira, levantei-me.
Ao fazê-lo, admirei-me por ver uma estrada, ladeada por um mar em 
cujas águas milhares de lamparinas acesas boiavam. O espelho da sala, que ia 
de parede a parede, sumira!
— Gostou do que desenhei? – sua voz alegre arrancou-me da dimensão 
pela qual estivera passeando.
Olhei todos os desenhos e os vi como se o Baralho já estivesse pronto: 
o fundo negro, com seus desenhos nas cores branca, dourada e vermelha! No 
verso das cartas continham sete rosas vermelhas. Era realmente muito lindo!
— Senhora — chamei-a. 
— O que é isso afinal?
— Isso é um Oráculo! Ela gargalhou — Ele se desmembrará em outros 
Oráculos, quando o Tempo chegar!
Tornei a olhar as cartas e, mentalmente, pude entender todos os seus 
significados. Ela exalava um aroma delicioso...
— Senhora. Chamei-a novamente. — Perdoe-me inquirir-lhe... Qual é 
mesmo o seu nome?
Agilmente ela se levantou da cadeira que estivera dividindo comigo e, 
segurando a saia, fez uma reverência bem diante de mim:
— Eu sou Dona Maria Padilha das Almas, moça!
A vibração da pronúncia que usou me fez, novamente, tremer da cabeça 
aos pés.
Mas a sua voz ficou a vibrar em meus ouvidos, pois ela viera naquela 
abençoada noite abrir um Portal, depois de muito trabalhar e insistir em con-
seguir autorização de Deus para isso, com a anuência dos Espíritos maiores.
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E esse Portal estaria sendo aberto, também, no espírito de todos os que 
usassem esse Oráculo criado por ela. 
Portanto, esse Oráculo pertence a Ela!
Fui apenas um instrumento.
Ele pertence, também, a todos os que respeitam e seguem Dona Maria 
Padilha! “
By Eliane Arthman.
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Para você mulher
Este capítulo é dedicado a você, que lida com os hormônios, as variações 
de humor, o sexto sentido aflorado, as responsabilidades do dia a dia, o peso da 
educação dos filhos e da carreira profissional, que lida com a cobrança da socie-
dade porque foi mãe cedo ou porque até uma certa idade ainda não engravidou, 
a luta constante para se manter em harmonia com a aparência, que lida com 
dúvidas e incertezas e com a antiga crença de que mulher deveria ser submissa. 
E é sobre isso, submissão, que vamos falar um pouco.
Por muitos anos a voz da mulher foi calada, abafada, ignorada. Seus pen-
samentos e vontades não passavam de sonhos que rolavam em seus rostos em 
forma de uma lágrima. Muitas destas lágrimas eram doídas e pesadas, e conti-
nham nela uma história inteira de dor, sofrimento e anulação.
Era comum, e infelizmente atéhoje é, as mulheres sofrerem opressões, 
imposições, abusos, maus tratos e com isso seu sonho de felicidade escorrer 
ralo abaixo dando lugar apenas a um ser humano infeliz sem nenhum sonho 
ou perspectivas de melhoras. Apenas esperando o seu tempo aqui na terra se 
cumprir. Contando os segundos para que aquela vida medíocre acabasse logo. 
Esses tipos de abusos que acontecem nos dias atuais não estão restritos 
apenas a uma classe e sim para todas e em todos os tipos de relações. Existem 
abusos que vão dos mais singelos e quase imperceptíveis aos mais absurdos e 
chocantes, gerando até a morte. 
Existem alguns tipos de abusos que vamos abordar para exemplificar aqui: 
Aquele que o homem se acha dono da namorada ou esposa determinan-
do o que vestir, com quem falar e onde ir;
Aquele onde o marido por trabalhar fora e ser o provedor da casa humi-
lha a esposa obrigando a ela a ser sua escrava pessoal (até mesmo que nas entre 
linhas). A mulher está tão acostumada com o sistema imposto que mesmo can-
20 | Vera Mello
sada ou doente arruma forças para fazer a comida, lavar a roupa, cuidar da casa 
e das crianças. Ou simplesmente estar sempre a disposição para sair, transar, 
viajar ... pois sua obrigação é acompanhá-lo e fazer ele feliz. Tem casos onde a 
mulher é que se coloca nesta situação por medo de perder o suposto amor da 
sua vida, sendo que com isso ela se perdeu dela mesma e nem se deu conta.
Aquele mais chocante onde normalmente as mulheres entram para a es-
tatística de assassinadas. Começam de forma singela com discussões, depois 
vem os gritos acompanhados de tapas, puxões de cabelo e até socos. Isolamento, 
sendo obrigada a se afastar de amigos e família pois a esta altura as desculpas já 
não colam mais e todos sabem o que se passa. E por vergonha e/ou imposição 
acontece o isolamento. Após essas etapas muitos casos acabam em morte.
Todas as situações acima só geram a destruição emocional da mulher. 
Onde se nutre não o amor ou a esperança, mas sim um vazio enorme, geran-
do um abismo interno gigante. Ela se afasta de tudo, todos e até dela mesma. 
Anulação, derrota, fracasso, desânimo, tristeza, vazio, falta de auto estima, são 
palavras comuns no seu cotidiano. 
Muitas vivem assim por anos, sem ter coragem de denunciar ou de largar 
aquele relacionamento. Aí vem as razões que elas se dão para não colocarem 
um ponto final na situação: ele é o pai dos meus filhos; eu não me sustento; eu 
dependo dele para sobreviver; eu o amo tanto que não vivo sem ele; ele faz isso 
porque me ama demais. ... 
O que elas não enxergam que com essas desculpas elas só estão assinando 
o atestado de infelicidade por tempo indeterminado. Mulheres são guerreiras 
e precisam arregaçar as mangas e ir à luta. Ir à luta pela sua felicidade. A mais 
clássica das desculpas é por causa dos filhos. Pois vou te contar que elas estão 
destruindo não só a vida delas, mas como o psicológico de seus filhos também. 
Uma vez que cresceram vendo aquelas cenas. Para alguns se tornará comum 
e eles repetirão padrões, onde os meninos se tornarão futuros agressores e as 
meninas acharão normal apanhar ou aturar os gritos do marido. 
Mulheres, empoderem-se, acreditem em você, no seu potencial, na força 
que cada uma carrega dentro de si, saiam da zona de conforto e se joguem na 
vida em busca do autoconhecimento e da felicidade. Ser feliz não é apenas ter 
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 21
alguém do seu lado. Ser feliz é saber conviver com você em primeiro lugar. Se 
colocar como prioridade na vida, e não o outro. 
Aprendam em primeiro lugar a conviver sozinha, a ser feliz sozinha, a 
se curtir, a se conhecer, a viver você com você mesmo e se divertir com isso. 
Quando você se colocar no centro de suas prioridades você para de buscar de 
forma frenética um alguém, abrindo brecha com isso para entrada de qualquer 
sujeito. Com isso não vai depositar no outro todas as expectativas de felicidade 
e evitará e muito as frustações. As suas expectativas têm que estar concentradas 
em você mesma, pois só você é capaz de todo esforço para se fazer feliz.
Não, nunca, jamais responsabilize o outro pela sua felicidade. E se ele te 
fez infeliz foi por que assim você permitiu. Você é dona da sua vida, das suas 
escolhas e está em suas mãos quando colocar um ponto final. Chorar claro que 
vai. Vai doer, mas não vai te sucumbir. Chorará por sete dias e levantará sua 
cabeça pronta para tentar de novo e ser feliz. 
Se estás em uma relação ruim, não espere a mudança do outro. Mude 
você, mas de parceiro.
Se priorize, se valorize, se empodere de você mesma, acredite no poder 
feminino, tanto do sagrado como do profano. Use essas energias a seu favor.
Conheça a si mesma, respeite-se e respeite seus limites e limitações.
Que Maria Padilha lhe mostre como toda mulher pode ser rainha. Mas 
como ela mesma diz, para ser rainha não é sentar no trono.
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Capítulo 1: 
Preparação
1) Primeiro Contato:
Sinta suas cartas; olhe para cada uma delas como se estivesse olhando 
para um muro onde no mesmo se esconde uma passagem secreta. Encontre 
essa passagem. Atravesse esse portal.
Cada carta é um portal, um, um mundo vasto e cheio de informações a 
serem exploradas, mistérios a serem desvendados. Mas para isso precisamos de 
dedicação.
Pegue um caderno. Agora escolha uma carta. Olhe fixamente para ela 
por alguns minutos. Descreva em seu caderno o que você vê. Descreva que tipo 
de energia e sensação ela lhe transmite. Baseado no nome da carta quais seus 
possíveis significados. Faça com isso com todas elas. Não tente neste momento 
decorar os significados, apenas sinta. 
Anote cada impressão, cada sensação, cada insight.
Crie intimidade com seu baralho. 
2) Consagração:
Pegue o seu baralho, olhe para ele, sinta a sua energia. 
Como disse Maria Padilha a Eliane Arthman na criação do Baralho, o 
mesmo já viria consagrado. Mas, se em todo caso, você sentir a necessidade de 
consagrá-lo fique muito à vontade.
E como fazer isso? Do seu jeito! Da forma que sua intuição determinar 
ou que seu coração desejar.
24 | Vera Mello
O que eu gosto e costumo fazer, é pegá-lo entre as mãos, fazer uma ora-
ção de agradecimento. Agradecendo a energia contida naquelas lâminas, acen-
do um incenso e passo carta a carta na fumaça do mesmo. Depois disso ele está 
pronto para ser usado.
Uma vez ou outra, borrifo meu perfume nas cartas e coloco pétalas de 
rosas vermelha por cima de todo o deck, e deixo por uma noite.
Cada um tem uma prática, uma crença. Padilha estará presente em todas 
as formas escolhidas.
3) Ambiente
O ambiente para o jogo tem que estar limpo e organizado. Geralmente 
eu costumo passar um defumador no local onde eu jogo ou simplesmente acen-
der um incenso para limpeza. Sem barulhos, músicas ou muita conversa perto. 
A tranquilidade é fundamental para uma boa concentração resultando com 
isso em uma boa leitura. O bom seria você escolher um local da sua casa e des-
tinar para isso. Caso não seja possível não tem problema, só evite jogar com te-
levisões ligadas, rádios e falatórios por perto. Sem bebidas alcoólicas, mesmo se 
tratando de um oráculo de Exú não é aconselhável. Respeito é imprescindível.
4) Cartomante
Você como cartomante tem que manter uma postura, não expressando 
reações que podem deixar o consulente constrangido. Evite dar sua opinião 
pessoal nas questões abordadas. Seja sempre solícito e amável. Saiba escutar. 
Não faça rodeios, mas use o bom senso na hora de passar as mensagens. Escolha 
palavras adequadas e de fácil compreensão. Use roupas confortáveis, você não 
precisa estar fantasiada para a leitura dar certo ou impressionar seu consulente. 
Não é aconselhável ingerir bebidas alcoólicas antes das consultas. Saiba que o 
consulente te procurou pois quer uma orientação, uma ajuda, um norte a se-
guir, uma palavra de consolo. Se doe.
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5) Composição da mesa
Este é um quesitobem opcional e muito particular, mas vou descrever al-
guns itens aos quais considero importantes e seus significados na mesa de jogo.
Pano para cobrir a mesa e dispor as cartas: pode ser de qualquer cor, 
sendo que eu gosto de tons mais escuros quando estou jogando o baralho da 
Padilha. Ele representará a saia de Maria Padilha, como se ela estivesse ali sen-
tada dispondo da barra da sua saia para você jogar.
Um copo ou taça com água: representa o elemento água. Serve como ímã 
para as possíveis energias negativas do consulente e presentes ali no momen-
to do jogo, captando-as e deixando o ambiente e ou seu consulente mais leve. 
Além de servir de facilitadora da nossa comunicação com o outro plano. Esta 
água eu em particular, jogo na pia com a bica aberta e peço que Padilha encami-
nhe todos os males ali presentes e que limpe meu consulente para ele retornar 
para sua casa mais leve. 
Vela: representa o elemento fogo. Conexão com o Divino. Iluminação. 
Transmutação. Quem estuda cleromancia pode também identificar alguns de-
talhes através da chama da vela.
Moedas antigas: representa o elemento terra. Para nos trazer a energia 
de prosperidade. Eu, em particular, mesmo quando jogo por caridade (ou seja, 
sem cobrar) peço que a pessoa deixe uma moedinha de qualquer valor. 
Incenso: representa o elemento ar. Usado para climatizar o ambiente e 
mantê-lo limpo. Pode substituir por perfumes, borrifando o mesmo no ar.
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 27
Capítulo 2: 
Cartas positivas, 
negativas e neutras
Carta 1- Os cristais: Positiva 
Carta 2- O lápis: Neutra
Carta 3- A luva: Negativa
Carta 4- A vela: Neutra
Carta 5- As moedas: Positiva
Carta 6- O vaso de flores: Positiva
Carta 7- A lua refletida no mar: Negativa
Carta 8- A lâmpada acesa: Positiva
Carta 9- A poltrona negra: Negativa
Carta 10- cordas com nós apertados: Negativa
Carta 11- O menorah: Positiva
Carta 12- O punhal: Neutra
Carta 13- A taça servida pela mão com o anel de cobra: Negativa
Carta 14- A pulseira de ouro: Positiva
Carta 15- O triângulo e o ovo: Neutra
Carta 16- O quadro de palhacinho: Positiva
Carta 17- A balança: Neutra
Carta 18- A rosa vermelha: Neutra
Carta 19- O cigarro aceso: Negativa
Carta 20- A luz vermelha acesa: Negativa
Carta 21- O véu de noiva: Positiva
Carta 22- As mãos em cumprimento: Neutra
Carta 23- A âncora: Neutra
28 | Vera Mello
Carta 24- Uma calça de homem: Neutra
Carta 25- Uma saia de mulher: Neutra
Carta 26- O perfil de uma mulher: Neutra
Carta 27- O perfil de um homem: Neutra
Carta 28- O cão: Positiva
Carta 29- A estrela de Davi: Positiva
Carta 30- A ferradura: Positiva
Carta 31- O malandro: Negativa
Carta 32- A janela: Neutra
Carta 33- A porta da rua: Neutra
Carta 34- As borboletas sobre a flor: Positiva
Carta 35- O colar arrebentado: Negativo
Carta 36- caminhos de sol: Positiva
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 29
Capítulo 3: 
Cartas tema
Carta 2 – O Lápis: Trabalho/estudo
Carta 5 – As Moedas: Dinheiro/vida financeira
Carta 11 – o Menorah: Espiritualidade
Carta 14 – A Pulseira de Ouro: Amor/relacionamento 
Carta 15 – O Triângulo e o Ovo: Saúde 
Carta 17 – A Balança: Justiça/casos judiciais
Carta 22 – As Mãos em Cumprimento: Acordos/tratos/sociedade
Carta 23 – A Âncora: Um recado da Padilha
Carta 24 – Uma calça de homem: Outro homem no jogo
Carta 25 – Uma saia de mulher: Outra mulher no jogo
Carta 26 – O perfil de uma mulher: A consulente mulher
Carta 27 – O perfil de um homem:O consulente homem
Carta 28 – O Cão: Filhos/amigos 
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 31
Capítulo 4: 
Significados das cartas 
OBS: Para se fazer uma boa leitura e extrair bons re-
sultados dos significados fazendo com que eles façam 
sentido, não se esqueça de contextualizar. O contex-
to é a base de tudo. As cartas não responderão sobre 
amor se você estiver perguntando sobre dinheiro, ok?!
32 | Vera Mello
Carta 1: virtudes e sabedorias
Caridade, temperança, integridade, firmeza, agir conforme a razão, ser 
justo, dignidade, conhecimento extenso e profundo, bom juízo, bom senso, agir 
com inteligência mas sempre baseado na verdade, transmutar uma energia, seja 
transparente, acredite no seu brilho e no seu valor, use a cabeça, preste atenção 
no seu valor pessoal, mostre suas qualidades, permita que vejam o que você faz 
de bom, apareça.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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Carta 2: notícias breves
Planejar algo, assinatura, escrever, estudo, mensagem que vai chegar 
logo, revelação de algo, informação, novidade, ter noção de algo, tomar nota, 
tomar conhecimento de algo, mensagens, divulgar, anunciar, dentro de pouco 
tempo, futuro próximo, colocar no papel as ideias, comunicação, por em circu-
lação, coisas rápidas, de curto prazo, professor, escritor, secretária, psicografia.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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36 | Vera Mello
Carta 3: passado, amor perdido
Afastamento, algo que já se foi mas deixou marcas, algo mal resolvido 
no passado, cuidado para não ser passado pra trás, cuidado para não perder o 
tempo certo de fazer algo, perder a hora, já passou o tempo, anterior, demora, 
transpassado, filtrar, esquecido, encoberto, deixar ir, abrir mão de algo, escon-
dido, fazer diferente, reavaliar, não se prenda, lento, saudade, resgate.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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38 | Vera Mello
Carta 4: magia, feitiço
Instrumento de invocação, fazer algo para a espiritualidade, simpatias, 
feitiços, carisma pessoal, sua luz própria, iluminar-se, atrair a atenção, colocar 
a cara a tapa, usar seu poder pessoal, praticar a fé, inveja, cuidar da parte ener-
gética, dons pessoais, fazer algo para atrair o que deseja.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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40 | Vera Mello
Carta 5: moedas, riqueza
Abundância de algo, prosperidade, dinheiro, retribuir algo, fluidez, algo 
de valor, bens materiais, grande quantidade de algo, fertilidade, sorte nos ca-
minhos materiais, crescimento, seguir o fluxo, fartura, custará caro, terá um 
preço a pagar.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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42 | Vera Mello
Carta 6: boas notícias
Tenha ânimo, confiança, positividade, recompensas, emoções agradá-
veis, admiração, tendência a melhoria das coisas, um acontecimento feliz, afir-
mação de positividades, um presente, um agrado, um sim, uma confirmação, 
notícia agradável, boas novidades estão chegando.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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44 | Vera Mello
Carta 7: melancolia, depressão ou lágrimas
Tristezas, isolamento, dúvidas, não vai vingar, não insistir, abatimen-
to mental e ou físico, cansaço, depressão, problemas de ordens emocionais ou 
que afetaram de forma intensa, apatia, falta de prazer, dificuldades, ansiedade, 
insônia, transtorno de humor, choro, provações, orgulho ferido, mágoas, senti-
mento de culpa, dor, doenças.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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46 | Vera Mello
Carta 8: surpresas
Espanto, de repente, inesperado, que te pega de surpresa, sem aviso pré-
vio, imprevisto( até em um bom sentido), espontâneo, virá quando menos se 
esperar, súbito, presente, mimo, sucesso inesperado, improvisar, expansão de 
consciência, deixar se surpreender , faça algo inusitado, diferente, surpreenda.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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48 | Vera Mello
Carta 9: morte ou alguém que foi embora
Solidão, fim, extinção, doença grave, grandes problemas, sem vida, sem 
esperança, sem saída, depressão, segredo, término doloroso, angústia, pessoas 
que já partiram desta vida, o que já acabou, não tem mais volta, cansaço, pro-
blemas psicológicos, assombrações, medo, vazio, sem ninguém para contar.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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50 | Vera Mello
Carta 10: embaraços e dificuldades
Dificuldade, impedimento, atrasos, complicado, obstáculos, situação di-
fícil, parado, perturbação, indecisão, difícil, amarrado, preso, deter, confuso, 
resolver os detalhes, analise com calma, mal-entendidos, falta de comunicação, 
estreitar laços, se aproxime para ver de perto e tentar resolver.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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52 | Vera Mello
Carta 11: espiritualidade maior
Conexão com o divino e consigo mesmo, iluminar sua mente, clarear 
seus pensamentos, ter ideias, abrir a mente, enxergar a luz no fim do túnel, 
criar juízo, luz divina, providências do mundoespiritual, proteção espiritual, 
oriente-se, clarear uma situação, veja com clareza, seja claro, se expresse de 
forma clara, saia da escuridão, confie.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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54 | Vera Mello
Carta 12: espiritualidade menor
Força, luta, guerra, cortar algo, ajuda dos amigos espirituais (exus), a ba-
talha, não desistir com facilidade, vai ser suado, cheio de sacrifícios, usar todas 
as armas disponíveis para vencer, superação, impor a sua vontade, ir em busca 
do que acredita mesmo sabendo que não será fácil.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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56 | Vera Mello
Carta 13: traições
Deslealdade, não acreditar, mentiras, enganos, quebra de fidelidade, 
quebra de confiança, promessa que não irá ser cumprida, acordos quebrados, 
pode estar enganado a respeito de algo, não se apresenta da forma real, forma 
errada de agir, jogar sujo, más intenções, algo que nos cega, situações que não 
são claras, não confie demais, esteja com um pé atrás, não acredite em tudo, 
algo oferecido com alguma intenção por trás, exus e pombo giras respondem 
nesta carta.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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58 | Vera Mello
Carta 14: grande amor
Afeição, simpatia, admiração, gostar de algo, algo agradável, que fez 
bem, algo de grande estima, algo promissor, enlace, boas vibrações, verdadei-
ro, empenho, zelo, autoestima, amor, energia positiva, algo valioso, confiança, 
uma união baseada em bons sentimentos.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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60 | Vera Mello
Carta 15: viagens ou mudança de vida
Deslocamento, percurso, travessia, desabrochar, amadurecer, colocar 
pra fora, expor, mudança de hábitos ou residência ou trabalho, viagens internas 
ou a passeio, dar outra direção a algo, algo que está se formando, fase embrio-
nária, gravidez, transformar, mudar de dentro para fora, mudança de hábitos, 
amadurecer uma ideia, substituir, renovação, sua saúde, seu corpo físico. 
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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62 | Vera Mello
Carta 16: alegrias e comemorações
Satisfação, contentamento, prazer, alegria, festas, eventos, acontecimen-
to feliz, divertimento, entusiasmo, cerimônia, realizações, pode ser chegada de 
um bebê, conseguir o que se desejava, convites para sair.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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64 | Vera Mello
Carta 17: justiça ou equilíbrio emocional
Pesos e medidas, ponderar, equilibrar, ter controle, domínio, alinhar, 
ajustar, processos judiciais, organizar, , bom para ambas as partes, regras nor-
mas, ser justo, , igualdade, , imparcial, controle seus pensamentos e ou suas 
ações, , prudência, distribuir de forma igual, moderação, resolver a situação de 
forma pacífica, as coisas irão se equilibrar e se ajustar.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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66 | Vera Mello
Carta 18: notícias distantes por caminhos distantes
Futuro que ainda irá demorar para acontecer, passado distante, muito 
tempo, irá demorar, irá durar, olhar ao longe, enxergar além, o que não está 
junto, já aconteceu a muito tempo, que não tem semelhança, ausente, distraído, 
desapegado, indiferente, afastado, recordar, memória, deixar para depois, longa 
duração, sem pressa, fora do alcance.
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Anotações pessoais a respeito da carta:
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68 | Vera Mello
Carta 19: vícios ou teimosia
Comportamentos não moderados ou fora dos padrões, revise seus pen-
samentos ou ações, atitudes doentias, , atitudes ou situações repetitivas, ba-
ter na mesma tecla, insistir mesmo sabendo que não faz bem, permissividade, 
pensamentos negativos, situações recorrentes, manias, imaturidade, teimosia, 
pessoa que não aceita que errou, defeito, imperfeição, dependência química, 
consumo excessivo de algo, sem valor, apego em demasia.
Desvendando o Baralho de Maria Padilha | 69
Anotações pessoais a respeito da carta:
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