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Gustavo Moreno T19 Aula 23: Fragilidade no Idoso: Perda de massa muscular Introdução: –Há um tripé de alterações relacionadas com o envelhecimento, composto por sarcopenia, desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica –Os idosos portadores desta tríade estariam propensos a redução acentuada da massa muscular e a um estado inflamatório crônico que se associados a doenças aguda ou crônica, a imobilidade, a redução da ingestão alimentar e outros, levariam a um ciclo vicioso de redução de energia e aumento da dependência e suscetibilidade e agressores (Fried. et al, 2001) Epidemiologia: –2,5% com idade 65 - 70 anos –30% entre os idosos com 90 anos ou mais –Em diversos classificados como frágeis apresentam maior taxa de hospitalização, sofrem mais quedas, apresentaram piora nas atividades de vida diária e maior mortalidade –Associa-se a prevalência da fragilidade ao nível educacional, idade mais avançada, baixa comorbidades, dependência funcional e a presença de quedas Síndrome de fragilidade: Uma síndrome de declínio espiral de energia, embasada por um tripé de alterações relacionadas ao envelhecimento: 1. Sarcopenia 2. Desregulação neuroendócrina – diminuição de GH, testosterona, estrogênio, aumento tônus simpático e do cortisol. 3. Disfunção imunológica – diminuição de imunoglobulinas e aumento de interleucinas Fisiopatologia do idoso frágil: –A produção aumentada de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, IL-6, TNF alfa, (interleucina 1, interleucina 6, fator de necrose tumoral) é provavelmente a causa mais comum da depleção do tecido muscular. –Tem alguns pacientes que já nascem com o fenótipo de fragilidade ↓ Testosterona; ↓ Estrogênio; ↓ GH; ↑ IL6; ↑ Cortisol ⇒ ↓ de força muscular Sarcopenia + alterações imunológicas + disfunção neuroendócrina ⇒ redução acentuada da massa muscular + processo inflamatório crônico ⇒ sofrendo doenças agudas ou crônicas + imobilidade + redução da ingesta alimentar e outros ⇒ redução de energia + aumento da dependência + suscetibilidade a agressões. –A queda na força muscular é muito rápido que a perda de massa muscular –Os ossos ficam frágeis, as cartilagens perdem a resistência, ligamentos perdem elasticidade. Quadro clínico: -Cansaço, fraqueza, redução da força, perde peso, lentidão, inatividade, inapetência, alteração da marcha, desequilíbrio, osteopenia Critérios de diagnóstico Criterios de fragilidade – Fried: Redução da força de preensão palmar Abaixo do percentil 20 da população, corrigido por gênero e índice de massa corporal Redução da velocidade de marcha Abaixo do percentil 20 da população, corrigido por gênero e índice de massa corporal Redução da velocidade de marcha Abaixo do percentil 20 da populaçoa, teste de caminhada de 4,6m, corrigido por gênero e estatura Perda de peso não intencional Acima de 4,5 kg referidos ou 5% do peso corporal, se medido, no último ano Sensação de exaustão Autorreferida (questões do questionário CES-D) Atividade física baixa Abaixo do percentil 20 da população, em kcal/semana –A presença de 3 critérios classifica o idoso como frágil. –A presença de 1 ou 2, como pré-frágil. –Ausência de critérios, como não frágil. *Perda de peso não intencional: avaliada pela seguinte pergunta: "No último ano, o(a) senhor(a) perdeu mais do que 4,5 kg ou 5% do peso corporal sem intenção”. Para as respostas positivas, eram perguntados quantos quilos. *Fadiga: analisada por duas perguntas da Center for Epidemiological Studies-Depression (CES-D), pelos itens 7 (“Senti que tive que fazer esforço para fazer tarefas habituais”) e 20 (“Não conseguiu levar adiante minhas coisas”). Como resposta, havia as alternativas: a)sempre b) na maioria das vezes c) poucas vezes d) nunca ou raramente. Pontuaram para o critério fadiga os idosos que responderam sempre ou na maioria das vezes a qualquer uma das duas perguntas. *Força de preensão palmar: foi medida utilizando o dinamômetro (Jamar®) colocado na mão dominante. *Velocidade da marcha: indicada pelo tempo médio em segundos que cada idoso percorreu por três vezes uma distância de 4,6 metros em passo usual, no plano. *Nível de atividade física foi avaliado pelo dispêndio semanal de energia em kcal em atividades e exercícios físicos, baseado no Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire. Este instrumento avaliou o desempenho do idoso em atividades realizadas nas duas últimas semanas, nos últimos 12 meses e por quantos meses no ano, frequência semanal e duração diária. Com base no autorrelato das atividades desempenhadas, derivou-se o dispêndio semanal de energia em quilocalorias (kcal). Avaliação de força muscular: *Força de preensão palmar → dinamômetro *Time up and go test (andar 3 metros e voltar → >20 segundo [alterado]) *Avds (dependência) Índice de SOF: Perda de peso Perda ponderal >;= 5% no último ano, intencional ou não. Pontua se perda presente Teste de levantar e sentar Realizado em cadeira sem braços Levantar e sentar da cadeira 5x consecutivas sem o auxílio dos braços Pontua se não conseguir realizar a tarefa completamente Exaustão Perguntar: “O senhor se sente cheio de energia?” Pontua se a resposta for negativa. O - Robusto 1 - Pré-frágil 2 a 3 – frágil Questionário Frail: -Fatigue – Fadiga -Resistance – Resistência (habilidade de subir um lance de escadas) -Aerobic – Deambulação (habilidade para caminhar uma quadra) -Illnesses – Doenças (maior que 5) -Loss of Weight – Perda de peso (maior 5%) (0 – Robusto // 1 a 2 –Pré-frágil // 3 ou + – Frágil) SARC-F + CC: Medir 2x a panturrilha direita (flexionada), pegar a maior circunferência!! Avaliação nutricional – MNA (mini avaliação nutricional): Exames complementares: –Laboratório – hmg, ureia, creatinina, glicemia em jejum, albumina, TGO, TGP, PCR, tsh, eletrólitos, CPK*, LDH*, Aldolase* –Bioimpedância – estima o volume de gordura e massa muscular –Densitometria corporal –ENMG –Biopsia de musculo – suspeita de polimiosite, dermatomiosite, distrofias musculares Tratamento: -Obs: demorado -A combinação de treinamento de força com exercícios para flexibilidade, equilíbrio e capacidade aeróbica mostra mais benefícios nos estudos realizados até o momento que, ressalte-se ainda são escassos -Recentemente, estudos têm demonstrado que a necessidade de proteínas de idosos, em especial os portadores de doenças crônicas, superior à preconizada (0,8 - 1,2 g/kg/dia), exceto condições especiais -Dieta rica em aminoácidos com orientações nutricionais Suplementação nutricional: -Vitamina D, Cálcio -Isolada não tem benefício -Com associação com atividade física apresenta benefícios evidentes -Whey protein (cuidar com carbo), HMB* (aminoácido derivado da leucina; tem para pacientes frágeis – torno 3 g/dia), BCAA Suplementação hormonal -Suplementação com DHEA, GH não apresentam benefícios e com efeitos colaterais -Testosterona injetável – em casos de hipogonadismo Prevenção: Avaliação funcional da velocidade e qualidade da marcha Mudança no estilo de vida 1. Suspensão do tabagismo e etilismo 2. Diminuição de drogas psicoativas 3. Tratamento rigoroso de doença crônicas e agudas 4. Alimentação balanceada e diversificada 5. Atividade física adequada 6. Uso criterioso de medicamentos 7. Prevenção de quedas
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