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TRANSTORNOS ALIMENTARES NO BRASIL E NO MUNDO

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Os Transtornos Alimentares
no Brasil e no mundo.
Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan 
Endocrinologista e sanitarista
Membro da Equipe CETOM
Centro de Tratamento para a Obesidade Mórbida -
Diretor do Instituto Flumignano de Medicina
Rio de Janeiro – RJ
2009
TRANSTORNOS ALIMENTARES
- Cada vez mais freqüentes no cultura do excesso e da insegurança -
São transtornos mentais graves, crônicos, que 
acometem principalmente os adolescentes e 
adultos jovens, mais do sexo feminino, levando a 
danos psicológicos, sociais e clínicos, podendo, 
nos casos extremos, acarretar a morte. 
As características comportamentais gerais são a 
preocupação excessiva com o peso e a aparência 
do corpo acarretando comportamentos alimentares 
prejudiciais a saúde, dificuldades no 
relacionamento social e sofrimento.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES PELO
CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS - CID 10
-ANOREXIA NERVOSA (F 50.0) – Há importante conflito na imagem 
corporal, com medo excessivo de engordar. Acometem as pessoas magras e 
negam a fome. 
- ANOREXIA NERVOSA ATÍPICA ( F 50.1) - Transtornos que 
apresentam algumas das características da anorexia nervosa mas cujo quadro 
clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, ausência do temor 
acentuado de ser gordo na presença de uma acentuada perda de peso e de um 
comportamento para emagrecer. 
-BULIMIA NERVOSA (F 50.2) –Em geral os pacientes apresentam 
peso normal ou sobrepeso, não negam a fome. 
-TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR 
PERIÓDICA – O paciente come sem fome até sentir-se repleto e com 
culpa. Pode ter relação com a obesidade, as dietas para emagrecer não 
funcionam. Apresentam auto-crítica negativa com sintomas depressivos e 
ansiosos. 
-TRANSTORNO ALIMENTAR NÃO ESPECIFICADO. Incluem 
todos outros transtornos, inclusive a orthorexia, vigorexia, drunkorexia, 
diaberexia etc...
EPIDEMIOLOGIA DA ANOREXIA NERVOSA
Yates, 1989, relatou que a maioria dos estudos estabeleceu uma 
prevalência de 1 caso entre 100 garotas adolescentes, sendo 
as mulheres de classe social mais alta as que têm o maior risco.
Cecil Loeb - Tratado de Medicina Interna, 14ª Edição relatou que 
a incidência de novos casos atinge uma faixa de 0,6 a 1,6 por 
100.000 habitantes. A idade comum de início é entre 14 e 17 
anos, mas pode ocorrer mais cedo entre 10 a 13 anos ou mais 
tarde até aos 40 anos de idade). A doença é pelo menos 10 
vezes mais freqüente nas moças do que nos rapazes e aflige 
principalmente as mulheres de nível sócio econômico médio ou 
superior. Há importante conflito na imagem corporal, com medo 
excessivo de engordar. Acometem as pessoas magras e negam 
a fome. 
EPIDEMIOLOGIA DA BULIMIA NERVOSA
BULIMIA : Aflige principalmente as mulheres de nível sócio-econômico médio 
ou superior. Em geral os pacientes apresentam peso normal ou sobrepeso, não 
negam a fome. Embora há um registro considerável de bulimia na imprensa 
popular a maioria da atenção tem sido dada aos aspectos relativamente 
benignos do problema. 
Segundo Fairburn e Beglin (1990) que fizeram uma média dos resultados de 
vários estudos, estimaram uma prevalência de 2,6%. Cooper e Fairburn
(1983), com base em uma amostra da comunidade, estimaram que 1,9% em 
mulheres. Pyle et al (1983) relatou que a prevalência de BN clinicamente 
significativa e maior em estudantes universitárias que a da comunidade, 
correspondendo a aproximadamente 4%. 
Outros estudos epidemiológicos tem mostrado uma prevalência menor que 
2% da verdadeira bulimia nervosa entre meninas no segundo grau escolar
– grupo que se acredita ter o maior risco (1). Outras referências 
bibliográficas citam a prevalência entre 1,1 à 4,2% na faixa dos 18 anos de 
idade (2).
(1) Manual Merck de Medicina – 16ª Edição
(2).- Guideline 2000.
ORTHOREXIA
Não se conhece a prevalência mas observa-se que a 
incidência está aumentando. É a obsessão em comer 
extremamente correto com perigo a saúde e as 
relações sociais. O orthorético é extremamente 
concentrado se um determinado alimento lhe fará bem 
ou mal, a ponto de inibir o apetite. Tal preocupação 
excessiva também prejudica as relações afetivas e 
sociais e até mesmo ocasionar emagrecimento 
excessivo. (3) 
(3) Dr. Steven Bratman – www.orthorexia.com
VIGOREXIA
A vigorexia se caracteriza pelo excesso de 
preocupação em ter um corpo forte. Os portadores 
desse transtorno exercitam-se em excesso e 
constantemente medindo sua musculatura para 
verificar se já obtiveram resultados. Apesar de 
fortes ainda sim se consideram fracos. Quase 
sempre usam suplementos alimentares 
anabolizantes e até mesmo esteróides, mesmo 
que saibam que isto possa prejudicar a saúde. 
Esta doença é mais comum nos homens,mas 
também há casos em mulheres. Não se conhece 
a prevalência mas observa-se que está cada 
vez mais comum. Diferente do fisiculturismo.
TRANSTORNO COMPULSIVO ALIMENTAR PERIÓDICO
O transtorno de compulsão alimentar periódico (TCAP) é
uma doença caracterizada por episódios de comer 
compulsivo, sem o comportamento de purgação. O principal 
sintoma do transtorno de compulsão alimentar é o impulso 
incontrolável para ingestão de grandes quantidades de 
alimentos, sendo que a principal conseqüência é o ganho 
de peso progressivo, resultando em obesidade, por vezes 
mórbida.
MANUEL URIBE
40 anos - 550 Kg 
2005
“ Transtorno Alimentar
Compulsivo “
Mexicano, com níveis hormonais, 
colesterol, pressão e glicemia dentro da 
normalidade. Foi abandonado pela 
esposa e se refugiou na casa da mãe. Até
1992 pesava 130 quilos, mas depois 
reconhece que comeu mais do que o 
normal. "Depois, parei de comer 
carboidratos e carnes, e comecei a comer 
mais verduras, tentando emagrecer, mas 
continuei engordando", acrescentou.
O excesso de peso é uma epidemia global com mais 
de 1 bilhão de sobrepesos nos adultos e pelo menos 300 
milhões destes com obesidade – que é o principal 
contribuinte para o fardo global de doenças 
crônicas e invalidez. Freqüentemente coexiste em 
países em desenvolvimento com a subnutrição, sendo 
que a obesidade é uma condição social complexa com 
dimensões psicológicas, afetando todas idades e grupos 
socioeconômicos.
Fonte : OMS – 2005
OBESIDADE NO BRASIL
OBESIDADE NOS ESTADOS UNIDOS
• EUA : A prevalência da obesidade é
de 24% para homens e 27%
para mulheres; Entretanto, há
grandes diferenças em idade, situação 
econômica e raça. Assim, há Um 
aumento de duas vezes na prevalência 
de obesidade entre mulheres de 
padrão socioeconômico baixo 
comparado àquelas com uma situação 
socioeconômica superior. Embora não 
haja diferenças importantes na 
prevalência entre brancos e negros, a 
obesidade é muito mais comum entre 
mulheres negras do que brancas, 
alcançando cerca de 60% entre 
mulheres negras de meia idade.
• Fonte : Manual Merck de Medicina – 16ª Edição 
OBESOS; 
26%
NÃO 
OBESOS; 
74%
Fonte: IASO – International Association for the study of obesity.
- International Obesity Taskforce – www.iotf.org -
TONGA
SAMOA
JORDANIA
NAURU
QUENIA
POLIN.FRANC.
ARAB SAUD.
BARBADOS
LIBANO
GRÉCIA
PANAMÁ
PARAGUAI
ALBANIA
USA
EGITO
JAMAICA
IRAN
KUAIT
TURKIA
MEXICO
ETIOLOGIA DA OBESIDADE
Quando se avalia uma pessoa obesa temos que 
considerar que há diversos fatores predisponentes 
genéticos, ambientais e patológicos que podem estar 
desempenhando papel expressivo no desequilíbrio 
energético determinante do excesso de peso.
Estes determinantes acarretam importantes diferenças nos 
fatores orgânicos como a taxa de metabolismo basal, os 
limites da saciedade, as taxas hormonais, os estresses 
oxidativos e inflamatórios, as instabilidades do humor, as 
síndromes compulsivas, depressivas e ansiosas e a 
resposta metabólica aos fatores ambientais que incluem os 
hábitos alimentares e a atividade física. 
Portanto, a obesidade é a resultante de fatores 
poligênicos complexos e um ambiente obesogênico.
AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE PRODUTOS
AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE
BEBIDAS E INFUSÕES
Fonte: IBGE – Pesquisade Orçamentos Familiares
AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE
PANIFICADOS
Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares
AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE
CARNES, VISCERAS E PESCADOS
Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares
AQUISIÇÃO ALIMENTAR FAMILIAR POR GRUPO DE
FRUTAS
Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares
“A genética carrega a arma e o 
ambiente aperta o gatilho”
ETIOLOGIA DA OBESIDADE
A obesidade é a 
principal doença
não transmissível
e o fator de risco mais
importante para outras
doenças relevantes. 
OBESIDADE
HIPERTENSÃO
DIABETES
NEOPLASIAS
MORTE
PRECOCE
OBESIDADE E CÂNCER
• Estudo de coorte prospectivo com 1,2 milhões de 
mulheres do Reino Unido entre 50 a 64 anos durante o 
período de 1996 a 2001, que foram acompanhados por 
5,4 anos para incidência de câncer e por 7 anos para 
mortalidade por câncer. 
• A pesquisa concluiu que o aumento do IMC associa-se a 
aumento significativo do risco de câncer em 10 dos 17 
tipos avaliados. 
• Entre pacientes pós menopausa no Reino Unido, 5% de 
todos os cânceres foi atribuível ao sobrepeso ou a 
obesidade. Em relação ao câncer endometrial e ao 
adenocarcinoma esofágico, o IMC representa o principal 
fator de risco modificável. 
British Medical Journal, doi:10.1136/bmj.39367.495995.AE / 
publicado em 06 de novembro de 2007.
F A T O S
- Globalmente existe mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso e 
destes, 300 milhões são obesos. 
- Obesidade e sobrepeso são os maiores fatores de risco para as 
doenças crônicas incluindo o diabetes tipo 2, doenças 
cardiovasculares, hipertensão arterial e AVC e alguns tipos de 
cânceres.
- Doenças cardiovasculares causam 16.7 milhões or 29.2% do total 
de mortes globais. (OMS 2003).
- Atualmente a OMS estima que o número de diabéticos no mundo
seja de 171 milhões e que deverá dobrar até 2030.
Fonte : OMS – 2005 – Relatório da Estratégia Global para Dieta, Atividade Física e Saúde.
•OBESIDADE é definida como excesso de tecido adiposo a 
ponto de acarretar danos ao sistema orgânico. Em média, 
isto ocorre quando a gordura corpórea está acima de 25% 
para os homens e 30% para as mulheres.
•DIAGNÓSTICO : Através da medição da gordura corpórea.
• MÉTODOS : Peso x Altura; prega cutânea; imersão, 
condutividade, impedância, tomografia, ultrasom, 
ressonância magnética e outros.
• I M C - peso dividido pelo quadrado da altura.
DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE
A OMS estabelece : 
magro = menor que 18
normal = 18 a 25
sobrepeso = 25 a 30
obeso = 30 a 40 
obesidade grau 3 (mórbida) = acima de 40
DIAGNÓSTICO RÁPIDO SOMENTE 
COM AS INFORMAÇÕES DO 
PESO E ALTURA 
INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, 
SEXO OU RAÇA
OBESIDADE x MORTALIDADE 
O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE DO MUNDO 
O excesso de peso tem efeito metabólico na pressão sanguínea, na 
lipemia, na resistência de insulina, nas doenças pulmonares, nas 
doenças músculo-articulares, em diversos tipos de cânceres, nas 
doenças do sono e em muitas doenças psicológicas. A 
probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e hipertensão 
sobe abruptamente com o aumento da gordura corporal, que no 
século 20 era limitado a adultos mais velhos e agora afeta afeta
também as crianças e jovens obesos. Aproximadamente 85% das 
pessoas com diabetes são do tipo 2 e destes, 90% são obesos. 
Pelas análises da OMS, publicada no relatório de 2002, 
58% dos casos de diabetes, 21% das doenças isquêmicas 
do coração e 8 à 42% de alguns cânceres podem ser 
globalmente atribuíveis a um IMC acima de 21 kg/m2.
No mundo estima-se que 17.6 milhões de crianças abaixo de 5 
anos estão com sobrepeso no mundo. 
No Brasil, nas últimas décadas, está ocorrendo uma redução da 
prevalência da desnutrição infantil - de 19,8% para 7,6% e e um 
aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade de 4,1% 
para 13,9% em crianças e adolescentes de 6 a 18 anos. 
Nos EUA a prevalência da obesidade em jovens de 12 a 17 
anos aumentou dramaticamente de 5% para 13% em meninos e 
de 5% para 9% em meninas entre 1966-70 e 1988-91. 
Na Tailândia a prevalência da obesidade entre 5 a 12 anos de 
idade foi de 12.2% para 15,6% em somente 2 anos.
Veja : http://www.flumignano.com/medicos/Educa_saude_flash/OBESIDADE_INFANTO_JUVENIL.htm
EPIDEMIA DA OBESIDADE INFANTO-JUVENIL
O problema é global e está aumentando nos países em desenvolvimento. 
EVOLUÇÃO DESCENDENTE DA DESNUTRIÇÃO E
ASCENDENTE DA OBESIDADE INFANTIL
Fonte: IBGE – 1998 
DESNUTRIÇÃO INFANTIL
Fonte: Ministério da Saúde – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde
Doenças cardiovasculares coronarianas, dislipidemias, hipertensão, 
obesidade e diabetes mellitus formam um conjunto de morbidades 
geralmente associadas entre si, constituindo-se em graves problemas de 
Saúde Pública. 
No Brasil, tais morbidades são responsáveis por grande número de 
mortes prematuras entre adultos. 
Em 1985, um terço das mortes ocorridas foram provocadas por causas 
cuja origem se encontra nessas doenças.
No que diz respeito à população vitimada, cerca de 30% pertencia ao 
grupo etário entre 20 a 49 anos de idade. No Município de São Paulo, a 
proporção de mortes por essas causas, foi de 37%.
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo - 2005
O IMPACTO DO EXCESSO DE PESO NA SAÚDE NO BRASIL
- Ambiente pesa mais que genética em crescimento -
Um estudo de sete anos, realizado em populações de todos os continentes, 
mostra que crianças de países pobres que foram amamentadas, vacinadas, 
receberam atendimento adequado de saúde e cujas mães não fumavam tiveram 
padrões de crescimento comparáveis às de países ricos, como a Noruega
Portanto, crianças nascidas em qualquer parte do mundo, se tiverem um início 
de vida ideal, podem se atingir os mesmos parâmetros de altura e peso.
“O estudo mostrou que nutrição, práticas alimentares, ambiente e serviços de 
saúde são fatores mais importantes no crescimento de crianças com até cinco 
anos do que genética ou etnia“
Catherine le Gales-Camus
Diretora-assistente da OMS para doenças não-contagiosas. 
Genebra, 27 de abril de 2006
Genética x Ambiente no deficit de crescimento
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Ministério da Saúde
APRESENTAÇÃO
(parte selecionada)
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no 
ano de 1999, atesta o compromisso do Ministério da Saúde com os 
males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo a 
desnutrição infantil e materna, bem assim com o complexo 
quadro dos excessos já configurado no Brasil pelas altas taxas de 
prevalência de sobrepeso e obesidade na população... A firme 
decisão do Presidente da República em aprofundar a ação do 
Governo Federal na erradicação da fome requer de todos nós a 
reunião das nossas melhores iniciativas setoriais.
JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO” - 20 de dezembro de 2004 -
Brasília - Uma semana depois da divulgação de uma pesquisa em que o 
IBGE diz que o problema do Brasil não é mais a desnutrição, mas sim a 
obesidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, em discurso, 
durante celebração de Natal no Planalto, afirmando que "a fome não é coisa 
medida em pesquisa". Para o presidente, "nem todo mundo que passa fome 
reconhece que passa fome“ ....ou as pessoas têm vergonha (de assim 
declarar)
Em seu discurso, o presidente defendeu o programa Fome Zero e a 
determinação do governo em dar dinheiro ao invés de cestas básicas. Na 
sua opinião, no Brasil não há falta de alimento, mas de dinheiro para 
comprá-lo. 
A OPINIÃO DO PRESIDENTE SOBRE A OBESIDADE NO BRASIL
T R A N S I Ç Ã O N U T R I C I O N A L
Na primeira vez na humanidade, o excesso de disponibilidade de 
alimentos e enriquecimento progressivo da sociedades favorecem o
acúmulo calórico fazendo que a obesidade se desponte como um 
problema mais freqüente e mais grave que a desnutrição.
POR QUE ISTO ESTÁ ACONTECENDO ?
O excesso de oferta dos alimentos fazem os preços diminuírem, 
principalmente aqueles que são produzidos em maiores quantidades e 
mais duráveiscomo os cereais e gorduras. Isto modifica o comportamento 
alimentar das pessoas. Também pela grande oferta, as máquinas se 
tornaram mais baratas, facilitando o sedentarismo. A resultante é o 
balanço calórico positivo e o excesso de peso da população mundial. 
Fonte: Site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006).
http://educacao.cardiol.br
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTES NO BRASIL - 2007
PREVISÃO DO CRESCIMENTO DO DIABETES PARA 2025.
Fonte: Revista Diabetes Care - 1988 EUA .
Condições crônicas, incluindo as doenças cardiovasculares, diabetes, 
obesidade, cânceres e doenças das vias respiratórias, respondem 
anualmente por 46% do fardo global das doenças. Cinqüenta por cento 
dos fatores globais de risco foram identificados como sedentarismo e 
consumo insuficiente de frutas e legumes. 
FATORES AMBIENTAIS E DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
Até 2.7 milhões de vida poderiam ser potencialmente poupadas 
globalmente a cada ano com consumo suficiente de frutas e legumes. 
(OMS)
Atividade física diaria e regular é um dos principais componentes para a 
prevenção de doenças crônicas, juntamente com uma dieta saudável e 
não fumar. 
Estas simples correções comportamentais, para as pessoas é meio poderoso de 
prevenir doenças crônicas e para as nações pode prover um modo custo-efetivo 
de melhorar saúde pública da população. (OMS)
ASSEMBLÉIAS DAS NAÇÕES UNIDAS
PARA AS DIRETRIZES GLOBAIS
A Estratégia Global da OMS tem quatro objetivos principais:
(1) reduzir os fatores de riscos.
(2) aumento da consciência global pelo entendimento das 
influências de dieta e atividade física na saúde e do impacto 
positivo das intervenções preventivas
(3) encorajamento, desenvolvimento, fortalecimento e 
implementação global, regional, nacional e políticas da 
comunidade para as melhorias das dietas e aumento das 
atividades físicas de forma sustentável
4) monitorar os dados científicos e principais influências das 
dietas e atividades físicas com apoio para pesquisa em áreas 
pertinentes e fortalecimento dos recursos humanos 
necessários para estes fins.
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, 
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
Doenças não-transmissíveis e seus fatores de risco 
estavam inicialmente limitados a grupos 
economicamente prósperos nos países de meia-
renda. 
Porém, atualmente as evidências mostram que 
estas doenças tem afetado crescentemente 
também as comunidades pobres que acabam por 
agravar a desigualdade econômica. 
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, 
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
-O envelhecimento da população tem um forte impacto 
na morbidade e mortalidade na saúde pública das 
nações. 
- Países do mundo inteiro estão com elevado 
crescimento das doenças não-transmissíveis e ao 
mesmo tempo com persistência de antigas doenças 
infecto-infecciosas acrescidas de novas epidemias 
virais.
- Portanto preservar a capacidade funcional da 
população anciã é um fator crucial para reduzir, 
imediatamente e também no futuro, os custo dos 
serviços de saúde. 
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, 
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
SAÚDE E DESENVOLVIMENTO:
A saúde é uma chave determinante no desenvolvimento e 
um precursor do crescimento econômico. 
A OMS relaciona a macroeconomia com a saúde pública e 
tem repetidamente demonstrado os efeitos desastrosos das 
economias países devido as doenças populacionais. 
ESTRATÉGIA GLOBAL PARA DIETA, 
ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
Organização Mundial da Saúde
Relatório de 2005
PROPAGANDA ANTI-ÉTICA PARA CRIANÇAS
McDonald´s fechará 25 restaurantes no Reino Unido 
A rede estima que a decisão custará cerca de 33,6 milhões de euros
LONDRES - A rede de fast-food McDonald´s fechará 25 de 
seus restaurantes no Reino Unido. A informação está em 
um relatório da companhia apresentado à Comissão de 
Valores dos Estados Unidos. Segundo a empresa, a 
decisão foi tomada após uma queda de vendas registrada 
na região ano passado. Há especulações que ligam a 
decisão de fechar as lojas a uma onda de preocupação 
de um grande número de pessoas, sobretudo crianças, 
com o problema de obesidade. 
Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” em 01 de março de 2006.
- EUA e UE preparam política contra a obesidade -
Representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que querem 
ajudar no esforço. 
BRUXELAS - Na primeira conferência UE-EUA sobre obesidade realizado 
neste mês, representantes da indústria de alimentos e bebidas disseram que 
querem ajudar no esforço. "Consumidores de diferentes partes do mundo são 
diferentes. Mas o problema é o mesmo, e esperamos que nossa solução 
possa ser conjunta", disse o comissário de saúde da UE, Markos Kyprianou. O 
vice-secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, disse que o objetivo não é
encontrar soluções imediatas, mas criar uma coalizão entre os lados para 
facilitar a tomada de decisões sobre saúde e forma física pelos consumidores. 
"No fim, é o consumidor quem escolhe", disse Azar, explicando que, 
mesmo com uma indústria de alimentos regulada pelo governo, é quem vai 
comer que precisa escolher a refeição mais saudável. 
Fonte: JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO de 12 de maio de 2006
Acordo nos EUA barra refrigerantes em escolas
NOVA YORK - Os maiores distribuidores de bebidas dos Estados Unidos 
concordaram em suspender praticamente todas as vendas de 
refrigerantes em escolas públicas. De acordo com o anúncio feito pela 
Fundação William J. Clinton, as companhias também concordaram em 
vender apenas água, sucos sem adição de açúcares e leites com baixos 
índices de gordura em pré-escolas e escolas de ensino fundamental do 
país, 
A Aliança por uma Geração mais Saudável - que reúne a Fundação 
de Clinton e a Associação Americana do Coração - ajudou a firmar o 
acordo, depois que docentes e legisladores se alarmaram com os últimos 
estudos sobre a obesidade infantil. Os refrigerantes têm sido um alvo 
particular dos que lutam contra este problema, por causa dos altos índices 
calóricos e grande popularidade entre as crianças. O acordo deve atingir 
cerca de 35 milhões de estudantes de escolas públicas. 
Fonte : Jornal “O Estado de São Paulo” de 03 de maio de 2006.
Dr. Gro Harlem Brundtland, Diretor-geral da OMS - 2006
Nós precisamos, agora, olhar décadas à frente e ter um 
compromisso com a nossa saúde e e também das futuras 
gerações em todo o mundo. Doença cardiovascular, 
diabetes, cânceres e obesidade não são problemas 
exclusivos dos países mais ricos e a maioria dos casos 
destas doenças estão acontecendo no mundo em 
desenvolvimento. Nossa experiência mostra que até
mesmo intervenções modestas em larga escala como dieta 
e atividade física podem produzir mudanças significantes 
no fardo das doenças crônicas no mundo em tempo 
surpreendentemente curto.
FIM
Procure na Biblioteca Virtual do Instituto Flumignano de Medicina as atualizações 
periódicas destes slides. http://www.flumignano.com/medicos/biblioteca.htm

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