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Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL Urgência urológica Emergência: perigo de vida ou de viabilidade de órgão. Necessidade de resolução imediata. Priapismo, escroto agudo, parafimose. Urgência: sem perigo de vida ou de viabilidade imediatos. Necessidade de resolução em até 24h. Cólica renal e retenção urinaria. Torção testicular: Ocorre torção no quadro de uma deformidade congênita (p. ex., deformidade em badalo de sino), na qual o testículo não está normalmente ligado dentro do compartimento do escroto, de modo que é capaz de girar livremente no pedículo do cordão espermático. Tipos de torções: • Extravaginais: ocorre em testículos não descidos, exclusivas no período intrauterino ou em recém-nascidos, quando as fixações da túnica vaginal e do gubernáculo ao musculo dartos são frouxa. Correspondem a 10% de todas as torções. • Intravaginais: ocorre em qualquer idade, pico de incidência na puberdade, por uma anomalia de fixação do testículo, que permite que ele e o epidídimo flutuem dentro da túnica vaginal (balado de sino). São defeitos anatômicos congênitos. 90% dos casos. Clínica: → Se não houver distorção espontânea logo em seguida, haverá edema progressivo e oclusão arterial e venosa, o que irá resultar em enfarte testicular sem intervenção. → A dor é de início súbito, de grande intensidade, pode estar associada a náuseas e vômitos. → Exame físico: elevação do testículo na bolsa (redux testis), edema, eritema, dor a palpação e endurecimento. → Para diferenciar de torção de cordão de orquiepididimite: analisar o sinal de Angell (paciente em pé e testículo contralateral horizontalizado), e o sinal de Prehn (piora ou manutenção da dor com elevação do testículo na torção testicular e melhora da dor na orquiepididimite (sinal positivo). Diagnóstico: → Deve ser de maneira precisa e rápida. → A torção pode ser de 90° e 180°, quanto maior o número de torção, pior o prognóstico. → O comprometimento testicular é de 80% de viabilidade nas primeiras 5h e de 20% de viabilidade após 10h. → O diagnóstico é confirmado com ultrassonografia com Doppler do escroto, o que demonstra a ausência de fluxo arterial para os testículos. Se houver uma alta suspeita de torção e não estiver disponível ultrassonografia em um período de tempo razoável (≈1 hora após a apresentação), convém prosseguir com a exploração cirúrgica, porque uma demora excessiva na intervenção definitiva pode afetar negativamente o resultado. → Cintilografia escrotal com o tecnécio 99mm também demonstra irrigação dos testículos, porém demora muito e não é muito utilizada. O diagnóstico diferencial inclui trauma, epididimite, hérnia encarcerada e torção do apêndice testicular ou do epidídimo. Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL Tratamento: ➢ Os melhores resultados são obtidos se ocorre distorção nas primeiras quatro horas após o início da dor. Depois de oito a 12 horas, a probabilidade de manter a viabilidade e a função testiculares diminui significativamente. ➢ Dois terços das torções ocorrem de lateral para medial, pode-se tentar distorcer manualmente de maneira inversa, tentando manter a viabilidade do testículo. Mas mesmo conseguindo distorcê-lo manualmente, ainda é indicada a cirurgia. ➢ A cirurgia consiste em uma incisão escrotal, inspeção do testículo com distorção e fixação de sutura na parede interna do escroto, seguida também de orquipexia bilateral realizada no lado contralateral na mesma configuração (pois o defeito anatômico que permitiu a torção de um lado, em geral, existe do outro. ➢ Mesmo em pacientes em que há suspeita de torção tardia (p. ex., vários dias de inchaço fixo, firmeza), ainda é indicada exploração urgente, uma vez que é difícil saber definitivamente quanto uma isquemia completa esteve presente e se é passível de salvamento. Torção dos apêndices testiculares: → Estruturas remanescentes do desenvolvimento embriológico. → São quatro apêndices testiculares: apêndice testicular, apêndice epididimário, paradídimo – órgão de Giraldés e ducto aberrante – órgão de Haller. → Apêndice testicular, é o mais comum encontrado e torcido, é uma estrutura de até 1cm ovoide e pedunculada, no polo superior do testículo, próximo a cabeça do epidídimo. → O diagnóstico é pela clínica: dor súbita, no polo superior do testículo, que acompanha ou não edema e hiperemia da bolsa. USG é o exame de diagnóstico, O tratamento pode ser conservador com analgésico e anti-inflamatórios. Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL Priapismo: → O priapismo é uma ereção prolongada e persistente dos corpos cavernosos que ocorre na ausência de excitação sexual, mantida por pelo menos 4 horas. → O priapismo pode se resolver espontaneamente, mas, se persistir por mais de duas a três horas, medidas deverão ser tomadas para reverter o processo na maioria dos casos. Classificação e etiologia: Importantes causas de priapismo incluem a doença falciforme, certos tipos de uso de drogas ou medicamentos, trauma pélvico ou genital, doença hematológica maligna, diabetes juvenil, neoplasias, disfunções neurológicas, leucemia em adultos e crianças. Os urologistas classificam o priapismo como de baixo fluxo ou de alto fluxo (isquêmico ou veno-oclusivo): • O priapismo de baixo fluxo é o mais comum e está associado a diminuição do retorno venoso, levando a estase vascular, que faz isquemia tecidual. É uma emergência. É típico de pacientes com anemia falciforme, e o sangue nos corpos cavernosos resulta em acúmulo de material espesso e escuro, que é observado na aspiração com agulha ao se realizar um desvio percutâneo. • O priapismo de alto fluxo ou não isquêmico, é menos comum e é caracterizado pelo aumento do retorno venoso normal, geralmente não é doloroso, o sangue aspirado tem coloração vermelho-clara. É observado após traumas com formação de fistula arteriovenosa. O tratamento pode ser eletivo. Diagnóstico: → História clínica + exame físico. → Para descobrir etiologia, solicitas exames laboratoriais: gasometria arterial, hemograma, glicemia, eletroforese de hemoglobina (hemoglobinas B e C, HbS) e exames de urina. • No isquêmico: a gasometria apresenta uma acidose metabólica e o sangue aspirado dos corpos cavernosos são de coloração vermelho-escura. • No não isquêmico: a gasometria é do tipo arterial, sem acidose ou hipoxemia. Exames complementares: o Rx de tórax para averiguar metástase o USG com Doppler colorido do pênis para analisar sinais de fistula e o fluxo das artérias cavernosas (aumentado no não isquêmico e diminuído no isquêmico). o Arteriografia apenas se embolização seletiva (na forma não isquêmica). Tratamento: ➢ Priapismo isquêmico: identificar a etiologia e tratar concomitantemente. É realizado punção de esvaziamento seguido ou não de lavagem, dos corpos cavernosos com soro fisiológico. Caso não seja resolvido, faz tratamenro medicamentoso (epinefrina, norepinefrina, fenilefrina, metaraminol). o Se não resolver, faz tratamento cirúrgico: realiza duas fistulas entre o corpo esponjoso e o corpo cavernoso, sendo utilizada as técnicas de shunts distais e em caso de insucesso, shunts proximais. Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL ➢ Priapismo não isquêmico: a punção dos corpos cavernosos serve para diagnóstico e não para esvaziamento e lavagem. Pode ser usado gelo local, sedação, analgesia, hidratação, alfa- adrenérgicos intracavernosos, arteriografia com embolização seletiva e ligadura arterial. Pode ter resolução espontânea. ➢ Para priapismo relacionado com a doença falciforme, o tratamento médico da crise falciforme (p. ex., hidratação, oxigenação, controle da dor, tratamento da hemoglobina e situação de transfusão) com suporte de hematologia é um esteio da terapia. Complicações: → O início de tratamento não deve ultrapassar 4 horas, pois há risco de fibrose corporal e perdada função erétil. → Nos casos não isquêmicos, as complicações são, geralmente, sequelas da embolização: necrose glútea ou peniana, cavernosite ou abscesso perineal. Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL Urolitíase Etiologia e fisiopatologia → Os cristais de cálcio estão presentes em 80% dos casos de litíase urinaria, e o oxalato de cálcio é o composto mais comumente encontrado, 70% dos casos. → Os cristais podem ser classificados em mono-hidratado e o di-hidratado. → Os fatores epidemiológicos mais conhecidos são: climático (clima seco), ocupacional, dietético e hereditário. Fisiologia e litogênese: → A formação do cálculo ocorre por um estado de supersaturação de sais formadores de cálculos, como o oxalato de cálcio, associado a certas condições (pH e temperatura), que leva a precipitação de cristais sobre uma base que pode ter características bioquímicas semelhantes. → Em condições normais, temos os inibidores da cristalização que atuam ligando-se aos solutos ou aumentado o solvente, diluindo os sais. Para ocorrer a litogênese, os inibidores de cristalização urinária geralmente estão com níveis abaixo do necessário. A água é um grande inibidor e serve como solvente. → Algumas substâncias exógenas como o triantereno e o indinavir podem produzir cálculos. Diagnóstico: → Definir a etiologia através da avaliação metabólica. → Deve-se solicitar dosagem sérica de cálcio, fosforo e ácido úrico, além da dosagem urinária de 24h: de creatinina, cálcio, fosforo, ácido úrico e oxalato. Urina tipo 1 pode apresentar hematúria, leucocitúria e bacteriúria. OBS: pH alcalino + infecção + cálculo = proteus mirabilis. ➢ Avaliação inicial: pacientes com dieta normal, são dosados, na urina de 24h: creatinina, cálcio, fósforo, ácido úrico, oxalato e citrato, pH, volume urinário. Mais utilizada. ➢ Restrição dietética: dieta pobre em cálcio (400mg) e sódio (100mEq) por uma semana. Após esse período, faz nova coleta dos mesmos exames. ➢ Sobrecarga de cálcio: após ingestão de água apenas no período da noite, o paciente cai ao laboratório as 7h da manhã. Após desprezar a urina da noite, é coletada das 7h as 9h. o paciente recebe 1g de gluconato de cálcio oral as 9h, e é coletada a urina das 9h as 13h. ➢ Rx de abdome: baixa sensibilidade Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL ➢ USG: tem pontos cegos, não visualiza ureter médio e ureter distal ante da JUV; bom para cálculos maiores que 5mm. ➢ Urografia excretora: está em desuso ➢ TC de abdome (padrão ouro): sem contraste, tem boa sensibilidade e boa especificidade. #Cálculos indinavir (radiotransparentes): diagnóstico é pelo ultrassom – imagem hiperecogenica com sombra acústica e hidronefrose. Alterações bioquímicas nos formadores de cálculos: • Hipercalciúria: excesso de cálcio o Reabsortiva: hiperparatireoidismo – paratireoidectomia o Absortiva: aumento da absorção intestinal – restrição de cálcio (400 mg/d) e sódio (100meq). o Renal: Hipercalciúria renal – diuréticos tiazídicos 50mg, 2x/d (hidroclorotiazida e clortalidona) • Hiperuricosúria: excesso de ácido úrico na urina, são cálculos mais radiotransparentes, dependem de um pH ácido, e 25% estão associados a gota e doença maligna. o Tratamento: hidratação, alcalinização da urina com bicarbonato de sódio 650mg, 6x/d (manter pH > 6,5) reduzir dieta proteica para 90g/dia, Alopurinol (200-600 mg/dia) • Hiperoxalúria: o Primária: doença recessiva rara, eleva o oxalato urinário. TTO: piridoxina 100- 400 mg/dia. o Entérica: associada com doença inflamatória intestinal ou síndrome do intestino curto. – TTO: baixa ingesta de oxalato e gordura, hidratação e reposição de cálcio. o Exógena: excesso de ingestão de substâncias que tem oxalato como produto final (etilenoglicol, ácido ascórbico). TTO: baixa ingesta. o OBS: alimentos com oxalato: amendoim, chocolate, pimenta, beterraba, café. • Hipocitratúria: 50% dos cálculos de cálcio, inibe a precipitação de cristais de cálcio na urina. TTO: reposição de citrato de potássio e dieta rica em cítricos. • Acidose tubular renal: acidose metabólica hipocalêmica associada a hipocitratúria e urina supersaturada em fosfato e cálcio. TTO: alcalinização da urina com bicarbonato de sódio ou citrato de potássio. • Cistinúria: doença autossômica recessiva rara, o diagnóstico é feito com cistinúria acima de 250 mg/dia. TTO: restrição de cistina na dieta (carnes e aves), hidratação e alcalinização da urina. • Estruvita (cálculo coraliforme): proteus mirabilis (urease), cálculo volumoso que preenche 3 cálices renais ou mais, está relacionado a infecções. TTO: Nefrolitotripsia percutânea é o tratamento de escolha + tratamento da infecção. Medidas gerais de prevenção: Ingestão hídrica, restrição de proteína animal, Ingestão de cítricos, restrição de sal. Clínica e tratamento: Litíase do trato superior: → Quadro assintomático, até o momento em que o cálculo se move e causa obstrução (dor, náuseas, vômitos, ITU e sepse), quando crônica pode ser assintomática. Pode ter hematúria micro ou macroscópica. Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL → Quadro caracterizado por dor repentina, em cólica na região lombar ou abdominal, que pode irradiar para região inguinal, para o testículo do homem ou para o lábio vaginal da mulher, pode eventualmente levar a irritação vesical (polaciuria, urgência miccional – ureter distal). Diagnóstico: • Avaliação inicial: hemograma, creatinina sérica, urinálise, urocultura e Rx simples de abdome (permite diagnostico em até 90%, porém pode ter baixo grau de opacidade em cálculo de ácido úrico, sobreposição de gases, estruturas ósseas, calcificações pélvicas e cálculos menores de 2mm). • USG: bastante utilizado, demonstra até cálculo radiotransparentes, e dilatações ocasionadas por ele. • TC: método de maior sensibilidade e especificidade. Permite diagnostico diferencial de cálculos, coágulos e tumores. Não é necessário contraste. Tratamento: Depende do tamanho, localização, grau de obstrução do cálculo e quadro clínico do paciente. Cálculo ureteral: A dor na cólica renal se deve pela distensão da capsula renal, secundaria a obstrução renal, em cálculos maiores, ou ureteral, em cálculos menores. Associado a obstrução, tem edema e espasmo da mucosa uretral, contribuindo ainda mais para a não descida do cálculo. Tratamento: → Medicamentoso/conservador: Considerar para cálculos até 6mm. Para alívio da dor pode usar anti-inflamatórios, antiespasmódicos e analgésicos. Se dor intensa pode utilizar opioides. o Anti-inflamatórios não esteroidais e alfa bloqueadores tipo 1 auxiliam na eliminação do cálculo mais precocemente. Terapia expulsiva de cálculo ureteral: tansulosina, que promove o relaxamento da via urinaria e auxilia na eliminação. Deflazacorte, diminui o edema ureteral. o Cálculos menores de 4mm passam espontaneamente pelo ureter. Local com maior dificuldade de passagem são a junção ureteropiélica, o cruzamento do ureter com os vasos ilíacos e a junção ureterovesical. o Cálculos de 5mm, com pouca dilatação do trato urinário ou cálculos ureterais distais devem ser tratados com analgésicos e hidratação. E terapia expulsiva por até 45 dias. o Monitorização da eliminação do cálculo: RX ou USG semanalmente (o tempo de saída do cálculo é de 4 a 6 semanas, depois disso é indicado outro método terapêutico). → Cirúrgico: é indicado quando há alto grau de obstrução do trato urinário, com risco de perda da função renal, calculo ureteral em rim único e funcionante, elevação da creatinina, insuficiência renal preexistente, infecção urinaria por uropatia obstrutiva e dor intratável com medicação. Nesses casos a retirada do cálculo e a drenagem de via urinaria é obrigatória. o Em quadros agudos a drenagem com cateter pielovesical (cateter duploJ) ou nefrostomia percutânea é adequada. o Em casos de infecções ou sepse associada, a drenagem de urgência é obrigatória. o Ureterolototripsia: aparelho endoscópico de fino calibre que é introduzido pela uretra do paciente, sendo possível fragmentar o cálculo com litotriptor intracorpóreo (laser). Indicado para cálculo ureteral obstrutivo com repercussão sistêmica, dor refratária ao tratamento, falha da litotripsia extracorpórea por ondas Dara Cunha – Sabiston + MEDCEL de choque e fragmentos múltiplos. As principais complicações são perfuração, sangramento, avulsão e fistula urinaria. o Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO): o cálculo é localizado por ecografia ou radioscopia. Indicado para cálculos até 2cm; O aparelho fragmenta os cálculos. É contraindicado em distúrbio de coagulação, hipertensão descontrolada, aneurisma de aorta, gravidez e em suspeita de infecção. o Ureterolitotripsia laparoscópica: usada em cálculos maiores que 2cm ou naqueles que foram contraindicados os outros métodos. Usa duplo J após retirada do cálculo. o Ureterorrenolitotripsia flexível: cálculos no ureter proximal. Indicado para cálculos menores. o Nefrolitotripsia percutânea: cálculos > 2cm ou > 1cm no cálice inferior. OBS: no final de todos os procedimentos se utiliza o duplo J. Cálculo renal: • Conservador: cálculos menores e 6mm que podem ser eliminados espontaneamente. Até 15mm se assintomático pode só observar. • LECO: indicada para cálculos menores de 2 cm e para os maiores de 1,5 cm usa-se duplo J temporário. É contraindicado em distúrbio de coagulação, aneurisma de aorta, gravidez e em suspeita de infecção. Situações especiais: o Gestação: cateter duplo J; LECO contraindicada; o Rua de Cálculos: vários cálculos obstruindo, faz terapia expulsiva medicamentosa por seis semanas; e a LECO pode ser resolutiva se não houver infecção. o Cálculos urinários na infância: trata que nem adulto, LECO ou ureterolitotripsia. Litíase do trato urinário inferior - Cálculos vesicais: → São mais comuns em homens, e estão associados a alguma disfunção que retem resíduo urinário na bexiga (bexiga neurogênica, HPB, ca de próstata e estenose de uretra). → Clínica: dor no hipogástrio ou na genitália, disuria, hematúria e infecção de repetição. → Diagnóstico: rx simples de abdome, USG de bexiga e cistoscopia. → Tratamento: Deve se tratar a causa concomitantemente. O tratamento é via endoscópica e quando muito volumoso faz aberta – cistolitotomia.
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