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Profa. Ma. Gislaine Stachissini UNIDADE I Qualidade de Software Conceitos e definições de qualidade; Fatores e controles da qualidade; Principais normas e padrões da qualidade de software; Avaliação dos modelos de qualidade de softwares internacionais e nacionais; Ferramentas de qualidade. Apresentação da disciplina História; Escolas da qualidade; Conceitos de qualidade de produto e de processo; Ferramentas; Qualidade total. Agenda Desde o início, a Tecnologia da Informação no mundo dos negócios vem adquirindo um papel estratégico para as empresas, tanto como provedora de informações quanto de soluções de tecnologia e serviços. Com objetivos que visam ao aumento da produtividade e, consequentemente, aos lucros. Pode-se afirmar que a tecnologia da informação está presente em todas as operações de uma organização. E, com as exigências das soluções de TI e a integração de todos os processos, produtos e meios, a qualidade é indispensável. Introdução Revolução da qualidade Fonte: Livro-texto Evolução dos objetivos da qualidade ao longo do tempo Época Objetivos Resultados esperados. Década de 1950 Adequação ao padrão Produzir de acordo com o padrão escolhido (conformidade). Década de 1960 Adequação ao uso Garantir satisfação das necessidades do mercado (foco no cliente). Década de 1970 Adequação ao custo Reduzir os custos e alcançar a mais alta qualidade. Década de 1990 Adequação às necessidades latentes Satisfazer às necessidades dos clientes antes do momento esperado pelo cliente. Frederick Taylor – desenvolveu a teoria “Princípios da Administração Científica” no início do século XX. Essa teoria defende que processos produtivos podem ser repetidos com um grau de variabilidade controlada. Ferramentas de qualidade. Dr. W. A. Shewhart – propõe um método voltado para a gestão das organizações, conhecido como “controle da qualidade”, ou “Controle Estatístico da Qualidade (CEQ)”, ou “Controle Estatístico de Processos (CEP)”, que se baseava na aplicação de gráficos de controle e na inspeção por amostragem. Edward Deming – define que qualidade é atender continuamente às necessidades e expectativas dos clientes a um preço que eles estejam dispostos a pagar. É sempre aquilo que o cliente necessita e quer, é a ausência de falhas ou defeitos. Escolas da qualidade Qualidade? O surgimento da qualidade remonta há milhares de anos. Ao final do século XIX, com a industrialização, surgem os conceitos de padrões de qualidade. Nessa época, a qualidade era o próprio operário com seus conhecimentos e habilidades. No século XX, teve início a verificação da qualidade como uma tarefa para pessoas mais qualificadas, levando à inspeção dos produtos e ao surgimento dos inspetores de qualidade. A partir de 1930, desvinculam-se as atividades de qualidade da linha de produção em direção a áreas específicas de qualidade e passa-se a usar controles mais estatísticos, propostos por W. A. Shewhart. Histórico Na atualidade, a qualidade é encarada como um conjunto de atributos essenciais à sobrevivência das organizações e que envolve: Qualidade como objeto da gerência estratégica; Estabelecimento de objetivos; Mobilização de toda a organização; Responsabilidade social das empresas. Histórico O livro Princípios da administração científica foi lançado quando e quem foi seu autor? a) 1990, Joseph Juran. b) 1900, Shewhart. c) 1970, Frederick Taylor. d) 1911, Frederick Taylor. e) 1940, Edward Deming. Interatividade O livro Princípios da administração científica foi lançado quando e quem foi seu autor? a) 1990, Joseph Juran. b) 1900, Shewhart. c) 1970, Frederick Taylor. d) 1911, Frederick Taylor. e) 1940, Edward Deming. Resposta Joseph Juran contrapõe às propostas de Taylor. Defende a delegação aos trabalhadores das funções dos supervisores. O processo de produção assume o autocontrole, a autoinspeção e a autossupervisão. Cria e define a gerência da qualidade. A gerência da qualidade é constituída por três processos: o planejamento da qualidade; o controle da qualidade; a melhoria da qualidade. Escolas da qualidade Armand Feigenbaum, em 1956, propôs um conceito mais avançado – o controle total da qualidade, no qual: A qualidade de um produto é objeto de todos da organização. Desde a concepção – passando pela fabricação até a chegada dos produtos aos clientes. A partir desse conceito, foram criadas as equipes interfuncionais com o objetivo de discutir os processos de padronização dos produtos. Escolas da qualidade Philip B. Crosby – outro ícone da qualidade de 1960, propõe que a qualidade pode ser vista como uma medida da conformidade com as especificações. Cria o conceito do defeito zero no produto, que foi aplicado corretamente nas empresas japonesas. O seu livro Quality is free – clássico da qualidade – vendeu 2,5 milhões de cópias e foi traduzido para quinze línguas. Considera a prevenção como a principal causadora de qualidade e propõe uma “vacina” preventiva com três ingredientes: determinação, formação e liderança. Nos seus famosos quatorze pontos para a melhoria da qualidade, encara esse esforço como um processo contínuo e não como um programa ou um projeto de qualidade. Escolas da qualidade Kaoru Ishikawa, japonês, em 1949, entrou para a JUSE (União Japonesa de Cientistas e Engenheiros) e aprendeu com os americanos Juran e Deming os princípios do controle estatístico da qualidade. Desenvolveu uma estratégia especificamente japonesa da qualidade que envolvia a participação de todos da organização no ciclo de vida completo do produto. Em 1962, introduziu o conceito dos círculos de qualidade e desenvolveu o famoso diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa ou “espinha de peixe”. A qualidade significa qualidade de trabalho, qualidade do serviço, qualidade da informação, qualidade da estrutura, qualidade das pessoas, qualidade da organização e qualidade dos objetivos. Escolas da qualidade A qualidade é estudada em duas dimensões: a de produto e a de processo. Na dimensão por produto, pode se considerar algo concreto, no qual se percebem as formas, os tamanhos, as cores, a beleza, a perfeição e outras observações perceptíveis aos sentidos humanos. Na dimensão por processo, é necessário entender todos os passos para garantir a qualidade do que será entregue no final. Conceitos de qualidade de produto e processo A qualidade de um produto ou serviço pode ser olhada sob duas ópticas: Do produtor A qualidade se associa à concepção de que um produto deve ir ao encontro das necessidades dos clientes. Do cliente A qualidade está associada à utilidade e ao preço. Conceitos de qualidade de produto e processo Em produto: requisitos são definidos em termos de variáveis, como: comprimento, largura, altura, peso, cor, resistência, durabilidade, funções desempenhadas, tempo de entrega, simpatia de quem atende o cliente, rapidez do atendimento, eficácia do serviço etc. A dimensão processo: os estudiosos da qualidade apontam que a qualidade do produto é importante, mas a qualidade do processo de produção é ainda mais importante. Em processo: exemplo da qualidade observando como o prato foi preparado ao invés de analisando o produto final. Dimensão de produto e dimensão de processo No conceito de qualidade estudado é considerado o panorama que visa garantir a qualidade. Qual dimensão é responsável por garantir a qualidade no aspecto do passo a passo até a entrega? a) Dimensão de produtos. b) Dimensão de processos. c) Dimensão do cliente. d) Dimensão de análise. e) Dimensão do produtor. Interatividade No conceito de qualidade estudado é considerado o panorama que visa garantir a qualidade. Qual dimensão é responsável por garantir a qualidade no aspecto do passo apasso até a entrega? a) Dimensão de produtos. b) Dimensão de processos. c) Dimensão do cliente. d) Dimensão de análise. e) Dimensão do produtor. Resposta O que é qualidade? Fonte: Livro-texto Aspecto Descrição Funcionalidade Identifica os procedimentos de funcionamento de um produto. Confiabilidade O produto não deve apresentar problemas junto aos clientes; caso contrário, o fornecedor deverá resolvê-los. Usabilidade Deve-se testar o máximo possível o produto e constatar o resultado de seu uso como satisfatório. Eficiência Comprovação, pelo cliente, de sua satisfação com o produto. Manutenibilidade Garantia e correções dos problemas. Portabilidade O produto muda de ambiente e a operação ocorre da mesma forma satisfatória. A qualidade total (TQM – Total Quality Management) representa a busca da satisfação – não só do cliente, mas de todos os envolvidos nos processos produtivos da empresa. A TQM engloba os conceitos da qualidade do produto e do processo. Qualidade total O objetivo principal do gerenciamento é garantir que o nível esperado de qualidade do processo, produto ou serviço seja alcançado. O processo envolve a definição de procedimentos e padrões apropriados e a verificação. O gerenciamento da qualidade Fonte: Livro-texto Ações corretivas Metas Verificação de resultados Métodos e processos Implantação Treinamento A (Act) Agir C (Check) Verificar D (Do) Fazer P (Plan) Planejar Os quatro elementos do ciclo PDCA significam: P (planejamento): onde se estabelecem as metas e o processo formado por métodos, rotinas, documentos, normas, padrões, papéis etc. D (execução): normalmente composta por duas fases, o treinamento das novas práticas planejadas e a implantação do processo. C (verificação): verificação dos resultados do processo implantado com relação às metas preestabelecidas. A (ações corretivas): ações para corrigir eventuais desvios do processo. O gerenciamento da qualidade Qual aspecto da qualidade tem como foco principal não apresentar problemas junto aos clientes, e, caso ocorra, o fornecedor quem deverá resolvê-los? a) Funcionalidade. b) Portabilidade. c) Eficiência. d) Usabilidade. e) Confiabilidade. Interatividade Qual aspecto da qualidade tem como foco principal não apresentar problemas junto aos clientes, e, caso ocorra, o fornecedor quem deverá resolvê-los? a) Funcionalidade. b) Portabilidade. c) Eficiência. d) Usabilidade. e) Confiabilidade. Resposta Visando apoiar a qualidade, utilizam-se ferramentas que possibilitam atuar nas atividades do processo produtivo. Essas ferramentas contribuem para as pessoas entenderem os assuntos da mesma forma devido aos padrões definidos. Destacam-se: diagrama de Pareto, diagrama de causa e efeito, lista de verificação, histograma, diagrama de dispersão, gráfico linear e gráfico de controle. Ferramentas da qualidade É uma forma de descrição gráfica na qual se procura identificar quais itens são responsáveis pela maior parcela dos problemas encontrados nos produtos ou processos de uma empresa. Com base no gráfico, pode-se analisar os dados sob diferentes pontos de vista para uma tomada de decisão – quais ações deverão ser realizadas ou quais tipos de erros que terão prioridade nas ações e assim por diante. Diagrama de Pareto O gráfico é montado em dois eixos, onde mostra-se: no eixo vertical – quantidades de problemas apresentados em um determinado período de contagem (ex.: 6 meses); no eixo horizontal – quantidades de erros de cada tipo organizadas em ordem decrescente. Diagrama de Pareto Fonte: Livro-texto 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Problema Count Percent Cum % G J A E I B H C D Outros 77 17,3 17,3 69 15,5 32,9 63 14,2 47,1 57 12,8 59,9 49 11,0 70,9 40 9,0 80,0 28 5,3 86,0 25 5,9 92,1 18 4,1 96,2 17 3,8 100,0 Q u a n ti d a d e Ou ainda diagrama espinha de peixe. Ferramenta que permite identificar possíveis causas de um problema. Usa seis elementos de um processo produtivo (6 Ms): materiais, métodos, máquinas, mão de obra, medição e meio ambiente. Diagrama de causa e efeito – Ishikawa Fonte: https://pixabay.com/illustrations/skeleton-fish- fish-bone-clip-art-4042672/ A partir de um problema identificado e colocado como efeito no diagrama, no eixo horizontal. Nas espinhas grandes são colocadas as causas primárias, nas médias são colocadas as causas secundárias e nas espinhas pequenas são colocadas as causas terciárias. O diagrama Ishikawa é uma ferramenta poderosa para a identificação dos direcionadores que potencialmente causam os efeitos indesejáveis. Diagrama de causa e efeito – Ishikawa Exemplo de um diagrama básico de causa e efeito: Diagrama de causa e efeito – Ishikawa Espinha grande: causas primárias Espinha média: causas secundárias Espinha pequena: causas terciárias Fonte: Livro-texto Espinha grande Espinha média Espinha pequena Efeito Diagrama de causa e efeito – Ishikawa Fonte: Autoria própria materiais equipamentos falta de manutenção falta de padrões processos pessoas Erro de Análise desmotivação Insumos de baixa qualidade É uma forma de coleta de dados referente à quantidade de fatos ocorridos para uma atividade ou um problema. Os dados devem ser coletados em um período de tempo devidamente definido e devem ser colocados em uma tabela. No exemplo a seguir: Primeira coluna – tempo – têm-se os dias de contagem organizados de 5 em 5 dias. Segunda coluna – tem-se a frequência de ocorrência observada. Lista de verificação Fonte: Livro-texto Tempo (dias) F 10 a 15 II 15 a 20 IIII 20 a 25 IIIIIIIIIIII 25 a 30 IIIIIIIIIII 30 a 35 IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 35 a 40 IIIIIIIIIIIIII 40 a 45 IIIIIII 45 a 50 IIII É um gráfico de barras que mostra a evolução de um cenário de um processo de produção em um intervalo de tempo. Usa a estatística para definir o intervalo das faixas – frequência adequada. Consiste na classificação dos dados em classes e na contagem da quantidade (frequência) em cada uma das classes. Exemplo de desvios em peças fabricadas em uma fábrica – vertical: frequência em minutos intervalados x medida das peças produzidas. Histograma Fonte: Autoria própria 60 50 40 30 20 10 0 73.96 73.97 73.98 73.99 74 74.01 74.02 74.03 74.04 Classes O diagrama de causa e efeito também é conhecido como: a) Diagrama de frequência. b) Histograma, em homenagem a Taylor. c) Diagrama de verificação. d) Diagrama PDCA. e) Diagrama Ishikawa. Interatividade O diagrama de causa e efeito também é conhecido como: a) Diagrama de frequência. b) Histograma, em homenagem a Taylor. c) Diagrama de verificação. d) Diagrama PDCA. e) Diagrama Ishikawa. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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