Prévia do material em texto
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade NBR 16001 2012 Segunda Edicao Responsabilidade social — Sistema de gestão Desenho Técnico II (Instituto Federal de Pernambuco) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade NBR 16001 2012 Segunda Edicao Responsabilidade social — Sistema de gestão Desenho Técnico II (Instituto Federal de Pernambuco) Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao https://www.studocu.com/pt-br/document/instituto-federal-de-pernambuco/desenho-tecnico-ii/nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao/39257944?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao https://www.studocu.com/pt-br/course/instituto-federal-de-pernambuco/desenho-tecnico-ii/4627596?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao https://www.studocu.com/pt-br/document/instituto-federal-de-pernambuco/desenho-tecnico-ii/nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao/39257944?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao https://www.studocu.com/pt-br/course/instituto-federal-de-pernambuco/desenho-tecnico-ii/4627596?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao Válida a partir de edição ABNT NBRNORMA BRASILEIRA © ABNT 2012 ICS ISBN 978-85-07- Número de referência 48 páginas 16001 Segunda 03.07.2012 03.08.2012 Responsabilidade social — Sistema de gestão — Requisitos Socia l responsibility — Management system — Requirements 03.100.01 03523-7 ABNT NBR 16001:2012 Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservadosii ABNT NBR 16001:2012 © ABNT 2012 Todos os direitos reservados. A menos que especifi cado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfi lme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados iii ABNT NBR 16001:2012 Sumário Página Prefácio ...............................................................................................................................................iv Introdução ............................................................................................................................................v 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Termos e defi nições ...........................................................................................................2 3 Requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social ......................................6 3.1 Requisitos gerais ...............................................................................................................6 3.2 Política da responsabilidade social ..................................................................................7 3.3 Planejamento ......................................................................................................................7 3.3.1 Identifi cação das partes interessadas .............................................................................7 3.3.2 Temas centrais da responsabilidade social e suas questões .......................................8 3.3.3 Due diligence ......................................................................................................................8 3.3.4 Identifi cação de oportunidades de melhoria e inovação................................................9 3.3.5 Requisitos legais e outros .................................................................................................9 3.3.6 Objetivos, metas e programas ..........................................................................................9 3.3.7 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades ..................................................10 3.4 Implementação e operação .............................................................................................10 3.4.1 Competência, treinamento e conscientização ...............................................................10 3.4.2 Engajamento das partes interessadas ...........................................................................11 3.4.3 Comunicação ....................................................................................................................11 3.4.4 Tratamento de confl itos ou desavenças ........................................................................11 3.4.5 Controle operacional .......................................................................................................12 3.5 Requisitos de documentação .........................................................................................12 3.5.1 Generalidades ...................................................................................................................12 3.5.2 Manual do sistema de gestão da responsabilidade social ..........................................13 3.5.3 Controle de documentos .................................................................................................13 3.5.4 Controle de registros .......................................................................................................13 3.6 Medição, análise e melhoria ............................................................................................13 3.6.1 Monitoramento e medição ...............................................................................................13 3.6.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros................................................14 3.6.3 Não conformidade e ações corretiva e preventiva ........................................................14 3.6.4 Auditoria interna ...............................................................................................................14 3.6.5 Análise pela Alta Direção ................................................................................................15 Bibliografi a .........................................................................................................................................48 Anexos Anexo A (informativo) Identifi cação das partes interessadas ........................................................16 Anexo B (informativo) Engajamento das partes interessadas .......................................................18 Anexo C (informativo) Comunicação sobre responsabilidade social ............................................20 C.1 O papel da comunicação na responsabilidade social ..................................................20C.2 Características das informações relacionadas à responsabilidade social ................20 Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservadosiv ABNT NBR 16001:2012 C.3 Tipos de comunicação sobre responsabilidade social ................................................21 C.4 Diálogo com partes interessadas na comunicação sobre responsabilidade social ...22 Anexo D (informativo) Questões da responsabilidade social .........................................................23 D.1 Geral ..................................................................................................................................23 D.2 Governança organizacional.............................................................................................23 D.3 Direitos humanos .............................................................................................................24 D.3.1 Situações de risco para os direitos humanos ...............................................................24 D.3.2 Evitar cumplicidade .........................................................................................................24 D.3.3 Discriminação e grupos vulneráveis ..............................................................................25 D.3.4 Direitos civis e políticos ..................................................................................................25 D.3.5 Direitos econômicos, sociais e culturais .......................................................................26 D.3.6 Princípios e direitos fundamentais no trabalho ............................................................26 D.4 Práticas de trabalho .........................................................................................................26 D.4.1 Emprego e relações de trabalho .....................................................................................26 D.4.2 Condições de trabalho e proteção social ......................................................................27 D.4.3 Diálogo social ...................................................................................................................27 D.4.4 Segurança e saúde no trabalho ......................................................................................27 D.4.5 Desenvolvimento humano e treinamento no local de trabalho ...................................27 D.5 Meio ambiente ..................................................................................................................28 D.5.1 Prevenção da poluição ....................................................................................................28 D.5.2 Uso sustentável de recursos...........................................................................................29 D.5.3 Mitigação e adaptação às mudanças climáticas ...........................................................29 D.5.4 Proteção do meio ambiente e da biodiversidade e restauração de habitats naturais ..30 D.5.5 Práticas leais de operação ..............................................................................................30 D.5.6 Envolvimento político responsável ................................................................................30 D.5.7 Concorrência leal .............................................................................................................31 D.5.8 Promoção da responsabilidade social na cadeia de valor ...........................................31 D.5.9 Respeito ao direito de propriedade ................................................................................31 D.6 Questões relativas ao consumidor .................................................................................31 D.6.1 Marketing leal, informações factuais e não tendenciosas e práticas contratuais justas .............................................................................................................31 D.6.2 Proteção à segurança e saúde do consumidor .............................................................32 D.6.3 Consumo sustentável ......................................................................................................32 D.6.4 Atendimento e suporte ao consumidor e solução de reclamações e controvérsias ...32 D.6.5 Proteção e privacidade dos dados do consumidor ......................................................33 D.6.6 Acesso a serviços essenciais .........................................................................................33 D.6.7 Educação e conscientização ...........................................................................................33 D.7 Envolvimento e desenvolvimento da comunidade ........................................................34 D.7.1 Envolvimento da comunidade .........................................................................................34 D.7.2 Educação e cultura ..........................................................................................................34 D.7.3 Geração de emprego e capacitação ...............................................................................34 D.7.4 Desenvolvimento tecnológico e acesso às tecnologias ..............................................34 D.7.5 Geração de riqueza e renda ............................................................................................35 Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados v ABNT NBR 16001:2012 D.7.6 Saúde .................................................................................................................................35 D.7.7 Investimento social ..........................................................................................................35 Anexo E (informativo) Oportunidades de melhoria e inovação ......................................................37 E.1 Educação, treinamento e capacitação ...........................................................................37 E.2 Saúde .................................................................................................................................38 E.3 Emprego e renda ..............................................................................................................38 E.4 Negócios inclusivos .........................................................................................................39 E.5 Social .................................................................................................................................39 E.6 Tecnologia .........................................................................................................................41 E.7 Aquisição e entrega de produtos ...................................................................................41 E.8 Meio ambiente ..................................................................................................................42 Anexo F (informativo) Monitoramento e medição ............................................................................44 Anexo G (informativo) Correspondência entre a ABNT NBR 16001:2012 e a ABNT NBR ISO 26000:2010 ....................................................................45 Tabela Tabela G.1 – Correspondência entre a ABNT NBR 16001:2012 e a ABNT NBR ISO 26000:2010 ..45 Figura Figura 1 – Modelo do sistema de gestão da responsabilidade social .........................................vii Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao© ABNT 2012 - Todos os direitos reservadosvi ABNT NBR 16001:2012 Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identifi cação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 16001 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Responsabilidade Social (ABNT/CEE-111). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 17.02.2012 a 16.04.2012, com o número de Projeto ABNT NBR 16001. Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 16001:2004), a qual foi tecni- camente revisada. O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This Standard establishes the minimum requirements for a management system of social responsibility, allowing the organization to formulate and implement a policy and objectives which take into account its commitments to: a) accountability; b) transparency; c) ethical behavior; d) respect for the interests of stakeholders; e) compliance with legal and other requirements which the organization subscribes; f) respect for international norms of behavior; g) respect for human rights; h) the promotion of sustainable development. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados vii ABNT NBR 16001:2012 Introdução Nas últimas décadas têm crescido a mobilização e a preocupação da sociedade com temas associa- dos à ética, cidadania, direitos humanos, desenvolvimento econômico, desenvolvimento sustentável e inclusão social. Neste sentido, organizações de todos os tipos estão cada vez mais conscientes do seu papel na socie- dade e preocupadas em atingir e demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais adequa- dos, controlando os impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, de forma consistente com sua política e com seus objetivos da responsabilidade social. Esse comportamento se insere no contexto de legislações cada vez mais exigentes, de práticas de con- sumo e de investimentos cada vez mais conscientes, do desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas destinadas a estimular o desenvolvimento sustentável e de uma crescente preocupação manifestada pelas partes interessadas em relação às questões ambientais, econômicas e sociais. Muitas organizações têm conduzido programas de responsabilidade social e avaliações do seu desem- penho ambiental, econômico e social. No entanto, por si só, tais avaliações podem não ser sufi cientes para proporcionar a uma organização a garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas continuará a atender, aos requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam efi cazes, é necessário que esses procedimentos sejam conduzidos dentro de um sistema de gestão estruturado que esteja integrado na organização. Esta Norma foi redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de organizações e para ade- quar-se a diferentes condições geográfi cas, culturais e sociais brasileiras. O fundamento da aborda- gem é mostrado na Figura 1. O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções, especialmente da Alta Direção. Melhoria contínua Política da responsabilidade social Implementação e operação Requisitos de documentação Mediação, análise e melhoria Planejamento Figura 1 – Modelo do sistema de gestão da responsabilidade social Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservadosviii ABNT NBR 16001:2012 A adoção e a implementação, de forma sistemática, de um conjunto de técnicas de gestão da respon- sabilidade social podem contribuir para a obtenção de resultados ótimos para todas as partes interes- sadas. Contudo, a adoção desta Norma não garantirá, por si só, resultados ótimos. Para atingir os obje- tivos da responsabilidade social, convém que o sistema de gestão da responsabilidade social estimule as organizações a considerarem a implementação da melhor prática 1 disponível, quando apropriado e economicamente exequível. A adoção desta Norma não elimina, engloba ou substitui o uso das normas da série ABNT NBR ISO 9000 ou ABNT NBR ISO 14000, cabendo às organizações a decisão de aplicá-la em conjunto ou separada- mente, dependendo das suas necessidades estratégicas. O atendimento aos requisitos da Norma não signifi ca que a organização seja socialmente responsável, mas sim que possui um sistema de gestão da responsabilidade social. As comunicações da organização, tanto internas quanto externas, devem respeitar este preceito. Convém ressaltar que duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis diferentes de desempenho de responsabilidade social, conforme estabelecido em sua política de responsabilidade social, objetivos e metas, podem, ambas, atender aos seus requisitos. Esta Norma pretende auxiliar as organizações a contribuírem para o desenvolvimento sustentável e visa estimulá-las a irem além da conformidade legal, posto que esta é uma obrigação fundamental de qualquer organização e parte essencial de sua responsabilidade social. Apesar de muitas pessoas usarem os termos responsabilidade social e desenvolvimento sustentável de forma intercambiável e de haver uma relação entre esses termos, eles são conceitos diferentes. O desenvolvimento sustentável é um conceito e um objetivo norteador amplamente aceito, reconhe- cido internacionalmente após a publicação, em 1987, do relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. O desenvolvimento sustentável refere-se a satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de suprir suas próprias necessidades. O desenvolvimento sustentável tem três dimensões – econômica, social e ambiental – as quais são interdependentes; por exemplo, a eliminação da pobreza requer a promoção da justiça social, do desenvolvimento econômico e da proteção ao meio ambiente. A responsabilidade social tem como foco a organização e refere-se às responsabilidades da orga- nização com a sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade social está intimamente ligada ao desenvolvimento sustentável. Pelo fato de o desenvolvimento sustentável tratar de objetivos econô- micos, sociais e ambientais comuns a todas as pessoas, ele pode ser usado como forma de abarcar as expectativas mais amplas da sociedade a serem levadas em conta por organizações que buscam agir responsavelmente. Portanto, convém que um objetivo amplo de responsabilidade social da orga- nização seja contribuir para o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, a noção de que a respon- sabilidade social é centrada em atividades fi lantrópicas, como doações a instituições benefi centes, não é correta, apesar de serem importantes em determinados contextos. O objetivo do desenvolvimento sustentável é atingir um estado de sustentabilidade para a sociedade como um todo e para o planeta. Não diz respeito à sustentabilidade ou viabilidade permanente de uma organização específi ca . A sustentabilidadede uma determinada organização pode ou não ser com- patível com a sustentabilidade da sociedade como um todo, a qual é obtida ao lidar-se com aspectos sociais, econômicos e ambientais de uma maneira integrada. Consumo sustentável, uso sustentável de recursos e meios de vida sustentáveis são relevantes a todas as organizações e têm a ver com a sustentabilidade da sociedade como um todo. 1 Existem instituições de renome que propõem conceitos, práticas e indicadores que podem contribuir para o planejamento do sistema de gestão da responsabilidade social. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados ix ABNT NBR 16001:2012 Esta Norma está fundamentada na metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act ou planejar, fazer, verifi car e agir), que pode ser brevemente descrita como: — Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para se produzirem resultados em conformidade com a política da responsabilidade social da organização; — Fazer (Do): implementar os processos; — Verifi car (Check): monitorar e medir os processos em relação à política de responsabilidade social e aos objetivos, metas, requisitos legais e outros, e reportar os resultados; — Agir (Act): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho ambiental, econômico e social do sistema de gestão. Muitas organizações gerenciam suas operações pela aplicação de um sistema de processos e suas interações, que pode ser denominada de “abordagem de processos”. Como o PDCA pode ser aplicado a todos os processos, as duas metodologias são consideradas compatíveis. Embora o sistema de gestão proposto nesta Norma inclua parte de um sistema para tomada de deci- sões e implementação de ações da organização na busca dos seus objetivos, a governança organi- zacional foi incluída como um dos temas centrais da responsabilidade social, devido à sua relevância para a efetividade da integração da responsabilidade social. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16001:2012 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 1 Responsabilidade social — Sistema de gestão — Requisitos 1 Escopo 1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da responsabi- lidade social, permitindo que a organização formule e implemente uma política e objetivos que levem em conta seus compromissos com: a) a responsabilização; b) a transparência; c) o comportamento ético; d) o respeito pelos interesses das partes interessadas; e) o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização; f) o respeito às normas internacionais de comportamento; g) o respeito aos direitos humanos; e h) a promoção do desenvolvimento sustentável. 1.2 Esta Norma tem por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema de gestão da responsabilidade social efi caz, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a au- xiliá-las a alcançar seus objetivos relacionados com a responsabilidade social. Não se pretende criar barreiras comerciais não tarifárias, nem ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização. Esta Norma não prescreve critérios específi cos de desempenho da responsabilidade social e se aplica a qualquer organização que deseje: a) implantar, manter e aprimorar um sistema de gestão da responsabilidade social; b) assegurar-se de sua conformidade com a legislação aplicável e com a sua política da responsa- bilidade social; c) apoiar o engajamento efetivo das partes interessadas; d) demonstrar conformidade com esta Norma ao: — realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração da conformidade com esta Norma; — buscar confi rmação de sua conformidade por partes que possuam interesse na organização; — buscar confi rmação da sua autodeclaração por uma parte externa à organização; ou — buscar certifi cação do seu sistema de gestão da responsabilidade social por uma organiza- ção externa. Os requisitos desta Norma são genéricos, para que possam ser aplicados a todas as organizações. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados2 ABNT NBR 16001:2012 1.3 A conformidade com esta Norma não implica, por si só, a conformidade com as diretrizes da ABNT NBR ISO 26000. Quaisquer declarações de que um certifi cado de conformidade com esta Norma seria uma evidência do atendimento às diretrizes da ABNT NBR ISO 26000 são incompatíveis com os objetivos desta Norma. No entanto, a adoção desta Norma pode auxiliar a organização em seu processo de implementação de algumas das diretrizes da ABNT NBR ISO 26000. 2 Termos e defi nições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e defi nições. 2.1 cadeia de valor sequência completa de atividades ou partes que fornecem ou recebem valor na forma de produtos (2.21) ou serviços (2.25) NOTA 1 Partes que fornecem valor incluem fornecedores, trabalhadores terceirizados (2.27), empresas contratadas e outros. NOTA 2 Partes que recebem valor incluem clientes, consumidores, conselheiros e outros usuários. [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.2 comportamento ético comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específi ca e que seja consistente com as normas internacionais de comportamento (2.14) [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.3 desempenho da responsabilidade social resultados mensuráveis da gestão de uma organização (2.16) sobre seus impactos (2.11) NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 14001:2004. 2.4 desenvolvimento sustentável desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futu- ras gerações de suprir suas próprias necessidades NOTA Desenvolvimento sustentável refere-se à integração de objetivos de alta qualidade de vida, saúde e prosperidade com justiça social e manutenção da capacidade da Terra de suportar a vida em toda a sua diversidade. Esses objetivos sociais, econômicos e ambientais são interdependentes e reforçam-se mutuamente. Desenvolvimento sustentável pode ser tratado como uma forma de expressar as expectativas mais amplas da sociedade como um todo. [ABNT NBR ISO 26000:2010] Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 3 ABNT NBR 16001:2012 2.5 documento informação e o meio no qual ela está contida NOTA 1 O meio físico pode ser papel, magnético, disco de computador de leitura ótica ou eletrônica, foto- grafi a ou amostra-padrão, ou uma combinação destes. NOTA 2 Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.7.2. [ABNT NBR ISO 14001:2004] 2.6 due diligence processo abrangente e pró-ativo para identifi car os impactos sociais, ambientais e econômicos negati- vos reais e potenciais das decisões e atividades de uma organização ao longo de todo o ciclo de vida de um projeto ou atividade organizacional, visando evitar ou mitigar esses impactos [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.7 empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário 2.8 engajamento de partes interessadas atividade realizada para criar oportunidades de diálogo entre uma organização (2.16) e uma ou mais de suas partes interessadas (2.17), visando fornecer uma base sólida e concreta para as decisões da organização NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO26000:2010. 2.9 força de trabalho conjunto de trabalhadores de uma organização 2.10 governança organizacional sistema pelo qual uma organização (2.16) toma decisões e as implementa na busca de seus objetivos [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.11 impacto da organização impacto mudança positiva ou negativa na sociedade, economia ou no meio ambiente (2.12), total ou parcial- mente resultante das decisões e atividades passadas e presentes da organização [ABNT NBR ISO 26000:2010] Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados4 ABNT NBR 16001:2012 2.12 meio ambiente arredores naturais em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, fl ora, fauna, pessoas, espaço sideral e suas inter-relações NOTA Neste contexto, arredores naturais estende-se do interior da organização até o sistema global. [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.13 metas da responsabilidade social requisito de desempenho detalhado, sendo quantifi cado sempre que exequível, aplicável à organiza- ção ou à parte dela, resultante dos objetivos da responsabilidade social, que necessita ser estabele- cido e atendido para que tais objetivos sejam atingidos 2.14 normas internacionais de comportamento expectativas de comportamento organizacional socialmente responsável, oriundas do direito interna- cional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais ou de acordos intergo- vernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos NOTA 1 Acordos intergovernamentais incluem tratados e convenções. NOTA 2 Apesar do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis inter- nacionais e de acordos intergovernamentais serem originalmente direcionados a governos, eles expressam objetivos e princípios aos quais todas as organizações podem aspirar. NOTA 3 As normas internacionais de comportamento evoluem com o tempo. [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.15 objetivos da responsabilidade social propósitos da responsabilidade social, decorrente da política da responsabilidade social, que uma organização se propõe a atingir, sendo quantifi cados sempre que exequível 2.16 organização entidade ou grupo de pessoas e instalações com um conjunto de responsabilidades, autoridades e relações, com objetivos identifi cáveis NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 2.17 parte interessada indivíduo ou grupo que tem um interesse em quaisquer decisões ou atividades de uma organização (2.16) [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.18 política da responsabilidade social intenções e diretrizes globais de uma organização, relativos à responsabilidade social, formalmente expressas pela Alta Direção NOTA A política da responsabilidade social fornece uma estrutura para a defi nição dos objetivos e metas da responsabilidade social. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 16001:2012 2.19 procedimento forma especifi cada de executar uma atividade ou um processo NOTA 1 Os procedimentos podem ser documentados ou não. NOTA 2 Adaptado da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.4.5. [ABNT NBR ISO 14001:2004] 2.20 processo conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma entradas (insumos) em saídas (produtos) NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2005. 2.21 produto artigo ou substância oferecida para venda ou que seja parte de um serviço prestado por uma organização (2.16) [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.22 registro documento (2.6) que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de atividades realizadas NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.7.6. [ABNT NBR ISO 14001:2004] 2.23 responsabilidade social responsabilidade de uma organização (2.16) pelos impactos (2.11) de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente (2.12), por meio de um comportamento ético (2.3) e transparente que — contribua para o desenvolvimento sustentável (2.5), inclusive a saúde e o bem-estar da sociedade; — leve em consideração as expectativas das partes interessadas (2.17); — esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com o as normas interna- cionais de comportamento (2.14); e — esteja integrada em toda a organização (2.16) e seja praticada em suas relações. NOTA 1 Atividades incluem produtos, serviços e processos. NOTA 2 Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo do sistema de gestão da responsabilidade social (2.26) e da cadeia de valor (2.2). NOTA 3 Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados6 ABNT NBR 16001:2012 2.24 responsabilização condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e de prestar contas destas decisões e ativi- dades aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, de modo mais amplo, às partes interessadas da organização NOTA 1 Responsabilização inclui a prestação de contas e corresponde ao termo accountability em inglês. NOTA 2 Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 2.25 serviço ação de uma organização (2.16) para atender a uma demanda ou necessidade [ABNT NBR ISO 26000:2010] 2.26 sistema de gestão da responsabilidade social conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos da responsabilidade social, bem como para atingi-los 2.27 trabalhador toda pessoa física que realiza trabalho na condição de empregado ou em outra condição NOTA Além de empregado há outras modalidades de trabalhador, como por exemplo: trabalhador avulso, trabalhador temporário, menor aprendiz, estagiário, trabalhador autônomo, trabalhador eventual, trabalhador voluntário, trabalhador terceirizado, servidor publico e agente público. 2.28 transparência franqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e o meio ambiente (2.12), e a disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa [ABNT NBR ISO 26000:2010] 3 Requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social 3.1 Requisitos gerais A organização deve estabelecer, implementar, manter e continuamente aprimorar um sistema de ges- tão da responsabilidade social, de acordo com os requisitos desta Norma. Quando forem efetuadas exclusões de requisitos desta Norma, não poderá ser aceita reivindicação ou realizada declaração de conformidade com esta. A organização deve defi nir o escopo de seu sistema de gestão da responsabilidade social. Convém que o escopo do sistema de gestão da responsabilidade social inclua a organização como um todo, defi nindo-se claramente: — os locais físicos envolvidos; — as unidades organizacionais envolvidas; e — as atividades e os processos envolvidos. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 16001:2012 Nos casos em que não for possível ao escopo do sistema de gestão da responsabilidade abranger toda a organização, esta deve justifi car a razão da limitação. NOTA Pretende-se com a defi nição do escopo esclarecer os limites da organização onde será aplicado o sistema de gestão da responsabilidade social, especialmente se a organização fi zer parte de uma orga- nização maior. A credibilidade do sistema de gestão da responsabilidade social irá depender da escolha dos limites organizacionais que irão fazer parte de seu escopo. 3.2 Política da responsabilidade social A Alta Direção deve defi nir a políticada responsabilidade social da organização, assegurando que esta: a) seja apropriada aos objetivos estratégicos da organização; b) seja apropriada à natureza, escala e impactos da organização; c) inclua o comprometimento com a promoção do desenvolvimento sustentável; d) inclua o comprometimento com os seguintes princípios da responsabilidade social: — responsabilização; — transparência; — comportamento ético; — respeito pelos interesses das partes interessadas; — atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização; — respeito às normas internacionais de comportamento; e — respeito aos direitos humanos; e) inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos; f) forneça a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e metas da responsabili- dade social; g) seja documentada, implementada e mantida; h) seja comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e i) esteja acessível às partes interessadas. 3.3 Planejamento 3.3.1 Identifi cação das partes interessadas A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para identifi car e priorizar as partes interessadas, bem como as suas expectativas e interesses. A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo A para desenvolver seu procedimento de identifi - cação das partes interessadas. A organização deve manter essas informações documentadas e atualizadas. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados8 ABNT NBR 16001:2012 3.3.2 Temas centrais da responsabilidade social e suas questões A organização deve identifi car as questões pertinentes a sua responsabilidade social, considerando os seguintes temas centrais: a) governança organizacional; b) direitos humanos; c) práticas de trabalho; d) meio ambiente; e) práticas leais de operação; f) questões relativas ao consumidor; g) envolvimento e desenvolvimento da comunidade. A organização deve periodicamente avaliar e documentar a pertinência e a signifi cância das questões relacionadas a cada um dos temas centrais da responsabilidade social. O Anexo D descreve as principais questões relacionadas a cada tema da responsabilidade social e pode contribuir para a avaliação da pertinência e signifi cância das questões relacionadas aos temas centrais da responsabilidade social. Ao avaliar a pertinência e a signifi cância de cada questão, a organização deve considerar os requisitos estabelecidos em 3.3.3. 3.3.3 Due diligence Com o propósito de prevenir a ocorrência, evitar a sua repetição e mitigar os impactos negativos sig- nifi cativos, reais e potenciais, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para: a) identifi car os impactos negativos, reais e potenciais, das suas decisões e atividades ao meio ambiente, economia, sociedade e partes interessadas; b) avaliar a signifi cância desses impactos. Ao identifi car estes impactos, a organização deve levar em conta seus contextos interno e externo, bem como: — as características das atividades (processos, produtos e serviços); — as características da força de trabalho da organização; — o potencial para violações de direitos humanos; — as características sociais, ambientais e econômicas das áreas de operação; — o histórico de desempenho em responsabilidade social; — as preocupações relevantes das partes interessadas priorizadas; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 9 ABNT NBR 16001:2012 — a cadeia de valor; e — os temas centrais da responsabilidade social (ver 3.3.2). Ao avaliar a signifi cância dos impactos negativos, a organização pode considerar critérios, como: — escala e abrangência do impacto; — probabilidade de ocorrência; — gravidade do impacto; — capacidade de detecção; — duração do impacto; — existência de requisito legal; — difi culdade e custo da mudança causada pelo impacto; — preocupações das partes interessadas; — implicações sobre a imagem e reputação; — outros. A organização deve manter essas informações documentadas e atualizadas. 3.3.4 Identifi cação de oportunidades de melhoria e inovação Ao avaliar a pertinência e a signifi cância das questões da responsabilidade social (ver 3.3.2), a organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso relativas às questões da responsabilidade social e identifi car outras oportunidades de melhoria. O Anexo E apresenta ações e expectativas que podem ser oportunidades de melhoria e inovações que gerem impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. 3.3.5 Requisitos legais e outros A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identifi car e ter acesso à legislação aplicável e outros requisitos por ela subscritos. 3.3.6 Objetivos, metas e programas A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas documentados da respon- sabilidade social, em funções e níveis relevantes dentro da organização. Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a organização deve considerar: a) os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis; b) suas opções tecnológicas; c) seus requisitos fi nanceiros, operacionais e comerciais; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados10 ABNT NBR 16001:2012 d) os meios sociais e culturais em que a organização está inserida; e e) a visão das partes interessadas sobre as suas decisões e atividades e os impactos decorrentes. Os objetivos e metas da responsabilidade social devem ser compatíveis com a política da responsabi- lidade social, com os demais objetivos e metas da organização e com os resultados da due diligence. A organização deve estabelecer, implementar, manter e documentar programas para atingir seus ob- jetivos e metas da responsabilidade social, bem como para tratar os resultados da due diligence. Esses programas devem incluir: a) a atribuição de responsabilidades às funções e níveis relevantes da organização para que os obje- tivos e metas sejam atingidos; e b) os meios e prazos nos quais estes devem ser atingidos. 3.3.7 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades A Alta Direção deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para estabelecer, implemen- tar, manter e melhorar o sistema de gestão da responsabilidade social. Os recursos abrangem recur- sos humanos, qualifi cações específi cas, tecnologia, recursos de infraestrutura e recursos fi nanceiros. As funções, responsabilidades e autoridades devem ser defi nidas, documentadas e comunicadas, a fi m de facilitar uma gestão efi caz da responsabilidade social. A Alta Direção da organização deve nomear representante(s) específi co(s) que, independentemente de outras atribuições, deve(m) ter funções, responsabilidades e autoridade defi nidas para: a) assegurar que os requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social sejam estabelecidos, implementados e mantidos de acordo com esta Norma; e b) relatar à Alta Direção o desempenho do sistema de gestão da responsabilidade social, para aná- lise, como base para o aprimoramento do sistema de gestão da responsabilidade social. 3.4 Implementação e operação 3.4.1 Competência, treinamento e conscientização A organização deve assegurar que qualquer pessoa que, para ela ou em seu nome, realize tarefas que tenham o potencial de causar impactos identificados pela organização seja competente com base em formação apropriada, treinamento ou experiência, devendo reter os registros associados. A organização deve identifi car as necessidades de treinamento associadas com seus impactos, temas e questões da responsabilidade social e com o seu sistema de gestão da responsabilidade social. Ela deve prover treinamento ou tomar alguma ação para atender a essas necessidades, devendo manter os registros associados (ver 3.5.4). A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para fazer com que as pes- soas que trabalham para ela ou em seu nome estejam conscientes: a) da importância de estar em conformidade com a política da responsabilidade social, procedimen- tos e requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social; b) dos impactos reais ou potenciais associados com seu trabalho e dos benefícios sociais, ambien- tais e econômicos resultantes da melhoria do desempenho pessoal; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 11 ABNT NBR 16001:2012 c) de suas funções e responsabilidades para atingir a conformidade com os requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social; e d) das potenciais consequências da inobservância de procedimento(s) especifi cado(s). 3.4.2 Engajamento das partes interessadas A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento para engajamento das partes interessadas. A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo B para desenvolver seu procedimento de engaja- mento das partes interessadas. 3.4.3 Comunicação A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para: a) comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização; b) recebimento, documentação e resposta às comunicações pertinentes das partes interessadas externas; e c) elaboração e divulgação periódica de documento, considerando o ponto de vista das partes inte- ressadas, contendo no mínimo as informações relevantes sobre: — o perfi l da empresa (por exemplo, constituição jurídica, setor de atividades, produtos, países de atuação, porte etc.); — as políticas, princípios e compromissos; — o desempenho da responsabilidade social, incluindo objetivos, metas, indicadores e prin- cipais impactos positivos e negativos econômicos, sociais e ambientais, incluindo multas, sanções e penalidades; — o processo de identifi cação, priorização e engajamento das partes interessadas, bem como a lista das categorias de partes interessadas; — as informações relevantes sobre a estrutura e o funcionamento do sistema de gestão da res- ponsabilidade social; — as informações sobre a abordagem dos temas centrais da responsabilidade social, incluindo dilemas e difi culdades enfrentados e soluções encontradas; — o(s) mecanismo(s) de retroalimentação pelas partes interessadas em relação ao relatório. A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo C para desenvolver seu procedimento para comunicação. 3.4.4 Tratamento de confl itos ou desavenças A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para trata- mento de confl itos ou desavenças com as partes interessadas. Esse(s) procedimento(s) deve(m) ser adequado(s) ao tipo de confl ito ou desavença e ser útil(eis) para as partes interessadas afetadas. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados12 ABNT NBR 16001:2012 Esses procedimentos podem incluir: — diálogos diretos e abertos com as partes interessadas afetadas; — fornecimento de informações por escrito para tratar os mal entendidos; — fóruns onde as partes interessadas e a organização possam apresentar seus pontos de vista e buscar soluções; — instruções para lidar com queixas formais; — mecanismos de mediação e/ou arbitragem; e — sistemas que permitam denúncia sem medo de represálias. A organização deve tornar acessível às suas partes interessadas informações sobre os procedimen- tos disponíveis para a solução de confl itos e desavenças. Quando pertinente, a organização deve tomar as ações corretivas conforme 3.6.3. A organização deve manter registros dos processos de solução de confl itos e desavenças (ver 3.5.4). 3.4.5 Controle operacional A organização deve identifi car e planejar aquelas operações e atividades que estão associadas aos impactos signifi cativos das questões da responsabilidade social aplicáveis, de forma a assegurar que sejam executadas sob condições especifi cadas, por intermédio de: a) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos documentados, quando a ausên- cia destes puder levar a desvios em relação à política, objetivos e metas da responsabilidade social; b) defi nição de critérios operacionais no(s) procedimento(s); e c) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos para responder às situações de crise ou quaisquer situações especiais, bem como a análise periódica, e, quando necessário, a revisão destes procedimentos, em particular após a ocorrência destas. 3.5 Requisitos de documentação 3.5.1 Generalidades A documentação do sistema de gestão da responsabilidade social deve incluir: a) declaração documentada da política da responsabilidade social e dos objetivos e metas da res- ponsabilidade social; b) manual do sistema de gestão da responsabilidade social; c) procedimentos documentados, documentos e registros (ver 3.5.4) requeridos por esta Norma; d) procedimentos documentados, documentos e registros (ver 3.5.4), defi nidos pela organização como necessários para assegurar o planejamento, a operação e o controle efi cazes de seus pro- cessos relacionados com a responsabilidade social. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 13 ABNT NBR 16001:2012 3.5.2 Manual do sistema de gestão da responsabilidade social A organização deve estabelecer e manter um manual da responsabilidade social que inclua: a) política da responsabilidade social, ou referência a esta; b) objetivos e metas da responsabilidade social, ou referência a estes; c) escopo do sistema de gestão da responsabilidade social; d) procedimentos documentados requeridos por esta Norma, ou referência a estes; e e) descrição e interação dos elementos principais do sistema de gestão da responsabilidade social. NOTA Para elaboração de um manual de gestão da responsabilidade social pode-se utilizar como refe- rência a ABNT ISO/TR 10013. 3.5.3 Controle de documentos Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da responsabilidade social e por esta Norma devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem ser controlados de acordo com os requisitos apresentados em 3.5.4. A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para: a) aprovar documentos quanto à sua adequação, antes de sua emissão; b) analisar, atualizar, se necessário, e reaprovar documentos; c) assegurar que as alterações e a situação da revisão atual dos documentos sejam identifi cadas; d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis nos locais de uso; e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identifi cáveis; f) assegurar que os documentos de origem externa sejam identifi cados e que sua distribuição seja controlada; e g) evitar o uso não intencional de documentos obsoletos e aplicar identifi cação adequada nos casos em que forem retidos por qualquer propósito. 3.5.4 Controle de registros A organização deve estabelecer e manter registros para prover evidências da conformidade com os requisitos de seu sistema de gestão da responsabilidade sociale com esta Norma. A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para identifi - cação, armazenamento, proteção, recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros. 3.6 Medição, análise e melhoria 3.6.1 Monitoramento e medição A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para monitorar e medir, em base regular, as características principais de suas relações, processos, produtos e serviços que possam ter um impacto signifi cativo. Tais procedimentos devem incluir o registro de Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados14 ABNT NBR 16001:2012 informações para acompanhar o desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas da responsabilidade social da organização (ver 3.5.4). A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo F para desenvolver o seu sistema de monitoramento e medição relativo à responsabilidade social. 3.6.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para avaliação periódica do atendimento à legislação e demais requisitos por esta subscritos. Ações corretivas e preventivas devem ser tomadas conforme 3.6.3, se apropriado. A organização deve manter registros (ver 3.5.4) destas avaliações. 3.6.3 Não conformidade e ações corretiva e preventiva A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para tratar não conformidades, reais e potenciais, e implementar ações corretivas e preventivas. Os procedimentos devem incluir: a) identifi cação e correção das não conformidades e adoção de ações para mitigar impactos; b) investigação das não conformidades, determinando suas causas e adotando ações para evitar a sua repetição; c) avaliação da necessidade de ações para prevenção das não conformidades e implementação das ações apropriadas para evitar a ocorrência destas; d) registro dos resultados das ações corretivas e preventivas adotadas; e e) avaliação crítica da efi cácia das ações corretivas e preventivas adotadas. As ações adotadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e proporcionais ao impacto verifi cado. A organização deve assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do sis- tema de gestão. 3.6.4 Auditoria interna A organização deve assegurar que as auditorias internas do sistema de gestão da responsabilidade social sejam conduzidas a intervalos planejados para: a) determinar se o sistema de gestão da responsabilidade social: — está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão da responsabilidade social, inclusive com os requisitos desta Norma; e — tem sido devidamente implementado e mantido; b) fornecer informações à Alta Direção sobre os resultados das auditorias. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 15 ABNT NBR 16001:2012 O programa de auditoria deve ser planejado, estabelecido, implementado e mantido pela organização, considerando a importância das operações envolvidas e os resultados de auditorias anteriores. Procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos, implementados e mantidos para: — defi nir as responsabilidades e requisitos para o planejamento e condução das auditorias, o relato de resultados e a manutenção de registros (ver 3.5.4); — consultar as partes interessadas priorizadas; e — determinar os critérios, escopo, frequência e métodos de auditoria. NOTA Para o estabelecimento do procedimento de auditoria interna, a organização pode utilizar a ABNT NBR 16003. A seleção dos auditores e a execução de auditorias devem assegurar a objetividade e a imparciali- dade do processo de auditoria. NOTA Para qualifi cação dos auditores internos, a organização pode utilizar a ABNT NBR 16002. 3.6.5 Análise pela Alta Direção A Alta Direção deve analisar o sistema de gestão da responsabilidade social, em intervalos planejados, para assegurar sua contínua pertinência, adequação e efi cácia. Essa análise deve incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e necessidade de mudanças no sistema de gestão da responsabilidade social, incluindo política , objetivos e metas da responsabilidade social. Os registros (ver 3.5.4) das análises pela Alta Direção devem ser mantidos. As entradas para a análise devem incluir, entre outras: a) resultados das auditorias do sistema de gestão da responsabilidade social, das avaliações sobre a conformidade legal e demais avaliações; b) comunicação com as partes interessadas, incluindo sugestões e reclamações; c) resultados dos processos de identifi cação e engajamento das partes interessadas; d) situação dos processos de tratamento de confl itos ou desavenças; e) desempenho da responsabilidade social da organização; f) extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas; g) situação das ações corretivas e preventivas; h) acompanhamento das ações oriundas de análises anteriores pela Alta Direção; e i) recomendações para melhoria. As saídas da análise pela Alta Direção devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas às neces- sidades de recursos e possíveis mudanças na política da responsabilidade social, nos objetivos e metas e em outros elementos do sistema de gestão da responsabilidade social. Estas saídas da análise devem ser consistentes com o compromisso de melhoria contínua. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados16 ABNT NBR 16001:2012 Anexo A (informativo) Identifi cação das partes interessadas Partes interessadas são organizações ou indivíduos que têm um ou mais interesses em quaisquer decisões ou atividades de uma organização. Pelo fato desses interesses poderem ser afetados por uma organização, é criada uma relação com a organização. Essa relação não precisa ser formal. A relação criada por esse interesse existe se as partes tiverem consciência dela ou não. Uma organização pode não estar sempre consciente de todas as suas partes interessadas, apesar de se recomendar que ela tente identifi cá-las. Da mesma forma, muitas partes interessadas podem não estar conscientes do potencial que uma organização tem de afetar seus interesses. Nesse contexto, o interesse refere-se à base real ou potencial de uma reivindicação, ou seja, exigir algo que é devido ou exigir respeito a um direito. Essas reivindicações não necessariamente envolvem demandas fi nanceiras ou direitos legais. Às vezes, uma reivindicação pode ser simplesmente o direito de ser ouvido. A relevância ou signifi cância de um interesse é melhor determinada por sua relação com o desenvolvimento sustentável. A compreensão de como indivíduos ou grupos são ou podem ser afetados pelas decisões e atividades de uma organização irá possibilitar a identifi cação dos interesses que estabelecem uma relação com a organização. Portanto, a determinacão pela organização dos impactos de suas decisões e ativida- des irá facilitar a identifi cação de suas partes interessadas mais importantes. As organizações podem ter muitas partes interessadas. Além disso, partes interessadas diferentes têm interesses variados e por vezes confl itantes. Por exemplo, os interesses dos residentes da comunidade poderiam incluir os impactos positivos de uma organização, como emprego, e os impactos negativos da mesma organização, como poluição. Algumas partes interessadas são parte integrante da organização. Essas incluem quaisquerconse- lheiros, empregados ou proprietários da organização. Essas partes interessadas compartilham inte- resses comuns com o propósito da organização e com o seu sucesso. Isso não signifi ca, todavia, que todos os seus interesses em relação à organização serão os mesmos. O interesse da maioria das partes interessadas pode estar relacionado à responsabilidade social da organização e geralmente é muito semelhante aos interesses da sociedade. Um exemplo é o interesse de um proprietário cujo imóvel perde valor devido a uma nova fonte de poluição. Nem todas as partes interessadas da organização pertencem a grupos organizados que têm o pro- pósito de representar seus interesses perante organizações específi cas. Muitas partes interessadas podem não estar organizadas de forma alguma e, por essa razão, podem ser negligenciadas ou ignoradas. Esse problema pode ser de especial importância no que se refere a grupos vulneráveis e gerações futuras. Grupos que defendem causas sociais ou ambientais podem ser partes interessadas de uma organiza- ção cujas decisões e atividades tenham um impacto relevante e signifi cativo em suas causas. Convém que uma organização examine se grupos que dizem falar em nome de partes interessadas específi cas ou que defendem causas específi cas são representativos e têm credibilidade. Em alguns casos, não será possível que interesses importantes sejam representados diretamente. Por exemplo, as crianças raramente possuem ou controlam grupos organizados e os animais selvagens estão impossibilitados de fazê-lo. Nesse caso, convém que uma organização dê atenção aos pontos de vista de grupos confi áveis que buscam proteger tais interesses. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 17 ABNT NBR 16001:2012 Para identifi car as partes interessadas, convém que uma organização faça as seguintes perguntas: — Com quem a organização tem obrigações legais? — Quem poderia ser positivamente ou negativamente afetado pelas atividades ou decisões da organização? — Quem provavelmente expressará preocupação com as decisões e atividades da organização? — Quem se envolveu no passado quando preocupações semelhantes precisaram ser tratadas? — Quem pode ajudar a organização a cuidar de impactos específi cos? — Quem pode afetar a capacidade da organização de arcar com suas responsabilidades? — Quem seria desfavorecido se fosse excluído do engajamento? — Quem da cadeia de valor é afetado? Como forma de facilitar a gestão, a organização pode ordenar as partes interessadas em categorias ou grupos, conforme a similaridade dos interesses, considerando que em uma determinada categoria pode haver partes com interesses distintos. Desta forma, a categoria fornecedores pode ser usada para referir-se aos fornecedores locais e regionais, de material ou de serviço etc. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados18 ABNT NBR 16001:2012 Anexo B (informativo) Engajamento das partes interessadas O engajamento das partes interessadas envolve diálogo entre a organização e uma ou mais de suas partes interessadas. Ele ajuda a organização a abordar sua responsabilidade social ao fornecer uma base sólida para suas decisões. O engajamento das partes interessadas pode assumir várias formas. Pode ser iniciado por uma orga- nização ou como uma resposta de uma organização a uma ou mais partes interessadas. Pode ocorrer em reuniões informais ou formais, e pode adotar uma grande variedade de formatos, como reuniões individuais, conferências, workshops, audiências públicas, mesas-redondas, comitês consultivos, proce- dimentos regulares e estruturados de informação e consulta, negociação coletiva e fóruns na internet. Convém que o engajamento das partes interessadas seja interativo. Ele visa dar oportunidade para que as opiniões das partes interessadas sejam ouvidas, sendo sua característica principal a comunicação de via dupla. Há várias razões para uma organização engajar suas partes interessadas. O engajamento das partes interessadas pode ser usado para: — aumentar a compreensão de uma organização sobre os prováveis efeitos de suas decisões e atividades em partes interessadas específi cas; — determinar como melhor aumentar os impactos benéfi cos das decisões e atividades da organiza- ção e como diminuir os impactos negativos; — determinar se as alegações da organização acerca de sua responsabilidade social são vistas como confi áveis; — ajudar uma organização a analisar seu desempenho para melhorá-lo; — conciliar confl itos, envolvendo seus interesses, os de suas partes interessadas e as expectativas da sociedade como um todo; — abordar a relação entre os interesses das partes interessadas e as responsabilidades da organi- zação com a sociedade como um todo; — contribuir para a aprendizagem contínua da organização; — cumprir obrigações legais (por exemplo, com os empregados); — tratar de interesses confl itantes, tanto entre a organização e a parte interessada, como entre par- tes interessadas; — proporcionar para a organização os benefícios da obtenção de diferentes perspectivas; — aumentar a transparência de suas decisões e atividades; e — formar parcerias para atingir objetivos mutuamente benéfi cos. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 19 ABNT NBR 16001:2012 Na maioria das situações, a organização já saberá, ou pode facilmente saber, quais são as expecta- tivas da sociedade sobre a forma como convém que a organização cuide de seus impactos. Nessas circunstâncias, ela não precisa depender do engajamento das partes interessadas específi cas para compreender essas expectativas, apesar do processo de engajamento das partes interessadas trazer outros benefícios. As expectativas da sociedade também são encontradas em leis e regulamentos, expectativas sociais ou culturais amplamente aceitas e em normas ou melhores práticas estabelecidas relativas a assuntos específi cos. Convém que as expectativas criadas pelo engajamento das partes interessadas venham se somar em vez de substituir as expectativas criadas sobre o comportamento da organização. Convém que seja criado um processo justo e adequado, baseado no engajamento das partes interes- sadas mais importantes. Convém que o(s) interesse(s) das organizações ou indivíduos identifi cados como partes interessadas seja(m) genuíno(s). Convém que o processo de identifi cação busque se certifi car de que elas tenham sido ou podem ser impactadas por qualquer decisão ou atividade. Quan- do for possível e prático, convém que o engajamento ocorra com as organizações mais representati- vas desse(s) interesse(s). O engajamento efi caz das partes interessadas é baseado em boa-fé e vai além das relações públicas. Ao engajar as partes interessadas, convém que uma organização não dê preferência a um grupo or- ganizado, porque é mais “amigável” ou porque apoia seus objetivos mais do que outro grupo. Convém que uma organização não negligencie o engajamento das partes interessadas meramente, porque são silenciosas. Convém que uma organização não crie ou apoie grupos específi cos para dar a impressão de que tem um parceiro de diálogo quando, na verdade, esse suposto parceiro não é independente. O verdadeiro diálogo com as partes interessadas envolve independência e a divulgação transparente de qualquer suporte fi nanceiro ou apoio similar. Convém que uma organização esteja ciente do efeito de suas decisões e atividades nos interesses e necessidades de suas partes interessadas. Convém que ela tenha a devida consideração por suas partes interessadas, assim como por suas diversascapacidades e necessidades de estabelecer con- tato e se engajar com a organização. O engajamento das partes interessadas terá mais chances de ser signifi cativo quando os seguintes elementos estiverem presentes: o motivo do engajamento for claramente compreendido; os interesses das partes interessadas tiverem sido identifi cados; a relação que esses interesses estabelecem entre a organização e a parte interessada for direta ou importante; os interesses das partes interessadas forem relevantes e signifi cativos para o desenvolvimento sustentável; e as partes interessadas tiverem as informações e o conhecimento necessários para tomar suas decisões. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados20 ABNT NBR 16001:2012 Anexo C (informativo) Comunicação sobre responsabilidade social C.1 O papel da comunicação na responsabilidade social Muitas práticas relacionadas à responsabilidade social irão envolver algumas formas de comunicação interna e externa. A comunicação é vital em várias funções da responsabilidade social, entre as quais: — conscientização sobre suas estratégias e objetivos, planos, desempenho e desafi os de responsa- bilidade social, tanto dentro como fora da organização; — demonstrar respeito pelos princípios da responsabilidade social; — ajudar a engajar e a estabelecer o diálogo com as partes interessadas; — abordar requisitos legais e outros para a divulgação de informações relacionadas à responsabili- dade social; — mostrar como a organização está cumprindo seus compromissos de responsabilidade social e respondendo aos interesses das partes interessadas e às expectativas da sociedade em geral; — fornecer informações sobre os impactos das atividades, produtos e serviços da organização, inclusive detalhes de como os impactos mudam ao longo do tempo; — ajudar a engajar e movimentar empregados e outros para apoiar as atividades de responsabilidade social da organização; — facilitar a comparação com organizações pares, o que pode estimular melhoria de desempenho em responsabilidade social; e — fortalecer a reputação da organização no que se refere à ação responsável, franqueza, integri- dade e responsabilização, para fortalecer a confi ança das partes interessadas na organização. C.2 Características das informações relacionadas à responsabilidade social Convém que as informações relacionadas à responsabilidade social sejam: — completas: convém que as informações abordem todas as atividades e impactos signifi cativos relacionados à responsabilidade social; — compreensíveis: convém que as informações sejam fornecidas considerando-se o conhecimento e o nível cultural, social, educacional e econômico daqueles envolvidos na comunicação. Convém que tanto a linguagem usada, como a maneira de apresentar o material, inclusive na sua organi- zação, sejam acessíveis às partes interessadas a quem as informações são destinadas; — responsivas: convém que as informações respondam aos interesses das partes interessadas; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 21 ABNT NBR 16001:2012 — exatas: convém que as informações sejam factualmente corretas e que forneçam detalhes sufi - cientes para que sejam úteis e adequadas aos seus propósitos; — equilibradas: convém que as informações sejam equilibradas e justas e que não omitam informa- ções negativas relevantes referentes aos impactos das atividades de uma organização; — tempestivas: informações desatualizadas podem ser enganosas. Quando as informações des- crevem atividades durante um período de tempo específi co, a identifi cação do período coberto permitirá que as partes interessadas comparem o desempenho da organização com seu desem- penho anterior e com o desempenho de outras organizações; e — acessíveis: convém que as informações sobre questões específi cas estejam disponíveis para as partes interessadas envolvidas. C.3 Tipos de comunicação sobre responsabilidade social Há muitos tipos diferentes de comunicação sobre responsabilidade social. Alguns exemplos incluem: — reuniões ou conversas com partes interessadas; — comunicação com partes interessadas sobre questões ou projetos específi cos de responsabili- dade social. Convém que, quando possível e apropriado, essa comunicação envolva diálogo com partes interessadas; — comunicação entre direção e empregados ou membros da organização para conscientização geral e apoio à responsabilidade social e atividades relacionadas. Essa comunicação é normalmente mais efi caz quando envolve diálogo; — atividades em equipe focadas na integração da responsabilidade social por toda a organização; — comunicação com partes interessadas sobre reivindicações relativas à responsabilidade social, relacionadas às atividades da organização. Essas reivindicações podem ser avaliadas por meio de análise e verifi cação interna. Para fortalecimento da credibilidade, essas reivindicações podem ser avaliadas por verifi cação externa. Convém que, quando adequado, a comunicação forneça oportunidades para retorno das partes interessadas; — comunicação com fornecedores sobre exigências das práticas de compra relacionadas à respon- sabilidade social; — comunicação com o público sobre emergências que tenham consequências sobre a responsa- bilidade social. Antes das emergências ocorrerem, é recomendado que a comunicação vise au- mentar a conscientização e a preparação. Durante as emergências, é recomendado que a comu- nicação mantenha as partes interessadas informadas e forneça dados sobre ações adequadas; — comunicação relacionada a produtos, como rotulagem de produtos, informações sobre produtos e outras informações ao consumidor. Oportunidades para retroalimentação podem melhorar essa forma de comunicação; — artigos sobre aspectos da responsabilidade social em revista ou newsletters destinados a orga- nizações pares; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados22 ABNT NBR 16001:2012 — propagandas ou outras declarações públicas para promover algum aspecto da responsabili- dade social; — apresentação para apreciação por órgão do governo ou disponibilização para consulta pública; — relatórios públicos periódicos com oportunidade para retorno das partes interessadas. Há muitos métodos e meios diferentes que podem ser usados para comunicação, entre os quais reu- niões, eventos públicos, fóruns, relatórios, newsletters, revistas, pôsteres, publicações, publicidade, cartas, correio de voz, performances ao vivo, vídeos, sites na internet, podcasts (transmissão de áudio pela internet), blogs (fóruns de discussão na internet), encartes em produtos e rótulos. A comunicação também pode ser feita pela mídia, por meio de press release, entrevistas, editoriais e artigos. C.4 Diálogo com partes interessadas na comunicação sobre responsabilidade social Por meio do diálogo com suas partes interessadas, uma organização pode se benefi ciar com a obten- ção e troca direta de informações sobre as visões das partes interessadas. Convém que uma organi- zação busque o diálogo com suas partes interessadas para: — avaliar a adequação e efi cácia do conteúdo, meio, frequência e escopo da comunicação, para que possam ser aprimorados conforme necessário; — estabelecer prioridades para o conteúdo da futura comunicação; — assegurar a verifi cação das informações relatadas pelas partes interessadas, caso essa aborda- gem de verifi cação sejausada; e — identifi car melhores práticas. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 23 ABNT NBR 16001:2012 Anexo D (informativo) Questões da responsabilidade social D.1 Geral Todos os temas centrais contêm várias questões, sendo responsabilidade de cada organização identi- fi car quais questões são relevantes e signifi cativas para ela abordar, por meio de suas considerações e por meio do diálogo com as partes interessadas. Convém que a organização tenha uma visão holística dos temas centrais, ou seja, considere todos os temas e questões centrais e sua interdependência, em vez de concentrar-se somente em uma única questão. É importante que ela esteja ciente de que esforços para abordar uma questão podem envolver uma escolha em detrimento de outras questões. Não convém que melhorias que visem espe- cifi camente uma questão afetem negativamente outras questões ou criem impactos negativos no ciclo de vida de seus produtos e serviços, em suas partes interessadas ou na cadeia de valor. NOTA A organização pode utilizar as diretrizes da ABNT NBR ISO 26000 para tratar determinadas ques- tões da responsabilidade social. D.2 Governança organizacional Os sistemas de governança variam, dependendo do porte e do tipo da organização e também do con- texto ambiental, econômico, político, cultural e social em que opera. Eles são dirigidos por uma pessoa ou grupo de pessoas (proprietários, conselheiros, sócios ou acionistas, associados ou outros) e têm autoridade e responsabilidade na busca dos objetivos da organização. A liderança é fundamental para uma governança organizacional efi caz. Não somente para o processo decisório, mas também para a motivação do empregado para praticar responsabilidade social e inte- grar a responsabilidade social na cultura organizacional. Adicionalmente aos requisitos desta Norma, convém que os processos e estruturas de tomada de decisões de uma organização a habilitem a: — criar e manter um ambiente e uma cultura em que os princípios da responsabilidade social sejam praticados; — criar um sistema de incentivos econômicos e não econômicos relativos ao desempenho em res- ponsabilidade social; — usar os recursos fi nanceiros, naturais e humanos de forma efi ciente; — promover uma oportunidade justa para que grupos sub-representados (entre os quais mulheres, grupos raciais e étnicos) ocupem cargos de chefi a na organização; — equilibrar as necessidades da organização e de suas partes interessadas, levando em conta tanto as necessidades imediatas como as das gerações futuras; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados24 ABNT NBR 16001:2012 — estabelecer processos de comunicação de via dupla com suas partes interessadas, identifi cando áreas de concordância e discordância e negociando para resolver possíveis confl itos; — estimular a efetiva participação da força de trabalho nas atividades de responsabilidade social da organização; — equilibrar o nível de autoridade, responsabilidade e capacidade das pessoas que tomam decisões em nome da organização; — acompanhar a implementação das decisões para assegurar que sejam seguidas de forma social- mente responsável e determinar a responsabilização dos resultados das decisões e atividades da organização, sejam eles positivos ou negativos; e — periodicamente analisar e avaliar os processos de governança da organização; ajustar os proces- sos de acordo com o resultado das análises e comunicar as mudanças em toda a organização. D.3 Direitos humanos D.3.1 Situações de risco para os direitos humanos Há algumas circunstâncias e ambientes em que as organizações tendem a enfrentar desafi os e dile- mas referentes aos direitos humanos e em que o risco de violações dos direitos humanos pode ser aumentado. Podem ser citados os seguintes: — confl ito ou extrema instabilidade política, falência do sistema democrático ou judiciário, ausência de direitos políticos e outros direitos civis; — pobreza, seca, graves desafi os à saúde ou desastres naturais; — envolvimento com atividades extrativas ou outras atividades que possam afetar signifi cativamente recursos naturais, como água, fl orestas ou a atmosfera, ou conturbar comunidades; — proximidade das operações com comunidades de povos indígenas, ribeirinhos e outras; — atividades que possam afetar ou envolver crianças e adolescentes; — uma cultura de corrupção; — cadeias de valor complexas que envolvam trabalho sem proteção legal; e — necessidade de medidas intensivas para garantir a segurança das instalações ou de outros patrimônios. D.3.2 Evitar cumplicidade Cumplicidade tem sentido jurídico e não jurídico. No contexto jurídico, cumplicidade é defi nida em algumas jurisdições como um ato ou omissão com efeito substancial no cometimento de um ato ilegal, como um crime, quando há conhecimento ou inten- ção de contribuir para esse ato ilegal. A cumplicidade está associada ao conceito de favorecimento de um ato ilegal ou omissão. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 25 ABNT NBR 16001:2012 Fora do contexto jurídico, cumplicidade advém de amplas expectativas sociais de comportamento. Nesse contexto, uma organização pode ser considerada cúmplice quando colaborar com o cometimento de atos indevidos por outros que desrespeitem ou não sejam consistentes com normas internacionais de comportamento que a organização, por meio do exercício da due diligence, saiba ou convém que saiba que provocariam impactos negativos substanciais na sociedade, na economia ou no meio ambiente. Uma organização também pode ser considerada cúmplice quando silenciar sobre tais atos indevidos ou se benefi ciar deles. Dessa forma, apesar de seus limites serem imprecisos e mutáveis, três formas de cumplicidade podem ser descritas: — Cumplicidade direta: ocorre quando uma organização deliberadamente colabora com a violação dos direitos humanos. — Cumplicidade vantajosa: ocorre quando uma organização ou qualquer uma de suas subsidi- árias obtém vantagem diretamente da violação dos direitos humanos cometida por terceiros. Por exemplo, quando uma organização tolera a repressão por forças de segurança de um pro- testo pacífi co contra suas decisões e atividades, ou o uso de medidas repressivas na vigilância de suas instalações, ou benefi cia-se economicamente da violação de direitos fundamentais no trabalho por parte de fornecedores. — Cumplicidade silenciosa: ocorre quando uma organização deixa de levar ao conhecimento das autoridades competentes violações sistemáticas ou contínuas dos direitos humanos, como não se pronunciar contra a discriminação sistemática na legislação trabalhista contra determinados grupos. D.3.3 Discriminação e grupos vulneráveis A discriminação envolve qualquer distinção, exclusão ou preferência que tenha o efeito de anular a igualdade de tratamento ou oportunidades, quando essa consideração se baseia em preconceito em vez de ter uma base legítima. Entre as bases ilegítimas de discriminação, podem ser mencionadas as seguintes: raça, cor, gênero, idade, idioma, propriedade, nacionalidade ou região, religião, origem étnica ou social, situação econômica, defi ciência, gravidez, pertencimento a um povo indígena, fi liação sindical, fi liação política, opiniões políticas ou outras opiniões. As mais recentes bases de discrimina- ção proibidas incluem estado civil ou situação familiar, relacionamentos pessoais, incluindo a orien- tação sexual, e estado de saúde, como ser portador de HIV/AIDS. A proibição da discriminação é um dos mais fundamentais princípios da legislação internacional dos direitoshumanos. A participação total e efetiva e a inclusão social de todos os grupos, inclusive daqueles que são vulne- ráveis, dá e aumenta as oportunidades para todas as organizações e pessoas envolvidas. A organiza- ção tem muito a ganhar ao adotar uma abordagem ativa para assegurar igualdade de oportunidades e respeito a todos os indivíduos. A discriminação também pode ser indireta. Isso ocorre quando um dispositivo, prática ou critério apa- rentemente neutro coloca pessoas com um determinado atributo em desvantagem em comparação a outras pessoas. D.3.4 Direitos civis e políticos Os direitos civis e políticos incluem direitos absolutos, como o direito à vida, direito à vida com dignidade, direito de não ser submetido à tortura, direito à segurança pessoal, direito à propriedade, à liberdade e à integridade da pessoa e direito ao devido processo legal e a uma audiência justa ao enfrentar acusações de caráter penal. Incluem, ainda, liberdade de opinião e expressão, liberdade de Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados26 ABNT NBR 16001:2012 reunião pacífi ca e de associação, liberdade para adotar e praticar uma religião ou crença, liberdade contra a ingerência arbitrária na privacidade, família, domicílio ou correspondência, liberdade contra ataques à honra ou à reputação, direito ao acesso a serviços públicos e a participar de eleições. D.3.5 Direitos econômicos, sociais e culturais Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direitos econômicos, sociais e culturais necessários para sua dignidade e desenvolvimento pessoal, entre os quais os direitos a: educação; trabalho em condições dignas e favoráveis; liberdade de associação; um padrão adequado de saúde; padrão de vida adequado para sua saúde física e mental e bem-estar seu e de sua família; alimentação, vestu- ário, moradia, assistência médica e proteção social necessária, como segurança no caso de desem- prego, doença, defi ciência, viuvez, velhice ou outra falta de meio de vida em circunstâncias além do seu controle; prática de uma religião e cultura; e oportunidades genuínas para participar sem discrimi- nação da tomada de decisões que apoiem práticas positivas e desencorajem práticas negativas em relação a esses direitos. D.3.6 Princípios e direitos fundamentais no trabalho Os direitos fundamentais no trabalho foram adotados pela comunidade internacional como direitos humanos básicos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) identifi cou os direitos fundamentais no trabalho. Eles incluem: — a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; — a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório; — a efetiva abolição do trabalho infantil; e — a eliminação da discriminação relativa ao emprego e à ocupação. D.4 Práticas de trabalho D.4.1 Emprego e relações de trabalho Nem todo trabalho é realizado dentro de um vínculo empregatício. Trabalhos e serviços são também realizados por homens e mulheres que são autônomos. Nessas situações, as partes são consideradas independentes entre si e têm uma relação mais igual e comercial. A distinção entre vínculo emprega- tício e relação comercial não é sempre clara e é, às vezes, erroneamente classifi cada, com a conse- quência de que os trabalhadores nem sempre recebem as proteções e direitos devidos. É importante, tanto para a sociedade quanto para o indivíduo que realiza o trabalho, que seja reconhecida e aplicada uma estrutura legal e institucional apropriada. Seja o trabalho realizado nos termos de um contrato de trabalho ou de um contrato comercial, todas as partes do contrato têm direito a compreender seus direitos e responsabilidades e a ter acesso a um recurso adequado caso os termos do contrato não sejam respeitados. Nesse contexto, o trabalho é entendido como o trabalho realizado em troca de uma remuneração e não inclui atividades desempenhadas em bases genuinamente voluntárias. Entretanto, convém que as organizações adotem políticas e medidas para contemplar sua responsabilidade legal e o cuidado devido com voluntários. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 27 ABNT NBR 16001:2012 D.4.2 Condições de trabalho e proteção social As condições de trabalho incluem salário e outras formas de remuneração, jornada de trabalho, períodos de descanso, férias, práticas disciplinares e de demissão, proteção à maternidade e questões relativas ao bem-estar, como acesso a água potável, instalações sanitárias, refeitórios e serviços médicos. Muitas das condições de trabalho são defi nidas na legislação ou por acordos legalmente obrigatórios entre aqueles para quem o trabalho é realizado e aqueles que o realizam. O empregador determina muitas das condições de trabalho, as quais podem afetar de forma signifi cativa a qualidade de vida dos trabalhadores e de suas famílias, assim como o desenvolvimento social e econômico. A proteção social se refere a todas as garantias legais e às políticas e práticas organizacionais para mitigar a redução ou perda de renda em caso de lesões por acidente de trabalho, doença, maternidade, paternidade, velhice, desemprego, defi ciência ou difi culdade fi nanceira e para oferecer cuidados para a saúde e benefícios para a família. A proteção social desempenha um papel importante na preservação da dignidade humana e no estabelecimento de um senso de equidade e justiça social. Geralmente, a principal responsabilidade pela proteção social cabe ao Estado. D.4.3 Diálogo social O diálogo social inclui todos os tipos de negociação, consulta ou troca de informações entre repre- sentantes de governos, empregadores e trabalhadores em assuntos de interesse comum relativos às áreas econômica e social. O diálogo pode ocorrer entre representantes dos empregadores e dos trabalhadores, sobre assuntos que afetem seus interesses, e pode também incluir governos quando fatores mais abrangentes, como legislação e políticas sociais, estiverem em jogo. Sindicatos e entidades patronais, na qualidade de representantes escolhidos pelas respectivas partes, desempenham um papel particularmente importante no diálogo social. O diálogo social se baseia no reconhecimento de que empregadores e trabalhadores têm entre si tanto interesses divergentes quanto convergentes, e em muitos países o diálogo desempenha um papel importante nas relações industriais, na formulação de políticas e na governança. D.4.4 Segurança e saúde no trabalho Segurança e saúde no trabalho referem-se à promoção e manutenção do mais alto nível de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores e prevenção de perigos à saúde causados pelas condições de trabalho. Referem-se também à proteção dos trabalhadores de riscos à saúde e à adaptação do ambiente de trabalho às necessidades fi siológicas e psicológicas dos trabalhadores. O ônus fi nanceiro e social de doenças ocupacionais, lesões e óbitos relacionados ao trabalho é ele- vado. Poluição acidental e crônica e outros perigos no local de trabalho que afetam os trabalhadores podem também causar impactos nas comunidades e no meio ambiente. Problemas relacionados à segurança e saúde surgem a partir de equipamentos, processos, práticas e substâncias perigosas (químicas, físicas e biológicas). D.4.5 Desenvolvimento humano e treinamento no local de trabalho O desenvolvimento humano inclui o processo de aumento das escolhas das pessoas por meio da expansão das capacidades e funcionalidades humanas, permitindo que mulheres e homens vivam vidas longas e saudáveis, acumulem conhecimentos e tenham um padrão de vida digno. O desenvolvimento humano também inclui o acesso a oportunidades políticas, econômicas e sociaispara ser criativo e produtivo, para desfrutar de respeito próprio e do senso de pertencer a uma comunidade e contribuir para a sociedade. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados28 ABNT NBR 16001:2012 As organizações podem usar políticas e iniciativas no local de trabalho para atingir um maior desen- volvimento humano e contemplar questões sociais importantes como a luta contra a discriminação, o equilíbrio das responsabilidades familiares, a promoção da saúde e bem-estar e o aumento da diversidade de suas forças de trabalho. Elas podem, ainda, usar políticas e iniciativas para aumentar a capacidade e empregabilidade dos indivíduos. Empregabilidade refere-se às experiências, compe- tências e qualifi cações que aumentam a capacidade do indivíduo de obter e reter trabalho decente. D.5 Meio ambiente D.5.1 Prevenção da poluição Uma organização pode melhorar seu desempenho ambiental, evitando poluição de vários tipos, como: — emissões atmosféricas: as emissões na atmosfera por parte de uma organização podem incluir poluentes como chumbo, mercúrio, compostos orgânicos voláteis (VOC), óxidos de enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx), dioxinas, materiais particulados e substâncias destruidoras da camada de ozônio, que podem causar impactos no meio ambiente e na saúde, que afetam dife- rentemente os indivíduos. Essas emissões podem vir diretamente das instalações e atividades da organização, ser causadas indiretamente pelo uso ou manuseio de seus produtos e serviços no fi m da vida útil, ou pela geração da energia que ela consome; — descargas na água: a organização pode causar poluição da água por meio de descargas diretas, intencionais ou acidentais em corpos d’água superfi ciais, inclusive no ambiente marinho, ou por vazamento não intencional para água de superfície ou infi ltração para águas subterrâneas. Essas descargas podem vir diretamente das instalações de uma organização ou ser causadas indireta- mente pelo uso de seus produtos e serviços; — gestão de resíduos: as atividades de uma organização podem levar à geração de resíduos líquidos ou sólidos que, se indevidamente geridos, podem causar contaminação do ar, da água, da superfície terrestre, dos solos e do espaço sideral. A gestão responsável de resíduos visa evitar que estes sejam gerados. Ela segue a hierarquia de redução de resíduos, que é a seguinte: redução na fonte, reutilização, reciclagem e reprocessamento, tratamento e descarte. Convém que a hierarquia de redução de resíduos seja usada de maneira fl exível, com base na abordagem de ciclo de vida. Convém que resíduos perigosos, entre os quais os radioativos, sejam geridos de forma adequada e transparente; — uso e descarte de produtos químicos tóxicos e perigosos: uma organização que utiliza ou produz produtos químicos tóxicos e perigosos (tanto os que ocorrem naturalmente como os pro- duzidos pelo homem) pode afetar negativamente os ecossistemas e a saúde humana por meio de impactos agudos (imediatos) ou crônicos (de longo prazo), resultantes de emissões ou lançamen- tos. Eles podem afetar os indivíduos diferentemente, dependendo da idade e gênero; e — outras formas identifi cáveis de poluição: as atividades, produtos e serviços de uma organiza- ção podem causar outras formas de poluição que afetem negativamente a saúde e o bem-estar de comunidades e que possam afetar indivíduos diferentemente. Elas incluem as poluições so- nora, odorífera, visual, luminosa, de vibração, de emissões eletromagnéticas, radioativa, agentes infecciosos (por exemplo, vírus ou bactérias), emissões sem um ponto de partida defi nido e peri- gos biológicos (por exemplo, espécies invasoras). Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 29 ABNT NBR 16001:2012 D.5.2 Uso sustentável de recursos Para assegurar a disponibilidade de recursos no futuro, os atuais padrões e volumes de consumo e produção precisam mudar para que operem dentro da capacidade de suporte da Terra. O uso sus- tentável de recursos renováveis signifi ca que eles são usados a uma taxa que é menor ou igual à taxa de sua reposição natural. Para recursos não renováveis (como combustíveis fósseis, metais e minerais), a sustentabilidade de longo prazo requer que a taxa de uso seja menor que a taxa à qual um recurso renovável pode ser substituído. A organização pode avançar rumo ao uso sustentável de recursos usando eletricidade, combustíveis, matérias-primas e material processado, terra e água de forma mais responsável e combinando ou substituindo recursos não renováveis com recursos susten- táveis e renováveis, por exemplo, ao utilizar tecnologias inovadoras. Quatro das principais áreas para melhorias em efi ciência são: — efi ciência energética: convém que uma organização implemente programas de efi ciência ener- gética para reduzir a demanda energética de edifi cações, transporte, processos de produção, aparelhos, equipamentos eletrônicos e também prestação de serviços e outros fi ns. Melhorias na efi ciência energética também necessitam complementar esforços para fazer avançar o uso sustentável de recursos renováveis como energia solar, energia geotérmica, hidroeletricidade, energia das marés e das ondas, energia eólica e biomassa; — conservação, uso e acesso à água: o acesso a fontes seguras e confi áveis para o suprimento de água potável e serviços de saneamento é uma necessidade humana fundamental e um direito humano básico. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio incluem a provisão de acesso sus- tentável à água potável segura. Convém que uma organização conserve, reduza o uso e reutilize a água em suas operações e estimule a conservação de água dentro de sua esfera de infl uência; — efi ciência no uso de materiais: convém que uma organização implemente programas de efi ci- ência de materiais para reduzir o impacto ambiental causado pelo uso de matérias-primas para processos de produção ou para produtos acabados usados em suas atividades ou na prestação de seus serviços. Os programas de efi ciência de materiais se baseiam na identifi cação de formas de aumentar a efi ciência do uso de matérias-primas dentro da esfera de infl uência da organiza- ção. O uso de materiais causa numerosos impactos ambientais diretos e indiretos associados, por exemplo, o impacto em ecossistemas de mineração e fl orestal e as emissões resultantes do uso, transporte e processamento de materiais; e — minimização da exigência de recursos por parte de um produto: convém que seja conside- rada a exigência de recursos por parte de produtos acabados durante seu uso. D.5.3 Mitigação e adaptação às mudanças climáticas É sabido que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de atividades humanas − como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) − são muito provavelmente uma das causas das mudanças climáticas globais, que estão tendo impactos signifi cativos nos ambientes natural e humano. Entre as tendências observadas e previstas estão as seguintes alterações: aumento de temperaturas, mudanças nos padrões de chuva, ocorrências mais frequentes de eventos climáticos extremos, elevação nos níveis do mar, aumento na escassez de água e mudanças nos ecossistemas, na agricultura e na pesca. Prevê-se que as mudanças climáticas podem ultrapassar um ponto em que essas alterações serão muito mais drásticas e difíceis de enfrentar. Toda organização é responsável por alguma emissão de GEE (direta ou indiretamente) e será impactada de alguma forma pelas mudanças climáticas. Há implicações para as organizações tanto em termos de minimizar suas emissões de GEE (mitigação), quanto para preparar-se para as mudanças climáticas(adaptação). Adaptar-se às mudanças climáticas tem implicações sociais na forma de impactos na saúde, na prosperidade e nos direitos humanos. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados30 ABNT NBR 16001:2012 D.5.4 Proteção do meio ambiente e da biodiversidade e restauração de habitats naturais Desde a década de 1960, a atividade humana tem mudado os ecossistemas mais rápida e intensa- mente do que em qualquer outro período da história. Uma demanda cada vez maior por recursos naturais tem resultado em uma perda substancial e frequentemente irreversível de habitats naturais e de diversidade da vida na Terra. Grandes áreas, tanto urbanas quanto rurais, têm sido transformadas pela ação humana. Uma organização pode se tornar mais socialmente responsável ao atuar de forma a proteger o meio ambiente e restaurar habitats naturais e as diversas funções e serviços providos pelos ecossistemas (como alimentação e água doce, regulação do clima, formação do solo e oportunidades recreativas). Entre os principais aspectos dessa questão estão os seguintes: — valorização e proteção da biodiversidade: biodiversidade é a variedade da vida em todas as suas formas, níveis e combinações. Isso inclui a diversidade dos ecossistemas, diversidade das espécies e diversidade genética. A proteção à biodiversidade visa assegurar a sobrevivência das espécies terrestres e aquáticas, a diversidade genética e os ecossistemas naturais; — valorização, proteção e restauração dos serviços de ecossistemas: os ecossistemas contribuem para o bem-estar da sociedade ao prover serviços como alimentação, água doce, combustíveis, regulação de inundações, formação de solos, polinização, produção de madeira e fi bras naturais, recreação e absorção da poluição e dos resíduos. À medida que os ecossistemas são degradados ou destruídos, eles perdem a capacidade de prestar esses serviços; — uso sustentável do solo e dos recursos naturais: os projetos de uso do solo realizados pela or- ganização podem proteger ou degradar os habitats naturais, a água, os solos e os ecossistemas; e — estímulo a um desenvolvimento urbano e rural ambientalmente favorável: as decisões e atividades da organização podem ter impactos signifi cativos no ambiente urbano ou rural e nos ecossistemas a eles relacionados. Tais impactos podem estar associados a, por exemplo, plane- jamento urbano, edifi cações e construções, sistemas de transporte, gestão de resíduos e esgoto e técnicas agrícolas. D.5.5 Práticas leais de operação – Práticas anticorrupção A corrupção é o abuso do poder recebido para a obtenção de vantagem pessoal. A corrupção pode assumir muitas formas. Exemplos de corrupção incluem suborno (pedido, oferta ou aceitação de pro- pina em dinheiro ou espécie) envolvendo autoridades públicas ou pessoas no setor privado, confl ito de interesses, fraude, lavagem de dinheiro, desvio de fundos, ocultação, obstrução da justiça e tráfi co de infl uência. A corrupção mina a efi cácia e reputação de uma organização e a torna sujeita a processos criminais, assim como a sanções civis e administrativas. A corrupção pode resultar em violação dos direitos humanos, erosão de processos políticos, empobrecimento das sociedades e danos ao meio ambiente. Pode também distorcer a concorrência, a distribuição de riqueza e o crescimento econômico. D.5.6 Envolvimento político responsável As organizações podem apoiar os processos políticos públicos e estimular o desenvolvimento de polí- ticas públicas que benefi ciem a sociedade como um todo. Convém que a organização proíba o uso de infl uência indevida e evite comportamentos como manipulação, intimidação e coerção, que podem minar o processo político público. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 31 ABNT NBR 16001:2012 D.5.7 Concorrência leal A concorrência leal e abrangente estimula a inovação e a efi ciência, reduz os custos de produtos e ser- viços, garante que todas as organizações tenham oportunidades iguais, incentiva o desenvolvimento de novos ou melhores produtos ou processos e, no longo prazo, aumenta o crescimento econômico e o padrão de vida. A concorrência desleal põe em risco a reputação da organização junto às suas partes interessadas e pode criar problemas legais. Recusando-se a adotar comportamentos de concorrência desleal, as organizações colaboram para criar um clima em que tais comportamentos não são tolera- dos, benefi ciando a todos. Há muitas formas de concorrência desleal. Alguns exemplos são: fi xação de preço, quando as partes combinam para vender o mesmo produto ou serviço pelo mesmo preço; licitação fraudulenta, quando as partes combinam para manipular uma cotação de preços; e política de preços predatória, que sig- nifi ca a venda de um produto ou serviço a um preço muito baixo, com a intenção de tirar concorrentes do mercado e impor sanções desleais aos concorrentes. D.5.8 Promoção da responsabilidade social na cadeia de valor Uma organização pode infl uenciar outras organizações por meio de suas práticas e decisões de compra. Por meio de liderança e aconselhamento ao longo da cadeia de valor, ela pode promover a adoção e apoio a princípios e práticas de responsabilidade social. Convém que uma organização considere os possíveis impactos ou consequências não intencionais de suas práticas e decisões de compra em outras organizações, e tome o devido cuidado para evitar ou minimizar quaisquer impactos negativos. Ela pode também estimular a demanda por produtos e serviços socialmente responsáveis. Convém que essas ações não sejam vistas como uma substitui- ção do papel das autoridades de implementar e aplicar leis e regulamentos. Cada organização na cadeia de valor é responsável por cumprir com as leis e regulamentos aplicá- veis e por seus próprios impactos na sociedade e no meio ambiente. D.5.9 Respeito ao direito de propriedade O direito de propriedade é um direito humano reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. O direito de propriedade abrange tanto a propriedade física quanto a intelectual e inclui participação em terrenos e outros bens físicos, direitos autorais, patentes, indicação geográfi ca, recursos, direitos morais e outros direitos. Engloba também reivindicações de propriedade mais amplas, como o conhecimento tradicional de grupos específi cos, como os povos indígenas, ou a propriedade intelectual de empregados ou outros. O reconhecimento do direito de propriedade promove investimentos e segurança econômica e física, além de estimular a criação e a inovação. D.6 Questões relativas ao consumidor D.6.1 Marketing leal, informações factuais e não tendenciosas e práticas contratuais justas Marketing leal, informações factuais e não tendenciosas e práticas contratuais justas fornecem informações sobre produtos e serviços de uma maneira que estas possam ser compreendidas pelos consumidores. Isso permite aos consumidores tomarem decisões informadas sobre consumo Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados32 ABNT NBR 16001:2012 e compras e comparar as características dos diferentes produtos e serviços. Processos contratuais justos visam proteger os legítimos interesses tanto das organizações como dos consumidores ao mitigar os desequilíbrios no poder de negociação entre as partes. O marketing responsável pode implicar o fornecimento de informações sobre os impactos socioeconômicos e ambientaisem todo o ciclo de vida e ao longo da cadeia de valor. Detalhes dos produtos e serviços fornecidos pelas organizações desempenham um papel importante nas decisões de compra, porque essas informações podem ser os únicos dados prontamente disponíveis para os consumidores. Marketing e informações que sejam desonestos, desleais, incompletos, ardilosos ou enganosos podem resultar na compra de produtos e serviços que não satisfaçam as necessidades dos consumidores e resultem em perda de dinheiro, recursos e tempo, podendo, ainda, ser prejudiciais ao consumidor ou ao meio ambiente. Podem também levar a uma queda na confi ança do consumidor, fazendo com que ele não saiba em quem ou em que acreditar. Isso pode afetar negativamente o crescimento dos mercados de produtos e serviços mais sustentáveis. D.6.2 Proteção à segurança e saúde do consumidor A proteção da segurança e saúde do consumidor envolvem o fornecimento de produtos e serviços que sejam seguros e que não ofereçam riscos inaceitáveis de perigo quando usados ou consumidos. Convém que a proteção cubra tanto o uso pretendido como o mau uso previsível. Instruções claras de uso seguro, inclusive montagem e manutenção, são também uma parte importante da proteção da segurança e saúde. A reputação de uma organização pode ser diretamente afetada pelo impacto de seus produtos e ser- viços na segurança e saúde do consumidor. Convém que os produtos e serviços sejam seguros, independentemente de estarem em vigor exigên- cias legais de segurança. A segurança inclui a previsão de possíveis riscos, de modo a evitar danos ou perigos. Como nem todos os riscos podem ser previstos ou eliminados, convém que as medidas de proteção à segurança incluam mecanismos de retirada de produtos do mercado e recall. D.6.3 Consumo sustentável O consumo sustentável é o consumo de produtos e recursos em taxas coerentes com o desenvolvi- mento sustentável. O conceito foi promovido pelo Princípio 8 da Declaração do Rio sobre Meio Am- biente e Desenvolvimento, que afi rma que, para atingir um desenvolvimento sustentável e uma maior qualidade de vida para todos, convém que os Estados reduzam e eliminem padrões insustentáveis de produção e consumo. O conceito de consumo sustentável também inclui uma preocupação com o bem-estar animal, respeitando sua integridade física e evitando crueldade. O papel de uma organização no consumo sustentável surge dos produtos e serviços que ela oferece, seus ciclos de vida, cadeias de valor e natureza das informações que presta aos consumidores. As atuais taxas de consumo são claramente insustentáveis, contribuindo para danos ambientais e exaustão de recursos. Os consumidores desempenham um papel importante no desenvolvimento sustentável ao considerar fatores éticos, sociais, econômicos e ambientais com base em informações precisas para fazer suas escolhas e tomar suas decisões de compra. D.6.4 Atendimento e suporte ao consumidor e solução de reclamações e controvérsias Atendimento e suporte ao consumidor e solução de reclamações e controvérsias são os mecanismos que a organização usa para tratar das necessidades dos consumidores após a compra ou forneci- mento dos produtos e serviços. Tais mecanismos incluem instalação adequada, diferentes tipos de garantias e suporte técnico referente ao uso, assim como cláusulas dispondo sobre devolução, repa- ros e manutenção. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 33 ABNT NBR 16001:2012 Os produtos e serviços que não têm um desempenho satisfatório, seja devido a falhas ou quebras ou como resultado de uso errado, podem resultar em uma violação dos direitos do consumidor, assim como perda de dinheiro, recursos e tempo. Os fornecedores de produtos e serviços podem aumentar a satisfação do consumidor e reduzir o nível de reclamações, oferecendo produtos e serviços de alta qualidade. Convém que eles informem clara- mente os consumidores sobre o uso adequado e sobre recursos e soluções no caso de desempenho defi ciente. Eles podem também monitorar a efi ciência de seus serviços de pós-venda, suporte técnico e procedimentos de solução de controvérsias por meio de pesquisas de opinião junto a seus usuários. D.6.5 Proteção e privacidade dos dados do consumidor A proteção e privacidade dos dados do consumidor visam salvaguardar os direitos de privacidade do consumidor, limitando os tipos de informações que são coletadas e as formas como tais informações são obtidas, usadas e guardadas. O crescente uso de comunicação eletrônica (inclusive para operações fi nanceiras) e testes genéticos, assim como o crescimento de bases de dados de larga escala, geram preocupação de como a privacidade do consumidor pode ser protegida, especialmente no tocante a informações pessoalmente identifi cáveis. As organizações podem ajudar a manter sua credibilidade e a confi ança do consumidor por meio do uso de sistemas rigorosos para obtenção, uso e proteção de dados do consumidor. D.6.6 Acesso a serviços essenciais Embora o Estado seja responsável por assegurar que o direito à satisfação das necessidades bási- cas seja respeitado, há muitos locais e condições em que o Estado não garante que esse direito seja protegido. Mesmo onde a satisfação de algumas necessidades básicas, como saúde, é protegida, o direito a serviços essenciais, como eletricidade, gás, água, serviços de efl uentes, drenagem, esgoto e comunicação, pode não ser totalmente desfrutado. Uma organização pode contribuir com o cumpri- mento desse direito. D.6.7 Educação e conscientização As iniciativas de educação e conscientização permitem aos consumidores fi car bem informados, cons- cientes de seus direitos e responsabilidades, mais próximos de assumir um papel ativo e de conseguir tomar decisões de compra com conhecimento de causa, além de consumir de forma mais responsá- vel. Os consumidores desfavorecidos nas áreas rural e urbana, entre os quais os consumidores de baixa renda e os com baixo nível de alfabetização, têm necessidades especiais de educação e de maior conscientização. Toda vez que houver um contrato formal entre uma organização e um consu- midor, convém que a organização verifi que se o consumidor está devidamente informado sobre seus direitos e obrigações. O objetivo da educação para o consumo não é somente transferir conhecimento, mas também ensinar aos consumidores como agir na prática com esse conhecimento. Isso inclui desenvolver a capacidade de avaliar produtos e serviços e de fazer comparações. A educação para o consumo também visa conscientizar sobre o impacto das escolhas de consumo nos outros e no desenvolvimento sustentável. A educação não isenta uma organização de se responsabilizar se um consumidor for prejudicado ao utilizar produtos e serviços. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados34 ABNT NBR 16001:2012 D.7 Envolvimento e desenvolvimento da comunidade D.7.1 Envolvimento da comunidade O envolvimento da comunidade é uma forma pró-ativa de uma organização participar da comunidade. Visa a prevenção e solução de problemas, o estabelecimento de parcerias com organizações e partes interessadas locais e a aspiração de se tornar uma empresa-cidadã na comunidade. Isso não substitui a necessidade de se responsabilizar por impactos na sociedade e no meio ambiente. As organizações contribuem com suas comunidades por meio de sua participação e apoio a instituições civis e por meio do envolvimento em redes de grupos e indivíduos que constituem a sociedade civil. O envolvimento da comunidade também ajuda as organizações a se familiarizarem com as necessi- dades e prioridades da comunidade, de forma que os esforços da organização visandoo desenvolvi- mento e outros fi ns sejam compatíveis com os da comunidade e da sociedade. Uma organização pode se envolver, por exemplo, por meio da participação em fóruns estabelecidos pelas autoridades locais e associações de moradores ou criando esses fóruns. Algumas comunidades tradicionais ou indígenas, associações de moradores ou redes na internet se expressam sem constituírem uma “organização” formal. Convém que uma organização esteja ciente que há muitos tipos de grupos, formais e informais, que podem contribuir para o desenvolvimento. Convém que uma organização respeite os direitos culturais, sociais e políticos desses grupos. É importante que as ações de envolvimento da comunidade mantenham o respeito pelo estado de direito e pelos processos participativos que respeitem os direitos dos outros de se expressarem e de defenderem seus próprios interesses. D.7.2 Educação e cultura Educação e cultura são fundamentos do desenvolvimento socioeconômico e parte da identidade da comunidade. A preservação e promoção da cultura e a promoção de uma educação compatível com o respeito pelos direitos humanos têm impactos positivos na coesão social e no desenvolvimento. D.7.3 Geração de emprego e capacitação O emprego é um objetivo internacionalmente reconhecido em relação ao desenvolvimento socioeco- nômico. Ao gerar empregos, todas as organizações, grandes e pequenas, podem dar sua contribuição para a redução da pobreza e promoção do desenvolvimento socioeconômico. A capacitação é um componente essencial da promoção do emprego e do apoio às pessoas para que consigam empregos decentes e produtivos, além de ser vital para o desenvolvimento socioeconômico. D.7.4 Desenvolvimento tecnológico e acesso às tecnologias Para apoiar o avanço do desenvolvimento socioeconômico, as comunidades e seus membros preci- sam, entre outras coisas, de acesso total e seguro às tecnologias modernas. As organizações podem contribuir com o desenvolvimento das comunidades em que operam, aplicando conhecimento, habi- lidades e tecnologia especializados, de forma a promover o desenvolvimento dos recursos humanos e a difusão das tecnologias. As tecnologias da informação e da comunicação caracterizam em muito a vida contemporânea e são uma base valiosa para muitas atividades econômicas. O acesso à informação é fundamental para a superação das disparidades que existem entre países, regiões, gerações, gêneros etc. Uma or- ganização pode contribuir com a melhoria do acesso a essas tecnologias por meio de treinamento, parcerias e outras ações. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 35 ABNT NBR 16001:2012 D.7.5 Geração de riqueza e renda Empresas e cooperativas competitivas e diversifi cadas são vitais para a geração de riqueza em qual- quer comunidade. As organizações podem ajudar a criar um ambiente em que o empreendedorismo possa prosperar, trazendo benefícios duradouros às comunidades. As organizações podem contribuir positivamente para a geração de riqueza e renda por meio de programas de empreendedorismo, desenvolvimento de fornecedores locais e emprego de membros da comunidade, assim como por meio de amplos esforços para fortalecer os recursos econômicos e as relações sociais que facilitem o bem-estar socioeconômico ou gerem benefícios para a comunidade. Além disso, ao ajudar a gerar riqueza e renda localmente e promover uma distribuição equilibrada de benefícios econômicos entre os membros da comunidade, as organizações podem desempenhar um papel signifi cativo na redu- ção da pobreza. Os programas de empreendedorismo e as cooperativas destinadas às mulheres são particularmente importantes, já que é amplamente reconhecido que o empoderamento das mulheres contribui enormemente para o bem-estar da sociedade. A geração de riqueza e renda também depende de uma distribuição justa dos benefícios da atividade econômica. O cumprimento das obrigações tributárias é essencial para ajudar os governos a gerar receita para tratar de questões cruciais do desenvolvimento. Em muitas situações, o isolamento físico, social e econômico das comunidades pode ser um obstáculo ao seu desenvolvimento. As organizações podem desempenhar um papel positivo no desenvolvimen- to das comunidades ao integrar as pessoas, grupos e organizações locais em suas atividades ou na cadeia de valor. Dessa forma, considerações sobre o desenvolvimento da comunidade podem se tor- nar parte integrante das principais atividades das organizações. Uma organização contribui para o desenvolvimento por meio do cumprimento às leis e regulamentos. Em algumas circunstâncias, a operação de grupos da comunidade fora da estrutura legal pretendida é consequência da pobreza ou das condições de desenvolvimento. Nessas circunstâncias, convém que uma organização envolvida com grupos que operam fora da estrutura legal vise o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento. Convém, também, que uma organização busque criar oportuni- dades que permitam que esses grupos atinjam um maior e, por fi m, total cumprimento da legislação, principalmente no tocante às relações econômicas. D.7.6 Saúde A saúde é um elemento essencial da vida na sociedade e é um direito humano reconhecido. As ame- aças à saúde pública podem ter impactos graves nas comunidades e podem difi cultar seu desenvol- vimento. Dessa forma, convém que todas as organizações, de todos os portes e setores, respeitem o direito à saúde e contribuam, dentro de suas possibilidades e conforme apropriado, para a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a mitigação de quaisquer danos à comunidade. Isso pode incluir a participação em campanhas de saúde pública. Convém, também, que as organizações contribuam, quando possível e apropriado, com a melhoria do acesso aos serviços de saúde, especialmente por meio de reforço e apoio aos serviços públicos. Mesmo em países em que é papel do Estado prover um sistema de saúde pública, todas as organizações podem considerar a contribuição para a saúde nas comunidades. Uma comunidade saudável reduz o ônus para o setor público e contribui para um bom ambiente socioeconômico para todas as organizações. D.7.7 Investimento social O investimento social ocorre quando as organizações investem seus recursos em iniciativas e progra- mas que visam melhorar os aspectos sociais da vida da comunidade. Entre os tipos de investimento social, há projetos relacionados à educação, treinamento, cultura, saúde, geração de renda, desen- volvimento de infraestrutura, melhoria do acesso à informação ou qualquer outra atividade que venha a promover desenvolvimento econômico ou social. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados36 ABNT NBR 16001:2012 Ao identifi car oportunidades de investimento social, convém que uma organização alinhe sua con- tribuição com as necessidades e prioridades das comunidades em que opera, levando em conta prioridades defi nidas por formuladores de política locais e nacionais. Troca de informações, consultas e negociações são ferramentas úteis para uma abordagem participativa para identifi car e implementar investimentos sociais. Os investimentos sociais não excluem a fi lantropia (por exemplo, concessões de fi nanciamento, volun- tariado e doações). Convém também que as organizações estimulem o envolvimento da comunidade na concepção e implementação de projetos, uma vez que isso pode ajudar os projetos a sobreviver e prosperar quando a organização não estiver mais envolvida. Convém que os investimentos sociais priorizem projetos que sejam viáveis a longo prazo e que contribuam para o desenvolvimento sustentável. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963© ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 37 ABNT NBR 16001:2012 Anexo E (informativo) Oportunidades de melhoria e inovação E.1 Educação, treinamento e capacitação A organização pode: — estimular a matrícula de crianças na educação formal e contribuir para a eliminação de barreiras para o acesso das crianças à educação (como o trabalho infantil); — promover programa para combater a evasão escolar do educando; — facilitar o acesso à educação e à educação continuada para membros da comunidade, e conside- rar dar apoio e oferecer as instalações, quando possível; — promover programa de alfabetização de jovens e adultos; — zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social; — promover e apoiar a educação em todos os níveis e se engajar em ações para melhorar a qua- lidade e o acesso à educação, promover conhecimento e erradicar o analfabetismo localmente; — promover oportunidades de aprendizagem para grupos vulneráveis ou discriminados; — promover atividades culturais quando apropriado, reconhecer e valorizar as culturas e tradições culturais locais, em conformidade com o princípio do respeito pelos direitos humanos. As ações de apoio a atividades culturais que fortaleçam grupos historicamente desfavorecidos são espe- cialmente importantes como forma de combate à discriminação; — considerar a facilitação da educação e conscientização sobre os direitos humanos; — ajudar a conservar e proteger o patrimônio cultural, principalmente onde as atividades da organi- zação o impactarem; — promover o uso do conhecimento e das tecnologias tradicionais das comunidades; — considerar a participação em programas locais e nacionais de capacitação, entre os quais pro- gramas de aprendizagem, programas visando determinados grupos desfavorecidos, programas de educação continuada e sistemas de reconhecimento e certifi cação de habilidades; — ajudar a desenvolver ou melhorar programas de capacitação na comunidade em que esses forem inadequados, possivelmente em parceria com outras organizações na comunidade; — considerar maneiras apropriadas de tornar oportunidades de fornecimento mais facilmente aces- síveis a organizações da comunidade por meio, por exemplo, de capacitação sobre especifi ca- ções técnicas e disponibilização de informações sobre oportunidades de fornecimento; — treinar e conscientizar seus trabalhadores e representantes acerca do comportamento respon- sável no envolvimento e contribuição com atividades políticas, e sobre como lidar com confl itos de interesse. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados38 ABNT NBR 16001:2012 E.2 Saúde A organização pode: — promover a boa saúde, contribuindo, por exemplo, para o acesso a medicamentos e vacinação e incentivando estilos de vida saudáveis, inclusive exercícios e boa nutrição, diagnóstico precoce de doenças, conscientização sobre métodos contraceptivos e desestímulo ao consumo de produ- tos e substâncias prejudiciais à saúde. Recomenda-se que seja dada especial atenção à nutrição da criança; — promover a conscientização sobre ameaças à saúde e as principais doenças e sua prevenção, como HIV/AIDS, câncer, doenças cardiovasculares, malária, tuberculose e obesidade; — apoiar o acesso duradouro e universal a serviços essenciais de saúde e a água limpa e sanea- mento adequado, como forma de prevenir doenças; — realizar avaliação do risco à saúde humana de produtos e serviços antes da introdução de novos materiais, tecnologias ou métodos de produção e, quando apropriado, disponibilizar a documen- tação aos consumidores, preferencialmente aqueles internacionalmente acordados, além das informações textuais. E.3 Emprego e renda A organização pode: — fazer investimentos diretos que combatam a pobreza por meio da geração de empregos; — considerar o impacto no emprego de escolhas tecnológicas e, quando for economicamente viável no longo prazo, selecionar tecnologias que maximizem as oportunidades de emprego; — considerar o impacto da terceirização na geração de empregos, tanto na organização que toma a decisão como nas organizações externas afetadas por essas decisões; — considerar o benefício da criação de empregos diretos em vez de acordos de empregos temporários; — dar atenção especial aos grupos vulneráveis quanto a emprego e capacitação; — colaborar para promover as condições estruturais necessárias para a geração de emprego; — considerar apoiar iniciativas que estimulem a diversifi cação de atividades econômicas existentes na comunidade; — contribuir com programas e parcerias duradouras que deem suporte aos membros da comunidade, principalmente às mulheres e outros grupos socialmente desfavorecidos ou vulneráveis, para criar negócios e cooperativas, melhorar a produtividade e promover o empreendedorismo. Tais programas poderiam, por exemplo, fornecer treinamento em planejamento administrativo, marketing, padrões de qualidade exigidos para se tornar fornecedor, administração e suporte técnico, acesso a fi nanciamento e facilitação de sociedades em empreendimentos; — apoiar organizações e pessoas que tragam produtos e serviços necessários à comunidade, que possam também gerar empregos locais, assim como vínculos com os mercados locais, regionais e urbanos que sejam benéfi cos ao bem-estar da comunidade; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 39 ABNT NBR 16001:2012 — considerar maneiras apropriadas de ajudar no desenvolvimento de associações locais de empreendedores; — considerar contribuir para planos de aposentadoria e pensões para empregados; — evitar ações que perpetuem a dependência da comunidade das atividades fi lantrópicas, da pre- sença ou apoio permanente da organização; — promover uma oportunidade justa para que grupos sub-representados (entre os quais mulheres e grupos raciais e étnicos) ocupem cargos de chefi a na organização; — desenvolver tecnologias e técnicas agrícolas, industriais, médicas e muitas outras, e torná-las acessíveis para os necessitados, garantindo a segurança da água potável, saneamento, alimen- tos e outros recursos cruciais para a saúde humana; — apoiar e treinar seus trabalhadores e representantes em seus esforços para erradicar o suborno e a corrupção, e dar incentivos ao seu progresso; — promover a conscientização dos empregados acerca da importância de cumprir com as leis da concorrência e com a concorrência leal. E.4 Negócios inclusivos A organização pode: — envolver no seu processo produtivo pequenas comunidades, organizações da sociedade civil e governos locais; — orientar a sua cadeia produtiva para mudanças no seu processo produtivo que visem melhorias na área ambiental e social; — incluir comunidades locais como parceiras na produção; — orientar e apoiar pequenos produtores locais na adoção de métodos produtivos mais efi cientes e efi cazes; — estabelecer parceria com grandes bancos para facilitar a obtenção de crédito por pequenos pro- dutores locais; — inovar, criando linhas de serviços e produtos para atender às preferências e necessidades das camadas mais pobres da população; — expandir a sua área de contratação, incluindo pessoas de pequenas comunidades locais e de nível de renda mais baixo, as conexões e conhecimentos locais, que podem ser um diferencial competitivo para a empresa. E.5 Social A organização pode: — integrar critérios éticos, sociais, ambientais e de igualdade de gênero, assim como de segurança e saúde, em suas políticas e práticas de compra, distribuição e contratação para melhorar a con- sistência com os objetivosde responsabilidade social e estimular outras organizações a adotar políticas semelhantes, sem incorrer em comportamento anticompetitivo ao fazê-lo; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados40 ABNT NBR 16001:2012 — participar ativamente na conscientização de organizações com que se relaciona sobre princípios e questões de responsabilidade social; — ser transparente acerca de desdobramentos, práticas e políticas referentes aos dados pessoais e oferecer formas rápidas de esclarecer a existência, natureza e principais usos dos dados pes- soais; participar de associações locais conforme seja possível e apropriado, com o objetivo de contribuir com o bem comum e com os objetivos de desenvolvimento das comunidades; — estimular e apoiar pessoas para que sejam voluntárias em serviços comunitários; — contribuir com a formulação de políticas e o estabelecimento, a implementação, o monitoramento e a avaliação de programas de desenvolvimento. Ao fazê-lo, recomenda-se que a organização tenha a devida consideração pelas posições e respeite os direitos dos outros de expressarem e defenderem seus próprios interesses. Levar em conta a promoção do desenvolvimento da comu- nidade ao planejar projetos de investimento social. Todas as ações deveriam ampliar as oportuni- dades para os cidadãos, por exemplo, ao aumentar a compra de fornecedores e a terceirização locais, visando o desenvolvimento local; — avaliar suas iniciativas existentes relacionadas à comunidade, relatá-las à comunidade e às pes- soas da organização e identifi car as melhorias que poderiam ser feitas; — estabelecer parcerias com outras organizações, inclusive governo, empresas ou ONG para maxi- mizar sinergias e usar recursos complementares, conhecimento e habilidades; — usar os recursos fi nanceiros, naturais e humanos de forma efi ciente. Box 1 – Contribuição para o desenvolvimento da comunidade por meio das principais atividades da organização A seguir, alguns exemplos de maneiras como as atividades principais da organização podem con- tribuir para o desenvolvimento da comunidade: — uma empresa que venda equipamentos agrícolas poderia oferecer treinamento em técnicas agrícolas; — uma empresa que planeja construir uma via de acesso poderia engajar a comunidade na etapa de planejamento para identifi car como o plano poderia ser modifi cado para também atender às necessidades da comunidade (por exemplo, fornecendo acesso aos agricultores locais); — um sindicato poderia utilizar sua rede de associados para divulgar informações sobre boas práticas de saúde para a comunidade; — uma indústria que requer uso intensivo de água que esteja construindo uma estação de tratamen- to de água para suas necessidades poderia também fornecer água limpa para a comunidade; — uma associação para proteção ambiental atuando em uma área remota poderia comprar do comércio e dos produtores locais os suprimentos necessários para suas atividades; e — um clube recreativo poderia permitir o uso de suas instalações para atividades educacionais voltadas para adultos analfabetos da comunidade. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 41 ABNT NBR 16001:2012 E.6 Tecnologia A organização pode: — promover o desenvolvimento e a divulgação de tecnologias e serviços ambientalmente saudáveis; — contribuir para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que possam ajudar a solucionar questões socioambientais em comunidades locais; — contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo que sejam facilmente replicáveis e tenham um impacto altamente positivo na erradicação da pobreza e da fome; — considerar, quando for economicamente viável, o desenvolvimento de conhecimento e tecnolo- gias locais e tradicionais e, ao mesmo tempo, proteger o direito das comunidades a esse conhe- cimento e essas tecnologias; — considerar o estabelecimento de parcerias com organizações como universidades ou laboratórios de pesquisa para aumentar o desenvolvimento científi co e tecnológico com parceiros da comuni- dade e empregar a população local nesse trabalho; — adotar práticas que permitam a transferência e difusão de tecnologias, quando for economica- mente viável. Quando aplicável, recomenda-se que a organização estabeleça termos e condições razoáveis para transferência de licenças e tecnologias, de forma a contribuir com o desenvolvi- mento local. É recomendado levar em conta e aumentar a capacidade da comunidade para gerir a tecnologia. E.7 Aquisição e entrega de produtos A organização pode: — dar preferência a fornecedores locais de produtos e serviços e contribuir para o desenvolvimento de fornecedores locais sempre que possível; — implementar iniciativas para fortalecer a capacidade e as oportunidades dos fornecedores locais para contribuir com cadeias de valor, dando atenção especial aos grupos desfavorecidos dentro da comunidade; — contribuir com programas que deem acesso a alimentos e outros produtos essenciais para grupos vulneráveis ou discriminados e pessoas de baixa renda, levando em conta a importância da con- tribuição para que eles tenham melhor qualifi cação, mais recursos e oportunidades; — adaptar bens ou serviços ao poder de compra dos pobres; — usar progressivamente uma maior proporção de produtos de fornecedores que adotem tecnolo- gias e processos mais sustentáveis; — apoiar práticas antitruste e antidumping, assim como políticas públicas que estimulem a concor- rência; criando produtos e embalagens que possam ser facilmente usados, reutilizados, repara- dos ou reciclados e, se possível, oferecendo ou sugerindo serviços de reciclagem e descarte; — oferecer produtos de alta qualidade com ciclo de vida mais longo a preços competitivos; Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados42 ABNT NBR 16001:2012 — fornecer aos consumidores informações cientifi camente confi áveis, consistentes, verdadeiras, precisas, comparáveis e verifi cáveis sobre os fatores ambientais e sociais relacionados à pro- dução e entrega de seus produtos ou serviços, inclusive, quando apropriado, informações sobre efi ciência de recursos, levando em conta a cadeia de valor; — fornecer aos consumidores informações sobre os produtos e serviços, como impactos de desem- penho na saúde, país de origem, efi ciência energética (quando aplicável), conteúdo ou ingredien- tes (inclusive, quando apropriado, o uso de organismos geneticamente modifi cados e nanopartí- culas), aspectos referentes ao bem-estar animal (inclusive, quando apropriado, o uso de testes em animais) e uso seguro, manutenção, armazenamento e descarte de produtos e suas embalagens; — utilizar sistemas de rotulagem confi áveis, efi cazes e verifi cados externamente ou outros siste- mas de verifi cação, como, por exemplo, selos verdes ou atividades de auditoria, para comunicar aspectos ambientais positivos, efi ciência energética e outras características social e ambiental- mente benéfi cas de produtos e serviços; — oferecer sistemas de suporte técnico e aconselhamento adequados e efi cientes; — divulgar abertamente o total de preços e impostos, termos e condições dos produtos e serviços (assim como todos os acessórios necessários para o uso) e os custos de entrega. Ao oferecer crédito ao consumidor, fornecer detalhes da taxa real de juros anual, assim como a taxa média de juros cobrada, que inclui todos os custos envolvidos,valor a ser pago, número de prestações e as datas de vencimento das prestações. E.8 Meio ambiente A organização pode: — estabelecer mecanismos para a melhoria da efi ciência energética; — reduzir e minimizar as emissões diretas e indiretas de GEE sob seu controle e estimular ações semelhantes dentro de sua cadeia de valor; — apoiar medidas regionais para reduzir a vulnerabilidade contra inundações. Isso inclui a restaura- ção de áreas úmidas ou alagadas que possam colaborar com a gestão de água de inundações e a redução no uso de superfícies impermeabilizadas em áreas urbanas; — part icipar de mecanismos de mercado para internalizar o custo de seus impactos ambientais e criar valor econômico na proteção dos serviços de ecossistemas; — considerar que os animais selvagens e seus habitats são parte de nossos ecossistemas naturais e, portanto, devem ser valorizados e protegidos e seu bem-estar levado em conta; — promover conservação e uso sustentável, de forma socialmente equitativa do solo, água e ecossistemas; — preservar quaisquer espécies ou habitats endêmicos sob risco ou ameaçados de extinção que possam ser negativamente afetados; — proteger os habitats naturais, áreas úmidas ou alagadas, fl orestas, corredores ecológicos, áreas de proteção e terras agrícolas no desenvolvimento de edifi cações e construções; E x e m p la r p a ra u s o e x c lu s iv o - A ç o V e rd e d o B ra s il - 0 7 .6 3 6 .6 5 7 /0 0 0 2 -7 0 ( P e d id o 7 7 2 0 4 3 I m p re s s o : 2 0 /1 0 /2 0 2 0 ) Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 43 ABNT NBR 16001:2012 — adotar práticas sustentáveis para a agricultura, pesca e silvicultura, incluindo, por exemplo, aspectos relacionados ao bem-estar de animais conforme defi nido nas mais avançadas normas e sistemas de certifi cação; — praticar na organização, sempre que possível, a economia de energia, inclusive adquirindo ou desenvolvendo produtos e serviços com baixo consumo de energia; — considerar tornar-se “neutra em carbono”, implementando medidas para compensar emissões de GEE remanescentes, por exemplo, apoiando programas confi áveis e que funcionem de for- ma transparente para redução de emissões; captura e armazenamento de carbono; e sequestro de carbono; — contribuir na capacitação as partes interessadas para a adaptação climática. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados44 ABNT NBR 16001:2012 Anexo F (informativo) Monitoramento e medição Há muitos métodos que podem ser usados para monitorar e medir o desempenho em responsabili- dade social, incluindo análises em intervalos apropriados, benchmarking e obtenção de retorno das partes interessadas. As organizações podem frequentemente conhecer melhor seus programas ao comparar suas características e desempenho com as atividades de outras organizações. Tais com- parações podem ser focadas em ações relacionadas a temas centrais específi cos ou em abordagens mais amplas para integrar a responsabilidade social em toda a organização. Um dos métodos mais comuns é a medição por meio de indicadores. Um indicador é uma informação qualitativa ou quantitativa sobre resultados relacionados com a organização que é comparável e demonstra mudança ao longo do tempo. Indicadores podem, por exemplo, ser usados para monitorar ou avaliar o atingimento dos objetivos de um projeto ao longo do tempo. Convém que estes indicadores sejam claros, informativos, práticos, comparáveis, exatos, confi áveis e tenham credibilidade. Detalhes adicionais completos sobre como selecionar e usar indicadores estão disponíveis em muitas referências sobre responsabilidade social e sustentabilidade. Embora indicadores que produzam resultados quantitativos sejam de uso relativamente simples, podem não ser sufi cientes para todos os aspectos da responsabilidade social. Na área de direitos humanos, por exemplo, as visões de mulheres e homens sobre se estão sendo tratados com justiça podem ser mais signifi cativas do que alguns indicadores quantitativos sobre discriminação. Indicado- res quantitativos obtidos a partir de pesquisas ou discussões de grupos focais podem ser combinados com indicadores qualitativos descrevendo visões, tendências, condições ou situações. Como a responsabilidade social é baseada em valores, na aplicação dos princípios da responsabilidade social e em atitudes, o monitoramento pode envolver abordagens mais subjetivas, como entrevistas, observação e outras técnicas de avaliação de comportamento e compromissos. Convém que a organização trabalhe para que os resultados do monitoramento e medição sejam fáceis de compreender, confi áveis, tempestivos e respondam às preocupações das partes interessadas. Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 45 ABNT NBR 16001:2012 Anexo G (informativo) Correspondência entre a ABNT NBR 16001:2012 e a ABNT NBR ISO 26000:2010 A Tabela G.1 identifi ca correspondências amplas entre esta Norma e a ABNT NBR ISO 26000:2010. O objetivo desta comparação é demonstrar que ambas as Normas são compatíveis, apesar das diferenças. A Tabela G.1 pode ajudar a organização em seu processo de implantação e manutenção do sis- tema de gestão da responsabilidade social, por meio da aplicação das diretrizes pertinentes da ABNT NBR ISO 26000:2010. Uma correspondência direta entre as subseções das duas Normas somente é estabelecida se as duas subseções forem amplamente relacionadas quanto aos seus conteúdos. Várias conexões cruzadas de menor relevância existem e não puderam ser identifi cadas. Tabela G.1 – Correspondência entre a ABNT NBR 16001:2012 e a ABNT NBR ISO 26000:2010 ABNT NBR 16001:2012 Correspondência ABNT NBR ISO 26000:2010 Política de responsabilidade social 3.2 4 7.4.2 Princípios da responsabilidade social Determinação da direção de uma organização rumo à responsabilidade social Identifi cação das partes interessadas 3.3.1 3.3.3 4.5 5.2 5.3 O papel das partes interessadas na responsabilidade social Respeito pelos interesses das partes interessadas Reconhecimento da responsabilidade social Identifi cação e engajamento das partes interessadas Temas centrais da responsabilidade social e suas questões 3.3.2 5.2.2 7.3.2 7.3.4 Reconhecimento de temas centrais e questões relevantes da responsabilidade social Determinação da relevância e signifi cância dos temas centrais e questões para a organização Estabelecimento de prioridades para abordar questões Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados46 ABNT NBR 16001:2012 ABNT NBR 16001:2012 Correspondência ABNT NBR ISO 26000:2010 Due diligence 3.3.3 5.2.3 6.3.3 6.3.4 6.3.5 6.3.9 6.4.3 6.6.6 7.3.1 7.3.3 Responsabilidade social e esfera de infl uência de uma organização Questão 1 dos direitos humanos: Due diligence Questão 2 dos direitos humanos: Situações de risco para os direitos humanos Questão 3 dos direitos humanos: Evitar cumplicidade Questão 7 dos direitos humanos: Direitos econômicos, sociais e culturais Questão 1 das práticas de trabalho: Emprego e relações de trabalho Questão 4 das práticas leais de operação: Promoção da responsabilidade social na cadeia de valor Due diligence Esfera de infl uência de uma organização Identifi cação de oportunidades de melhoria e inovação 3.3.4 6 Orientações sobretemas centrais da responsabilidade social Requisitos legais e outros 3.3.5 3.3.2 3.4 4.6 4.7 5.2.2 7.3.2 As expectativas da sociedade O Estado e a responsabilidade social Respeito pelo estado de direito Respeito pelas normas internacionais de comportamento Reconhecimento dos temas centrais e questões relevantes da responsabilidade social Determinação da relevância e signifi cância dos temas centrais e questões para a organização Objetivos, metas e programas 3.3.6 7.4.2 7.3.4 Determinação da direção de uma organização rumo à responsabilidade social Estabelecimento de prioridades para abordar questões Recursos, funções, responsabilidades e autoridade 3.3.7 7.4.3 7.7 Como trazer a responsabilidade social para a governança, os sistemas e os procedimentos de uma organização Análise e aprimoramento das ações e práticas de uma organização relativas à responsabilidade social Tabela G.1 (continuação) Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados 47 ABNT NBR 16001:2012 ABNT NBR 16001:2012 Correspondência ABNT NBR ISO 26000:2010 Treinamento, competência e conscientização 3.4.1 7.4.1 Conscientização e desenvolvimento de competências para a responsabilidade social Engajamento das partes interessadas 3.4.2 3.3.3 5.1 5.3 7.6.1 O papel das partes interessadas Geral − Reconhecimento da responsabilidade social e engajamento das partes interessadas Identifi cação e engajamento das partes interessadas Método para fortalecimento da credibilidade Comunicação 3.4.3 7.5 7.6 Comunicação sobre responsabilidade social Fortalecimento da credibilidade em relação à responsabilidade social Tratamento de confl itos ou desavenças 3.4.4 7.6.3 6.3.6 Solução de confl itos ou desavenças entre a organização e suas partes interessadas Questão 4 dos direitos humanos: Resolução de queixas Controle operacional 3.4.5 6 Orientações sobre a integração da responsabilidade social por toda a organização Requisitos de documentação 3.5 Não há Monitoramento e medição 3.6.1 7.7 Análise e aprimoramento das ações e práticas de uma organização relativas à responsabilidade social Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros 3.6.2 Não há Não conformidade e ações corretiva e preventiva 3.6.3 7.7.4 7.7.5 Aumento da confi abilidade da coleta de dados e informações e gestão Melhoria no desempenho Auditoria interna 3.6.4 Não há Análise pela administração 3.6.5 7.7.3 7.7.4 7.7.5 Análise do processo e desempenho em responsabilidade social da organização Aumento da confi abilidade da coleta de dados e informações e gestão Melhoria no desempenho Tabela G.1 (continuação) Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=nbr-16001-2012-segunda-edicao-responsabilidade-social-sistema-de-gestao © ABNT 2012 - Todos os direitos reservados48 ABNT NBR 16001:2012 Bibliografi a [1] ABNT NBR 16002 – Responsabilidade social – Sistema de gestão – Qualifi cação de auditores [2] ABNT NBR 16003 – Responsabilidade social – Diretrizes para execução de auditorias [3] ABNT NBR ISO 9000:2005 – Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário [4] ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos [5] ABNT NBR ISO 14001:2004 – Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso [6] ABNT NBR ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental [7] ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes sobre responsabilidade social [8] ABNT ISO/IEC Guia 2:2006 – Normalização e atividades relacionadas – Vocabulário geral [9] ABNT ISO/TR 10013:2002 – Diretrizes para a documentação de sistema de gestão da qualidade [10] Diretrizes para relatórios de sustentabilidade da Global Report Initiative (GRI) Baixado por Rutileia Feliciano (rutifeliciano@gmail.com) lOMoARcPSD|26371963