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GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE EBOOK 2GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Índice Introdução pág. 03 pág. 05 pág. 10 pág. 14 Como garantir que essas decisões não tenham efeitos colaterais piores do que as causas iniciais? Matriz de Esforço vs. Resultado Empresas são feitas de pessoas, que vão possibilitar a superação da situação de crise 3GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Toda organização já passou - ou ainda vai passar - por algum cenário de crise, pelos mais diversos motivos externos ou internos. Nesse contexto, a área de Recursos Humanos (RH) tem um papel fundamental para ajudar a superar esses desafios. Por isso, a Pulses preparou esse guia com conceitos, exemplos e dicas para que você, junto com a sua empresa, possa enfrentar as constantes incertezas do mercado. Um conceito bastante conhecido relacionado à gestão empresarial em situações de crise é o apresentado por Ben Horowitz no livro ‘O lado difícil das situações difíceis: Como construir um negócio quando não existem respostas prontas’: Nele, o autor e executivo ressalta a diferença dos mindsets de lideranças, especialmente CEOs, diante ameaças existenciais para a continuidade de um negócio. Peacetime CEO/ Wartime CEO (CEO em tempos de paz e CEO em tempos de guerra). Introdução Diferença de mindsets de lideranças diante das adversidades 4GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Embora, atualmente, seja um conceito amplamente debatido, o artigo aborda uma reflexão interessante: E podemos dizer o mesmo do RH! Os desafios enfrentados por essa área em épocas favoráveis são diferentes daqueles encarados em momentos de crise. Assim, as organizações precisam preparar as lideranças para garantir o alinhamento na tomada de decisões. Os comportamentos que levam ao sucesso da lideranças de uma organização em “tempos de paz” (períodos favoráveis para empresa, de expansão de mercado e consolidação de suas forças), dificilmente levarão ao sucesso em “tempos de guerra” (aqueles momentos de crise, em que a organização enfrenta riscos existenciais), e vice-versa. Traduzido de: BEN Horowitz: Hard thing about hard things. [S. l.: s. n.], 2014. 5GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Diante da crise, uma solução muito comum para problemas financeiros é o corte de custos e as iniciativas que são consideradas dispensáveis para o “core business” são geralmente adiadas, paralisadas ou completamente abandonadas. Assim, o RH se vê responsável por conduzir desligamentos e reduzir gastos com benefícios, ferramentas, e outros projetos. Decisões neste sentido, tomadas pela alta gestão, estão embasadas em um raciocínio bastante lógico: se a sobrevivência e continuidade da empresa estão ameaçadas no curto prazo, os resultados de iniciativas voltadas para o longo prazo podem nunca ser colhidos e, por isso, é melhor deixá-los de lado. Entretanto, existe um limite até onde os cortes geram resultados positivos para organização. Muitos deles podem ter efeitos negativos rápidos, e levam a gastos maiores do que a economia que geraram. Como garantir que essas decisões não tenham efeitos colaterais piores do que as causas iniciais? 6GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Para conseguir identificar se um corte de gasto realmente irá gerar o valor pretendido, um conceito bastante útil é o ROI – Return Over Investiment (Retorno Sobre Investimento). Trata-se de uma lógica simples: Qual é a receita, ou o retorno gerado por um determinado investimento? Se o retorno gerado por uma iniciativa for menor do que o investimento, provavelmente o corte faz sentido. Entretanto, se o investimento é baixo comparado ao retorno gerado, esse ‘corte de custos’ deve gerar o efeito contrário do pretendido: Ao invés de economia, irá gerar mais gastos no final do dia. Exemplo prático 01 Remover um benefício extremamente popular entre os colaboradores pode ter um efeito no engajamento e, consequentemente, na performance ou até mesmo no turnover, gerando mais custos de recrutamento e treinamento de novos colaboradores, do que a economia gerada pelo corte. 7GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Muitas vezes pode ser difícil afirmar o retorno exato de um investimento. Mesmo assim, é importante fazer o exercício de inferir e estimar. Mesmo que o resultado não seja tão preciso, você pode se surpreender! DICA Por outro lado, um benefício raramente utilizado pelos colaboradores poderia ser tranquilamente cortado sem grandes impactos, gerando efetiva economia. Exemplo prático 02 Uma empresa tem 1 pedido de demissão por mês (12 por ano) em média. Estimando que o custo de turnover, que envolve a contratação para reposição, treinamento e ramp-up do novo colaborador seja de: R$ 10.000,00 por colaborador que pede demissão. https://materiais.tangerino.com.br/calculadora-turnover-absenteismo 8GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Temos: Em um momento de cortes, opta-se pela exclusão de uma ferramenta de engajamento, que proporciona uma escuta contínua de colaboradores, que custa: Em decorrência disso, a média de pedidos de demissão aumenta em R$ 20.000,00 por ano. 50% (apenas mais 6 por ano). Custo-base da rotatividade dessa empresa = R$ 120.000,00 por ano. Existe, por um lado, uma economia de R$20.000,00 com o corte da ferramenta mas, o aumento de custos com turnover subiu para R$60.000,00. Note que o resultado final do corte é, na verdade: um AUMENTO DE GASTOS de R$ 40.000,00 e não uma redução de R$ 20.000,00, como pretendido. CUSTOS: -R$ 20.000,00 + R$ 60.000,00 = + R$ 40.000,00 9GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Ou seja, nesse caso, a decisão tomada de forma precipitada e sem as devidas análises, levou a mais custos do que economia. A ferramenta de engajamento trazia mais valor para a organização do que o estimado, pois, possivelmente, era um dos motivos que levavam a permanência desses colaboradores na empresa. 10GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Outro conceito que pode ajudar na hora de priorizar quais ações você deve tomar em um momento de crise, é a Matriz de Esforço X Resultado, conforme a imagem a seguir: A matriz é composta por dois eixos, temos o esforço (tempo, dinheiro, energia etc.) despendido em uma determinada iniciativa. E, no outro eixo, temos o seu impacto (receita, resultado, assertividade, etc.). Matriz de Esforço vs. Resultado Como interpretar a matriz Easy WinsHigh High Impact Effort Low Low Money PitIncremental Big Bets RESULTADO ESFORÇO 11GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Analisando esses dois eixos, podemos construir quatro quadrantes: Ações de alto impacto e baixo esforço são prioridade! Devem ser incentivadas como alternativas aos outros quadrantes. Raramente devem ser interrompidas ou desconsideradas em situações de crise. Ações de baixo impacto e alto esforço, por outro lado, devem ser as primeiras a serem cortadas. Exemplo 1: Ferramentas ou benefícios de baixo custo e que são bem avaliados pelos colaboradores. Exemplo 2: Redução de headcount de cargos com salários mais baixos, mas que geram alto impacto na organização, devem ser evitados ao máximo. Exemplo 1: Benefícios não utilizados ou não valorizados pelos colaboradores. Exemplo 2: Desligamento de colaboradores com altos salários e baixo desempenho. Quadrante 1 - Easy Wins Quadrante 2 - Money Pits 12GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | As ações de alto impacto e alto esforço normalmente levam mais tempo para serem concluídas e gerarem resultados. Nesse caso, em momentos de crise, apenas algumas ações relacionadas a esse quadrante devem ser mantidas, levando em conta o nível de alinhamento à estratégia da organização, o esforço que já foi dedicado, ou ainda o tempo necessário para que o resultado seja alcançado. Exemplo 1: Consultorias robustas de apoio ao RH. Exemplo 2: Benefícios caros, mas valorizados pelos colaboradores. Exemplo 3: Colaboradores com altos saláriose alto desempenho. Normalmente, em desligamentos, deve- se levar em conta também o tempo de recrutamento e complexidade de contratação despendidos. Quadrante 3 - Big Bets Por fim, as ações de baixo impacto e baixo esforço deverão ser avaliadas caso a caso, podendo ser mantidas ou cortadas de acordo com a severidade da crise. A partir da avaliação Quadrante 4 - Incremental 13GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | da quantidade, reduzir o volume delas pode ser uma boa alternativa. Exemplo: Considerar o desligamento de colaboradores com baixos salários, mas baixo impacto no resultado e fácil reposição. Para conseguir fazer boas análises especialmente sobre o impacto, considere ouvir a percepção direta dos seus colaboradores ou das lideranças sobre os temas envolvidos. A melhor pessoa para dizer se um benefício gera impacto ou não, é o colaborador. A melhor pessoa para dizer se algum colaborador é um talento indispensável ou não, é a liderança. DICA 14GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Talvez um dos papéis mais importantes do RH seja o de reforçar para a alta gestão a importância dos colaboradores na superação da crise. Não é incomum que nesses cenários, as pessoas tenham de se desdobrar para alcançar resultados, seja por conta dos recursos limitados ou porque os desafios aumentam. Nesse caso, é fundamental escutá-las de forma contínua e entender quais são os temas que mais impactam no engajamento e na performance. Em um cenário de grandes desligamentos, escutar quem fica na empresa é tão importante quanto a decisão de quem sairá. Essas são as pessoas que irão garantir que a organização possa superar a crise pela qual está passando. Se não forem ouvidas, não estiverem engajadas, ou se não estiverem seguras sobre seus futuros, dificilmente conseguirão performar com sucesso. No decorrer desse processo é importante conseguir identificar dois grupos: Empresas são feitas de pessoas, que vão possibilitar a superação da situação de crise 15GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | O primeiro grupo é formado por colaboradores imprescindíveis, cuja saída repentina ou pedido de demissão geraria grandes transtornos, riscos e problemas. Já o segundo grupo é dos principais talentos, aqueles cujo conhecimento, habilidade e qualidade de entrega fazem a diferença para os resultados da empresa. Note que se tratam de dois grupos distintos, que podem ou não ter intersecção entre si. Colaboradores Imprescindíveis Principais Talentos Por exemplo, um colaborador que não é considerado um talento, pode exercer uma função extremamente crítica e/ou possuir um conhecimento que ninguém mais tem. Ou ainda, um colaborador que é considerado um talento, exerça uma função menos relevante. Entender os motivadores e o engajamento desses dois grupos pode evitar que a crise inicial piore ou que gere novas crises, em decorrência da perda de pessoas-chave e das dificuldades de reposição causadas por suas saídas. 16GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | No módulo de Pulso de Performance da Pulses, é possível criar perguntas personalizadas para as lideranças responderem, de forma contínua, sobre seus liderados. O resultado é analisado em uma matriz Nine Box com os resultados ao longo do tempo, permitindo identificar quem faz parte desses dois grupos na sua empresa. DICA Após esse mapeamento, é possível entender quais são os fatores que mais impactam no engajamento por meio do módulo de escuta contínua e de Smart Insights da Pulses. Conheça um pouco mais sobre essas soluções clicando aqui. https://pulsesengagehelp.zendesk.com/hc/pt-br/articles/4412232752275-Smart-Insights-pequenos-insights-que-podem-gerar-grandes-resultados 17GUIA PARA O RH EM MOMENTOS DE CRISE | Nunca esqueça que as empresas são feitas de pessoas, que com suas especificidades contribuem para o sucesso e cumprimento da missão do negócio. Esperamos que esse material tenha sido útil para te apoiar e possa contribuir de forma estratégica, não só quando tudo vai bem, mas também quando a organização enfrenta riscos e turbulências! Nesse sentido, conte com a Pulses para, continuamente, acompanhar e compreender os principais aspectos que geram engajamento e antecedem a performance. Nos siga nas Redes Sociais Acesse nosso site e saiba mais www.pulses.com.br https://www.instagram.com/pulsesengage/ https://www.linkedin.com/company/pulses https://www.youtube.com/@Pulses https://www.facebook.com/pulsesengage https://www.pulses.com.br
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