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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY Diana da Silva Barbosa – 2111397 Laylla Valentin Carneiro Sousa - 2113100 Luiz Wagner Santana da Silva – 2110924 Paula Cristina da Silva Ribeiro - 2110041 PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR AUDITORIA DUQUE DE CAXIAS - RJ 2022 Diana da Silva Barbosa – 2111397 Laylla Valentin Carneiro Sousa - 2113100 Luiz Wagner Santana da Silva – 2110924 Paula Cristina da Silva Ribeiro – 2110041 PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR AUDITORIA Trabalho elaborado a sociedade educacional Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy – Unigranrio sob a supervisão e orientação do professor Joebeo Ramos de Oliveira, como requisito obrigatório para atender as necessidades da disciplina de Auditoria no decorrer do período acadêmico do curso de Ciências Contábeis DUQUE DE CAXIAS - RJ 2022 Sumário INTRODUÇÃO ....................................................................................................4 1 DESENVOLVIMENTO..................................................................................... 5 1.1 Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria (NBC-TA 210 - R1).......................................................................................................................6 1.2 Planejamento de Auditoria (NBC-TA 300 - R1) ............................................7 1.3 Documentação de Auditoria (NBC-TA300R1) ............................................10 1.4 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente (NBC-TA 315 - R2)..................11 1.5) Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados (NBC-TA 330)........................13 1.5.1 Avaliação do Auditor aos Riscos avaliados..............................................14 1.6. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (NBC TA 505)...........................................15 1.7. TRABALHOS INICIAIS – SALDOS INICIAIS (NBC-T 510)........................17 1.8 AMOSTRAGEM EM AUDITORIA (NBC-TA 530)........................................19 1.9 FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...................20 1.10. PARÁGRAFOS DE ÊNFASE E PARÁGRAFOS DE OUTROS ASSUNTOS NO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE (NBC TA 706)..........................24 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE................................................. 26 ANEXO I............................................................................................................29 ANEXO II...........................................................................................................30 ANEXO III..........................................................................................................31 ANEXO IV..........................................................................................................32 ANEXO V...........................................................................................................33 ANEXO VI..........................................................................................................34 CONCLUSÃO....................................................................................................35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................36 4 INTRODUÇÃO A auditoria das demonstações contábeis é o conjunto de procedimentos técnicos que visam emitir opinião sobre sua adequação, controlando as àreas – chaves da empresa, prevenindo a possibilidade de fraudes, subornos e desfalques, sendo realizado por profissionais especializados e capacidatados. 5 1. DESENVOLVIMENTO A auditoria contábil é um conjunto de atividades técnicas e procedimentos, exercidas de forma sistematizada numa entidade, compreendendo a avaliação e exame dos procedimentos e das operações praticadas, com vistas a apurar a exatidão dos registros contábeis e a realidade das operações, e sobre estes emitir uma opinião. O principal objetivo da Auditoria Contábil é verificar se as demonstrações contábeis refletem de formas adequadas a situação patrimonial, financeira e econômica das organizações, para atingir o objetivo citado, o auditor precisa planejar adequadamente seu trabalho, fazer a avaliação do sistema de controle interno relacionado com a parte contábil e proceder à revisão analítica das contas do ativo, passivo, despesas e receita, a fim de estabelecer natureza, datas e extensão dos procedimentos de auditoria, e colher as evidências comprobatórias das informações contábeis espelhadas nas demonstrações para, a partir da avaliação das mesmas, emitir parecer. Existem duas classificações dentro da auditoria que são elas, Auditoria das Demonstrações financeiras e Auditoria Operacional ou de Gestão. Na auditoria das demonstrações financeiras o objetivo é demonstrar com clareza aos administradores da entidade a situação e evolução da mesma. Na auditoria operacional ou gestão o objetivo dá – se na verificação das metas da entidade, se os planos estão transcorrendo com eficiência para alcançar as devidas metas, sendo feito através de programas e atividades que irão avaliar se os recursos estão sendo realizados de maneira positiva agregando na intenção final que é cumprir os objetivos da empresa. Aprofundando, temos a auditoria interna e a auditoria externa. Na auditoria interna têm como principal foco supervisionar o operacional interno da empresa, verificando se as normas estão sendo seguidas, se os funcionários estão cumprindo sua função com eficiência e da forma que foi determinado e avaliando se há necessidade de novas normas ou modificações da que já estão sendo executadas. 6 Na auditoria externa, o foco está nas demonstrações contábeis, são verificadas para que haja concordância com os princípios contábeis, sendo verificado fluxo de caixa da empresa, as mutações ocorridas no patrimônio líquido, todas essas observações sendo realizadas por um auditor sem vínculo empregatício e com total independência sendo habilitado para exercer a função. 1.1 CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA (NBC- TA 210-R1) O alcance desta norma trata a responsabilidade do auditor independente em estabelecer os termos de um trabalho de auditoria com a administração e, quando adequado, com os responsáveis pela governança. O objetivo do auditor independente é aceitar ou continuar um trabalho de auditoria somente quando as condições em que esse trabalho deve ser realizado foram estabelecidas por meio de: • Determinação da existência das condições prévias a um trabalho de auditoria; • Confirmação de que há um entendimento comum entre o auditor independente e a administração e, quando adequado, com os responsáveis pela governança sobre os termos do trabalho de auditoria. Para fins desta Norma, “administração” compreende além da administração, os responsáveis pela governança. As condições prévias para uma auditoria são determinar se a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações contábeis é aceitável, e obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade. Os termos do trabalho de auditoria estabelecidos devem ser formalizados na carta de contratação de auditoria ou outra forma adequada de acordo por escrito que devem incluir: • O objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis; • As responsabilidades do auditor; 7 • As responsabilidades da administração; • A identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a elaboração das demonstrações contábeis; e • Referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios a serem emitidos pelo auditor e uma declaração de queexistem circunstâncias em que um relatório pode ter forma e conteúdo diferente do esperado. 1.2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA (NBC-TA 300) O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: 1. Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; 2. Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; 3. Ajudar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; 4. Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; 5. Facilitar à direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e ·a revisão do seu trabalho; 6. Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas. 7. O auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria corrente: 8. Realizar os procedimentos de Controle de Qualidade; 9. Avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência; 10. Estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho. 8 Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria. Desse modo, o plano de auditoria e a estratégia global são flexíveis, e não instrumentos rígidos. Ademais, a natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos membros- chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. Não obstante, o auditor deve documentar: 1. A estratégia global de auditoria; 2. O plano de auditoria; e 3. Eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria durante o trabalho de auditoria, e as razões dessas alterações. O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar temas como: 1. Os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas complexos; 2. Os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco; 9 3. Quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base de corte; 4. Como esses recursos são gerenciados, direcionados e como esses supervisionados. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões chave consideradas necessárias para planejar adequadamente a auditoria. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. O planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como: 1. Os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco; 2. Obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à entidade e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura; 3. A determinação da materialidade; 4. O envolvimento de especialistas; e a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. 10 1.3 Documentação de Auditoria NBC TA 230 (R1) Documentação de auditoria são o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor. A norma NBC TA 230 (R1) trata da responsabilidade do auditor em elaborar documentos que vão auxiliar na auditoria das demonstrações contábeis. É necessário que essa documentação forneça registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor e evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis. Existem finalidades adicionais na qual a documentação de auditoria é apropriada, são elas: • Assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria; • Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão; • Permitir que a equipe de trabalho pudesse ser responsabilizada por seu trabalho; • Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras; • Permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais, regulamentares e outras exigências aplicáveis. Sobre os requisitos, o auditor deve preparar a documentação dentro do prazo, aprimorando a qualidade e revisão a fim de facilitar o relatório do auditor, dentro disso, o documento deve ser o suficiente para que outro auditor sem envolvimento anterior possa entender os seguintes tópicos: • A natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis; • Os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; 11 • Assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões. Mesmo com todos os requisitos de documentação cumpridos pode acontecer de o auditor julgar necessário não atender um requisito relevante e nesse caso o auditor deve documentar os procedimentos alternativos utilizados para cumprir a finalidade desse requisito, ou seja, o auditor pode não obedecer a um requisito desde que sejam documentados os motivos. 1.4 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente (NBC-TA 315 - R2) O objetivo da NBC-TA é identificar e avaliar o risco de distorção relevante, nosníveis de demonstrações financeiras e afirmações decorrentes de fraude ouerro, fornecendo assim uma base para o planejamento e implementações de respostas ao risco de distorção relevante avaliado. Esta Norma deve ser aplicada nos relatórios de auditoria emitidos nas demonstrações contábeis referentes aos exercícios que se terminam em, ou após 31 dedezembro de 2022, e revoga na NBCTA 315 (R1) publicada no DOU, Seção1, de05/09/2016. • Os riscos no nível geral da demonstração contábil referem-se àsdemonstraçõescontábeiscomoumtodoequeafetampotencialmentemuitas afirmações. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes: risco inerente e risco de controle: • O risco inerente é descrito como sendo a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que pode ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados. • O risco de controle é descrito como sendo o risco de que uma distorção que pode ocorrer em uma afirmação a respeito de uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que pode ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente 12 pelos controles internos da entidade. Procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas o auditor deveplanejar e realizar procedimentos de avaliação de riscos para obter evidênciadeauditoriaqueforneçaumabaseadequadapara: (a) A identificação e a avaliação dos riscos de distorção relevante, independentemente de serem causados por fraude ou erro, nos níveis das demonstrações contábeis e da afirmação. (b) O planejamento de procedimentos adicionais de auditoria de acordo com a NBC TA 330, O auditor deve planejar e realizar procedimentos de avaliação de riscos de forma não tendenciosa em relação à obtenção de evidência de auditoria que possa ser comprobatória ou em relação à exclusão de evidência de auditoria que possa ser contraditória. Os procedimentos de avaliação de riscos devem incluir: a) Indagações junto à administração e a outros indivíduos apropriados da entidade, incluindo indivíduos dados função de auditoria interna (caso essa função exista). b) Procedimentos analíticos. c) Procedimentos analíticos. Se o auditor obtém novas informações que não são consistentes com a evidência de auditoria sobre a qual ele originalmente baseou a identificação ou avaliação dos riscos de distorção relevante, ele deve rever a identificação ou avaliação. O auditor deve incluir na documentação de auditoria. A discussão entre a equipe encarregada do trabalho e as decisões significativas alcançadas, elementos chave do entendimento do auditor a partir das quais o entendimento do auditor foi obtido e os procedimentos de avaliação de riscos realizados, a avaliação do plano dos controles identificados e a determinação de se esses controles foram implementadas de acordo com os requisitos. A identificação e a avaliação dos riscos de distorção relevante nos níveis das demonstrações contábeis e da afirmação, incluindo os riscos significativos e os riscos para os quais somente os procedimentos substantivos não conseguem fornecer evidência de auditoria apropriada e suficiente, e a lógica utilizada para os julgamentos significativos feitos. 13 1.5) Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados (NBC-TA 330) O que é o risco de auditoria? Entende-se por “risco geral de auditoria” aquele risco de se concluir e opinar de que as contas anuais tomadas em conjunto refletem a imagem fiel da companhia quando na realidade não é assim, e o risco de que, embora elas reflitam a imagem fiel da companhia, o auditor conclua que elas não a refletem. O auditor deve obter o maior nível de certeza possível de tal forma a restringir o risco de auditoria ao seu menor nível relativo. O risco geral de auditoria é um mix de três riscos quais sejam: • Risco inerente, que é o risco que se origina da natureza própria da conta ou tipo de operação analisada; • Risco de controle, que consiste na incapacidade do sistema de controle interno de evitar ou detectar oportunamente um erro importante; • Risco de detecção, que nada mais é do que o risco de que erros importantes, individualmente ou em conjunto com as contas anuais, não sejam detectados pelas provas substantivas. Risco Inerente Este risco é definido como sendo a susceptibilidade do saldo de uma conta ou tipo de operação, a erros importantes independentemente dos efeitos dos controles internos correspondentes. Os objetivos de auditoria que tem maior probabilidade de resultarem afetados pelas condições do risco inerente são os relacionados com o corte (Cut-off), a mensuração de direitos e obrigações e a apresentação e revelação nas contas anuais. Outro aspecto importante é sua relação com o controle interno contábil, uma vez que algumas condições de risco inerente não são cobertas normalmente pelos sistemas de controle contábeis internos. Risco de controle É o risco da existência de determinados erros materiais, que não são detectados ou previstos no seu momento, pelos sistemas de controle interno. Considerando-se que é impossível que qualquer sistema de controle interno possa ser eficiente a tal ponto de eliminar todos os erros possíveis, então o risco de controle nunca pode ser igual a zero. O risco de controle não pode ser avaliado separadamente do risco inerente, face 14 às relações que ambos têm. 1.5.1 Avaliação do Auditor aos Riscos avaliados Como já sabemos, o objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas a esses riscos. • Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: 1 - Testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e 2 - Procedimentos analíticos substantivos. • Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de transações que tendem a ser previsíveis com o tempo. Ao planejar os testes de detalhes, a sua extensão é geralmente considerada em termos do tamanho da amostra. Com base nos procedimentos de auditoria executados e na evidência de auditoria obtida, o auditor deve avaliar, antes da conclusão da auditoria, se as avaliações de riscos de distorção relevante no nível de afirmações continuam apropriadas. Desse modo, se o auditor não obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto a uma afirmação relevante nas demonstrações contábeis, o auditor deve tentar obter evidência adicional de auditoria. A avaliação dos riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e, consequentemente, as respostas gerais do auditor, são afetadas pelo entendimento do auditor do ambiente de controle. 15 1.6. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (NBC TA 505) Através da Resolução CFC n° 1.219/2009, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou NBC TA 505 – Confirmações Externas, cuja elaboração observou sua equivalente internacional ISA 505. Importante dizer que a NBC TA 505 - Confirmações Externas, trata do uso de procedimentos de confirmação externa pelo auditor de acordo com os requisitos da NBC TA 330 - Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados e da NBC TA 500 - Evidência de Auditoria. Por outro lado, ela não aborda indagações relativas a litígio e reclamações que são tratadas na NBC TA 501 - Evidência de Auditoria - Considerações Específicas para Itens Selecionados. De forma prática a confirmação externa (ou circularização) tem como findar a obtenção de declaração formal e imparcial advindas de pessoas segregadas á empresa, desde que haja habilitação para confirmar por parte das mesmas. Consiste no ato de obter, através do auditor, uma declaração escrita, paralelamente a fontes externas de capacitação necessáriapara tanto. CONFIRMAÇÃO POSITIVA É a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. CONFIRMAÇÃO NEGATIVA É a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. RESPOSTA NÃO RECEBIDA É quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue. 16 Para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. EXCEÇÃO É a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. Portanto, a auditor deve investigar as exceções para determinar se elas são indicativas ou não de distorção. RECUSA DA ADMINISTRAÇÃO EM PERMITIR QUE O AUDIOTOR ENVIE SOLICITAÇÕES DE CONFIRMAÇÃO No caso de uma recusa da administração no que tange a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, o auditor deve: ● indagar sobre a administração ter recusado e procurar evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade; ● avaliar as implicações referente a recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros procedimentos de auditoria; ● executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Se houver conclusão por parte do auditor que a recusa em permitir o envio de solicitações de confirmação não é razoável, ou não conseguir obter evidência de auditoria relevante e confiável por meio de procedimentos alternativos de auditoria, o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança. A recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação constitui uma limitação sobre a evidência de auditoria que o auditor deseja obter. O auditor deve, portanto, indagar sobre as razões para a limitação. RESULTADO DO PROCEDIMENTO DE CONFIRMÇÃO EXTERNA 17 Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de confirmação, o auditor deve obter evidência adicional de auditoria para resolver essas dúvidas. Além do mais, para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Logo, caso o auditor determine que uma resposta a uma solicitação de confirmação positiva seja necessária para obter evidência de auditoria, procedimentos alternativos de auditoria não fornecerão a evidência de auditoria que o auditor precisa. 1.7. TRABALHOS INICIAIS – SALDOS INICIAIS (NBC-T 510) Os saldos iniciais é a base para se elaborar as demonstrações contábeis, são os saldos contábeis existentes no início do período, o que significa dizer que os saldos iniciais se baseiam nos saldos finais do período anterior. E a norma NBC – TA 510 - trata da responsabilidade do auditor independente em relação aos saldos iniciais em um trabalho de auditoria inicial. Além dos valores das demonstrações contábeis, saldos iniciais, incluem-se assuntos que precisam ser divulgados e que existiam no início do período, tais como contingências e compromissos. Sendo essa norma aplicada a período iniciados ou a partir 1° de janeiro de 2010. O objetivo do auditor é ter convicção de que os saldos iniciais representam apropriadamente a situação e políticas adotadas pela empresa. Devem ser levados em conta saldos, contingências e compromissos. No qual um trabalho de auditoria inicial diz respeito a um trabalho onde a as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas ou quando as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente antecessor. Onde devem ser consideradas em questão dos saldos iniciais evidencias que mostre os saldos que contenham equívocos ou distorções que afetam as demonstrações do período, levando em conta também as políticas contábeis se foram aplicadas de maneira correta sendo devidamente registradas, adequadas e divulgadas. 18 No caso do auditor não conseguir evidencias com referências aos saldos iniciais, deve-se expressar a opinião com ressalva ou abstenção. No qual se o auditor concluir as distorções dos saldos afetam de forma relevante deve – se expressar a opinião em ressalva e opinião adversa. A natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais dependem de assuntos como as políticas contábeis seguida pela entidade, a natureza dos saldos contábeis, classes de transações e divulgações, assim como os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis do período corrente, a significância dos saldos iniciais em relação às demonstrações contábeis do período corrente e se as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas e, em caso afirmativo, se a opinião do auditor independente antecessor foi modificada. Onde se concluem que nas auditorias no qual o auditor não conseguir ter convicção a respeito dos saldos iniciais, deve emitir o parecer com ressalva ou abster- se da emissão de opinião. E se o auditor concluir que há distorções não registradas divulgadas e estas afetarem as demonstrações do período corrente deve emitir o parecer com ressalva ou com opinião adversa. Uniformidade de política Contábil Deve ser emitido o parecer com ressalva ou opinião adversa se: a) As políticas contábeis do período não estão aplicadas de forma uniforme em relação aos saldos iniciais b) Houve uma mudança nas políticas contábeis e esta não está devidamente registrada ou divulgada Relatório do Auditor Independente Se o relatório do auditor independente antecessor possuir modificações que sejam relevantes e significativas as demonstrações correntes, o relatório atual também deve conter as modificações. 19 1.8 AMOSTRAGEM EM AUDITORIA (NBC-TA 530) Esta norma se aplica quando auditor decide usar amostragem em sua execução de procedimentos de auditoria. De forma que podemos dizer amostragem é quando auditor realiza um trabalho em uma entidade, ele não consegue esgotar todas as possibilidades, sendo assim é preciso priorizar uma parte, uma parcela, uma população onde a população é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir e podemos considerar que Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população, e por fim podemos considerar um grupo de itens para se mensurar em uma base estaticamente falando . E com base nesse resultado chega-se ao resultado de conclusão com técnica de amostragem onde pode ser estendida com base em estatísticas para um todo. A amostragem pode ser estatística ou por estratificação, onde na estatística é a abordagem à seleção aleatória dos itens da amostra, aplica-se o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. E na amostragem por estratificação o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhante e geralmente de valor monetário, no qual esse valor pode ter uma distorção tolerável que nada mais é que um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedidopela distorção real na população. Na qual sabemos que essa distorção tem uma Taxa tolerável de desvio, que é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. Na amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. Onde se há o risco de ter uma base errada sendo conhecido como Risco de amostragem no qual o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 20 auditoria. E também há o risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem ou a anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população. Uma amostra de auditoria deve ser considerada a finalidade do procedimento e as características da população da qual será retirado a mostra. Deve determinar o tamanho da amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem ao nível mínimo aceitável. O auditor deve selecionar itens para amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tem a mesma chance de ser selecionada. O auditor deve avaliar os resultados da mostra e o uso da amostragem fornecendo uma base razoável para conclusões. Levando-se em conta que enquanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser a amostragem. 1.9 FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Não obstante, ao fazer avaliação se as demonstrações são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, cumprindo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável, deve incluir, nesta avaliação, a consideração dos aspectos qualitativos das políticas contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração. O auditor deve fazer a avaliação se, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável: • as demonstrações contábeis mostram de forma apropriada as principais políticas contábeis selecionadas e aplicadas; • as políticas contábeis escolhidas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e se são apropriadas; • as estimativas contábeis eleboradas pela administração são razoáveis; • as informações apresentadas nas demonstrações contábeis tem relevância, se são confiáveis, se podem ser comparadas e se são de facil compreensão . • as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações contábeis; e 21 • a terminologia utilizada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada. Análise: Boa parte dos ativos e passivos que constam nas demonstrações contábeis envolvem estimativas. Ou seja, não há possibilidade de saber o valor exato de um determinado item, uma vez que fatores subjetivos são levados em consideração (depreciação, estado de conservação, entre outros). Dessa forma , uma possível e provável divergência entre as estimativas da administração e do auditor, por si só, não induz que as demonstrações não foram elaboradas corretamente, a não ser que essa divergência seja expressiva. Opinião não modificada é a opinião elaborada pelo auditor após a conclusão de que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Além disso, se as demonstrações contábeis não são apresentadas de forma adequada, o auditor deve debater sobre o assunto com a administração e, dependendo dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e de como o assunto for resolvido, ele deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório. Análise: veja que a simples apresentação das demonstrações contábeis de forma inadequada pode causar uma alteração da opinião do auditor. Ao emitur uma opinião não modificada, a opinião do auditor deve usar uma das seguintes frases, que são consideradas equivalentes: • “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”; ou • “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam uma visão verdadeira e justa… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”. Em relação a estrutura do Relatório do Auditor: Primeiramente, o relatório do auditor deve ser por escrito. Em segundo lugar, vejamos como é a estrutura do relatório do auditor: 22 • Título; • Destinatário; • Opinião do Auditor – A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter “Opinião” como título; • Base para a Opinião – logo após a seção “Opinião”; • Declara que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas; • Referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor; • Inclua a declaração de que o auditor é independente; • Declare que o auditor acredita que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião. • Responsabilidades da Administração; • Responsabilidades do Auditor pela Auditoria das Demonstrações Contábeis – auditor exerce o julgamento profissional e mantém o ceticismo profissional durante toda a auditoria; • Nome do sócio ou responsável técnico; • Assinatura do Auditor – relatório sempre assinado; • Data do relatório – O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência. Situações em que tem necessidade de modificar a opinião do auditor, o auditor deve modificar sua opinião se: • Se chegar a conclusão, com base obitida em evidência de auditoria , que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou • não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. Análise: Como veremos em seguida , se o auditor achar evidências, a opinião poderá ser com ressalva ou adversa. Já se ele não obtiver evidências, a opinião poderá ser com ressalva ou abstenção de opinião (que também é opinião). 23 Opinião com ressalva O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando: • Se obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou • não há possibilidade dele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Opinião adversa O auditor deve emitir uma “Opinião adversa” quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. Abstenção de opinião O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantese generalizados Ademais, o auditor deve se abster de emitir uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. Consequência da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente devido à limitação imposta pela administração depois da aceitação do trabalho pelo auditor Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, 24 probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma “Opinião com ressalva” ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação. O auditor não tem poder para exigir que a administração faça qualquer coisa. Em quaisquer circunstâncias, ele pode apenas solicitar/sugerir. Contudo, se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente, e concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opnião seria enadequada, o auditor deve: • renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível de acordo com leis ou regulamentos aplicáveis; ou • se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório não for praticável ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Análise: A renúncia ao trabalho é permitida sob diversas circunstâncias, caso não haja legislação que a proíba, e apenas quando a renúncia seja praticável (melhor alternativa), a desistência é admitida. 1.10. PARÁGRAFOS DE ÊNFASE E PARÁGRAFOS DE OUTROS ASSUNTOS NO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE (NBC TA 706) Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório do auditor referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. Parágrafo de outros assuntos é o parágrafo incluído no relatório do auditor que se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório. Contudo, o auditor só deve incluir o parágrafo de ênfase, em casos onde resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião 25 (Relatório com Opinião não modificada) e o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comunicado no relatório do auditor. Além disso, quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório, ele deve: Incluir o parágrafo em seção separada do relatório do auditor, com título apropriado que inclua o termo “Ênfase”; • Incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis; e • Indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. Já o parágrafo de outros assuntos, quando incluído pelo auditor, deve ficar em seção separada no relatório com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. Análise: Ademais, no parágrafo de outros assuntos não há exigência de que esse outro assunto seja apresentado e divulgado nas demonstrações contábeis. Não obstante, o parágrafo de outros assuntos não poderá inclui informações proibidas por lei ou normas profissionais. 26 31/novembro/2022 À: Madmo Comércio e Indústria LTDA. At.: Sr. Paula Cristina da Silva Ref.: Relatório do Auditor Independente sobre as demonstrações financeiras nº 1924-2022-7 Prezado senhor, Pela presente, encaminhamos aos cuidados de V.Sa. as demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas encerradas em 31 de dezembro de 2021 da Madmo Comércio e Indústria LTDA. acompanhadas do Relatório do Auditor Independente. Atenciosamente, Bruno Marques Santos 27 Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas Aos: Quotistas e Administradores da Madmo Comércio e Indústria LTDA Duque de Caxias - RJ Opinião Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Madmo Comércio e Indústria Ltda. ”Sociedade”, identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2021 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da Madmo Comércio e Indústria Ltda. em 31 de dezembro de 2021, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis para as pequenas e médias empresas – PME (R1). Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Sociedade e sua controlada, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 28 Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às pequenas e médias empresas – PME (R1), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Sociedade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Sociedade e sua controlada ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Sociedade e sua controlada são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas,tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance e da época dos trabalhos de auditoria planejados e das constatações significativas de auditoria, inclusive as deficiências significativas nos controles internos que, eventualmente, tenham sido identificadas durante nossos trabalhos. Duque de Caxias, 31 de novembro de 2022. Bruno Marques Santos Contador CRC 1RJ-294.998/O-3 Group Auditoria – Sociedade Simples CRC 2RJ-031.003/O-8 29 ANEXO I Group Auditoria Madmo Comércio e Indústria LTDA PLANEJAMENTO DE AUDITORIA Auditoria Independente das Demonstrações Financeiras Baseado na Normal (ISA 300) REQUISITOS DEPARTAMENTOS Comercial Compras Industrial R.H Comitê 1.1 Exame de contagem Física X X X X X 1.2 Circularização X X X X X 1.3 Conferência de Calculos X X X 1.4 Inspeção de Documentos X X X X X 1.5 Averiguação X X 1.6 Correlação X X 1.7 Teste de Aderência Ou Absorvância X X X 1.8 Testes X X X 1.9 Substantivos X X 1.10 Teste para Supervaliação X X X 1.11 Teste para Subavaliação X X EQUIPE DE AUDITORES: Paula Cristina da Silva(Líder) Luiz Wagner Santana Laylla Valentin Carneiro DATA DA AUDITORIA: 29 de Setembro de 2022 Aprovado: Diana da Silva Barbosa Coordenador da Qualidade 30 ANEXO II HORÁRIO Reunião de Abertura Dia 28/09/2022: 08:30 ás 09:00 Auditoria: 09:15 ás 11:45 13:15 ás 17:15 21:30 ás 23:30 Dia 28/09/2022: 08:30 ás 11:45 13:15 ás 17:15 21:30 ás 23:30 Áreas a serem Auditadas Laylla Valentin Carneiro (Auditor) ITEM HORÁRIO 1.1 09:15:00 1.6 10:30:00 1.11 13:15:00 Luiz Wagner Santana (Auditor) ITEM HORÁRIO 1.7 09:15:00 1.8 10:00:00 1.9 11:00:00 1.10 14:00:00 ITEM HORÁRIO Paula Cristina da Silva(Líder) 1.2 09:15:00 1.3 10:10:00 1.4 11:00:00 1.5 13:15:00 31 ANEXO III Duque de Caxias, 04 de novembro de 2022 Banco do Brasil S A R. Sen. Dantas, 105 ; Bairro: Centro ; Complemento: Térreo CEP: 20031-204 Rio de Janeiro / RJ Prezado (s) Senhor (es) EXCLUSIVAMENTE PARA FINS DE CONFERÊNCIA, solicitamos informar, diretamente a GROUP AUDITORIA , cito a Rua Professor José de Souza Herdy, 4742 - Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias - RJ, 25071-202 a) a posição de sua (s) conta(s) em nossa empresa, conforme demonstrativo(s) anexo(s), em 31 de outubro de 2022. b) datas de eventuais pagamentos já efetuados e de suas remessas, bem como sua forma ou meio; c) eventuais divergências verificadas na referida posição, com os necessários detalhes de identificação. Atenciosamente, 32 ANEXO IV Duque de Caxias, 04 de novembro de 2022 Arrow Comércio e Indústria LTDA. Av. Dr. Mario Guimarães, 367 - Centro, Nova Iguaçu - RJ, 26255-230 Prezados Senhores, Nossos auditores independentes, GROUP AUDITORIA , cito a Rua Professor José de Souza Herdy, 4742 - Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias - RJ, 25071-202 , estão atualmente procedendo a uma revisão de nossos livros. De acordo com nossos registros o débito de vossa senhoria para conosco na data de 31 de outubro de 2022 era de R$50.000,00 conforme relação anexa. Para fins de confirmação, pedimos a vossa senhoria que confiram o dito débito, assinando a relação e devolvendo-a aos referidos auditores utilizando para isso, o envelope incluso. Todavia, se alguma das importâncias relacionadas tiver sido liquidada pedimos a vossa senhoria que indiquem a data de seu pagamento e, na eventualidade de constatarem qualquer divergência queiram também, assinalar na relação. Lembramos que a colaboração de vossa senhoria é necessária para o bom desempenho dos trabalhos da revisão citada. Esta solicitação é feita pura e simplesmente PARA FINS DE CONFERÊNCIA, NÃO SENDO UM PEDIDO DE COBRANÇA. Atenciosamente, 33 ANEXO V BALANÇO PATRIMONIAL CAIXA 6.000,00R$ SALARIO A PG 6.000,00R$ BANCO 103.000,00R$ FORNECEDORES 11.286,00R$ ESTOQUE 4.514,40R$ CLIENTES 50.000,00R$ DIVIDENDOS A PG 38.834,31R$ IR/CSLL 20.406,81R$ INVESTIMENTO 8.000,00R$ (+) AV. VALOR JUSTO 1.000,00R$ CAITAL SOCIAL CAPITAL SUBS 120.000,00R$ RESERV DE LUCROS 18.231,07R$ VEICULOS 25.000,00R$ RETENÇAO DE LUC 27.556,21R$ AJUSTE DE AV, PAT. MOVEIS E UTENS 50.000,00R$ (+) GANHO DE INV. FIN 200,00R$ (-) DEPRECIAÇÃO ACUM. 5.000,00-R$ TOTAL 242.514,40R$ TOTAL 242.514,40R$ 34 ANEXO VI RECEITA DE VENDAS 100.000,00R$ (-) DEDUÇÕES (=) RECEITA LIQUIDA 100.000,00R$ (-)CUSTOS 6.771,60-R$ (=) LUCRO BRUTO 93.228,40R$ (-) DEPESA DE VENDAS (-) DESPESAS ADMINSTRATIVAS 6.000,00-R$ (-) DEPESAS GERAIS 5.000,00-R$ (-) DESPESAS FINANCEIRAS (+) RECEITAS FINANCEIRAS 2.800,00R$ (+) OUTRAS RECEITAS (-) OUTRAS DEPESAS (=) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 85.028,40R$ (-) IR/CSLL 20.406,81R$ (=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PATICIPAÇÕES 64.621,59R$ (-) PRO LABORE (-) DEBENTURES (=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 64.621,59R$ DRE-DEMOSNTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO 35 CONCLUSÃO Como podemos perceber a auditoria tem um papel indispensável para a averiguação e sua complexidade e história devem servir de base para um bom profissional da área contábil, ter uma boa auditoria impede diversos tipos de problemas graves que podem ser desenvolvidos dentro de uma entidade seja ela feita de forma interna e/ou externa, para o funcionamento contábil a auditoria se mostra ideal. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONTÁBEIS. Auditoria das Demonstrações Contábeis e financeiras como garantia de confiabilidade empresarial. Disponível em: <https://www.contabeis.com.br/artigos/5804/auditoria-das-demonstracoes- contabeis-e-financeiras-como-garantia-de-confiabilidade-empresarial/> Acesso em: 19/09/2022 CRCCE. Auditoria Contábil. Disponível em: <https://www.crc- ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-contabil/> Acesso em: 20/09/2022 CFC. Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso. Disponível em: https://crcms.org.br/aprovada-a-nbc-ta-315-norma-sobre-avaliacao-dos-riscos-de- distorcao-relevante-nas-demonstracoes-contabeis/ Acesso em: 19/09/2022 NORMAS LEGAIS. Portal da Contabilidade. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/nbc-ta-315-2014.htm. Acesso em 19/ 09/2022 RESUMO NBC TA 330 - TESTES SUBSTANTIVOS E TESTES DE CONTROLE. Disponivel em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-nbc-ta-330- testes-substantivos-e-testes-de-controle/. Acesso em: 20/10.2022 PORTAL DE AUDITORIA - O QUE É O RISCO DE AUDITORIA. Disponivel em: https://portaldeauditoria.com.br/o-que-e-o-risco-de- auditoria/#:~:text=Problemas%20cont%C3%A1beis%20de%20alta%20dificuldade,na %20auditoria%20do%20ano%20anterior. Acesso em: 20/10/2022. RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CF N° 1.219 DE 27.11.2009. Disponivel em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1219_2009.htm. Acesso em: 03/11/2022.http://www.contabeis.com.br/artigos/5804/auditoria-das-demonstracoes- http://www.contabeis.com.br/artigos/5804/auditoria-das-demonstracoes- https://crcms.org.br/aprovada-a-nbc-ta-315-norma-sobre-avaliacao-dos-riscos-de-distorcao-relevante-nas-demonstracoes-contabeis/ https://crcms.org.br/aprovada-a-nbc-ta-315-norma-sobre-avaliacao-dos-riscos-de-distorcao-relevante-nas-demonstracoes-contabeis/ http://www.normaslegais.com.br/legislacao/nbc-ta-315-2014.htm 37 RESUMO NBC.Disponivel em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo- nbc-ta-700-formacao-da-opiniao-e-emissao-do-relatorio-do-auditor/. CONGRESSO SOUSP. Disponivel em: https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos52005/184.pdf. PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponivel em: https://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1111.htm https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-nbc-ta-700-formacao-da-opiniao-e-emissao-do-relatorio-do-auditor/ https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-nbc-ta-700-formacao-da-opiniao-e-emissao-do-relatorio-do-auditor/ https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos52005/184.pdf
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