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Empreendedorismo - AVA 2

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UVA – Universidade Veiga de Almeida
Wallace da Silva Pinheiro
O empreendedor e a gestão
Rio de Janeiro
2022
Com a COVID-19 os clientes estão evitando ir ao comércio, devido o isolamento social, mas a necessidade de consumir continua e isso não é diferente com as sobremesas e outros doces que o brasileiro ama. O primeiro passo para readequar a loja ao novo cenário será reajustar a produção e fazer um planejamento dos gastos fixos para os próximos meses. Em uma tentativa de ao menos conseguir pagar os fornecedores e funcionários. A loja a partir desse momento passará a fornecer produtos em aplicativos de entrega. Entretanto, alguns doces não estarão mais disponíveis e só serão feitos sob encomenda, por terem seu prazo de validade curto e ter seu sabor alterado se for armazenado muito tempo na geladeira. É preciso pensar a partir de agora em produtos com uma data de vencimento maior, uma vez que eles sairão conforme a demanda do delivery, ou seja, readaptar o cardápio e doces da loja fornecendo novas opções como bolos, tortas e outros doces. Após os meses iniciais ser á possível traçar uma média de saída dos produtos e quais os mais pedidos para otimizar a produção e conseguir uma margem de negociação maior com o fornecedor. Concomitante a essa nova estratégia dos aplicativos de entrega a loja entrará em contato com os clientes que possuem cadastro no estabelecimento. A ideia é que os clientes que possuem um vínculo afetivo com os nossos doces consigam nos prestigiar nesse momento e nos ajudar sendo mais fiéis e comprando conosco. Essa estratégia foi utilizada pelo restaurante/padaria “CASA DA TATA”, localizado na Gávea-RJ. Os clientes do bairro ajudaram comprando espécies de “vale-bolo” por um valor um pouco maior até o restaurante atingir todas as despesas fixas com o objetivo de não precisar demitir funcionários. O vínculo criado entre os clientes e moradores da região fez com que apesar do pequeno ponto, o comércio continuasse faturando por meio do delivery. Nesse momento de crise é preciso se reinventar e usar a internet como nosso aliado. Investir nas redes sociais, publicando fotos dos doces, bolos e feedbacks de outros clientes podem ajudar a atrair novos clientes para a nossa loja. Além disso, poderia ser feito um cadastro no site Compre dos Pequenos. Onde a pessoa compra um voucher no valor desejado de um dos estabelecimentos cadastrados no site. Depois que a crise passar, o voucher pode ser usado para comprar algum produto naquele local. Não há taxas para quem compra o voucher nem para o estabelecimento cadastrado. Dessa forma, conseguimos antecipar a receita. Igor Senra, CEO da Cora, a fintech responsável pelo site afirma que "uma das grandes sugestões que especialistas dão aos pequenos negócios nesse momento é tentar antecipar suas receitas. Ver o que é possível para conseguir efetivar uma venda futura". Esse cadastro não gera custo para a empresa, pois cinco transações não são cobradas pela fintech e pode ser uma alternativa interessante. Apesar de todas essas estratégias pode ser que o orçamento sofra uma baixa e com isso será necessário rever a relação com os empregados da loja. Com isso, será necessário optar pelo home office dos funcionários de fora da cozinha e até mesmo o uso do banco de horas e antecipação de férias de alguns funcionários como garçons, atendentes e caixa. Outra estratégia a se pensar é com base no orçamento. Se será preciso recorrer a algum dos programas de empréstimos dos bancos exclusivos a empreendedores com juros melhores e prazo maior para começar a pagar. Isso só conseguirá ser feito a depender da entrada no caixa com os doces entregues por aplicativos de delivery e levantamento da expectativa de caixa para os próximos meses. Outra análise importante a ser feita é quanto a loja física. O primeiro aspecto é renegociar o aluguel da loja, caso não seja o proprietário do espaço físico da loja de doces finos. Uma segunda questão a se pensar é se existe a possibilidade de fechar o ponto e alugar somente uma cozinha, como diversos restaurantes possuem. Passando a existir somente em aplicativos de entregar e não existir um espaço físico, como é o caso do Leve Sushi que não possui restaurante e só funciona por entrega. Algumas perguntas deverão ser respondidas nesse caso, como por exemplo: a loja física poderá ser reaberta em outro ponto após a pandemia? Qual é o custo de abrir e readequar a loja física em outro ponto? A loja física passará a não existir mais e trabalharemos só com entrega? Em última análise, a crise pode gerar um novo conceito da loja de doces finos e do produto. A oportunidade de abrir novos caminhos e atingir um público maior, uma vez que a loja poderá fazer entregas até fora do bairro onde a loja física funciona. A depender do sucesso dos novos doces e bolos incorporados ao cardápio o sucesso pode ser ainda maior. Com as redes sociais sendo alimentado com fotos que façam os usuários ficarem com a boca cheia de água, por ali mesmo o usuário entra em contato com a loja e já faz o seu pedido. E quem sabe, após a marca ter crescido e se estabelecido em um novo cenário a loja não ofereça cursos de doces online, uma vez que muitas pessoas começaram a cozinhar em casa na pandemia. Com planejamento e custos bem traçados a pandemia pode ser a grande virada na loja de doces.
Referências bibliográficas
SILVA, Zelandia. Empreendedorismo em meio à pandemia. Empreendedorismo, 2021. Disponível em: <https://empreendedor.com.br/noticia/empreendedorismo-em-meio-a-pandemia/>. Acesso em: 25 de Novembro de 2022.
VARELLA, Claudia. Pequeno negócio: 10 dicas para sobreviver em meio à crise do coronavírus. Uol Economia, 2020. Disponível em: < https://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2020/04/03/coronavirus-pequenos-negocios-empreendedor-como-lidar-com-crise-sobreviver.htm>. Acesso em: 25 de Novembro de 2022.

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