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UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) BIANCA RIGAUD SOARES DA SILVA PIM VIII- PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – REGIME DE DEPÊNDENCIA PIM VIII- PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – REGIME DE DEPÊNDENCIA EMPRESA BJV SÃO PAULO 2023 Universidade Paulista Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia em Marketing PIM VI - PROJETO MULTIDISCIPLINAR - REGIME DE DEPENDÊNCIA EMPRESA BJV NOME – Bianca Rigaud Soares da Silva-RA-1940163 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Graduação em Gestão Tecnológica em Marketing, apresentado a Universidade Paulista (Unip). Orientadora: Profa. Daniela Menezes Brandão SÃO PAULO 2023 1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A empresa foi o campo de trabalho prático simulado e seu perfil será apresentado em duas dimensões: caracterização geral e ambiente operacional. 1.1 Caracterização geral da empresa Informações relevantes sobre a empresa, sua natureza, suas atividades, linha de produtos e tecnologia. 1.1.1 Dados Gerais A empresa BJV S.A. atua área industrial e comercial desenvolvendo condicionadores térmicos de ambiente para fins de venda a fornecedores interessados. De acordo com o perfil da JUCCESP, a empresa atua em forma de Sociedade por Ações, que é uma sociedade comercial que tem seu capital social dividido em ações, estando a responsabilidade de cada acionista limitada à integralização das suas ações. Nesse caso, é chamada também de sociedade anônima ou companhia. O ramo em específico da organização é o eletroeletrônico ela se enquadra em uma sociedade anônima de Médio Porte (segundo as regras da BNDES). O produto vendido pela empresa é o CTA – Condicionadores Térmicos de Ambientes, que tem como missão proporcionar solução para quem procura por qualidade, praticidade e bem-estar em produtos de ar- condicionado. A empresa veio com a intenção de oferecer um ar-condicionado com boa qualidade e com um ótimo custo- benefício, tendo como foco e procura empresas pequenas que tenham interesse em seu produto, lhes oferecendo diversas ofertas e promoções, conforme as suas necessidades. A visão da BJV é ser líder no mercado de trabalho que, no ramo atual, é bastante competitivo, porém a empresa se destaca ao atender todas as partes interessada, tais como: econômico, social e ambiental. Os valores da organização são focados em suas crenças e valores fundamentais de uma cultura que gera resultado positivo, são eles: inovação, compromisso com clientes, ética, excelência e apoio ao meio ambiente, prezando sempre a satisfação do cliente, inspirando sempre total confiança e qualidade através do seu poderoso produto. A empresa nasceu após uma análise de mercado, ao perceberem que algumas empresas pequenas não conseguiam investir em bons ar-condicionado por conta de os valores serem abusivos e caros por parte de outras empresas maiores. Através disso, com muita pesquisa de mercado e também parcerias, o presidente Antonio Oliveira fundou a BJV S.A., tendo duas sócias principais como investidoras que acreditaram no potencial da marca. 1.1.2 Força de trabalho A equipe de operários foi composta e ajustada em cada período conforme os objetivos estratégicos e as metas produtivas que têm como base a programação e a capacidade de produção disponível no momento, tendo como objetivo atender todas as demandas de produtos com a quantidade mínima de operários ociosos que fosse possível, a fim de não gerar gastos desnecessários para a organização, que é um dos principais pontos para o barateio do nosso produto. Cada um dos operários tem a capacidade máxima produtiva de 480 horas por período e cada equipamento utilizado na produção leva 2,4 horas para ser produzido por completo. Então, para que pudessem atender todas as demandas produtivas das etapas e rodadas, a BJV S.A. precisou contratar durante os períodos apresentados 20 operários, tendo contratado até 25 funcionários em alguns períodos específicos para sanar a demanda, suprindo todas as necessidades produtivas. Quanto a equipe de vendas, foi definido a quantidade de funcionários de acordo com a visão dos nossos administradores, melhor dizendo, o mercado no qual os administradores enxergaram maior visibilidade e necessidade de investimento em venda, para encorajar o crescimento do produto nessa região, pois não eram todas que necessariamente possuía um consumo grande e significativo como as demais. Então, foi feito um investimento maior nas regiões que os administradores enxergaram melhor oportunidade e retorno financeiro. Nesses períodos, a BJV S.A. contratou em média 42 vendedores, tendo uma variação conforme cada desafio apresentado, visando suprir e atingir todas as demandas que tiveram. Foi a equipe 2 que obteve o melhor desempenho, na pontuação. No faturamento a empresa acumulou $11.793.240,00, com lucratividade de 15,6048% e Patrimônio Líquido de $4.840.308,22. Já a empresa 6, conseguiu um faturamento de $13.655.860,00. O lucro foi de 8,1503% e Patrimônio Líquido de $4.112.998,24. Comparando com a nossa empresa a BJV, o nosso faturamento foi de $10.145.756,00 e lucro de - 0,6386%, já o patrimônio líquido foi de $2.935.208,23. Escolhemos a região 3, pois com maior população teriam maiores chances da empresa crescer e ficar entre as empresas de maior visibilidade no mercado. Tiveram problemas que não foram previstos, a invasão dos trabalhadores rurais, manifestação dos funcionários, escassez de matéria prima e taxas mais altas, nos levando a ter que tomar rápidas decisões para que não acontecesse de ter que fechar as portas por conta de muito prejuízo, o que ocasionou grandes impactos no mercado. 2 ANÁLISE DO DESEMPENHO ESTRATÉGICO Considerando-se a experiência na atividade desenvolvida, relatam-se os seguintes resultados observados. 2.1 Desempenho geral obtido pela equipe O resultado da empresa não foi do modo que esperávamos, tivemos problemas na comunicação entre todos os funcionários, ocasionando em pontuação negativa, porém, nossa prioridade foi subir tentando obter um resultado melhor no desempenho. Conforme o ranking e valores resultantes da organização, foi relativamente baixo, entretanto estamos cientes que tínhamos que melhorar mais. O importante do jogo foi que conseguimos aprender de uma forma lúdica, sobre os desafios de gerenciar uma empresa, a sua complexidade e também o quanto uma equipe precisa estar preparada e alinhada para compartilhar e debater informações. Cada processo é único e trabalhoso, o poder de decisão gerencial, pode acarretar tanto no sucesso, quanto na falência, onde o lucro e prejuízo estão competindo entre si. 2.2 Análise do foco e consistência estratégica Considerando-se a importância da empresa estabelecer foco estratégico claro para o seu desenvolvimento, seguem análises sobre o desempenho da empresa sob os aspectos de mercado e econômico-financeiro. A visão estabelecida pela BJV foi atuar de uma forma estratégica com foco na região 3, onde se concentrava uma maior competição e concorrência, para que assim, nos tornássemos líder, tivemos um método agressivo, porém falhamos na implementação, pois tivemos perda de vendas, ocasionada pela falta de mão de obra e isso gerou outros prejuízos diversos como perca do Patrimônio liquido, do faturamento e lucratividade, o resultado foi incoerente com a nossa visão de se tornar pelo menos um dos 2 principais holdings do mercado. E o que aconteceu foi o contrário, obtemos uma pontuação baixa, e nossa posição foi de penúltimo lugar mediante aos demais concorrentes. 2.3 Compreensão dos subsistemas de decisão A BJV apesar de não ter alcançado a meta esperada, apresentou de uma forma geral uma clara compressãodos vários subsistemas, pois nesse modelo de jogo fica explicado de uma forma objetiva sobre os principais fatores dos processos gerenciais (lucratividade x patrimônio líquido x faturamento) e com gráficos que ajudam na compreensão e leitura do desempenho perante à concorrência. Porém, tivemos uma fase que tivemos dificuldades em conseguir contornar uma situação difícil, e a tomada de decisão foi equivocada, fazendo com que nosso posicionamento caísse drasticamente, e conseguimos identificar o erro, foi pois não conseguimos manter a produção adaptável com o fluxo de demanda, o número de funcionários contratados foi relativamente baixo comparado a região que escolhemos. Sobre as finanças também tivemos dificuldades em manter a lucratividade positiva, o que aprendemos que é um grande erro ficar negativo, que foi o nosso caso com -0,6386% o que poderia facilmente o ocasionar na falência. 3 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO EMPRESARIAL SUSTENTÁVEL Considerando-se o comportamento da empresa frente aos eventos ambientais emergentes, relatam- se as seguintes situações observadas. 3.1 Sustentabilidade Ambiental A BJV S.A. prezou sempre pelo desenvolvimento sustentável do nosso produto, sendo assim, a empresa atendeu as necessidades da nossa geração atual sem comprometer as gerações futuras. Focamos o nosso comprometimento obtendo novos modelos inovadores para se desenvolver de forma sustentável, sem agressões ao meio ambiente. Fizemos nosso produto 80% reciclável, pensando em sua estruturação e também em como poderíamos reaproveitá-lo após descarte, assim demos a opção de o cliente usar o seu ar-condicionado antigo para abater parte do valor de uma nova compra e reutilizarmos o aparelho antigo para diminuir gastos e ser sustentável. A empresa foi notificada sobre uma necessidade de substituir os filtros que são responsáveis pelo tratamento dos efluentes que se geram no processo de fabricação do equipamento, pois os filtros que estavam sendo utilizados liberaram uma substância cancerígena que poderia trazer riscos a saúde da região local. A organização teve várias opções de como proceder, mas preferimos seguir da forma correta assinando o termo TAC – Termo de Ajustamento de Conduta e investindo na solução do problema. 3.2 Sustentabilidade Social – Práticas Trabalhistas A empresa se posicionou bem quando o assunto foi Sustentabilidade Social Trabalhista, pois acreditamos que os funcionários são o que fazem de fato a empresa progredir, então demos a devida atenção a cada um deles. Tivemos uma perda no valor monetário dos salários por causa da inflação acumulada do ano passado que impactou o orçamento doméstico dos trabalhadores, o que nos obrigou fazer alguns ajustes no termo contratual. Por conta disso, os trabalhadores tiveram direito de reivindicar junto ao sindicato SINDSES: Plano coletivo de Seguro Saúde pago pela própria organização com cobertura total para todos os funcionários e dependentes. Recomposição da remuneração dos trabalhadores com base de 8% que seria pago nos próximos 4 trimestres. Programa de participação nos resultados, sendo distribuído aos colaboradores 3% dos lucros líquidos anuais da empresa, sendo pagos no último trimestre do ano. De prontidão, a BJV aceitou e concordou com os termos acima apresentados pelo sindicato e assinou o acordo, pela preocupação com os nossos colaboradores. Como retorno, nós conseguimos manter a meta de produção definida e não tivemos impactos em relação a isso, pelo contrário, com os funcionários dispostos nós atendemos bem todas as demandas apresentadas. Outro tema que foi apresentado é que os componentes químicos da tinta utilizada na pintura do produto, dentro da estufa de pintura, estavam trazendo grandes riscos de lesões pulmonares e insuficiência respiratória grave e irreversível. Então, pensando na saúde dos colaboradores tomamos decisões em cima disso, permanecendo a importância deles em primeiro lugar. 3.3 Sustentabilidade Social – Direitos Humanos e Sociedade Quando o assunto foi Sustentabilidade Social de Direitos Humanos e Sociedade, a empresa também se posicionou firme e bem. Aconteceu que houve uma crise de oferta da matéria prima e o fornecedor monopolista que nos vendia ficou desabastecido, reduzindo metade da oferta e aumentando o preço unitário. A empresa internacional que nos oferecia a mesma matéria prima foi suspensa pela justiça do seu país, pois estavam empregando grande quantidade de jovens menores de 16 anos e os colocando a condições de trabalho precárias e insalubres. O fornecedor estando com dificuldades financeiras para regularizar a situação, nos ofereceu lotes legais de matéria prima, com qualidade compatível e sem riscos de confiscação da justiça. A BJV decidiu não adquirir essa matéria prima, pois ela não estava enquadrada dentro das leis trabalhistas do país de origem, não teríamos problemas em aceitar a oferta, porém não seria ético de nossa parte. Outro acontecimento foi quando os moradores da área desapropriada para a construção da BJV invadiram o nosso terreno, então decidimos negociar com os invasores que aceitaram a proposta, sendo ela a oferta de cestas básicas e qualificação profissional. Não sofremos penalidades perante essa decisão, pois presamos pela nossa imagem e atendemos a comunidade mostrando que temos consciência e respeito pelos antigos moradores. O governo regional abriu um processo para a aquisição de Aparelhos de Condicionamento Térmico de Ambientes que tinha como objetivo atender a necessidade dos órgãos públicos que estavam localizados na macro- região, as empresas que tinham interesse deveriam mandar suas ofertas e havia uma grande disputa entre as concorrentes. A BJV recebeu uma ligação de um homem sigiloso que se dizia presidente da comissão, que informou a necessidade da empresa de contratar a consultoria indicada por ele, não garantindo nossa vitória, mas afirmando que caso não aceitássemos a desclassificação seria certa. Para honrarmos com nosso valores, recusamos a oferta suspeita, seguindo com os nosso valores e propósitos. 4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Baseados nas questões abordadas anteriormente apresentam-se as principais conclusões sobre o gerenciamento simulado da empresa e sobre a compreensão adquirida em relação aos aspectos relacionados à sustentabilidade. Além disso, deve apresentar algumas recomendações para ações futuras da empresa. 4.1 Conclusões Nós da BJV estamos completamente satisfeitos pelas decisões que tomamos, pois nos aprendemos muito com nossos erros que foram necessários para nossa evolução e aprendizado e por toda a informação, experiência e conhecimento obtida nesse período. Visualizamos que o planejamento estratégico é a essência da empresa, que é a partir dela que enxergamos os caminhos a serem traçados e por fim, atingir as metas estabelecidas pela organização. Fora os pontos mencionados, aprendemos muito que os valores, visão e missão são de grande importância para a empresa nascer e se posicionar consistente no mercado. No fim de tudo, construímos um bom legado e ensinamento para todos os envolvidos, se fazendo presente na evolução e construção individual de cada um. 4.2 Recomendações Nossos objetivos definidos no início da simulação foi agir de uma forma agressiva na maior região, no caso, a nº 3. Porém com as informações fornecidas nos relatórios da empresa, conseguimos ver que poderíamos usar uma estratégia reversa, ou seja, agir de uma forma agressiva em uma região que não tem tantos players no mercado, seria o caso da região 2, assim conseguiríamos distribuir melhor a mão de obra, que foi o nosso erro crucial, podendo sair do cenário atual de lucratividade negativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo, com a inspeção dada, na prática da simulação estratégica empresarial, durantetodo este período de aprendizado, adquirimos experiências, com as quais pudemos num olhar clínico, observar, o quão sensível pode ser o mercado, e como cada decisão pode ser crucial para o sucesso ou falência de uma empresa e negócio. Os diversos eventos que foram surgindo ao decorrer do game, foram surpresas para nós, não imaginávamos, que situações, como por exemplo, a fase da invasão dos trabalhadores rurais, pudesse acontecer, onde tivemos que decidir se contrariamos um advogado ou falaríamos diretamente com os invasores, foram situações reais, vivenciadas e baseadas em estratégias, com as quais demonstram, o quanto uma empresa deve ser saudável e ter funcionários qualificados para lidar com essas, e diferentes tipos de situações. Aprendemos muito, com nossos erros ao longo do game, principalmente nas interfaces dos períodos, com dinâmicas arrojadas e voláteis, nos quais fomos testados e provados em diversas situações, tendo por vista, que tomar decisões, pautadas em números, sendo racionais e íntegros diante de variáveis circunstanciais. Foi uma experiência que agregou muito valor para a equipe, e fez - nos valorizar também, a comunicação num todo, trazendo em respectiva, a importância de trabalhar em equipe, e o quanto devemos pensar em todas as possibilidades e previsibilidades possíveis, antes de uma tomada de decisão intrínseca, seja ela pautada em grupo ou só, sabendo -se então, que qualquer decisão instável cometida, poderia levar o grupo, a se prejudicar, assim bem como a empresa que representamos. Sabíamos, que mediante uma gestão, possuíamos, uma grande responsabilidade em cada decisão, empreender e gerenciar, vai além de muita coisa que pensávamos, esse game, abriu a nossa mente para pensar fora da caixa. Mesclando jogo e realidade, abrangendo um negócio em geral. Conclui-se portanto, com esmero e representatividade a importância deste trabalho teve para os componentes do grupo. A Análise do foco estratégico nos objetivos A empresa estabeleceu foco claro na região 3 com peso 7 ou 8 para o objetivo de liderança naquela região. Trata-se de uma excelente definição de foco, pois não deixa dúvidas quanto ao seu mercado prioritário. Isso é muito importante para o processo decisório da empresa. Com essa atribuição de pesos, a empresa não estabelece qualquer foco de natureza econômica-financeira. Pesos iguais para faturamento e lucratividade irão, muito provavelmente, gerar dificuldade na implementação de estratégias e políticas meios, principalmente na política de preços e de investimentos em capacidade produtiva. Análise da consistência interna entre os objetivos Há aqui a oportunidade de compreender um aspecto conceitual critico na definição da visão estratégica, que acaba gerando inconsistência e dificuldades na construção das políticas e estratégias meios. Observe que os pesos atribuídos ao faturamento e a lucratividade são iguais ou próximos, indicando que não há foco nesta dimensão. Independentemente da existência ou não de foco claro em relação aos objetivos de mercado, a falta de ênfase clara em um dos vetores de natureza econômico-financeira, o faturamento ou a lucratividade, acaba por criar grande dubiedade no processo de decisão. Trata-se de equivoco comum nas empresas. Sempre aprendemos que o objetivo mais importante da administração é maximizar o patrimônio do acionista. Isso continua verdadeiro. Entretanto, do ponto de vista da estratégia, esse grande objetivo é uma meta qualitativa da administração que deve ser buscada através de dois outros objetivos mais operacionais: o faturamento (ou giro dos ativos) e a lucratividade. Portanto, é fundamental ancorar o crescimento do patrimônio a um dos dois vetores mencionados. Em relação a esses vetores (faturamento e lucratividade) é que se pode estabelecer e implementar estratégias claras e consistentes. Análise do dimensionamento da planta A planta inicial foi dimensionada bastante próxima da demanda média por empresa e, portanto, poderia atender diferentes combinações de objetivos. Desta forma, pode-se afirmar que, no que tange a decisão de capacidade inicial, há consistência na relação meio X fim. A empresa fez expansões de capacidade relativamente elevadas numa conjuntura onde, pela média, a oferta global do setor posicionou-se abaixo da demanda global. Em princípio, tal estratégia faz sentido porque ocupa o espaço para atender a demanda reprimida. Porém, como se trata de volumes significativos, todo cuidado deve existir para evitar o risco de superinvestimento quando a oferta estiver muito próximo da demanda. Análise da localização da fábrica Sua localização está adequada ao objetivo prioritário de mercado. Independentemente de suas prioridades no aspecto econômico financeiro, a economia na logística de distribuição facilitará o bom desempenho da empresa. Pode-se afirmar que há forte consistência meio x fim na decisão de localização. PRODUÇÃO Análise da programação da produção Por vários períodos, a empresa equivocou-se com decisão de programação da produção planejando volume um pouco abaixo da capacidade produtiva. Em um período específico, a variação foi muito importante, significando uma ociosidade deliberada com elevação significativa de custos para a produção. Portanto, considerando que na média dos períodos o planejamento da produção provocou uma ociosidade bem superior a 15%, pode-se afirmar que a política de programação de produção é ruim. Análise das compras e estoques A política de compras e estoques parece ser bastante instável e com alto risco. Se considerada a capacidade média em relação à necessidade média da matéria prima, ao longo dos períodos, pode-se observar que o fluxo de estoques de matéria prima foi insuficiente para atender a produção. Tal situação ocorreu no período específico da crise de oferta produzida pelo fornecedor, mas, também, em vários outros períodos. De qualquer maneira é bom lembrar que a falta de insumos verificada em alguns momentos frente a programação de produção pode expor a empresa ao risco de insucesso em relação aos objetivos estratégicos. Portanto, a politica de compras e estoques praticada pode ser considerada inconsistente. MARKETING Análise do investimento em P&D A empresa investiu abaixo da média da indústria no que diz respeito à Pesquisa & Desenvolvimento. Como não contou com fatores aleatórios favoráveis, obteve o menor número de melhoramentos no produto e em ritmo inferior ao da média da indústria. Mesmo assim, por subdimensionamento da capacidade de produção ou por superdimensionamento de outros elementos do mix de marketing, a empresa atraiu demanda em excesso e perdeu vendas por falta de estoque em nível superior a média da indústria. Análise do investimento em propaganda Política de propaganda frágil, com investimentos abaixo da média da indústria em todas as regiões. Essa política pode ser considerada inefetiva, independentemente das prioridades estratégicas que a empresa tem em relação aos objetivos de mercado e aos objetivos econômico-financeiros. Ou seja, a empresa não utiliza a propaganda, em qualquer das regiões, para estimular a demanda pelos seus produtos, de forma a construir a liderança de mercado e, também, não a utiliza para alavancar o faturamento e/ou lucratividade, como intrumentos para construção da rentabilidade da empresa. Análise da política de preços A empresa adota política de preço agressiva praticando preços abaixo da média da indústria nas três regiões de mercado. Identifica-se consistência apenas em relação ao objetivo de liderar a região 3. Nos demais aspectos, mostra-se uma política pouco efetiva. Primeiro, a empresa não explicita maiores interesses estratégico nas demais regiões de mercado que justificasse perda de margem com preços competitivos. Segundo,do ponto de vista econômico, a empresa não distingue entre faturamento e lucratividade para construir sua rentabilidade, podendo os preços relativamente baixos nas regiões 1, 2 e 3 ser considerados desfocados. PESSOAS Análise dos operários (mão de obra direta - MOD) Há problemas no dimensionamento da força de trabalho para fazer frente à programação de produção. Observou-se descompasso do número de operários disponíveis em relação ao necessário, com perdas de MOD por ociosidade e/ou quebra no volume de produção programado. Tal situação pode ser considerada de risco na medida que estes impactos são significativos em termos de custos e podem comprometer o desempenho da empresa. Análise dos vendedores (equipe de vendas) A política em relação à força de vendas foi pouquíssima agressiva, com número médio de vendedores nas regiões de mercado sempre abaixo da média de vendedores praticada na industria. Nem na região de mercado onde a empresa tinha interesse estratégico prioritário, a equipe de vendas foi mais agressiva. Porém, em termos médios a política conseguiu estabelecer uma relação positiva entre número de supervisores e número de vendedores. Ou seja, ao longo dos períodos, assegurou equipe de supervisores com pouquissima ociosidade, mas, em número capaz de extrair a maior produtividade possível dos vendedores. Evento do lote de matéria prima com mão de obra infantil Decisão da empresa: A empresa não tem interesse em adquirir esse lote de matéria prima. Avaliação: Com a recusa de comprar o lote, a empresa repudia a exploração do trabalho infantil e, além disso, adere a um princípio da ética empresarial segundo o qual as empresas devem defender a abolição efetiva desta prática. Ao decidir não adquirir a matéria prima deste fornecedor, a empresa alinha-se com os princípios e postulados da sustentabilidade empresarial e da Ética Empresarial, pois vai além de suas limitações legais ao não permitir que seus produtos sejam fabricados com matéria prima originada em um fornecedor que não cumpre com esses princípios. A empresa adotou um comportamento que inibe a utilização de trabalho infantil em sua cadeia de suprimentos. (Com base em diretrizes para relatórios de sustentabilidade e ética empresarial - GRI, Instituto ETHOS e ONU) Evento da invasão das obras da fábrica Decisão da empresa: A empresa decide negociar com os invasores. Avaliação: Ao decidir pela negociação com os trabalhadores rurais que invadiram as obras, a empresa demonstra que possui ações junto a comunidade do entorno para mitigar os riscos relacionados aos direitos humanos em suas operações. Além disso, coíbe a cumplicidade direta ou indireta, vantajosa e silenciosa com atos de desrespeito aos direitos humanos. Da mesma forma, cumpre o princípio da Ética Empresarial que afirma que as empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos internacionalmente aclamados e certificar-se de que não são cúmplices em abusos de direitos humanos. (Com base em diretrizes para relatórios de sustentabilidade e ética empresarial - GRI, Instituto ETHOS e ONU) Evento da licitação pública Decisão da empresa: A diretoria decide não contratar a consultoria. Avaliação: A empresa decidiu pela não contratação da consultoria e manifesta, com essa atitude, um comportamento consistente com o princípio da Ética Empresarial que afirma que as empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e suborno. A empresa age, portanto, em consonância com as regras da sustentabilidade.
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