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fascismo italiano

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O terror chega à Itália
Após o fim da 1 guerra mundial, a italia, mesmo vencedora, se encontra em crise econômica por ter sido ignorada nos tratados que selaram o conflito. O desgaste social e econômico mal recompensado mobilizou diferentes grupos políticos engajados na resolução dos problemas da nação italiana. No ano de 1920, uma greve geral de mais de dois milhões de trabalhadores demonstrava a situação caótica vivida no país. No campo, os grupos camponeses sulistas exigiam a realização de uma reforma agrária.
A futura revolução italiana refletiu-se na ascensão dos partidos socialista e comunistas. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidárias e os comunistas a favor de reformas profundas. Enquanto os setores conservadores e da burguesia apoiaram o Partido Nacional Fascista, liderados por Benito Mussolini, esse partido se fortaleceu e suas manifestações nas ruas tornaram-se constantes, pois pretendiam mostrar sua força e seu poder de organização.
Os fascistas passaram a atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda. Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do movimento deu-se quando, em1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo. 
Os órgãos de imprensa foram fechados, os partidos políticos (exceto o fascista) foram colocados na ilegalidade, os camisas negras incorporaram-se às forças de repressão oficial e a pena de morte foi legalizada. O Estado fascista, contando com tantos poderes, aniquilou grande parte das vias de oposição política. Entre os anos de 1927 e 1934, milhares de civis foram mortos, presos ou deportados.
Os camisas negras:
A Milícia Voluntária para a Segurança Nacional foi um grupo paramilitar da Itália fascista que mais tarde passou a ser uma organização militar. Devido à cor dos seus uniformes, os seus membros ficaram conhecidos como camisas-negras
Símbolo do fascismo: 
Os fascistas escolheram como símbolo o "fascio" um bastão formado por vários feixes de varas, amarrados com cintos, onde estava a lâmina de um machado. Este objeto era utilizado pelos reis etruscos e, posteriormente, por ditadores e Imperadores da Roma Antiga.
Características do fascismo:
O fascismo é marcado por governos ditatoriais liderados por governantes autoritários e que exigem do seu povo total lealdade. Benito Mussolini era chamado de “dulce”, que significa líder em italiano. As massas eram convocadas a manifestar publicamente lealdade ao seu líder e ouvir os vários discursos proferidos por ele. No campo político, o fascismo só admitia apenas um partido, aquele que dava apoio ao líder. Na Itália, enquanto Mussolini esteve no poder, o partido fascista foi o único a ter suas atividades legalizadas, enquanto outros partidos foram extintos, e seus integrantes, presos. Outra característica do fascismo é um Estado controlador da sociedade, não admitindo qualquer atitude individual diferente da preconizada por ele.
Marcha sobre Roma:
A Marcha sobre Roma foi uma vasta manifestação fascista, com característica de golpe de estado, ocorrida em 28 de outubro de 1922 na capital da Itália, com o afluxo na cidade de dezenas de milhares de militantes fascistas que reivindicavam o governo da Itália.[1] Mussolini estaria preparado para fugir caso o rei Vítor Emanuel III declarasse lei marcial, fato que não ocorreu.
 Este evento representou a ascensão ao poder do Partido Nacional Fascista (PNF) e o fim da democracia liberal, pela nomeação de Benito Mussolini como chefe de governo por Vítor Emanuel III. Transferindo o poder político para os fascistas sem conflito armado.
Governo de Mussolini:
Em 1925, o Partido Fascista ganha as eleições de maneira fraudulenta e se consolida no poder. Mussolini aproveita para promulgar as “Leis Fascistíssimas” que não deixariam dúvida sobre quem mandava país. Estas leis determinaram que o Partido Nacional Fascista era o único partido existente e o Grande Conselho Fascista, era o órgão supremo do Estado. Igualmente, o chefe de Governo (Mussolini) deveria responder apenas ao Rei e não mais ao Parlamento.
 Ainda determinava que as associações civis deveriam ser controladas pela polícia e os sindicatos fascistas eram os únicos reconhecidos. Por sua vez, os funcionários públicos deveriam fazer juramento de fidelidade ao regime fascista e aqueles que recusassem eram demitidos.
Em 1927, Mussolini apresentou a "Carta del Lavoro" (Carta do Trabalho) que eram as linhas gerais de como deveriam ser conduzidas as relações de trabalho no país. A Carta garantia a propriedade privada e determinava que a organização dos sindicatos deveriam ser feitas pelo Estado.
Já na década de 30, o fascismo assume o discurso de expansão territorial, ao declarar guerra à Etiópia. O conflito serve para exaltar a “raça italiana” e suas virtudes. Igualmente é época quando Mussolini se aproxima de Adolf Hitler e o resultado (após muita pressão nazista) é a promulgação das leis antissemitas onde os judeus italianos perderam seus direitos civis.
O governo de Mussolini chegou ao fim em 1943 quando a Itália começou a sofrer sérias derrotas durante a Segunda Guerra Mundial. Assustado, Mussolini é levado pelos alemães para o norte, onde funda a efêmera República de Salò.
Quando tenta escapar para a Alemanha é descoberto pelos partisans que o capturam, o julgam de maneira sumária e o fuzilam.

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