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DOC-20190509-WA0005



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Biossegurança
1
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS 
E PRECAUÇÕES PADRÃO
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
Biossegurança
2
Precauções Universais
� Recomendam o uso de medidas de barreira, todas
as vezes que houver a possibilidade de contato com
sangue, secreções e/ou fluidos corpóreos,
independente do conhecimento do diagnóstico
ou status sorológico do paciente.
Precauções Universais
� Cuidados Básicos:
� Limpeza
� Descontaminação
� Desinfecção
� Esterilização
Biossegurança
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Classificação dos materiais
Material crítico
entra em contato com
vasos sanguíneos ou tecidos livres 
de microorganismos
Ex: instrumental
Esterilização
Material semi-crítico
entra em contato com
mucosa ou pele não 
íntegra. Ex: inaladores
Desinfecção
Material não crítico
entra em contato com
pele íntegra. Ex: comadre
Limpeza
Limpeza
� Processo de remoção de sujidades, mediante a
aplicação de energias química, mecânica ou térmica,
num determinado período de tempo.
� Pode ser feita por:
� fricção mecânica com água e sabão;
�máquinas de limpeza com jatos de água quente ou
detergentes;
�máquinas de ultra-som com
detergentes/desencrostantes.
Biossegurança
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Limpeza
Manual
� detergente (enzimático)
� escovas
� jatos de água
� água quente
E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
Remoção mecânica da sujidade
Limpeza
Automatizada
� equipamentos específicos
(lavadoras)
� detergente enzimático
� temperatura
E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
Remoção mecânica da sujidade
Biossegurança
5
O que precisa?
� Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
� Bancada para apoio, deve ser lavável.
� Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e
sabão ou solução enzimática).
� Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
� Tecido descartável (deve ser lavado após o uso, e ser
exclusivo) para enxugar os artigos.
�A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes
da desinfecção ou esterilização.
�Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba,
escovas, etc), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de
sódio 0,5 – 1%.
�Definir qual procedimento o artigo vai se submetido:
desinfecção ou esterilização.
Desinfecção
� Processo aplicado às superfícies inertes, que elimina
microorganismos na forma vegetativa, não garantindo
a eliminação total dos esporos bacterianos. Pode ser
realizada por meio de processos químicos ou físicos.
� Principalmente utilizados:
�Hipoclorito de Sódio a 0,5% (meio químico líquido);
�Álcool Etílico a 70% (meio químico líquido);
�Formaldeído a 4% (meio químico líquido);
�Glutaraldeído a 2% (meio químico líquido).
Biossegurança
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VÍRUS MÉDIOS OU 
LIPÍDICOS
vírus HBV, HIV
BACTÉRIAS VEGETATIVAS
Pseudomonas aeruginosa
FUNGOS 
Candida spp
VÍRUS PEQUENOS OU NÃO 
LIPÍDICOS
poliovírus
MICOBACTÉRIAS
ESPOROS BACTERIANOS
Bacillus subtillisMAIOR 
RESISTÊNCIA
aldeídos e ácido peracético
Alto Nível
álcool, hipoclorito de sódio a 1%,
cloro orgânico
Nível Intermediário
hipoclorito de sódio 0,2%
Baixo Nível
MENOR 
RESISTÊNCIA
Desinfecção química
�O que precisa?
� Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
� Torneira com filtro.
� Bancada para apoio, deve ser lavável.
� Cuba/balde plástico com cor escura e tampa para colocar a 
solução -> anotação da data da ativação, identificação do nome da 
solução. 
�Cuba/balde plástica para o enxágüe.
� Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e 
ser exclusivo) para enxugar os artigos.
� Embalagens.
� EPI adequado para o profissional(gorro,óculos de proteção, 
avental impermeável,máscara específica, luvas de cano longo)
� Espaço físico adequado => exclusivo, ventilado
Biossegurança
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Esterilização
� Processo de destruição de todas as formas de vida
microbiana (bactérias, esporos, fungos e vírus)
mediante a aplicação de agentes químicos e físicos.
� Deve ser monitorado, pelo menos, semanalmente
através de testes biológicos;
� nas manutenções realizadas, deve-se assegurar que
todos os pacotes estejam identificados com fita
termossensível.
� Não esquecer de validar o processo, o que oferece
razoável garantia quanto ao método utilizado.
� Procedimentos mais utilizados:
�Autoclavagem – 127°C por 30 min (meio físico);
�Estufa ou forno de Pasteur – 170°C por 120min
(meio físico);
�Glutaraldeído a 2% por 10 h (meio químico líquido);
�Formaldeído a 4% por 18 h (meio químico líquido);
�Óxido de Etileno – tempo de aeração 6 a 24h (meio
químico gasoso).
Esterilização
Biossegurança
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RADIAÇÃO IONIZANTE RADIAÇÃO IONIZANTE 
CALORCALOR
ÚMIDO
(AUTOCLAVE)
ÚMIDO
(AUTOCLAVE)
SECO
(ESTUFA)
SECO
(ESTUFA)
Métodos de Esterilização
FÍSICOS
SOLUÇÃO:
� glutaraldeído 2% 
� ácido peracético 0,2% 
� peróxido de hidrogênio 3- 6%
SOLUÇÃO:
� glutaraldeído 2% 
� ácido peracético 0,2% 
� peróxido de hidrogênio 3- 6%
GASOSO GASOSO 
� Óxido de etileno - ETO
� Plasma de peróxido
de hidrogênio - Sterrad
� Autoclave de formaldeído
� Óxido de etileno - ETO
� Plasma de peróxido
de hidrogênio - Sterrad
� Autoclave de formaldeído
QUÍMICOSQUÍMICOS
Métodos de Esterilização
Biossegurança
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Autoclave de Formaldeído
Métodos de Esterilização
Cuidados
� Nos processos de limpeza, desinfecção e
esterilização, os artigos devem ser imersos
totalmente nas soluções, livres de bolhas,
obedecendo o tempo de exposição ao produto,
conforme recomendação do fabricante.
� Utilizar EPI no manuseio dos produtos, mantendo
sempre os recipientes tampados durante todo o
processo.
Biossegurança
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Tratamento das superfícies
� As superfícies fixas (pisos, paredes, tetos, portas,
mobiliários e demais instalações) representam pequeno
risco de transmissão de infecções na área hospitalar.
� É desnecessária a desinfecção rotineira de superfícies, a
menos que haja depósito ou respingo de matéria orgânica.
� Os locais que contem matéria orgânica podem causar
riscos. Estes, necessitam de descontaminação, antes ou
juntamente com a limpeza, procedimento no qual há
necessidade de se usar EPI (luvas de borracha e botas de
polietileno).
Tratamento das superfícies
Fluxo de procedimentos de desinfecção e descontaminação de
superfícies com presença de matéria orgânica.
Biossegurança
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Tratamento das superfícies
� As áreas úmidas ou molhadas tornam-se meios de
cultura nos quais fungos e bactérias podem se
reproduzir.
� É necessária a secagem adequada das superfícies e
dos artigos.
� A varredura seca está terminantemente proibida em
áreas hospitalares por causa da produção de
aerossóis, que poderão se tornar risco de infecção
para todos os pacientes.
PRECAUÇÕES PADRÃO
Biossegurança
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Precauções Padrão
� Visa reduzir o risco de transmissão de
microorganismos, a partir de fontes conhecidas ou
não, em serviços de saúde.
� Incluem o uso de barreiras e Equipamentos de
Proteção Individual (EPI)
� Devem ser aplicadas toda vez que houver a
possibilidade de contato com sangue, secreções,
excreções e/ou fluidos corpóreos, de pele não-
íntegra e mucosa com exceção do suor.
Fundamentos das precauções
� Conhecimento dos mecanismos de disseminação
dos microorganismos
� Conhecimento das particularidades
epidemiológicas do hospital
Biossegurança
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�Lavagem das Mãos
�Antes e após contato com o paciente.
�Após retirada de luvas.
�Entre o contato com um paciente e outro.
�Após contato com sangue, líquidos corpóreos, 
secreções, excreções e artigos contaminados.
Precauções Padrão
Biossegurança
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� Luvas
� Usar luvas limpas, não estéreis, quando houver
possibilidade de contato com sangue ou outros fluídos
corporais ou artigos contaminados.
� Retirar luvas após uso, antes de tocar em superfícies
ambientais ou de contato com outro paciente.
� lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas.
� Trocar de luvas entre um paciente e outro e entre um
procedimento e outro.
Precauções Padrão
� Máscara e Óculos de Proteção
- Recomendados para proteção individual de
mucosa dos olhos, nariz e boca durante a
realizaçãode procedimentos, sempre que
houver risco de respingo com sangue ou
fluídos corpóreos.
Precauções Padrão
Biossegurança
15
� Avental
� Usar avental limpo, não estéril, para proteção
individual, sempre que houver risco de sujar a
roupa com sangue ou fluídos corpóreos.
� Retirar o avental o mais rápido possível e lavar
as mãos.
Precauções Padrão
� Artigos e equipamentos de assistência ao paciente
� Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) na
manipulação de artigos contaminados com sangue ou
fluidos corpóreos.
� Limpar, desinfetar ou esterilizar equipamentos entre
pacientes.
Precauções Padrão
Biossegurança
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�Ambiente
�Estabelecer e garantir procedimentos de rotina
para a limpeza e descontaminação das superfícies
ambientais, na presença de matéria orgânica.
Precauções Padrão
� Cuidados com as Roupas
�Manipular, transportar e processar as roupas
usadas de forma a prevenir a exposição da pele,
mucosas e roupas pessoais.
�Utilizar sacos impermeáveis.
Precauções Padrão
Biossegurança
17
� Material pérfuro-cortante
� Descarte adequado em caixas rígidas de papelão.
� Não ultrapassar o limite de preenchimento da mesma.
Precauções Padrão
Biossegurança
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Mecanismos de transmissão
Transmissão por contato (direto e indireto)
Transmissão por gotículas
Transmissão aérea
Precauções Específicas
� Contato próximo ao paciente (até um metro)
Gotícula - diâmetro > 5µm
� Fonte
fala, tosse, espirro, aspiração de vias aéreas
� Indicação
Em caso de suspeita ou confirmação de doenças transmitidas
por gotículas.
Para impedir a disseminação de doenças transmitidas por
gotículas.
Patologias: meningite, coqueluche, influenza, difteria e
rubéola.
Transmissão por gotículas
Biossegurança
19
Uso pelo
profissional
Uso pelo
profissional
Uso pelo
paciente
Transporte
Privativo
� Aerossóis - Diâmetro < 5µm
Permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas
a longas distâncias
� Fonte
• Pessoas (Secreções oral e nasal aerolizadas);
• Corrente de ar.
� Indicação
Patologias: tuberculose pulmonar e laríngea,
sarampo, varicela
Transmissão por aerossóis
Biossegurança
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Precauções para Aerossóis
� Quarto privativo obrigatório, com porta fechada
• sistema de ventilação com pressão negativa - 6 trocas de ar por
hora e filtro de alta eficiência
� Máscara - tipo N95 (filtra 95% das partículas 0,3µ)
� Transporte do paciente - com máscara comum
(cirúrgica).
Privativo 
com porta 
fechada
Uso pelo
profissional
Uso pelo
profissional
Uso pelo
paciente
Transporte
Biossegurança
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Contato direto ou indireto
� Fonte
� Pessoas
� Superfícies ambientais
� Artigos e equipamentos
� Indicação
Patologias: diarréias, escabiose, pediculose,
bactérias multirresistentes
Transmissão por contato
Precauções de Contato
Quando aplicar?
Quando houver suspeita ou confirmação de doenças
e microrganismos transmitidos por contato:
• pacientes com diarréia
• abcessos ou feridas secreção não contida
• infecção respiratória - bronquiolite em lactentes e
crianças
• infecção ou colonização por microrganismos
multiresistentes
• escabiose
Biossegurança
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Precauções de contato
� Quarto privativo.
� Luvas - contato com paciente, área ou material
infectante.
� Avental - possibilidade de contato das roupas do
profissional com paciente, área ou material infectante.
� Transporte do paciente - luvas para o contato com o
paciente.
� Artigos e equipamentos - uso exclusivo do paciente.
Biossegurança
23
� Indicação
Recomendadas para evitar a disseminação de agentes que
apresentam dupla via de transmissão.
Consiste em associar:
� Precaução de Contato + Precaução com Gotículas
� Precaução de Contato + Precaução com Aerossóis
Precauções Mistas
Precauções de Contato e para 
Aerossóis
� Quando aplicar? 
Em casos de suspeita ou confirmação de varicela ou 
herpes zoster disseminado.
Biossegurança
24
Privativo 
com porta 
fechada
Uso pelo
profissiona
l
Uso pelo
profissiona
l
Se contato
com o 
paciente
Uso pelo
paciente
Transporte
Precauções para contato e gotículas
Quando aplicar?
Em casos de pneumonia ou outras em que houver
suspeita de infecção por adenovírus.
Biossegurança
25
Privativo
Se contato
com o 
paciente
Uso pelo
profissiona
l
Uso pelo
profissiona
l
Transporte
Uso pelo
paciente
Referencias
� Mastroeni
� Hirata
� Basso M, Abreu ES [org]. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas
hospitalares e anti-sepsia. In: Molina E. Anti-sepsia. São Paulo: APECIH,
2004.
� Cavalcante NJF, Monteiro ALC, Barbieri DD. Biossegurança. Programa
Estadual de DST/AIDS da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo.
São Paulo – 2003. 2ª Edição Revisada e Ampliada. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/08Bioseguranca.pdf
� DRAFT: Guideline for Isolation Precautions - Preventing Transmission
of Infectious Agents in Healthcare Settings. Recommendations of the
Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee, 2004.