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📚 Estrutura e Transporte de Membranas 1 📚 Estrutura e Transporte de Membranas Data Descrição Estrutura e função da membrana, transporte ativo e passivo. Disciplina BIOFÍS Status Feito Estrutura Bicamada Lipídica Mosaico Fluido: o modelo de mosaico fluido considera o contínuo movimento aleatório dos lipídios fluidos da membrana, deslocando-se lateralmente, e o mosaico de diferentes proteínas que a compõe, ambos atuando na permeabilidade seletiva da membrana, barrando certos componentes e permitindo a entrada e saída de outros. Bicamada Lipídica: a membrana é composta por duas camadas sequenciais contendo três tipos de moléculas lipídicas (fosfolipídios, colesterol, glicolipídios), mas a sua organização em bicamada é especialmente ditada pela propriedade anfipática (polar e apolar) dos fosfolipídios, que permanecem com a 'cabeça' hidrofílica voltada para o meio externo e para o citosol da célula, e as 'caudas' hidrofóbicas interagindo internamente. Colesterol: moléculas levemente anfipáticas (grupo OH que forma ligações de hidrogênio e cauda de hidrocarneto apolar) que estão entremeadas entre outros lipídios em ambas camadas. Glicolipídios: os grupos de carboidrato formam uma 'cabeça' polar e suas 'caudas' de ácido graxo são apolares; permanecem apenas na camada externa (assimetria da membrana) Distribuição das Proteínas Classificação: as proteínas podem ser classificadas como integrais, se estendendo para ou através da bicamada, ligando-se firmemente a ela, ou 16/02/2021 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 2 periféricas, que estão na superfície exterior ou interior da membrana, ligando- se à proteínas integrais ou à extremidade polar dos lipídios. Transmembranas: proteínas que atravessam toda a membrana lipídica, projetando-se para o citosol e para o líquido extracelular. Glicoproteínas: proteínas associadas à grupos de carboidratos que se projetam para o líquido extracelular. Glicocálice: revestimento glicídico formando pelas porções dos glicolipíios e das glicoproteínas. Funções das Proteínas Proteínas Integrais: as proteínas integrais desempenham diversas funções na membrana. Canais iônicos, seletivos em sua maioria, ou poros para a passagem de íons. Carreadoras (transportadoras) movendo íons e substâncias polares entre os lados da membrana. Receptoras que reconhecem e se ligam a um tipo específico de molécula. Enzimas que catalisam reações químicas interna e externamente. Ligantes que ancoram proteínas nas membranas de células vizinhas, umas às outras ou a filamentos proteicos dentro e fora da célula. OBS.: Periféricas também atuam como ligantes. Proteínas Periféricas: podem auxiliar na sustentação da membrana, ancorar proteínas integrais, participar do movimento de materiais e organelas nas células, modificar o formato celular durante a divisão e em células musculares, e ligar células umas às outras. Glicoproteínas e Glicolipídios: frequentemente atuam como marcadores de identidade celular, permitindo que uma célula reconheça outras do mesmo tipo durante a formação tecidual ou que reconheça e responda a cálulas estranhas potencialmente perigosas. Fluidez da Membrana A fluidez da membrana depende do número de ligações duplas nas caudas de ácidos graxos dos lipídios da bicamada e da quantidade de colesterol 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 3 existente, já que esses compostos formam ligações de hidrogênio com fosfolipídios e glicolipídios vizinhos, preenchendo o espaço entre as cadeias com dobras, o que torna a bicamada mais forte e fluida. As ligações duplas inserem dobras que aumentam a fluidez por impedir que as moléculas lipídicas sejam firmemente acondicionadas na membrana, permitindo que lipídios e proteínas girem e se movam lateralmente com facilidade. Essa fluidez é essencial para os processos biológicos que envolvem a membrana plasmática, como o movimento celular, crescimento, divisão, secreção e formação de junções celulares. Além de permitir que a bicamada se regenere se for rompida ou perfurada a partir da reorganização dos componentes para retomar a estrutura da membrana. Permeabilidade A membrana plasmática possui permeabilidade seletiva, o que significa que permite mais facilmente a passagem de certas substâncias do que outras, isso se deve à existência de uma região hidrofóbica apolar interna e hidrofília polar externa. Porção Lipídica: muito permeável a moléculas apolares como os gases e esteróides, moderavelmente permeável a moléculas polares pequenas e sem carga (água e ureia), e impermeável a íons e moléculas polares grandes sem carga (glicose). Água e Ureia (polares): acredita-se que essas moléculas consigam atravessar a membrana por meio de lacunas que aparecem durante o movimento aleatório das caudas de ácidos graxos dos fosfolipídios e dos glicolipídios. OBS.: Aquaporina é uma proteína (poro) que permite a passagem de água na membrana. 💡 Quanto mais hidrofóbica ou lipossolúvel for uma substância, maior será a permeabilidade da membrana a ela. Macromoléculas atravassem a membrana apenas por endocitose ou exocitose. 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 4 Proteínas Transmembrana: essas agem como canais e carreadores altamente seletivos, aumentando a permeabilidade da membrana a uma variedade de íons e moléculsa polares não carregadas. Gradientes Gradiente de Concentração: a permeabilidade seletiva da membrana é responsável pela manutenção de um gradiente de concentração, ou seja, a diferente concentração de substâncias dentro e fora da célula. Gradiente Elétrico: a membrana plasmática também mantém a diferença de distribuição de íons carregados positiva e negativamente entre os lados da membrana, criando um ambiente negativamente carregado internamente e uma superfície externa carregada positivamente. Potencial de Membrana: manutenção do gradiente elétrico por toda a membrana. Gradiente Eletroquímico: a influência combinada dos gradientes de concetração e elétrico capaz de movimentar um íon em particular recebe o nome de gradiente eletroquímico. Ambos os gradientes ajudam na movimentação de substâncias através da membrana a favor do seu gradiente de concentração a fim de alcançar o equilíbrio. Transporte As substâncias geralmente se movem através das membranas por intermédio de processos de transporte que podem ser passivos, quando a substância se move a favor do seu gradiente de concentração ou elétrico utilizando apenas sua própria energia cinética (energia de movimento), sem influxo de energia da célula, ou ativos, quando a energia celular é utilizada para mover uma substância contra o seu gradiente de concentração ou elétrico. Passivos Princípio da Difusão: a difusão é um processo passivo em que a mistura randômica das partículas em solução ocorre devido à energia cinética dessas, promovendo a distribuição de soluto e solvente a favor do gradiente de concentração (da região de maior 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 5 concentração para a de menor concentração), até que o equilíbrio seja encontrado. Taxa de Difusão: a rapidez do processo depende de: Tamanho do GC e de GE o gradiente eletroquímico determina a taxa de difusão: quanto maior a diferença de concentração entre os dois lados da mebrana, maior a taxa de difusão. Temperatura: quanto maior a temperatura, maior a taxa de difusão. EX.: febre acelera os processos de difusão no corpo. Massa da Substância se Difundindo: quanto maior a massa da partícula, menor a velocidade. Área de Superfície: quanto maior a área disponível para difusão, maior a velocidade. EX.: alvéolos pulmonares. Distância de Difusão: quanto maior, mais demorada é a difusão. EX.: líquido nos pulmões na pneumonia. Difusão Simples: processo passivo em que as substâncias se movem livremente pela bicamada sem o auxílio de proteínas. Importância: absorção de nutrientes e excreção de produtos celulares, troca de gases entre células (como oxigênio e gáscarbônico) e nos alvéolos pulmonares. Substâncias: hidrofóbicas apolares, como gases, ácidos graxos, esteroides e vitaminas lipossolúveis; polares pequenas e não carregadas, como água, ureia e álcools pequenos. Difusão Facilitada: processo passivo em que um soluto muito polar ou altamente carregado se move por difusão simples com o auxílio de proteínas de membrana integral que atuam como canais ou carreadores específicos. Canal: na difusão mediada por canal, um soluto atravessa a membrana, ao longo do seu gradiente eletroquímico, por meio de um canal de membrana que, em sua maioria canais iônicos, permitem um fluxo mais lento, específico para determinado íon, controlado (parte da proteína funciona 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 6 como portão, abrindo e fechando aleatoriamente ou respondendo a regulações químicas ou elétricas dentro e fora da célula) ou livre. Carreador: na difusão mediada por carreadores (transportadores), um soluto move-se a favor do seu gradiente por meio da ligação a uma proteína integral que sofre mudança no seu formato e libera o soluto do outro lado. OBS.: A taxa de difusão facilitada mediada por carreador é determinada pelo tamanho do gradiente de concentração. OBS.: Esses carreadores apresentam uma faixa de saturação na qual a taxa de transporte máximo é atingida, não ocorrendo, portanto, um aumento na taxa de difusão quando do acréscimo no gradiente de concentração. Substâncias que utilizam carreadores. Glicose, frutose, galactose e algumas vitaminas. Ligação do soluto. Geralmente o soluto se liga mais frequentemente no lado da membrana em que a concentração é maior. Osmose: tipo de difusão em que ocorre o movimento líquido de um solvente através de uma membrana seletivamente permeável, no entanto, a osmose ocorre apenas quando a membrana é permeável à água e impermeável a determinados solutos. Água: move-se da áre com maior concentração de água para a área com menor concentração de água. A água pode difundir-se de duas formas: entre duas moléculas de fosfolipídios por difusão simples utilizando suas lacunas, ou através de aquaporinas, proteínas integrais transmembrana que agem como canais de água. Pressão Hidrostática: a pressão exercida pela água quando ela atravessa de um lado para o outro. OBS.: O equilíbrio é alcançado quando a quantidade de moléculas de água se movem de dentro para fora pela pressão osmótica é igual à quantidade de moléculas movidas de fora para dentro devido à osmose. Pressão Osmótica: pressão exercida pela solução com o soluto impermeável, proporcional à concentração das partículas desse soluto, que 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 7 é contrária a pressão que produz o movimento de água durante a osmose. OBS.: Geralmente, a pressão osmótica do citosol é igual a do líquido intersticial, o que auxilia na manutenção do volume celular relativamente constante. No entanto, quando as células são colocadas em soluções com pressão diferente daquela do citosol, a água se move para dentro ou para fora delas por osmose, alterando seu volume e sua forma. Tonicidade: a tonicidade de uma solução é a medida da sua capadidade de alterar o volume das células por modificar seu conteúdo de água. Solução Isotônica: as concentrações iguais de soluto em ambos os lados permitem a manutenção do formato e do volume normais da célula. Solução Hipotônica: a menor concentrações de soluto no exterior do que no citosol provoca a entrada de água mais rápida do que a sua saída, fazendo com que as células inchem e se rompam (lise celular → água pura muito hipotônica). Solução Hipertônica: a maior concentração de solutos no exterior do que no citosol provoca a saída das moléculas de água mais rápida do que a entrada, fazendo com que as células encolham (crenação). Ativos Transporte Ativo: processo ativo em que ocorre gasto de energia celular para mover um soluto polar ou com carga elétrica contra o seu gradiente de concentração. Energia: pode ser utilizada energia obtida a partir da hidrólise de ATP, fonte do transporte primário, ou a partir da energia armazenada em um gradiente de concetração iônica, fonte do transporte secundário. Substâncias: são transportados vários íons, como Na+, K, H, Ca2, I e Cl-, além de aminoácidos e monossacarídios. Transporte Ativo Primário: nesse transporte, a energia derivada da hidrólise do ATP altera o formato de uma proteína carreadora ao ligar-se a um grupo fosfato, auxiliando no processo de bombeamento de substâncias contra o seu gradiente, por isso também recebem o nome de bombas. Bomba de Sódio e Potássio: mantém uma baixa concentração de Na+ 3 no citosol por bombeá-los para o líquido extracelular contra o seu gradiente de concentração e alta concentração de K 2 por bombeá-los para dentro do citosol, também contra o seu gradiente de concentração; 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 8 essa concentração diferente é essencial para a manutenção do volume celular normal e para a capacidade de certas células gerarem sinais elétricos como os potenciais de ação. OBS.: Os íons vão contra seus gradientes de concentração, mas a favor dos seus gradientes eletroquímicos. 💡 Veneno Cianeto: substâncias como o cianeto que impedem a produção de ATP são letais porque interrompem o transporte ativo nas células em todo corpo, já que 40% do ATP de uma célula típica é gasta no trasporte ativo primário. Transporte Ativo Secundário: nesse transporte, a energia armazenada em um grandiente de concentração de Na+ ou de H é utilizada para direcionar outras substâncias através da membrana contra os seus próprios gradientes de concentração, dessa forma, o transporte secundário utiliza indiretamente a energia obtida pela hidrólise do ATP. Energia Potencial: a energia armazenada (potencial) nos íons sódio durante o transporte da bomba de sódio e potássio pode ser convertida em energia cinética e ser utilizada para o transporte de outras substâncias. Como Ocorre: uma proteína carreadora (simportadora ou contratransportadora) se liga simultaneamente a Na+ e a outra substância, modificando seu formato de modo ue ambas atravessem a membrana ao mesmo tempo. Simportadora: movem as duas substâncias na mesma direção. 📚 Estrutura e Transporte de Membranas 9 Contratransportadora: movem as substâncias em direções opostas (sódio entra). Importância: isso permite que a célula regule a concentração de Ca2 e o pH da célula (contratransportador Na+/Ca2, e Na+/H, e ainda permita a absorvição de outros solutos como a glicose e os aminoácidos (simportadores Na+/Glicose, e Na+/aminoácido). OBS.: Nesses casos, o sódio se move a favor do seu gradiente enquanto outros solutos se movem contra seus gradientes. Esse transporte de outros solutos só pode ocorrer porque as bombas de sódio e potássio mantêm uma baixa de concentração de Na+ no citosol. Assim, quando um Na+ é retirado do citosol pela bomba, ele armazena energia potencial que é utilizada para retornar a favor do seu gradiente para dentro da célula, ligando-se a proteínas simportadoras ou contratransportadoras e permitindo que outros solutos entrem ou saiam ao mesmo tempo que ele. Transporte Vesicular: ocorre através de uma vesícula que é formada na membrana e movimenta substâncias para dentro da célula (endocitose) ou formanda dentro da célula, fundido-se com a membrana e levando substâncias para fora (exocitose).
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