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02 História da saúde pública no Brasil

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Semana 02
“História da Saúde Pública no Brasil – da colônia à década de 1930”
Prof.ª Me. Paula de Sant’Ana Amorim
Pré-aula
Olá! Eu sou a Professora Mestre Paula Amorim e esse é o meu podcast sobre a História da Saúde Pública no Brasil, que até ser consolidada com o Sistema Único de Saúde (SUS), passou por muitas mudanças onde órgãos e medidas eram feitos e desfeitos. E para começar a entender todos esses eventos, é preciso voltar para a fase do Brasil Colônia.
Desde que os portugueses se instalaram em nossas terras, e o Brasil foi oficialmente colonizado até a metade do século 19, muito pouco foi feito com relação à Saúde Pública. Até que a Independência fosse proclamada havia alguma movimentação com relação à vigilância sanitária, seguindo o modelo português, já que seguíamos as mesmas leis de Portugal, que tratavam de tirar de circulação alimentos em más condições e tempos depois, já no século 19, o embrião da fiscalização portuária. Após a declaração da independência houve a criação de órgãos municipais de saúde e mais tarde a vacinação compulsória da Varíola e a organização do instituto vacínico do Império, destinado ao controle de epidemias.
Na segunda metade do século 19, com a Revolução Industrial, grandes grupos foram deslocados da zona rural em direção aos centros urbanos e essas pessoas foram se organizando em situações precárias, o que favorecia a proliferação de doenças. Nessa época, a tuberculose, que já era bastante comum, passou a aumentar a circulação e se tornou uma das principais causas de morte, atingindo principalmente jovens em idade produtiva, o que obrigou o Império a destinar verba para tratar dos doentes e melhorar as condições sanitárias.
Junto com a tuberculose, veio também uma onda de febre amarela, e algumas doenças distribuídas regionalmente, e como medida, o império criou a Junta Central de Higiene Pública e destinou verbas para fazer cumprir o regimento desta junta, e em 1900 foi criado o Instituto Soroterápico Federal, para a fabricação de Soros e Vacinas. 
No início do século 20, Oswaldo Cruz se tornou Diretor geral de Saúde Pública (correspondente ao atual Ministro da Saúde) começando uma nova era para a saúde pública: utilizou o Instituto soroterápico (mais tarde rebatizado de Instituto Oswaldo Cruz) como base para pesquisa e formação, dando início às campanhas de saneamento.
Na batalha contra a febre amarela que era a principal vilã do período, Oswaldo Cruz dividiu as responsabilidades entre a diretoria, que fornecia o pessoal médico e a municipalidade que cuidava da limpeza pública.
Em seguida, veio a Peste Bubônica, que trouxe a notificação compulsória tão importante para gerar dados epidemiológicos, além das medidas de isolamento, administração do soro nos doentes, vacinação e desratização.
1904 foi o ano em que a Varíola se espalhou pelo Rio de Janeiro, fazendo com que o Governo enviasse ao Congresso um projeto para reinstalar a obrigatoriedade da vacinação da varíola, que já havia sido instituída na primeira metade do século 19, além de obrigar o atestado de vacina até para casamentos e punir quem se recusasse, alimentando a oposição a Oswaldo Cruz que resultou na Revolta da Vacina.
Nos anos seguintes, ocorreram muitas mudanças político-administrativas até que em 1930 foi criado o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Antes disso, em 1923, foi formulada a Lei Elóy Chaves que formulava a Saúde no Brasil como um Sistema de Saúde, e regulamentava as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), sendo a primeira intervenção do Estado Brasileiro a assistência médica para o trabalhador.
* Não esqueça que esses dados foram tirados do site da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Aula
Conceitos do Sistema Único de Saúde (SUS)
Objetivo da aula: esclarecer sobre os conceitos básicos de Saúde Pública. 
*A Odontologia em Saúde Coletiva está inteiramente ligada ao SUS.
Princípios organizacionais
· Regionalização e Hierarquização
Regionalização: articulação entre os serviços, unificando-os;
Conhecimento da área geográfica, população atendida e critérios apidemiológicos.
Hierarquização: divisão dos níveis de atenção, garantia do acesso aos serviços, de acordo com os limites de cada região.
Organização em níveis crescentes de complexidade.
· Descentralização e comando único
Descentralização: redistribuir poder e responsabilidade.
Federal
Estadual
Municipal
- Serviços de maior qualidade; 
- Fiscalizados pela população.
Poder municipal: condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras.
· Participação popular
- Participação popular do dia a dia;
- Conselhos e conferências de saúde;
- Criar estratégias;
- Avaliar a execução das políticas de saúde.
Níveis de atenção
· Atenção básica
- Porta de entrada ao SUS;
-Unidades básicas ou Postos de saúde;
- Serviços: marcação de consultas e exames, procedimentos menos complexos, curativos, vacinas.
· Média complexidade
-Clínicas;
-Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
- Hospitais escolas;
-Serviços prestados: alguns procedimenos de intervenção; tratamento de casos crônicos e agudos.
· Alta complexidade
- Hospitais de Grande Porte;
-Serviços prestados: manobras mais invasivas e de maior risco à vida.
Níveis de prevenção
· 1º nível: promoção da saúde
Engloba as ações destinadas a manter o bem-estar geral de uma população, sem visar a nenhuma doença em particular.
Qualidade de vida
· 2º nível: proteção específica
Refere-se a ações que incidem no período pré-patogênico, antes da instalação da doença. A diferença é que elas são dirigidas ao combate de uma enfermidade específica ou um grupo de doenças em particular.
· 3º nível: diagnóstico e tratamento precoce
Tem como objetivo detectar o mais rapidamente possível processos patogênicos já instalados, antes do aparecimento de sintomas. Dessa forma, é possível adotar medidas protetoras antes mesmo de um agravo em curso cruzar o horizonte clínico.
· 4º nível: limitação do dano
- Adoecimento já instalado;
-Minimizar o impacto – limitar a extensão das lesões;
- Retardar o aparecimento de complicações.
Grupos de apoio
Telemonitoramento
Tratamento médico ou cirúrgico
Hospitalização
Acesso facilitado aos serviços
· 5º nível: reabilitação
- Ações que buscam desenvolver o potencial residual do organismo após ser afetado pela doença;
- Convivência com sua nova condição de saúde – vida útil e produtiva;
Exemplos: acompanhamento de complicações em pacientes diabéticos, reabilitação pós-infarto ou acidente vascular cerebral, terapia ocupacional, treinamento do deficiente, próteses e órteses.

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