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MODELOS DE ATENÇÃO A prestação de serviços é um dos componentes dos sistemas de saúde e corresponde ao conjunto de práticas realizadas pelos profissionais de saúde, para atender necessidades individuais e coletivas No Brasil, a saúde como direito de todos e dever do estado, e a concepção ampliada de saúde são os fundamentos legais que definem o escopo dos serviços prestados à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). À prestação de serviços indica a relação direta dos profissionais de saúde com usuários e população, mediada por tecnologias ou meios de trabalho dependentes dos recursos disponíveis na Infraestrutura do SUS. ● serviços realizados em diferentes locais, seja em unidades de saúde de diversas densidades tecnológicas, a exemplo de Unidades Básicas de Saúde, policlínicas, unidades de pronto Atendimento, hospitais, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico; seja em domicílios, espaços de convivência, escolas, fábricas e outros ambientes de trabalho e estabelecimentos comerciais de interesse da saúde pública. A Prestação de serviços depende de outros componentes dos sistemas de saúde, a exemplo da infraestrutura, do financiamento, da gestão e da organização dos níveis de atenção Práticas de saúde são processos de trabalho constituídos pelo objeto, por meios de trabalho ou tecnologias, e pelo trabalho propriamente dito. A aplicação de conhecimentos e o manuseio de instrumentos materiais são os meios de trabalho utilizados pelos profissionais de saúde para apreender um objeto e transformá-lo, de modo a atender à necessidade do usuário ou de uma população (é essa finalidade). Entre os objetos de saúde, podemos identificar doentes, doenças, problemas de saúde sob à forma de determinantes, riscos e danos, e a própria saúde, em sua concepção positiva. As necessidades determinam a organização das ações e dos serviços de saúde. ● Necessidades de saúde - carecimentos, “algo que deve ser corrigido” e as próprias intervenções sobre os carecimentos. Existe uma circularidade entre necessidades e consumo de serviços pois um determinado padrão de oferta e distribuição de serviços cria valores sobre os quais seu consumo é reiterado socialmente e interpretado como necessidade. A prestação dos serviços obedece a uma racionalidade ou lógica denominada “modelo de atenção”. Modelos de atenção são combinações tecnológicas estruturadas para a resolução dos problemas e o atendimento de necessidades de saúde - individuais e coletivas. ● as tecnologias empregadas como meios de trabalho pelos profissionais de saúde para o cumprimento da finalidade das práticas Correspondem a conhecimentos (clínica, patologia, epidemiologia, ciências humanas e sociais aplicadas à saúde), técnicas (realização de procedimento, diagnósticos, terapêuticos e abordagens pedagógicas), instrumentos, materiais (equipamentos, medicamentos, vacinas e cartilhas educativas) e habilidades comunicacionais A depender do tipo do conhecimento utilizado e disciplinas que o fundamentam, teremos ● modelos centrados na prática clínica individual, curativa ● modelos de natureza coletiva, centrados nas ações de saúde pública, mediadas pelos conhecimentos da epidemiológicos e disciplinas correlatas ● modelos que buscam integrar a prestação de serviços individuais e coletivo Breve histórico e principais características dos modelos de atenção hegemônicos no Brasil Modelo médico assistencial privatista (MMAFP) ● Origina-se na década de 1920, com a promulgação da Lei Elói Chaves, que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões. ● ações individuais ● O surgimento do MMAFP está relacionado com o desenvolvimento do capitalismo industrial, que necessitava de pessoal apto para o trabalho nas fábricas. A oferta de assistência médica para os operários e seus familiares, e a concessão de aposentadorias e pensões atendiam a reivindicações do movimento sindical. ● No primeiro governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945, a assistência médica previdenciária se expandiu, com a criação de Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). a prestação de consultas médicas era realizada por serviços próprios dos institutos. ● A consolidação do MMAP ocorreu entre 1945 e 1964, associada à expansão do segmento industrial da economia brasileira. ● Durante o regime militar, houve importante expansão dos serviços privados, que consolidou sua posição como principais prestadores de consultas, procedimentos e Internações para trabalhadores formais cadastrados obrigatoriamente no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), resultante da fusão dos IAPs. ● Em 1977, as funções de assistência médica e de concessão de aposentadorias e outros benefícios foram separadas em institutos distintos, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). ● Até o final da década de 1980, apenas os trabalhadores inseridos no mercado formal tinham acesso à assistência médica previdenciária. Os demais brasileiros não tinham seu direito à saúde assegurado. Quando necessitavam de atendimento médico eram assistidos pelas Santas Casas de Misericórdia, instituições filantrópicas vinculadas à igreja católica ● A criação do SUS estendeu a cobertura dos serviços médicos previdenciários a toda a população. O INAMPS foi incorporado à estrutura do Ministério da Saúde, e a maior parte das unidades próprias do instituto foi cedida às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Entretanto, o MMAP manteve sua posição hegemônica no SUS, e a atenção à saúde individual passou a ser o objeto de principal interesse do governo na formulação e na implementação de políticas de saúde em nosso país. ● Além de ser a lógica assistencial predominante no SUS, esse modelo também domina a prestação de serviços para usuários de planos de saúde da assistência médica suplementar. Ainda que o hospital seja considerado o serviço mais importante desse modelo de atenção, outras unidades de prestação de serviços de saúde - a saber, Unidades Básicas de Saúde, policlínicas e unidades de pronto atendimento -, realizam a oferta de consultas e procedimentos baseados na lógica do MMAP ● No MMAFP, o médico é o principal agente das ações de saúde. As demais profissões de saúde são coadjuvantes. ● O hospital é o local mais importante de assistência aos usuários, onde são produzidas as consultas e realizado os procedimentos diagnósticos e terapêuticos. ● É um modelo centrado no diagnóstico e no tratamento de doenças. ● As disciplinas que orientam práticas são a clínica e a patologia. ● É denominado de privatista, porque maioria dos hospitais e das unidades especializadas que prestam serviços aos usuários do sistema público de saúde são de propriedade privada ● Esse modelo é a base principal do financiamento público dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos. É grande a pressão pelo aumento consumo de serviços com maior densidade tecnológica por diversos fatores. Entre eles, está a maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, aliada às dificuldades de controle dessas condições nosológicas ● Ainda que o subfinanciamento do sistema restringe o acesso da população aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, o MMAFP contribui para a manutenção da crise do SUS. ● À abordagem das necessidades de saúde é centrada em doenças, no nível individual, de modo fragmentado ● A população considera que essa é a forma ideal de assistência às necessidades de saúde, traduzida em consumo de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados ou definidos pelos médicos para diagnosticar e tratar doenças Nessa percepção, quanto maior o acesso a tais procedimentos, melhor é a qualidade da assistência prestada. A garantia da utilização desse tipo de serviço de saúde é uma demanda recorrente dos brasileiros usuários do SUS, tema obrigatório nos programas de governo de candidatos à eleição para prefeitos, governadores e presidente da República. Os profissionais de saúde, em sua maioria, também identificam a assistência individual, de alta densidade tecnológica,como a melhor forma de atenção aos usuários, a de maior prestígio social e a que pode oferecer o melhor pagamento por seu trabalho. Modelo sanitarista. ● ações coletivas ● origem nas campanhas de combate a epidemias que ameaçavam a sanidade das cidades portuárias, de onde se escoava a produção cafeeira para outros países, atividade principal da economia nacional. ● À campanha de vacinação contra a varíola e o cotra à epidemia de febre amarela são exemplos das campanhas sanitárias representaram as primeiras medidas de saúde pública para grandes grupos populacionais no início do século 20. ● Os programas de controle de endemias, a exemplo da malária, doença de Chagas, da esquistossomose, da tuberculose e da hanseníase, passaram a fazer parte da estrutura do Ministério da Saúde nos anos 1950. ● 1975, foi criado o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, coordenado pelo Ministério da Saúde, com a participação de Secretarias VB ● Na década de 1990, a descentralização das ações e serviços de saúde, obrigatória com a criação do SUS, levou à organização de estruturas municipais de vigilância epidemiológica e sanitária, com apoio Financeiro e técnico do Ministério da Saúde. Em municípios de maior porte passaram a ser realizadas ações de vigilância ambiental e de saúde do trabalhador ● Nos dias atuais, o desenvolvimento científico e tecnológico em saúde Pública expandiu as ações que conformam o modelo sanitarista. ● O aprimoramento da produção de vacinas, a melhoria da qualidade dos procedimentos laboratoriais e os avanços da estatística aplicada à saúde, da tecnologia da informação e da microbiologia, entre outras disciplinas básicas, contribuíram para a expansão das ações de saúde pública realizadas em todo o território nacional. ● Apesar da grande importância para a saúde da população, a formação graduada dos profissionais de saúde dá pouca ênfase à aquisição de conhecimentos e habilidades, para o desenvolvimento das ações de saúde pública. ● Podemos destacar as seguintes características do modelo sanitarista: os riscos e danos provocados pelas doenças infectocontagiosas são os principais objetos de trabalho dos sanitaristas profissionais de saúde especializados em saúde coletiva, apoiados por profissionais de nível médio. epidemiologia é a disciplina essencial para o diagnóstico de saúde, cuja abordagem é populacional. ● É o modelo que orienta as ações de vigilância sanitária, epidemiológica: ambiental e de saúde do trabalhador, desenvolvidas nas estruturas administrativas da vigilância em saúde existentes no Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. ● No caso da vigilância epidemiológica, as ações se organizam de modo rotineiro, sob a forma de programas, ou como ações de curta duração, conhecidas como campanhas sanitárias, ● programa - conjunto de intervenções realizadas em sequência cronológica com efeitos interdependentes. Os programas especiais ou vertical são combinações de procedimentos e atividades padronizadas, segundo critérios técnico-científicos, com recursos humanos, materiais e financeiros definidos, cujo propósito é o controle de um problema de saúde de interesse da saúde pública ● Entre os programas especiais existentes no SUS, podemos citar os de controle das seguintes doenças: tuberculose, hanseníase, malária, arboviroses (dengue e febre amarela), HIV/AIDS, doença de Chagas, esquistossomose. ● Os programas especiais são organizados em componentes, ações, cursos e resultados esperados, importante destacar que incluem necessariamente ações de natureza clínica ● As campanhas sanitárias são um modo importante de prestar serviços de saúde pública no Brasil. Temos o exemplo das campanhas de vacinação. Constituem-se pela oferta de vacinas selecionadas, com o propósito de atingir a população-alvo em curto período de tempo. A realização dessas campanhas exige grande mobilização de profissionais de saúde, estratégias de comunicação em massa, abertura das unidades de saúde em finais de semana e criação de postos avançados de vacinação em escolas, creches, abrigo de idosos e estabelecimentos comerciais. Muitas vezes, são mobilizados profissionais de outros setores governamentais, para apoiar a logística das campanhas. ● As ações de vigilância sanitária têm, como seus objetos de trabalho, produtos e substâncias, processos, serviços que podem causar dano à saúde, à exemplo de medicamentos, sangue e hemoderivados, órteses, próteses, alimentos, água para consumo humano, serviços de saúde, salões de beleza, clubes, hoteis e correlatos. Essas ações são de grande complexidade e exigem dos profissionais responsáveis, por conta de sua execução, a aplicação de conhecimentos oriundos dos campos da saúde e do direito Entre as práticas de vigilância sanitária, podemos citar inspeções sanitárias e expedição de alvarás de funcionamento para estabelecimentos de saúde, farmácias, restaurantes, supermercados, operações especiais em eventos públicos de grandes proporções, a exemplo do Carnaval e competições esportivas Propostas alternativas aos modelos hegemônicos ● O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira levou à criação do SUS, ● Pesquisadores e docentes de universidades públicas e instituições de pesquisa têm se dedicado à formulação de propostas alternativas aos modelos hegemônicos vigentes, quais sejam o médico-assistencial privatista e o sanitarista. ● Tais propostas inspiram-se na apropriação crítica de movimentos internacionais, a exemplo da medicina preventiva e da promoção da saúde, refuncionalizados tendo em vista os princípios e as diretrizes do SUS - em especial a busca da integralidade da atenção à saúde ● Essas propostas estão subsumidas ao modelo médico-assistencial privatista e ao modelo sanitarista. O acesso e a utilização de serviços especializados e hospitalares são as principais preocupações dos gestores municipais de saúde. Ações programáticas de saúde ● Proposta experimental de organização tecnológica de unidades de Atenção Primária desenvolvida por docentes e pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo que, além de produzirem estudos e pesquisas sobre o processo de trabalho em saúde, exerciam funções assistenciais e de gestão no Centro de Saúde Escola Samuel Pessoa ● Os sujeitos dos processos de trabalho dessa lógica assistencial eram os profissionais de saúde organizados em equipes e a população usuária do Centro de Saúde Escola. ● Os objetos de trabalho eram apreendidos e transformados por tecnologias médico-sanitárias baseadas na epidemiologia e na clínica com vistas ao atendimento de necessidades de saúde individuais e coletivas. ● Nessa proposta, buscou-se articular a demanda espontânea à oferta organizada de ações segundo grupos populacionais (mulher, adolescente e hipertensos), incorporando ações de vigilância epidemiológica, em uma tentativa de integração dos serviços individuais e coletivos prestados aos usuários da unidade. ● A possibilidade de articular a demanda espontânea à oferta organizada em Unidade Básica de Saúde implica no atendimento inicial do usuário pelos profissionais responsáveis pela identificação e pelo encaminhamento das necessidades desse indivíduo, em geral, na sala de “triagem”. ● ter uma oferta organizada de ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, construindo relação de vínculo com a equipe de profissionais Vigilância da saúde ● A vigilância da saúde surgiu no ínicio dos anos 1990 em municípios que estabeleceram relações de cooperação técnica com a Organização Panamericana de Saúde e Cooperação Italiana em Saúde, com vistas à implantação de distritos sanitários em seus territórios ● entendida como “modelo assistencial alternativo”, a noção de vigilância saúde refere-se a um conjunto articulado de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em territórios, sob a ótica da integralidade do cuidado, o que inclui tanto à abordagem individual quanto a abordagem coletiva dos problemas de saúde ●os sujeitos das práticas de vigilância da saúde são os gerentes e profissionais de saúde; a população organizada,usuária das unidades de saúde que operam nessa lógica; e as equipes de outros setores governamentais, relacionados com a promoção da saúde e à prevenção de riscos, a exemplo da educação, saneamento, desenvolvimento urbano, transporte, segurança pública, trabalho e geração de renda. ● Os objetos de trabalho são os problemas que incidem em indivíduos, grupos e populações que vivem em determinados territórios, expressos sob a forma de determinantes, riscos e danos à saúde. ● Os profissionais, nesse modelo, utilizam os conhecimentos e os instrumentos materiais oriundos da epidemiologia, geografia crítica, clínica, ciências humanas e sociais aplicadas à saúde, estruturados em tecnologias médico-sanitárias integradas e tecnologias de gestão (planejamento situacional e manejo de informações epidemiológicas). ● A finalidade das práticas de vigilância da saúde é contribuir para a melhoria das condições de vida e saúde da população usuária do SUS. ● As intervenções propostas para enfrentar os problemas de saúde prioritários incluem desde ações de controle dos determinantes, especialmente aquelas que exigem a conjugação de esforços de articulação intersetorial, passando por ações de proteção específica, de prevenção de riscos atuais. ou potenciais, de triagem e diagnóstico precoce, até a redução de danos já instalados e de possíveis sequelas, mediante ações de reabilitação, ● À proposta da Vigilância da Saúde está desenhada de modo que as intervenções sobre os problemas de saúde destinem-se, de modo articulado, aos diversos níveis de prevenção (primária, secundária e terciária), propostos por Leavell e Clark não apenas no âmbito individual, como era a proposta da medicina preventiva, como também no âmbito coletivo ou populacio ● Assim, as ações específicas de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância ambiental fazem parte do que se denomina vigilância da saúde, ao lado das ações de caráter individual, organizadas sob a forma de consultas e procedimentos. ● Nessa proposta, a articulação das ações individuais e coletivas pode ser construída mediante processos de planejamento de caráter participativo, em que a equipe de saúde e os representantes da população, na condição de atores sociais, elegem problemas prioritários e respectivas propostas de enfrentamento como seus objetos de atuação. ● O planejamento é entendido como ferramenta da gestão da vigilância em saúde e incorpora dois princípios fundamentais: a corresponsabilidade sanitária e a participação social. Acolhimento ● O estabelecimento de vínculos entre os profissionais e a população que demanda os serviços, com vistas ao atendimento das necessidades e construção da autonomia dos usuários nas escolhas sobre a condução de sua saúde, são os princípios que orientam a proposta alternativa do acolhimento. ● ações de acolhimento baseiam-se nos seguintes pressupostos: 1. atender a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde 2. deslocar o processo de trabalho do média para a equipe profissional 3. qualificar a relação trabalhador-usuário, com base em valores humanitários de solidariedade e cidadania. ● a proposta do acolhimento não se restringe à organização da “triagem”, à garantia de instalações físicas adequadas para receber o usuário nas unidades de saúde ou ao adequado encaminhamento do usuário a serviços especializados. Trata-se da escuta e da troca de informações, de modo que as decisões partilhadas possam levar a ações efetivas sobre as necessidades colocadas pelos usuários aos trabalhadores de saúde. ● os sujeitos das práticas de acolhimento são os usuários e trabalhadores organizados em equipes multiprofissionais de saúde. ● O objeto de trabalho são as necessidades amplas de saúde trazidas pelos usuários no momento de contato com a unidade de saúde, com ênfase em relações afetivas entre trabalhadores e usuários ● Os meios de trabalho são constituídos pelos saberes da clínica, psicanálise e análise institucional (múltiplos saberes), e pelas tecnologias leves, para a construção de vínculo e autonomia A Estratégia Saúde da Família e os modelos de atenção à saúde ● A implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) tem propiciado a experimentação de propostas alternativas aos modelos hegemônicos, muitas delas pautadas no princípio da integralidade da atenção. Essas experiências são bastante heterogêneas e com graus variáveis de institucionalização em municípios ● A estabilidade de elevadas coberturas populacionais da ESF tem contribuído para a redução da mortalidade em menores de 5 anos e da mortalidade por doenças cardíacas e cerebrovasculares. A ampliação do acesso aos serviços prestados pelas equipes resulta em benefícios para a saúde da população cadastrada nas unidades de saúde da família. Esses efeitos podem estar relacionados com a oferta de ações de promoção da saúde, a prevenção contra riscos, o diagnóstico e tratamento de doenças prevalentes e pela construção de vínculos efetivos entre a saúde.
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