Prévia do material em texto
PARALISIA FACIAL AMANDA ALVES ARAÚJO ALINE MACHADO BRENDA ARRUDA DE FARIAS GABRIEL AZEVEDO MARENA TRIVELLI MARCELLA VARGAS MARYANE ROCHA RICARDO FRANCISCO POLIANY SENA A Paralisia facial é uma condição neurológica em que há perda parcial ou completa do movimento de músculos da face. Tais músculos são responsáveis pela expressão ou movimento facial e permitem a comunicação não verbal e externalização das emoções humanas. Na Paralisia facial periférica há comprometimento de todos os músculos de uma das metades da face. Além da boca entortar, há dificuldade em fechar um dos olhos. A pálpebra tende a permanecer aberta inclusive na hora de dormir. A fraqueza da pálpebra é um forte indício usado pelo neurologista na determinação da paralisia facial do tipo periférica. TIPOS DE PARALISIA FACIAL PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA PARALISIA FACIAL CENTRAL Nas causas centrais, geralmente os músculos da testa e do olho, encontram-se preservados. As causas centrais se manifestam com uma paralisia que atinge preferencialmente os músculos da boca (“boca torta”). PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA Situação incomum (< 1% das PFP) e sempre levanta suspeita de alguma ameaça mais grave do que a PFP unilateral. Podendo estar associada com desordens do desenvolvimento, paralisia de Bell, sarcoidose, doença de Lyme, diabetes,trauma cranial, vírus da imunodeficiência humana, síndromes de Guillain-Barré, paralisia de múltiplos nervos craniais. Esta associada com hemiplegia contralateral. O comprometimento associado do nervo abducente, gerando estrabismo convergente homolateral à paralisia facial. Há comprometimento do segmento dorsal do 1/3 caudal da protuberância e promove prosopoplegia e hemiplegia contralateral, além de paralisia do olhar conjugado horizontal para o lado da paralisia facial. As etiologias das paralisias alternas são diversas e agrupam: eventos isquêmicos,autoimunes, inflamatórios,infecciosos e tumorais. PARALISIA FACIAL ALTERNADA PARALISIA FACIAL BILATERAL PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA A lesão de múltiplos nervos cranianos configura um quadro clínico específico. Na literatura encontramos nomes distintos para essa condição, tais como: Síndrome de múltiplos nervos cranianos, síndrome parética de múltiplos nervos cranianos, síndrome de paralisia unilateral de nervos cranianos, todos com mesmo significado clínico. Essa condição pode envolver nervos homólogos bilateralmente ou diferentes nervos cranianos do mesmo lado ou em lados opostos. Entre as causas típicas possíveis constam: meningites agudas ou crônicas. Episódios recorrentes de PFP (ipsilateral) ou que alternam de lado ocorrem em aproximadamente 10% a 15% dos pacientes, frequentemente no contexto de história familiar rica e associada a múltiplos ataques. O risco de recorrência costuma ser elevado nos casos familiares. A predisposição para paralisias de Bell em casos de hipertensão arterial e diabetes, com ou sem múltiplos ataques, é bem conhecida. Os sintomas costumam surgir na adolescência. PARALISIA FACIAL RECORRENTE PARALISIA FACIAL NA NEUROPATIA CRANIAL MULTIPLA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA A paralisia facial transitória (PFT) altitudinal foi bem documentada tanto em pilotos da aeronáutica como em passageiros de voos de carreira, ocorrendo entre 5.000 e 11.000 pés de altitude. Geralmente se acompanha de sensação de adormecimento na hemiface, saliva espessa e “anestesia da língua”. A paralisia facial evolui de minutos a horas (diferente do tipo recorrente), com recuperação espontânea e completa. Considera-se que o aumento gradual da pressão atmosférica durante certo período de tempo, na presença de deiscência do canal do facial, exerce compressão pneumática PFT neuropráxica (e recorrente) do nervo facial. A PFP familiar (PFF) é condição rara. O número absoluto de casos estudados de paralisias de Bell familiares sugere que o fenômeno é real e não é apenas coincidente. A causa ainda não é conhecida, e alguns indivíduos associam à exposição ao frio. PARALISIA FACIAL TRANSITÓRIA PARALISIA FACIAL FAMILIAR PARALISIA FACIAL CENTRAL PARALISIA FACIAL CENTRAL A PARALISIA OU PARESIA FACIAL EMOCIONAL (PFE) CARACTERIZA-SE PELO IMPEDIMENTO DA ATIVAÇÃO DOS MÚSCULOS DA FACE DURANTE AS EMOÇÕES, MAS COM ATIVAÇÃO NORMAL DELES DURANTE O ESFORÇO VOLUNTÁRIO (FIGURA 3). A PFE UNILATERAL OCORRE NAS LESÕES DAS ÁREAS: MOTORA SUPLEMENTAR CONTRALATERAL (LOBO FRONTAL), CORPO LENTICULAR, TÁLAMO POSTERIOR, HIPOTÁLAMO E MESENCÉFALO DORSAL. PACIENTES COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL FREQUENTEMENTE MOSTRAM ASSIMETRIA FACIAL CENTRAL CONTRALATERAL AO FOCO PRINCIPALMENTE NO MOVIMENTO EMOCIONAL. AO CONTRÁRIO DO QUE OCORRE COM OS PACIENTES COM PFE, NAS LESÕES QUE INTERESSAM ÀS FIBRAS PIRAMIDAIS AFERENTES AO NÚCLEO DO NERVO FACIAL, O MOVIMENTO VOLITIVO OU EM RESPOSTA A UM COMANDO COMO “MOSTRE OS DENTES” EVIDENCIA PARESIA, AO PASSO QUE NÃO SE OBSERVA DÉFICIT MOTOR AO MOVIMENTO ESPONTÂNEO OU AFETIVO. PARALISIA FACIAL EMOCIONAL PARALISIA FACIAL COM HIPERMIMIA PARADOXAL FATORES DE RISCO A paralisia facial pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, com prevalência a partir dos 40 anos, sendo incomum na infância e na adolescência. Ter histórico desta doença na família pode também ser considerado um fator de risco, em virtude de uma possível predisposição genética. As mulheres, sobretudo durante o terceiro trimestre da gestação e na primeira semana após o parto, também ficam mais suscetíveis à paralisia facial, bem como as pessoas que padecem de diabetes, infeções respiratórias, doenças autoimunes e doenças crónicas. ETIOLOGIA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA • IDIOPÁTICA •ALÉRGICA •AUTOIMUNE • VIRAL • OUTRAS CARACTERISTICAS PLEGIA OU PARESIA DA HEMIFACE HOMOLATERAL A LESÃO; HIPOTONIA, HIPORREFLEXIA. ETIOLOGIA PARALISIA FACIAL CENTRAL • VASCULAR • TUMORAL • TRAUMÁTICA • OUTRAS CARACTERISTICAS PLEGIA OU PARESIA DO QUADRO INFERIOR CONTRALATERAL DA FACE; HIPERTONIA E HIPERREFLEXIA; PRESENÇA DE CONTRAÇÕES INVOLUNTÁRIAS FISIOPATOLOGIA INSTALAÇÃO AGUDA; ASSIMETRIA FACIAL (DESVIO DE BELL); PLEGIA DA HEMIFACE; DOR NA REGIÃO DA MASTOÍDE; HIPERACUSIA; APAGAMENTO DOS SULCOS DO LADO COMPROMETIDO; ACENTUAÇÃO DOS SULCOS DO LADO SADIO; LAGOFTALMICO; EPÍFORA (CROCODILE TEARS) SINAL DE BELL; AGEUSIA; SINCINESIA; CAUSAS AINDA NÃO FOI IDENTIFICADA A CAUSA EXATA DA PARALISIA DE BELL. NO ENTANTO, OS ESTUDOS SUGEREM QUE O QUADRO PODE ESTAR CORRELACIONADO COM UMA INFECÇÃO POR BACTÉRIAS (DOENÇA DE LYME) OU VÍRUS QUE ATINGEM O NERVO FACIAL, TAIS COMO: • O VÍRUS DO HERPES SIMPLES (LABIAL E GENITAL) • HERPES ZÓSTER (CATAPORA/VARICELA) • EPSTEIN-BARR (MONONUCLEOSE) • CITOMEGALOVÍRUS • ADENOVÍRUS • VÍRUS DA RUBÉOLA • GRIPE ESTRESSE, FADIGA EXTREMA, MUDANÇAS BRUSCAS DE TEMPERATURA, BAIXA DA IMUNIDADE, TUMORES E TRAUMAS, DISTÚRBIOS NA GLÂNDULA PARÓTIDA, OTITE MÉDIA PODEM TAMBÉM ESTAR ENVOLVIDOS NO APARECIMENTO DA DOENÇA. EXAMES DIAGNÓSTICO Eletroneuromiografia da face (EMG) Hemograma Completo Exames de Imagem (Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética ) Dosagem de Glicemia ( Em pacientes Diabéticos) Punção Lombar - Análise do Líquido Cefalorraquidiano TRATAMENTO FARMACOLÓGICO * PROTEÇÃO PARA A CORNEA • SORO FISIOLÓGICO • GOTAS DE METILCELULOSE * CORTICOIDE PARA PARALISIA DO NERVO FACIAL IDIOPÁTICA - PREDNISONA * FÁRMACOS ANTIVIRAIS EFICAZES CONTRA O VÍRUS DE HERPES SIMPLEX, POREM DADOS RECENTES SUGEREM QUE OS FÁRMACOS ANTIVIRAIS NÃO FORNECEM NENHUM BENEFÍCIO. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO OS ARTIFÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DA PARALISIA DE BELL TEM COMO OBJETIVO RESTAURAR PADRÕES SIMÉTRICOS E HARMÔNICOS DOS MÚSCULOS FACIAIS, VISANDO A SATISFAÇÃO E O BEM-ESTAR DO PACIENTE. • CRIOTERAPIA • ELETROTERAPIA • ACUPUNTURA • LASERTERAPIA • MASSOTERAPIA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL A ATUAÇÃO INTEGRADA, DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR COMO (FISIOTERAPEUTA, FONOAUDIÓLOGO, MÉDICO,PSICOLÓGO, EM ALGUNS CASOS DENTISTAS E OFTALMOLOGISTA) POTENCIALIZA O PROCESSO VOLTADO A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE.