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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA
CURSO DE GRADUAÇÃO 
BACHARELADO EM FARMÁCIA
EQUIPE EXECUTORA:CECÍLIA VITAL DE SOUZA MOURA
 CLENIA DIAS DA SILVA
 GILKA HELENA SANTIAGODE OLIVEIRA
 HELOÍSA FIGUERÊDO BEZERRA DE LIMA
 JULIANA MARIA CAVALCANTI FIGUEREDO
 MARIA MIRANDA ARRAES LUCENA
 MARÍLIA DE SOUZA CUNHA DA SILVA
 MÔNICA DA SILVA BARBOSA
 ROBERTA LIONE GOMES DE ARRUDA
 VANDERLEIA DE MEDEIROS LUCENA
DESCARTE DE MEDICAMENTO DOMICILIAR
RECIFE/2023
TURMA: GR-FARM4MA
DESCARTE DE MEDICAMENTO DOMICILIAR
Projeto apresentado ao Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, como requisito para obtenção da nota do Projeto Extensionista Interdisciplinar no curso Bacharelado em Farmácia.
Professor (a) fomentador (a): Msc.de Biotecnologia Industrial Andrezza Amanda Silva Lins
RECIFE/2023
TURMA: GR-FARM4MA
RESUMO
 O medicamento é essencial para a vida humana, pois tem seus benefícios utilizados para: o alívio da dor, prevenir o aparecimento de doenças, controlar doenças crônicas, reduzindo complicações, sendo assim, torna-se comum as pessoas terem medicamentos em sua residência, como um meio de acesso rápido para tratar algum alívio ou dor. O Brasil está entre os países que mais consomem medicamento, consequentemente contribuindo para o aumento do descarte incorreto do medicamento de uso doméstico. Esses descartes ocorrem na maioria das vezes, por meio de lixões a céu aberto ou direto na rede de esgoto doméstico. Constata-se a necessidade urgente de conscientização da população e a implementação de ações com intuito de minimizar os impactos do descarte inadequado no meio ambiente.  
 O presente projeto tem por objetivo apresentar um breve histórico sobre o descarte de medicamentos domiciliar, qual a importância de realizar este descarte de medicamentos de forma correta e qual a importância do farmacêutico nessa ação.
 Para alcançar os objetivos nesse trabalho, foi realizada uma busca por artigos científicos, teses, dissertações, revistas e sites referente ao tema e realizada uma pesquisa online e uma ação externa, onde foi possível colher dados para a realização desse projeto. Com isso, pode-se concluir que existe não só uma carência por parte do público por falta de informação como também profissionais qualificados e treinados para poder oferecer esse tipo de informação.
Palavras-chaves: Medicamento, Descarte e Conscientização.
ABSTRACT
 The medicine is essential for human life, because it has its benefits used for: pain relief, preventing the onset of diseases, controlling chronic diseases, reducing complications, so it becomes common for people to have medicines in their residence, as a means of quick access to treat some relief or pain. Brazil is among the countries that consume the most medicine, consequently contributing to the increase in the incorrect disposal of domestic medicine. These disposals occur most often, through open dumps or directly into the domestic sewage network. There is an urgent need for public awareness and the implementation of actions to minimize the impacts of improper disposal on the environment.
 The present project aims to present a brief history of the disposal of medicines at home, the importance of disposing of medicines correctly and the importance of the pharmacist in this action.
 To achieve the objectives of this work, a search was carried out for scientific articles, theses, dissertations, magazines and websites related to the subject and an online survey and an external action were carried out, where it was possible to collect data for the realization of this project. With this, it can be concluded that there is not only a shortage on the part of the public due to lack of information, but also qualified and trained professionals to be able to offer this type of information.
Keywords: Medicine, Discard e Awareness.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................06
2. DELINEAMENTO METODOLÓGICO..................................08
2.1 Disciplina Assistência Farmacêutica..................................08
2.2 Disciplina Biofarmácia e Práticas Laboratoriais.................09 
2.3 Disciplina Farmacognosia..................................................10
2.4 Disciplina Farmacologia.....................................................11
2.5 Disciplina Química Analítica..............................................14
2.6 Parasitologia......................................................................15
3. RESULTADOS....................................................................16
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................19
5. REFERÊNCIAS...................................................................20
6. ANEXOS.............................................................................22
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1 INTRODUÇÃO 
 Os medicamentos são de extrema importância para a sociedade, pois podem auxiliar no tratamento de algumas patologias e favorecer uma melhor qualidade de vida (BANDEIRA, et al., 2019). Tais medicamentos podem ser encontrados tanto em estabelecimentos de saúde, quanto junto à população em seus estoques caseiros de medicamentos, que geralmente os mantêm para o caso de emergências (FERNANDES et al., 2021). 
 O Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos no mundo, e até 2023 pode chegar a quinta posição (ABRELPE, 2020). Cerca de 20% dos medicamentos utilizados no dia a dia são descartados de forma incorreta, de modo a contribuir para a geração de poluentes e causar consequências ambientais, a exemplo da poluição do solo, do ar e da água (EQUIPE ECYCLE, 2022).
 Com o crescimento do mercado farmacêutico o uso de medicamentos se tornou progressivo e constante, expondo a população aos riscos do uso abusivo dos mesmos e com o uso inadequado dos medicamentos, podendo ocorrer o desenvolvimento de toxicantes podendo ser prejudicial ao meio ambiente e a população (ALENCAR, 2013). 
 Embora os riscos do descarte incorreto de medicamentos sejam previstos em Lei, a exemplo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na qual assegura à sociedade o descarte de medicamentos em locais apropriados, a carência de disseminação de informação, bem como dos programas de recolhimento existentes, contribui para a prática não recorrente no diz que respeito ao descarte correto dos medicamentos (ABRELPE, 2020). 
 O descarte inadequado de medicamentos, no meio ambiente, coloca em risco os recursos naturais e a qualidade de vida dos presentes e futuras gerações, prejudicando tudo e todos. Os resíduos dos serviços de saúde (RSS) se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos (FERREIRA et al., 2015). 
 Para conscientizar a população quanto à racionalização medicamentosa, é necessário se esforçar a fim de se evitar a automedicação e compras desnecessárias dos fármacos, pois essas atitudes podem promover um impacto negativo em nível ambiental, provenientes do desperdício de medicamentos ocorridas por vários motivos e cuja responsabilidade deverá ser de forma ampla, sendo instrumentos importantes para diminuição na geração de resíduos de medicamentos (ALVARENGA; NICOLETTI, 2010).
 Este projeto tem por objetivo apresentar um breve histórico sobre o descarte de medicamentos domiciliar, qual a importância de realizar este descarte de medicamentos de forma correta e qual a importância do farmacêutico nessa ação.
 É necessário que essa informação seja passada para a população de forma segura e consciente, através do farmacêutico, para obter um resultado satisfatório.
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
Para alcançar os objetivos nesse trabalho, foi realizada uma busca por artigos científicos, teses, dissertações, revistas e sites referente ao tema abordado nas bases de dados da Scielo (Scientific Eletronic Libray Online), Google Acadêmico e site da Anvisa. A coleta de dados ocorreu nos meses de março e abril de 2023.
 Foi realizado uma pesquisa on-line, através de um site (https://forms.gle/GVrf6KNS6m8nGg93A), também realizamos uma ação externa, em 28 de Abril de 2023,no período da manhã entre às 08:00h e 09:30h onde a mesma ocorreu na Policlínica Lessa de Andrade, localizada na Estrada dos Remédios,n°2416,no bairro da Madalena em Recife-Pe. Nesta ação externa foi realizado um questionário, sobre o descarte de medicamentos domiciliar e passamos a informação sobre o descarte correto dos medicamentos.
 O material utilizado para expor esse trabalho foi o banner, panfleto e portfólios, sendo assim, com está ação foi possível obter coletas de dados para a nossa pesquisa, como também levar informação, sobre a importância e os benefícios que o descarte de medicamentos pode trazer ao realiza-lo de forma correta, contudo foi possível demostrar a importância do farmacêutico, para orientar a população a forma certa do descarte de medicamentos.
2.1 Disciplina Assistência Farmacêutica
 Nas décadas anteriores, a sociedade moderna destaca-se pelo consumo excessivo, seja em virtude do crescimento da população, dos avanços da ciência e/ou da expansão industrial. O aumento do consumo reflete no aumento do desperdício medicamentoso. As causas que aumentam o desperdício de medicamentos são: a dispensação de medicamentos além da necessária para o tratamento do paciente, a interrupção, alteração no tratamento, a distribuição de amostras grátis; e o gerenciamento indevido de estoques de medicamentos por parte das empresas e dos estabelecimentos de saúde (ANVISA, 2012).
 Visto a necessidade de uma regulamentação para abordar as boas práticas de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, a RDC 222/2018 pretende minimizar os riscos inerentes ao gerenciamento de resíduos no País no que diz respeito à saúde humana e animal, bem como na proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais renováveis (ANVISA, 2018).
 Dentro dessa circunstância, quando descartados incorretamente, alguns inconvenientes existem para a rede de esgotos ou aterro sanitário, um desses é a possibilidade de aproveitamento desses fármacos descartados, por indivíduos que sobrevivem de restos apanhados nos “lixões”, o que pode ocasionar danos à saúde dessas pessoas, ou até mesmo voltar à comercialização via mecanismos informais ilícitos (PINTO et al., 2014). 
 Sobre o uso racional de medicamentos, o farmacêutico tem um papel imprescindível junto ao paciente, é a maior fonte de informação, sendo um facilitador sobre o uso correto do medicamento e quanto a orientação correta do descarte de medicamento de uso domiciliar (FERREIRA, RODRIGUES E SANTOS, 2015).
2.2 Disciplinas Biofarmácia e Práticas Laboratoriais 
 No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mediante sua Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 222, de março de 2018, dispõe sobre os registros de Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), também se definem como geradores de RSS, sendo todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção a saúde humana e animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar, laboratórios analíticos dos produtos para saúde (ANVISA, 2018). 
 O descarte inadequado de medicamentos, no meio ambiente, coloca em risco os recursos naturais e a qualidade de vida dos presentes e futuras gerações, prejudicando tudo e todos. Os resíduos dos serviços de saúde (RSS) se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos (FERREIRA et al.,2015).
 Em relação à contaminação das águas, o lançamento de resíduos de fármacos no ambiente através de esgotos domésticos, tratados ou não, é a principal rota de entrada. A legislação existente no Brasil não obriga as farmácias a fazerem o descarte dos medicamentos manipulados ou industrializados vencidos na mão do cliente, como também permite ao consumidor descartar os medicamentos no lixo comum, em pias ou vasos sanitários, de onde vão para os esgotos. O descarte incorreto é uma das três causas de intoxicação por medicamentos, junto com a autointoxicação e intoxicações acidentais com crianças. A descoberta de compostos farmacêuticos no meio aquático tem desencadeado, na última década, o desenvolvimento de vários estudos em torno dos impactos que eles têm, ou podem causar no ambiente e na saúde pública (CALDEIRA; PIVATO, 2010).
 No Brasil, não há legislação específica para regularização do descarte de medicamentos. O que se têm são leis, resoluções da diretoria colegiada, normas reguladoras e portarias que abrangem de uma forma geral sobre o destino para determinados resíduos. A RDC nº 306 de 2004, por exemplo, dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde quanto a sua separação, acondicionamento e coleta de acordo com sua classificação, outro exemplo seria a Lei Federal nº 12.305 de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos que dispõe sobre a disposição final para resíduos sólidos incluindo os perigosos, exceto os radioativos que possuem legislação específica (VENTURA et al., 2009; ANVISA, 2010).
 Ferreira et al. (2015) e Medeiro, Moreira e Lopes (2014), em seus estudos, afirmam que os farmacêuticos são os últimos profissionais da saúde a ter contato direto com os pacientes, sendo a eles atribuído o dever de garantir a segurança e a eficácia, promovendo sempre o uso racional de medicamentos, visando a garantir proteção à sociedade.
 Esses profissionais devem ser uma fonte de informações para a população. Além da orientação sobre o uso correto dos medicamentos, os farmacêuticos devem informar aos pacientes o local mais adequado para ele realizar o descarte desses fármacos. Segundo Maciel et al. (2018), a falta de comunicação entre o farmacêutico e os pacientes sobre o assunto pode induzir a população a realizam o descarte em lixo comum.
2.3 Disciplina Farmacognosia
 O Brasil tem uma rica história de uso das plantas medicinais no tratamento dos problemas de saúde da população, uso este construído com base na experiência e transmitido de forma oral (BRUNING et al., 2012). Largamente usada até meados do século XX, a Fitoterapia entrou em declínio com a intensificação do uso dos medicamentos industrializados (BRUNING et al., 2012). Com o crescente desenvolvimento da química, novas substâncias foram isoladas em laboratório e delas novos produtos de síntese surgiram, levando à paulatina substituição do uso das plantas pelo uso dos medicamentos sintetizados em laboratório, o que ocorreu de forma intensa na segunda metade do século XX (YUNES; CECHINEL FILHO, 2001), quando se consolidou a indústria farmacêutica.
 A partir da explicitação desse contexto histórico, podemos melhor situar a formulação e a implementação da política de plantas medicinais e de fitoterápicos. Esta política representa o reconhecimento do avanço na comprovação científica da eficácia e da segurança das plantas medicinais e dos medicamentos fitoterápicos, o saber popular neste campo, e também constata que o uso da terapêutica centrada no uso de medicamentos sintéticos não cumpriu a promessa implícita e explícita de dar conta do tratamento das doenças, pelos altos custos, pelos significativos efeitos adversos que têm os medicamentos sintéticos, pelos resultados nem sempre satisfatórios, o que tem levado grande número de pessoas a buscar formas alternativas de tratamento menos agressivas (BRUNING et al., 2012).
 Os medicamentos são produzidos para serem utilizados para uma determinada finalidade terapêutica. O descarte correto de medicamentos depende muito do nível de conscientização da população sobre os seus riscos e a mudança de comportamento em relação ao consumo destes ao adquirir apenas o necessário
que seria o ideal (SILVA, 2005).
 O Ministério da Saúde e do Meio Ambiente são responsáveis por criarem normas para o descarte correto de medicamentos. Estes devem propor alternativas para que os geradores de resíduos façam o descarte correto e seguro. O envolvimento da sociedade e da comunidade acadêmica se faz necessário, uma vez que esses instrumentos nem sempre são eficazes e abrangentes para toda sociedade (FALQUETO; KLIGERMAN; ASSUMPÇÃO, 2006).
 Plantas medicinais podem ser descartadas no lixo comum, pois são considerados lixos orgânicos. Se estiverem encapsuladas devem ser descartadas em local específico para medicamentos. (Http://montealto.sp.gov.br/site/farmacia).
2.4 Disciplina Farmacologia
 Um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da ONU, revela que a população mundial está cada vez mais exposta a água contaminada por antibióticos. Estima –se que cada quilo de medicamento descartado de forma incorreta pode contaminar até 450 mil litros de água (PINTO, et at., 2014).
 Há diversos fatores que contribuem para o descarte de medicamentos, dentre eles, a não adesão ao tratamento devido à posologia alastrada, reações adversas e forma farmacêutica adotada, além disso, a automedicação, interrupção ou término do tratamento e a validade vencida do medicamento. Geralmente, comprimidos, drágea, cápsula, cremes, pomadas, soluções orais, géis, e aerossóis são as formas farmacêuticas mais comumente descartadas. (Oliveira et.al.11).
Tabela I Classes de medicamentos mais descartados e suas funções farmacológicas no Brasil.
	Classe Medicamentosa 
	Função 
	Antibióticos 
	Tratar infecções causadas por bactérias. 
	Anti-inflamatórios 
	Controle e tratamento de inflamações; utilizados também como antipirético e analgésico. 
	Analgésicos 
	Atuam contra dores e febres. 
	Anti-hipertensivos 
	Controle da pressão arterial. 
	Antiácidos 
	Redução na acidez estomacal, tratamento de pirose e dispepsia. 
	Anticoagulantes 
	Prevenir a formação de coágulos (trombose). 
	Antifúngicos 
	Tratamento de infecções causadas por fungos. 
	Anti-histamínicos 
	Agem inibindo a histamina em processos alérgicos. 
	Antitussígenos 
	Trata a tosse seca (sem secreção). 
	Antissépticos 
	Inibem a proliferação de microrganismos – utilizado para desinfectar feridas. 
	Benzodiazepínicos 
	Usado em tratamento de crises agudas de transtorno de humor, crises convulsivas, ansiedade, ataques de pânico - age no Sistema Nervoso Central. 
	Corticoides 
	Ação anti-inflamatória e imunossupressora. Utilizados no tratamento de problemas crônicos, como asma, artrite reumatoide, lúpus e alergias. 
	Vitaminas 
	Suplementos para a prevenção ou tratamento de deficiência vitamínica. 
 Fonte: Hilal-Dandan & Brunton [12]; Autoras, 2020.
 Querol et al. [20] ressaltam o fato de diversos medicamentos serem utilizados também para tratar animais domesticados, o que vêm acarretando alta contaminação do solo devido a não metabolização destes por completo. Uma das técnicas, muito utilizadas por indústrias farmacêuticas, para reduzir o volume da quantidade dos medicamentos é a incineração, porém não é o método mais eficiente, visto que contamina o ar atmosférico, lançando compostos químicos, por exemplo, as dioxinas, além de os pós resultantes da incineração serem depositados em aterros sanitários. Tecnologias menos poluentes estão sendo testadas, como processos oxidativos que tornam compostos químicos mais biodegradáveis e filtros de carvão ativado granular com biofilme que são capazes de metabolizar os componentes farmacológicos presentes na água.
 Tabela II Impactos gerados pelas classes medicamentosas
Fonte: Miotto et al. [4]; De Carvalho et al. [5]; Soares e Rosa [16]; Ferreira et al. [19]; Autoras, 2020
 
 Lima et al. (2016) acreditam que a orientação para que os usuários realizem o descarte correto deve ser feita, principalmente, pelos profissionais de saúde. Esses profissionais devem orientar a população sobre os danos que esses fármacos podem trazer ao meio ambiente e à saúde pública, e afirmam, em seu estudo, que é fundamental o investimento em capacitações específicas sobre o assunto para os agentes comunitários, pois esses profissionais já realizam um trabalho muito importante junto com a sociedade, podendo incluir a orientação sobre a forma correta do descarte de medicamentos.
2.5 Disciplina de Química Analítica II
 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da RDC n° 306/2004 que dispõe sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), aprovou o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde a ser observado em todo o território nacional na área pública e privada. Já a Resolução do CONAMA n° 358/20058, dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) sob o prisma da preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. Estes dispositivos legais classificam os resíduos de serviços de saúde em cinco categorias (A, B, C, D e E), que apresentam distintos modos de tratamento e disposição final. Os resíduos do grupo B (resíduos químicos), no qual estão incluídos os de medicamentos, que podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade (ALENCAR,2013). 
 A Política Nacional de Resíduos Sólidos art. 7º, traz como objetivo, não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada. Além disso o decreto 10.388, de junho de 2020, institui o sistema de logística reversa de medicamentos vencidos e em desuso, estabelece obrigações dos consumidores, das farmácias e drogarias, distribuidores, dos fabricantes e importadores sobre os medicamentos até a destinação final (BRAS Os fármacos não são removidos pelos tratamentos de água convencionais, já que suas propriedades químicas são persistentes, têm alto potencial para bioacumulação e baixa biodegradabilidade. Por isso, não há método sanitário que os retire completamente da água, mesmo em uma rede de tratamento de esgoto (SILVA; COLLINS, 2011).
 Para Borges (2016), a presença de fármacos em águas para estações de tratamentos representa, atualmente, um desafio às companhias de saneamento.
 Para conscientizar a população quanto à racionalização medicamentosa, é necessário se esforçar a fim de se evitar a automedicação e compras desnecessárias dos fármacos, pois essas atitudes podem promover um impacto negativo em nível ambiental, provenientes do desperdício de medicamentos ocorridas por vários motivos e cuja responsabilidade deverá ser de forma ampla, sendo instrumentos importantes para diminuição na geração de resíduos de medicamentos (ALVARENGA; NICOLETTI, 2010).
 A ausência de coleta seletiva diminui as possibilidades de descarte mais adequado de medicamentos, pois os resíduos gerados contemplam, além do fármaco, o papel, o vidro, o plástico e o metal (PUGLIESE et al., 2015). 
2. 6 Disciplina de Parasitologia
 Um dos grandes problemas ambientais de consideráveis impactos negativos está relacionado a produção excessiva e descarte incorreto de resíduo sólido (MAMÉDIO E OLIVEIRA,2020). Para o conselho Federal de Farmácia, no último houve um agravamento do problema de saúde no Brasil, visto que a pandemia de Covid-2019 deflagrou um alto uso irracional de medicamentos sem comprovação de eficácia para a doença, como antimaláricos, vermífugos e antiparasitários. 
 Tabela III – Medicamentos utilizados nos últimos quatro anos
Fonte: CFF (2022)
 O órgão responsável pela regulamentação dos meios de descarte desses medicamentos é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que através da resolução RDC 306/04, exige que estabelecimentos de serviços saúde disponham de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), porém, ainda não foram editadas normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos. Sendo assim, o correto seria entregar os
medicamentos vencidos em farmácias, postos de saúde ou hospitais que os recebam, para que sejam processados por empresas especializadas juntamente com o lixo hospitalar.
 Imagem I Descarte correto dos medicamentos
Fonte: (http://www.aboutme.com.br/media/upload/tarjas.jpg)
3. RESULTADOS
 Os artigos consultados para este projeto, foi sobre o descarte de medicamento domiciliar, onde os mesmos ocorrem em lixo comum, por meio de esgoto sanitário e lixões.
 A ideia desse projeto é passar a informação sobre a importância de realizar o descarte correto de medicamentos domiciliar, quais os benefícios que isso pode trazer para o meio ambiente e para a humanidade.
 Para a realização desse projeto foi realizada, uma pesquisa online e outra presencial na policlínica Lessa de Andrade em Recife-Pe, onde utilizamos: panfletos informativos e ilustrativos e Banner, para poder exemplificar e explicar a importância de realizar o descarte correto e a ação do farmacêutico, sendo o profissional adequado ao levar essa informação correta.
 Gráfico I Gráfico II
 
Imagem dos gráficos I e II: Realizada por Vanderleia Lucena.
Imagem I Imagem II Imagem III
Imagem dos questionários: Realizada por Roberta Arruda.
Imagem IV: Panfleto Imagem V: Banner
Imagem dos panfleto e banner: Realizada por Vanderleia Lucena.
 Os resultados esperados não foram satisfatórios, pois apesar de conseguirmos levar a informação a algumas pessoas que conseguimos entrevistar, durante a pesquisa foi constatado que a maioria da população, por não ter a informação adequada sobre o descarte de medicamentos domiciliares, descartam o mesmo, em lixo comum, resultando na contaminação dos esgotos e dos lixões.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Com base no que foi apresentado em todo o projeto, todo levantamento bibliográfico foi alcançado, porém os resultados apesar de não terem sido satisfatório, foi através deles que podemos constatar a falta de informação que existe da população em relação ao descarte de medicamentos domiciliar e a importância do farmacêutico ao levar essas informações de forma clara e objetiva. 
 Foi possível observar na ação externa que a policlínica Lessa de Andrade tem duas farmácias com farmacêuticos, uma para atender ao público LGBTQIA+ e outra o público geral, porém na hora da ação ambas estavam fechadas; como parte da pesquisa foi realizada na policlínica, podemos constatar a falta de informação do público sobre o descarte de medicamentos de forma correta.
 Com isso, pode-se concluir que existe não só uma carência por parte do público por falta de informação como também profissionais qualificados e treinados para poder oferecer esse tipo de informação.
5. REFERÊNCIAS
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FALQUETO, Elda e Kligerman, Débora Cynamon. Diretrizes para programa de Recolhimento de Medicamento vencidos no Brasil. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. Nº 18, v3, p.883- 892, 2013.
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6.ANEXOS 
 
 
 Imagem do portfólio I II: Realizada por Vanderleia Lucena.
 
Imagens: Realizada na Policlínica Lessa de Andrade por Vanderleia Lucena.
Imagens: Realizada na Policlínica Lessa de Andrade por Vanderleia Lucena.

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