Prévia do material em texto

Faculdade de Guarantã do Norte – UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia
DESCARTE DE MEDICAMENTOS CONSCIENTE
Alicy C. R. Prado1, Andre L. A. da Silva2, Cleverson G. M. Braga3, Estefany G. P. Freitas4, Gabriel Vitale5, Kamilly dos S. Crepaldi6, Larissa C. de Castro7, Ludmila M. da Silva8, Matheus de S. Moraes9, Sophia A. Dill10, Tamires A. Julião11, Ueverton H. Passos12, Vanessa de O. Duarte12, Victória C. B. Raimundi13 Orientador: Pablo Junior Pereira14 
RESUMO: O descarte de medicamentos é um tema de grande relevância e que merece atenção especial da sociedade. O uso crescente de fármacos, aliado à falta de informações sobre seu descarte correto, tem gerado sérios problemas ambientais e de saúde pública. O descarte de medicamentos, que muitas vezes é feito em lixo comum ou em esgoto, pode contaminar o solo, a água e afetar a fauna e a flora local. Além disso, resíduos farmacêuticos podem retornar à cadeia alimentar, representando riscos à saúde das pessoas e dos animais. O descarte consciente surge como uma alternativa viável para mitigar esses problemas, envolvendo a adoção de práticas que respeitam o meio ambiente e a saúde pública. Isso inclui a participação em campanhas de conscientização que incentivam a população a se informar sobre a forma correta de descartar esses produtos. Além disso, é fundamental que profissionais da saúde orientem os pacientes sobre a importância do uso adequado dos medicamentos e do seu descarte responsável. A educação sobre o descarte consciente pode reduzir significativamente o impacto negativo que o descarte incorreto tem sobre o meio ambiente e a saúde pública. Assim, a conscientização da população, aliada a políticas públicas eficazes, é essencial para promover um ciclo de vida mais sustentável para os medicamentos. O combate ao descarte incorreto e a promoção do descarte consciente são passos fundamentais para garantir um futuro mais saudável e equilibrado para todos.
Palavras-chaves: Conscientização; Meio Ambiente; Saúde Pública; Atenção especial.
ABSTRACT: The disposal of medicines is a highly relevant issue that deserves special attention from society. The increasing use of pharmaceuticals, combined with the lack of information about their correct disposal, has generated serious environmental and public health problems. The disposal of medicines, which is often done in regular trash or sewage, can contaminate the soil, water and affect local fauna and flora. In addition, pharmaceutical residues can return to the food chain, posing risks to the health of people and animals. Conscientious disposal emerges as a viable alternative to mitigate these problems, involving the adoption of practices that respect the environment and public health. This includes participation in awareness campaigns that encourage the population to learn about the correct way to dispose of these products. In addition, it is essential that health professionals guide patients on the importance of the proper use of medicines and their responsible disposal. Education about conscious disposal can significantly reduce the negative impact that incorrect disposal has on the environment and public health. Therefore, raising public awareness, combined with effective public policies, is essential to promote a more sustainable life cycle for medicines. Combating incorrect disposal and promoting conscious disposal are fundamental steps to ensuring a healthier and more balanced future for everyone.
Keywords: Awareness; Environment; Public Health; Special attention.
10º semestre graduando em bacharelado de Farmácia pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso. Atualmente discentes do ensino superior na União das Faculdades do Mato Grosso, localizado em Guarantã do Norte MT, Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto. Cep: 78520-000. Orientador: Pablo Junior Pereira.
1. INTRODUÇÃO
O descarte na maioria das vezes realizado incorretamente, representando um risco tóxico eminente, visto que a população não tem conhecimento dos agravos que essa atitude pode prejudicar ao meio ambiente, onde a presença de fármacos tem sido detectada em solos subterrâneos, águas superficiais e para consumo, considerados contaminantes ambientais emergentes. (CARVALHO et al., 2009).
Sabe-se que, por falta de orientação e alternativa, o usuário tem descartado de forma inadequada o medicamento no meio ambiente, aumentado a carga poluidora. O descarte ocorre geralmente através do vaso sanitário ou lixo doméstico. Deve-se ressaltar ainda a problemática de medicamentos como quimioterápicos, antibióticos, hormônios, entre outros, cujo impacto no meio ambiente é maior (EICKHOFF, 2009; PONEZI, 2008).
Os medicamentos que são descartados na coleta de lixo comum ou no meio ambiente causam efeitos tóxicos rápidos, provocando a morte e o surgimento de doenças crônicas. Além do mais, o fato de muitos medicamentos serem obtidos em quantidade maior que o necessário faz com que estes caiam em desuso ou sejam utilizados por outras pessoas, o que, muitas vezes, é ainda pior. É importante, também, salientar que muitos medicamentos com o período de validade expirado perdem seu efeito ou intoxicam o usuário, contrariando o objetivo com o medicamento em se restaurar a saúde do paciente (CARVALHO; FERREIRA; SANTOS, 2009).
Segundo Campanher (2016) no Brasil a população descarta seu resto de medicamentos em pias e vasos ou lixo comum. Por não terem informações de que esses resíduos possuem substâncias prejudiciais à saúde elas acabam por optar em descartar em qualquer lugar. Mas segundo Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), todo medicamento é considerado um resíduo químico, por isso é essencial que a população possa ter acesso à informação adequada de descarte de medicamentos, para evitar um impacto ainda maior ao meio ambiente e a saúde humana.
Este artigo tem por objetivo mostrar como a sociedade faz o descarte de medicamentos e quais as legislações que visam dar um melhor entendimento ao correto modo de descarte, mostrando também a importância de ter pontos de coletas adequados, levando em consideração a utilização de alternativas viáveis que contribuam para minimizar os impactos causados pelo descarte incorreto da população.
2. METODOLOGIA
Para a realização deste projeto foi necessário realizar uma revisão narrativa da literatura, para embasar melhor a proposta de intervenção e a elaboração do referencial teórico. As publicações foram obtidas por meio da busca no google acadêmico, via artigos científicos já publicados, na base de estudos da Revista Brasileira de Farmácia, na base de sites oficiais como o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e na base de dados do Governo Federal (GOV). Foram usados os descritores: medicamentos, meio ambiente, fatores de risco e contaminação, conscientização, população e descarte adequado.
Além do embasamento teórico para a elaboração do projeto, tivemos a parte metodológica prática, ao qual utilizaremos a confecção de panfletos e cartazes, que serão distribuidos pela faculdade e nos pontos de coletas desses medicamentos, explicando a importância do Descarte Consciente de Medicamentos vencidos ou não utilizados mais. Realizaremos a fabricação de coletores para os medicamentos, sejam eles de origem por meio de cartelas, comprimidos e frascos de plásticos, aos quais não possuem o risco de serem perfurantes ou de contaminação direta, coletores para materiais de origem perfurante, cortantes e de vidro, aos quais podem ser perigosos ao se manusear e um coletor para o descarte de bulas e embalagens de papéis. Ressaltando que toda a parte pratica dos coletores e pontos de coletas serão distribuídos nos prédios da faculdade e o recolhimento será realizado pela farmácia da faculdade autorizada que irá direcionar todos os materiais ao órgão responsável pela coleta do município.
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
O objetivo desse trabalho é abordar o descarte de medicamento de maneira consciente, mostrando como deve ser realizado esse processo, como esses medicamentossão coletados, onde devemos descartá-los e mostrar de uma maneira educativa e consciente que o descarte incorreto desses medicamentos pode gerar em nosso ambiente e consequentemente pode afetar em nossa saúde.
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
Conscientizar a população sobre o descarte de medicamento de maneira correta;
Propor medidas educativas a fim de recolher os materiais com segurança e sem gerar riscos ou malefícios ao ambiente e à população.
 
4. JUSTIFICATIVA
Os avanços nas ciências da saúde e a pesquisa de novos tratamentos trouxeram, sem dúvida, benefícios significativos à população. Também levaram a um aumento substancial na produção de novos fármacos e fórmulas disponíveis para venda e consumo. Essa ampliação resultou no uso excessivo de medicamentos, levando assim ao acúmulo destes nos domicílios e, consequentemente, ao descarte inadequado (Ariffin; Zakili, 2019; Vatovec et al., 2021).
Evidências científicas sobre os resíduos de medicamentos no meio ambiente, mostram cada vez mais a necessidade de tratamento específico, por meio de logística reversa, para o descarte e destruição desses produtos, que não podem ser jogados no lixo comum ou em sistemas de água e esgoto (Conselho Federal de Farmácia, 2024).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os medicamentos são classificados como Grupo de risco “B”, que são resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de algumas características (inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade) (Conselho Federal de Farmácia,2024).
Como resultado do descarte inadequado de medicamentos, a presença de fármacos residuais nos meios aquáticos e terrestres se tornaram uma crescente preocupação. Entre as principais discussões, estão os possíveis efeitos dos fármacos na saúde humana e em demais espécies animais (Conselho Federal de Farmácia,2024).
Perante essa situação muitas vezes de desconhecimento das pessoas, é essencial conscientizar a população sobre o descarte correto de medicamentos. Muitas pessoas desconhecem os riscos associados ao descarte inadequado, e educá-las pode ajudar a evitar danos ao meio ambiente e às pessoas. Os profissionais de saúde devem discutir o descarte de medicamentos com seus pacientes e fornecer informações sobre opções seguras de descarte (IFPA,2023).
Também é preciso disponibilizar pontos de coleta e desenvolver embalagens adequadas. Felizmente, existem maneiras seguras de descartar medicamentos que são fáceis e acessíveis. O descarte adequado de medicamentos é responsabilidade de todos e é crucial para proteger o meio ambiente e a saúde pública. Ao educar a população sobre opções de descarte seguro e fornecer recursos acessíveis, podemos trabalhar juntos para garantir que os medicamentos sejam descartados de forma responsável (IFPA, 2023).
 
5. CRONOGRAMA
O cronograma do nosso projeto de extensão referente ao descarte de medicamentos consciente, foi criado e subdivido com o intuito de abranger os dois bimestres, onde as etapas foram bem divididas, e serão descritas detalhadamente a seguir.
Cronograma do Projeto de Extensão.
	Tema do Projeto 
	Etapas 
	1°Bimestre 
	2°Bimestre 
	Descarte de Medicamentos Consciente
	Pesquisas e estudos sobre o tema;
	 
	 
	
	Elaboração do projeto;
	 
	 
	
	Entrega do projeto escrito;
	 
	 
	
	Confecção das caixas coletoras para o Descarte de Medicamentos;
	 
	 
	
	Entrega das caixas coletoras nos pontos específicos;
	 
	 
	
	Apresentação e entrega panfleto do projeto na faculdade;
	 
	 
	
	Coleta das caixas e observação dos resultados.
	 
	 
6. DESENVOLVIMENTO
6.1. MEDICAMENTOS
Existe na literatura três termos, que estão intimamente relacionados para o entendimento do que seja o medicamento:
Fármaco: Os fármacos são substâncias químicas cuja estrutura apresenta propriedades físico-químicas, permitindo que os mesmos provoquem modificações em locais, sítios, biofases ou receptores específicos localizados na célula ou no meio ambiente celular (OLIVEIRA JÚNIOR, 2012).
Droga: Segundo o National Institutes of Health (NIH, 2019), uma droga é qualquer substância, que não seja alimento, que é usada para prevenir, diagnosticar, tratar ou aliviar sintomas de uma doença ou condição anormal. Também se refere a uma substância que altera o humor ou a função do corpo, ou que pode ser viciante ou formadora de hábito, especialmente um narcótico.
Medicamento: Ainda de acordo com a mesma instituição, medicamento refere-se às práticas e procedimentos utilizados para a prevenção, tratamento ou alívio de sintomas de doenças ou condições anormais. Este termo também pode se referir a uma droga legal usada para o mesmo fim (NIH, 2019).
Além dos conceitos anteriores, segundo o Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, o medicamento é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou mais fármacos e outras substâncias excipientes, que auxiliam na adequada apresentação e funcionalidade da formulação, sendo o insumo farmacêutico ativo, a substância química ativa, fármaco, droga ou matéria-prima que tenha propriedades farmacológicas com finalidade medicamentosa utilizada para diagnóstico, alívio ou tratamento, empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício da pessoa na qual se administra (BRASIL, 2012).
Ao longo dos múltiplos caminhos percorridos no corpo, os fármacos podem sofrer mudanças em suas estruturas e em seguida serem eliminados. Assim alcançam uma disposição final, seja em um curso hídrico ou sobre o solo. Nesse momento, eles podem sofrer reações que alteram a sua estrutura e características.
6.2. IMPACTOS CAUSADOS PELO DESCARTE INADEQUADO DOS MEDICAMENTOS
O aumento da população mundial e da expectativa de vida levou também ao aumento do consumo de medicamentos em todo o mundo. No entanto, ainda há carência de métodos eficazes para o tratamento e descarte de resíduos e possíveis contaminantes farmacêuticos no solo e na água, acarretando consequências para o meio ambiente, como alterações no ciclo de vida animal e de microorganismos (RAMOS, 2019).
Diversos materiais tiveram um aumento de demanda nos últimos anos. Porém, esse aumento levou a uma maior exposição a diversas substâncias químicas. Uma fonte de contaminação bastante discutida na literatura, que apresenta risco sanitário importante é a de origem medicamentosa, pois na maioria das vezes a medicação vencida ou não utilizada na casa das pessoas, é normalmente descartada em lixo doméstico, no esgoto sanitário ou em certos casos devolvidos ao sistema público de saúde (BELLAN et al., 2012).
As substâncias químicas presentes nos medicamentos conforme são expostas a umidade, temperatura e luz são capazes de modificar-se tornando-se tóxicas podendo, desta forma, afetar o equilíbrio do meio ambiente, interferindo nas teias e cadeias alimentares. Podem ser citados, como exemplos, os antibióticos que, quando descartados 13 inadequadamente, favorecem o surgimento de bactérias resistentes, e os hormônios utilizados para reposição ou presentes em anticoncepcionais que afetam o sistema reprodutivo de organismos aquáticos, causando a feminização de peixes machos (EICKHOFF, HEINECK, SEIXAS, 2009).
No Brasil, a primeira lei relacionada diretamente ao descarte de resíduos sólidos é a Lei nº 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (“PNRS”), “o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores'', complementando a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 que dispõe sobre “as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”. (SALVE, 2022).
Levando-se em consideração que no Brasil, por diversos motivos, o uso irracional de medicamentos acontece de forma bastante considerável constituindo, inclusive, um problema de saúde pública, há de se esperar que esta questão contribua de forma significativa para a geraçãode um grande volume de resíduos de medicamentos por parte da população e dos serviços de saúde. Desta forma, o debate na sociedade e no meio acadêmico sobre o descarte correto de resíduos de medicamentos deve focar não somente em como, quando, por qual motivo e onde descartar os medicamentos, mas também no uso apropriado desta tecnologia em saúde por parte dos indivíduos (SALVE, 2022).
6.3. DESCARTE CONSCIENTE DOS MEDICAMENTOS
O descarte adequado de medicamentos é fundamental para uma boa qualidade ambiental nas cidades. A orientação correta é não descartar o medicamento vencido ou em desuso no lixo comum ou no vaso sanitário, já que o material acaba alcançando o meio ambiente, o que pode causar a poluição do solo e das águas, comprometendo a qualidade de vida e a saúde da população (GOV, 2022).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Resolução nº 306, de 7 de dezembro de 2004, dá uma breve ideia sobre o gerenciamento dos resíduos de serviços da saúde. Segundo a resolução, todo e qualquer serviço relacionado ao atendimento à saúde humana ou animal deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) (Ecycle,2023).
No Brasil, o Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020, é o responsável pela regulamentação do sistema de logística reversa que coleta a embalagem de medicamentos e os remédios, com a participação e a responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores (Ecycle,2023).
Os medicamentos vencidos ou não utilizados, seja em comprimidos ou no formato líquido, devem ser descartados nos pontos de coleta do sistema de logística reversa em sua cidade. Estes locais podem estar em farmácias, drogarias ou na UBS (Unidade Básica de Saúde) de sua região. Inclusive, as seringas e agulhas também podem ser descartadas nestes locais para evitar acidentes e contaminações no serviço comum de limpeza das cidades.Os produtos coletados nestes pontos são encaminhados para o descarte ambientalmente correto, que pode ser a incineração, o processamento ou a destinação para o aterro sanitário de produtos perigosos. Portanto, a população não deve jogar os remédios no vaso sanitário, no lixo comum ou na rede de esgoto de suas casas. Quando os medicamentos são descartados incorretamente, eles chegam até a natureza e causam prejuízo.
Além disso, é importante destacar que o consumo consciente de medicamentos também deve ser levado em conta. Na hora das compras, evite desperdícios e só adquira a quantidade ideal para o período de consumo prescrito pelo médico. O Ministério da Saúde não recomenda a automedicação e também indica que as pessoas não interrompam o tratamento antes do prazo estabelecido pelo médico competente.
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Portanto o descarte inadequado de medicamentos representa um sério risco para o meio ambiente e para a saúde pública. Quando descartados de forma incorreta, como no lixo comum ou no esgoto, os medicamentos podem contaminar o solo, a água entre outros. Por isso, é essencial que haja uma maior conscientização da população sobre a importância do descarte correto e segura dos medicamentos.
Diante disso as campanhas de sensibilização, a implementação de pontos de recolha nas farmácias e a criação de legislações mais rigorosas podem contribuir significativamente para a redução deste problema. É fundamental que os governos, indústrias farmacêuticas e a sociedade trabalhem em conjunto para minimizar os impactos ambientais e proteger a saúde pública.
Dessa forma como meio de conscientizar a população guarantanhense os acadêmicos desenvolveram por meio deste projeto uma ação conscientizadora, onde será deixado caixas de coletas em pontos específicos da faculdade, juntamente com a Farmácia da instituição, a fim de estar recebendo os medicamentos vencidos para serem descartados de forma correta, e realizará a entrega de panfletos descrevendo os malefícios do descarte incorreto e mostrando de maneira educativa como cada um deve separar os seus medicamentos para o descarte final. E assim, contribuir para diminuição dos problemas socioambientais relacionados ao descarte inadequado de medicamentos.
8. CONCLUSÃO
O ensino, pesquisa e extensão têm sido fundamental para formar profissionais, pois promove o desenvolvimento de outras habilidades e competências para executar atividades além daquelas restringidas pelos currículos de quaisquer cursos universitários. A Extensão deve ser concebida como via de mão dupla entre a universidade e a sociedade para o desenvolvimento simultâneo e contínuo da comunidade universitária e da sociedade na qual a universidade está inserida.
Através da quantidade de medicamentos arrecadados nas residências em más condições de uso e/ou fora do prazo de validade, verifica-se a importância que o projeto possui, pois existe uma necessidade de educação em saúde sobre o Uso Racional de Medicamentos. O profissional farmacêutico tem papel fundamental em promover a racionalização, pois a falta de conhecimento da população pode levar a uso indevido destas substâncias gerando danos à saúde. Da mesma forma que esta falta de informação pode levar ao descarte incorreto em lixo comum ou redes de esgoto, expondo o meio ambiente e a população a riscos. Com isto se verifica a importâncias de treinar dos acadêmicos sobre o uso racional de medicamentos para estes se tornarem disseminadores de todo conhecimento adquirido para a comunidade em geral. O impacto desta ação é continuo, pois sensibiliza o acadêmico em seu ingresso na Universidade em um curso de saúde e seus respectivos familiares.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARIFFIN, M.; ZAKILI, T. S. T. Household Pharmaceutical Waste Disposal in Selangor, Malaysia Policy, Public Perception, and Current Practices. Environmental Management, [s. l.], v. 64, n. 4, p. 509 519, 2019. 
BELLAN, N. et al. Critical analysis of the regulations regarding the disposal of medication waste. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 48, n. 3, p. 507– 520, 2012. 
BRASIL, M. DA S. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. Brasília: [s.n.]. Disponível em:https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formularionacional/arquivos/8065json file-1. Acesso em: 14 setembro. 2024. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC. Nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2004. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução. Nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, 2005. 
CAMPANHER R. Descarte Adequado De Medicamentos: percepção socioambiental do empresário de drogarias frente à Logística Reversa/ São João da Boa Vista/SP. Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino-Fae/2016. 
CARVALHO, Eduardo Viviani de; FERREIRA, Elena; SANTOS, Luciano Mucini, Carmenlucia. Aspectos legais e toxicológicos do descarte de medicamentos. Revista Brasileira de Toxicologia, v. 22, n. 1-2, p. 1-8, 2009. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Quais os riscos relacionados ao descarte incorreto de medicamentos? Disponível em: https://site.cff.org.br/noticia/noticias-do- cff/11/04/2024/quais-os-riscosrelacionados-ao-descarte-incorreto-de-medicamentos-. Acesso em: 14 set. 2024. 
ECYCLE. Como realizar o descarte correto de medicamentos. 	Disponível em: https://www.ecycle.com.br/descarte-correto-de-medicamentos/. Acesso em: 12 set. 2024. 
EICKHOFF, Patrícia; HEINECK, Isabela; SEIXAS, Louise M. Gerenciamento e Destinação Final de Medicamentos: uma discussão sobre o problema. Revista Brasileira de Farmácia, v. 90, n. 1, p. 64 – 68, 2009. 
GOV.BR. O descarte adequado de medicamentos em desuso contribui para a qualidade do meio ambiente. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/notícias/meio-ambiente-e- clima/2022/12/o-descarteadequado-de-medicamentos-em-desuso-contribui-para-a-qualidade-do- meio-ambiente. Acessoem: 14 set. 2024. 
IFPA CAMPUS BELÉM. Campanha de Conscientização Sobre o Descarte de Medicamentos. Disponível em: https://belem.ifpa.edu.br/publicacoes/1783-campanha-de-conscientizacao-sobre-o descarte-de-medicamentos. Acesso em: 10 set. 2024. 
NIH, N. I. OF H. Definition of medicine - NCI Dictionary of Cancer Terms. Disponível em: . Acesso em: 14 setembro. 2024. 
OLIVEIRA JÚNIOR, I. S. DE. Princípios da Farmacologia Básica em Ciências Biológicas e da Saúde. 2a ed. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2012.
RAMOS, Michael Bernardes. MEDICAMENTOS E POLUIÇÃO AMBIENTAL: O Conhecimento atual sobre seu Impacto na Saúde Pública. Fiocruz, Rio de Janeiro - RJ, v. 1, n. 1, p. 1-59, dez/2019. Disponível em: file:///C:/Downloads/michael_ramos_far_espec_2019.pdf. Acesso em: 10 set. 2024.
SALVE, S. D. S. DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS OU EM DESUSO: Análise da Informação Disponível para a População nos Meios Digitais. UFRJ, Macaé - RJ, v. 1, n. 1, p. 1-53, dez/2022. Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/20751/1/SSSalve.pdf. Acesso em: 14 set. 2024. 
 
 	2 
11
image1.jpg