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Portfolio OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA GESTÃO PÚBLICA E NA ECONOMIA

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Sistema de Ensino 100% ONLINE
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
CLEDER GABOARDI
	
“OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA GESTÃO PÚBLICA E NA ECONOMIA”
CONFRESA- MT
2022
CLEDER GABOARDI
OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA GESTÃO PÚBLICA E NA ECONOMIA”
Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo.
Tutor (a):
2022
CONFRESA- MT
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	ETAPA 1	4
2.2	ETAPA 2	5
2.3	ETAPA 3	7
2.4	ETAPA 4	9
2.5	ETAPA 5	10
3	CONCLUSÃO	12
	
	
INTRODUÇÃO
A presente proposta de Produção Textual Interdisciplinar (PTI) terá como temática central “
DESENVOLVIMENTO
competência dos entes federativos quanto à saúde pública
Durante a pandemia, governos municipais, estaduais e federal tiveram que tomar diversas medidas visando enfrentar a situação pandêmica. Conforme o portal do STF, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assegurou aos governos estaduais, distrital e municipal, no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus territórios, competência para a adoção ou manutenção de medidas restritivas durante a pandemia da Covid-19, tais como a imposição de distanciamento social, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais, circulação de pessoas, entre outras. 
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a gravidade da emergência causada pela pandemia do novo coronavírus exige das autoridades brasileiras, em todos os níveis de governo, a efetivação concreta da proteção à saúde pública, com a adoção de todas as medidas possíveis e tecnicamente sustentáveis para o apoio e manutenção das atividades do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, nesses momentos de crise o fortalecimento da união e a ampliação de cooperação entre os Três Poderes, no âmbito de todos os entes federativos, são instrumentos essenciais e imprescindíveis a serem utilizados pelas diversas lideranças em defesa do interesse público.
A divisão da federação em diversos níveis, antes de desencadear competição entre as esferas de governo, pretende, ao revés, promover o mútuo apoio dos entes federativos no que tange às competências compartilhadas. É inegável que num país de proporções continentais como é o Brasil, o grau de contágio da Covid-19, a quantidade de óbitos provocados pela doença, as ocupações de leitos hospitalares entre tantos outros fatores são distintas em cada região e, mais especificamente, cada município. Por essa razão é que não se pode prescindir das competências regionais e locais para se obter a correta avaliação — técnica e científica — da conjuntura e da tomada das decisões adequadas a cada situação e a cada momento.
DISPENSA DE LICITAÇÃO 
A Licitação é um procedimento obrigatório para a Administração Pública comprar e contratar serviços. Durante a pandemia, não se realizou licitações em razão da situação de calamidade pública. 
Na modalidade de dispensa de licitação, a realização do procedimento licitatório se mostra objetivamente contrária ao interesse público, já que, conforme Marçal Justen Filho  "a lei dispensa a licitação para evitar o sacrifício dos interesses coletivos e supra individuais". Assim, faz-se pertinente esclarecer a sistemática da dispensa de licitação e a sua importância em meio à crise que estamos vivenciando.
A licitação dispensável tem previsão no artigo 24 da Lei Federal nº 8.666/1993, o qual indica as hipóteses em que a licitação seria juridicamente viável, embora a lei dispense o administrador de realizá-la. Em decorrência do estado de calamidade pública em que estamos inseridos, o inciso IV da lei dispõe ser dispensável o procedimento "nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos".
Hipóteses de contratações
Além d processo licitatório previsto na lei, há também a possibilidade de compra por dispensa no Art. 17, lei 8666/93 - A licitação dispensada ocorre nos casos em que não é realizada a licitação por razões de interesse público devidamente justificado. É o caso da alienação de bens da Administração Pública que será precedida de avaliação e não de licitação (art. 17 da Lei 8666/93). (A licitação dispensada não será objeto de estudo desta cartilha. A mesma não faz parte de casos práticos do seu público alvo). - DISPENSA DE LICITAÇÃO, Art. 24, lei 8666/93 - Mesmo havendo possibilidade de competição entre os fornecedores, a licitação é dispensada, pois o fim da Administração Pública é o interesse público. 
As suas hipóteses estão taxativamente dispostas na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, no art. 24. Cumpre esclarecer que os casos elencados pela Lei de Licitações e Contratos Administrativos, como já dito, são taxativos, não podendo ser ampliados.
 É possível ocorrer dispensa de licitação quando ficar claramente caracterizada urgência de atendimento a situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares.
 É indispensável a formalização de processo administrativo na contratação de bens ou serviços mediante dispensa de licitação (inclusive quando se tratar de valor inferior a R$ 8.000,00). Esse critério visa assegurar o cumprimento dos princípios atinentes à licitação e das exigências gerais previstas na Lei nº 8.666/1993.
A outra hipótese é - Inexigibilidade De Licitação, art 25 da lei 8666/93 - É outra hipótese de contratação direta sem licitação, diferenciando-se da dispensa por se ter uma impossibilidade fática, lógica ou jurídica do confronto licitatório. Nesse caso, a licitação.
 Ao deliberar no sentido de formalizar a contratação sem prévio certame licitatório, deve o gestor, entretanto, atentar para a necessidade de cumprir algumas formalidades que, conforme disposto em lei, se tornam essenciais à demonstração da regularidade do ato administrativo. A esse respeito e com esse fim, impõe a Lei 8.666/93 determinadas condições que devem ser atendidas de modo a que se instrua de forma completa e adequada o processo administrativo. Tudo isso visa, é certo, evitar dúvidas e questionamentos por decorrência da má formação do instrumento, dificultando a verificação da regularidade dos atos praticados.
Com esse escopo, explicita o parágrafo único do art. 26, que “O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;
II – Razão da escolha do fornecedor ou executante;
III – justificativa do preço;
IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocado é materialmente impossível.
SANEAMENTO BASICO
O enfrentamento da crise do Covid-19 impôs desafios sem precedentes e colocou administradores públicos e privados em situações delicadas no início da pandemia. Incialmente os governos se obrigaram a tomar decisões e dar respostas em velocidade muito altas e com informações que eram muito limitadas. Para conter a disseminação do vírus, medidas sanitárias foram intensificadas como lavar as mãos com frequência e utilizar o álcool 70 em gel. Ocorre que nem todos os brasileiros possuem acesso a saneamento básico e itens de higiene pessoal.
O saneamento no Brasil é regulamentado pela Lei nº 11.445/2007 que estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico(Plansab).
Essa legislação determina diretrizes para o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações de: abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.
Apesar da regulamentação, em 2016, o governo brasileiro admitiu que não conseguirá cumprir a meta de saneamento estipulada. De acordo com o Plansab, a meta era atender 90% do território brasileiro com o tratamento e destinação do esgoto e 100% com abastecimento de água potável até 2033.
Atualmente, 43% da população vive em cidades sem rede de tratamento de esgoto. No norte do país, esse número sobe para 90%. Enquanto no Sudeste, apenas 17% dos cidadãos não têm acesso ao serviço.
Os dados da água são mais expressivos: 83,3% dos brasileiros têm acesso à água tratada, de acordo com o Instituto Trata Brasil. Entretanto, ainda restam 35 milhões de pessoas sem este serviço no país.
De acordo com Paulo Ferreira, Secretário Nacional do Saneamento em 2015, as prefeituras de pequenos municípios têm dificuldade em administrar o problema, seja por falta de pessoal especializado ou por desinteresse dos prefeitos.
O Ex-Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ressalta que o “acesso universal ao saneamento não é apenas fundamental para a dignidade humana, mas também um dos principais mecanismos de proteção da qualidade dos recursos hídricos”.
Uma das maiores preocupações do O Conselho Nacional de Saúde (CNS) é a desigualdade nas condições de saneamento e moradia frente à pandemia.
Os serviços de saneamento englobam uma série de assistências indispensáveis para a população. Muitos reduzem a ideia de “saneamento” apenas ao tratamento de esgoto, mas o abastecimento de água, a coleta e destinação adequada do lixo e a drenagem da água da chuva nas cidades também estão incluídos. Sem esses serviços, a saúde das pessoas fica comprometida, já que nas áreas sem saneamento básico é comum ocorrer a disseminação de doenças de veiculação hídrica por meio do consumo de água sem tratamento adequado e por esgotos a céu aberto, por exemplo. 
A Má qualidade da água, destino inadequado do lixo, má deposição de dejetos e ambientes poluídos são decorrências da falta de saneamento e fatores cruciais para proliferação de doenças.
Os direitos humanos, de acordo com a ONU, preveem que todos tenham acesso a água suficiente, segura, fisicamente acessível e a preços razoáveis para usos pessoais e domésticos.
O Brasil tem aumentado os índices dos serviços de saneamento. Entretanto, ainda é necessário aumentar os esforços e a cobrança por estratégias e planejamentos de gestão para universalização do acesso. E mais que planejar, é imprescindível executar e entregar as obras e ações para garantia de um serviço de qualidade.
Em agosto de 2016, o presidente Michel Temer, sancionou a Lei nº 13.329. Ela institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico (Reisb). Este decreto prevê que empresas prestadoras de serviços de saneamento básico aumentem os investimentos na área.
Em troca, as empresas terão concessão de créditos na cobrança de tributos. Esse regime integra o Plano Nacional de Saneamento Básico e pretende reforçar os investimentos no setor.
A universalização do saneamento é a principal meta do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Por meio dela, é possível obter inúmeros ganhos sociais e econômicos para todo o país. Universalizar o acesso a serviços de água e esgoto é a melhor forma de garantir dignidade, igualdade de oportunidades e qualidade de vida a todos os cidadãos. Só para dar um exemplo, teríamos uma economia de R$ 745 milhões em gastos com internações todos os anos no Brasil.
OS IMPACTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
CONCLUSÃO
Pode se concluir que essa produção textual traz muitas contribuições para o aprendizado 
REFERÊNCIAS
STF reafirma competência de estados e municípios para tomar medidas contra Covid-19. Disponível em: https://www.jota.info/stf/do-supremo/stf-reafirma-competencia-deestados-e-municipios-para-tomar-medidas-contra-covid-19-15042020. Acesso em 01 jul. 2022.
STF reconhece competência concorrente de estados, DF, municípios e União no combate à Covid-19. Disponível em: https://stf.jusbrasil.com.br/noticias/832218003/stf-reconhece-competenciaconcorrente-de-estados-df-municipios-e-uniao-no-combate-a-covid-19. Acesso em 01 jul. 2022.
 JUSTEN FILHO, Marçal, Pedro. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Dialética, 2012.
[2] MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. Cit., 21 ed. atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero e José Emmanuel Burle Filho. Malheiros, 1996.
[3] DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2002.
Coronavírus: como lavar as mãos quando 10,5 milhões de domicílios não têm água tratada? Disponível em: https://www.futura.org.br/coronavirus-como-lavar-as-maos-quando-105-milhoesde-domicilios-nao-tem-agua-tratada/ Acesso em 30 Jun 2022
VASQUES, Pedro Henrique Ramos Prado; SANTOS, Angela Moulin Simões Penalva. PANDEMIA,
HIGIENISMO E SANEAMENTO BÁSICO: UMA LEITURA DA POLÍTICA URBANA EM TEMPOS DE COVID19. Revista de Direito da Cidade vol. 13, nº 2. ISSN 2317-7721 DOI: 10.12957/rdc.2021.54651
Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/54651/37535 Acesso
em 30 Jun 2022

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