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Bioquímica Clínica - Resumo GESTÃO DA QUALIDADE FONTES DE VARIABILIDADE NOS RESULTADOS ● Erros analíticos ● Variabilidade biológica ● Preparação imprópria do paciente ● Escolha equivocada do teste VARIÁVEIS PRÉ-ANALTÍCAS ● Preparo inadequado do paciente o Hora da coleta o Jejum o Medicamentos o Exercícios físicos ● Coleta inadequada ● Manipulação e identificação inadequada ● Armazenamento inadequado VARIÁVEIS ANALÍTICAS ● Equipamentos ● Reagentes ● Procedimentos ● Recursos Humanos VARIÁVEIS PÓS-ANALÍTICAS ● Transcrição dos resultados PADRONIZAÇÃO E QUALIDADE Procedimento operacional padrão (POP) ● Conjunto de diretrizes para a execução de um trabalho ● Padroniza operações reduzindo a incidência de erros Calibração ● Variações Analíticas ou biológicas ● Variações da Performance analítica o Precisão e exatidão o Sensibilidade e Especificidade Sensibilidade: é a probabilidade de um teste dar positivo em quem realmente está doente. Especificidade: é a probabilidade de um teste dar negativo em quem realmente não possui a doença RESUMO Bioquímica Clínica - Resumo TÉCNICAS DE ANÁLISE EM BIOQUÍMICA FOTOMETRIA É a medição da luz absorvida na faixa de ultravioleta (UV) a luz visível (VIS) a infravermelha (IV). Esta medida é usada para determinar a quantidade de um analito em uma solução ou líquido. Fotômetros utilizam uma fonte de luz específica e detectores que convertem a luz que é passada por uma solução de amostra em um sinal elétrico proporcional COLORIMETRIA ● Determinação da concentração de uma substância pela medição da absorção relativa da luz LEI DE BEER-LAMBERT Estabelece que a quantidade de luz (radiação) absorvida por uma amostra é diretamente proporcional à concentração. FOTÔMETRO ● Isola um comprimento de onda específico ● Separa cores com base no espectro visível humano ● Não informa sobre pontos invisíveis (que o olho humano não vê) do espetro ESPECTROFOTOMETRIA ● O quanto uma substância química absorve luz ● A quantidade de luz absorvida/transmitida está relacionada a concentração Transmitância Fração da luz que atravessa um material, sem ser absorvida. É a capacidade de transmitir a luz. Absorbância Fração da luz que é absorvida em um material. É a capacidade de absorver a luz. Esses conceitos estão relacionados inversamente. ESPECTROTÔMETRO ● Mede no espectro de todos os comprimentos de onda o Infravermelho o Visível o Ultravioleta ● Cubetas o Vidro 🡪 espectro visível o Quartzo 🡪 Espectro ultravioleta o Acrílico CALIBRAÇÃO Dizer ao aparelho que é o “Zero” ● Elimina a interferência da cubeta e dos reagentes ● Elimina perdas por reflexão e refração Fator de calibração e curva padrão ● A curva de concentração é utilizada para prever a concentração de uma amostra conhecida ● Substância que não obedece a lei de Lambert-Beer: o Baixas concentrações o Luz aproximadamente monocromática o Nestes casos, deixará de existir a proporcionalidade entre concentração e absorbância ELETROFORESE Separação de macromoléculas por peso molecular, com base na carga elétrica da molécula Componentes: ● Tampão de eletroforese ● Meio de suporte: Gel ou papel o Gel Agarose (DNA e RNA) o Gel Poliacrilamida (proteínas) ▪ Identificar e quantificar proteínas ● Marcador de peso molecular o Estabelece o padrão de peso molecular que serve como ponto de referência e monitoramento ● Corante ● Cuba de eletroforese e fonte de eletroforese o possibilita o preparo do gel ● Transiluminador o fonte de luz para visualizar o resultado A eletroforese ocorre dentro de uma matriz ou gel que possibilita a corrida da amostra. O gel é introduzido dentro de uma solução tampão específica para eletroforese que fornece as condições necessárias para a passagem da corrente e manutenção do valor do pH. As amostras são pipetadas em pequenos poços feitos com um pente no gel. Para ocorrer a migração, a cuba e fonte de eletroforese exercem uma voltagem, corrente e potência constantes, esses fatores irão determinar o sucesso da técnica. E por fim, as bandas são visualizadas sob luz ultravioleta ou LED, através do equipamento chamado de transiluminador. ● OBS: Ao contrário da eletroforese em gel de agarose, em que os géis são moldados em bandejas e executados horizontalmente, os géis de poliacrilamida (PAGE) são moldados verticalmente APLICAÇÕES ● Avaliação da expressão de proteínas TURBIDIMETRIA E NEFELOMETRIA ● Baseados na análise da turbidez da amostra ● Métodos inversos TURBIDEZ E CONCENTRAÇÃO ● Não afeta a intensidade da radiação, apenas a direção da propagação ● Depende de: o Quantidade de partículas suspensas o Tamanho e forma das partículas o Índice de refração da partícula e do meio o Comprimento de onda da radiação incidente o Distância da observação Efeito Tyndall: ocorre quando há a dispersão da luz pelas partículas coloidais, conferindo-lhes um aspecto turvo, nebuloso, opaco. TURBIDIMETRIA ● Mede a luz NÃO dispersada (a que passou) ● Alta concentração de partículas dispersas NEFELOMETRIA ● Mede a luz dispersada em ângulos de 45° a 90° ● Medo ainda mais sensível ● Baixa concentração de partículas dispersas NTU (UNIDADE DE TURBIDEZ NEFELOMÉTRICA ● Unidade de medição que caracteriza a turbidez ● ↑ turva = ↑NTU APLICAÇÕES ● Dosagem de imunocomplexos (aglutinação) ● Dosagem de proteínas em fluidos o Fatores reumatóides o Proteína C reativa o Imunoglobulinas o Apoliproteínas DISPROTEINEMIAS SANGUE → Matriz (parte líquida) - Plasma (55%) → Elementos celulares - Hemácias, Leucócitos e Plaquetas (45%). Após centrifugar: FUNÇÃO: Transporte; equilíbrio osmótico. ● Água - 91% ● Soro sanguíneo - 9% o íons (Na+, K+,Mg+) o Imunoglobulina o Proteínas, Nutrientes (glicose, aa’s), o Gases (CO2, H2CO3), Excretas ➤ PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: → Proteínas distintas dentro de uma célula:3000 a 5000 → Proteínas distintas no plasma sanguíneo: ~300 ➤ FUNÇÕES: transporte, manutenção da pressão oncótica, tamponamento, imunidade humoral, coagulação e resposta inflamatória. ➤ METABOLISMO: Concentração de proteínas plasmáticas é definida por 3 fatores principais: velocidade de síntese, velocidade do catabolismo e distribuição (volume do líquido) → Síntese (Fabricação): A maior parte é produzida no fígado. → Imunoglobulinas: Linfócitos → Lipoproteínas: Enterócitos. → Catabolismo (destruição): realizado em vários locais do corpo. Os aminoácidos liberados servem de matéria-prima para a síntese de novas proteínas. → Distribuição (volume líquido): concentração de 6 a 8g/dL. Afetada pela distribuição líquida. Água atravessa mais facilmente as paredes dos capilares. ↑ HIPERPROTEINEMIA ↓ HIPOPROTEINEMIA HIPERPROTEINEMIA DESIDRATAÇÃO: → Aumento (RELATIVO) das funções de todas as proteínas plasmáticas, na mesma proporção. ↳Ingestão inadequada de líquidos ↳Perda excessiva de água ex: vômitos, diarreia intensa e cetoacidose diabética. ENFERMIDADES MONOCLONAIS →Aumento das imunoglobulinas ↑ IMUNOGLOBULINAS → ↑ PROTEÍNAS TOTAIS SÉRICAS ● Mieloma múltiploDoenças da cadeia pesada ↳ Macroglobulinemia de Waldenstrom ENFERMIDADES POLICLONAIS CRÔNICAS → Aumento das imunoglobulinas ↳Hepatite ativa crônica ↳Infecções bacterianas crônicas ↳Sarcoidose HIPOPROTEINEMIA •Aumento do volume plasmático →Hemodiluição ↳Intoxicação hídrica •Perda renal de proteínas ↳Síndrome nefrótica ↳Glomerulonefrite crônica •Perda de proteínaspela pele ↳Queimadura severa (exsudação) ↳Terapia nutricional •Distúrbios da síntese de proteínas →Síntese depende de aminoácidos ↳Desnutrição / má alimentação ↳Má absorção ↳Disfunções hepáticas / insuficiência hepatocelular ↳Leucemia ➤ DOSAGEM DE PROTEÍNAS TOTAIS MÉTODO DO BIURETO → Biureto - Produto da decomposição da ureia pelo calor → Íons de cobre (Cu2+) em meio alcalino (Reagente de Biureto) íons de cobre + proteínas = cor violeta → Na aplicabilidade tem pouco valor clínico → A alteração em um grupo de proteínas pode ser compensada pela alteração oposta em outro grupo, mantendo a concentração total. →Doenças crônicas: ↑ Gamaglobulina ↓ Albumina →Infecções e trauma: ↓Albumina ↑ Outras proteínas hepáticas ELETROFORESE DE PROTEÍNAS →Feita em membrana de acetato de celulose, em pH 8,6 →Elas têm carga negativa nesse pH, e migram em direção ao ânodo (+) (-) (+) ➜➜➜➜➜➜➜➜➜➜ →Eluição ↳Recorte da fração ↳Tubos com solução eluidora ↳Leitura da absorbância (D.O.) no espectrofotômetro ↳ Calcula a porcentagem de cada fração protéica ↳ Sabendo o valor de proteínas totais, acha a concentração de cada fração em g/dL. ➤ FRAÇÕES PROTÉICAS • Eletroforese de proteínas → Separadas de acordo com a mobilidade eletroforética ↳ Bandas: Proteínas totais - ↳ Albuminas + Globulinas - Albuminas - α1→ globulinas - α2 → globulinas - β → globulinas - γ → globulinas OBS: cada fração ou banda contém proteínas que são funcionalmente diferentes, mas apresentam a mesma mobilidade eletroforética. ALBUMINA ↳ Mais importante (~60%) ↳ Função: transportadora ↳fármaco ↳bilirrubina ↳hormônio ↳molécula lipofílicas ↳Controle da pressão oncótica/ coloidosmótica (controla a síntese) ↳Catabolizada em tecidos e proteína de fase aguda negativa →HIPERalbiminemia ↳Desidratação ↳Estresse, gravidez (RARO) →HIPOalbuminemia ↳Desnutrição (falta de aminoácidos) ↳Perda pelos rins - microalbuminúria (doenças renais em diabetes, hipertensão, síndrome nefrótica) ↳Perda pela pele (queimaduras) ↳Hepatopatias (diminuição de síntese) ↳Analbuminemia (Kwashirkor) RARO e HEREDITÁRIO ΑLFA 1 GLOBULINAS → α1 – antitripsina AAT ↳Inibidor de protease mais importante do plasma ↳Impede que invadam o plasma e hidrolisem proteínas plasmáticas ↑ Infecções/artrites/neoplasias/gravidez ↓ Doenças hepáticas (cirrose, carcinoma)/ distúrbios genéticos →α1 – Glicoproteína ácida AGA ↳Transporta progesterona ↳Inibe vírus e parasitas Α2 GLOBULINAS →Ceruloplasmina ↳Transportadora de cobre (95%) e ferro ↳Reações plasmáticas de oxirredução ↳Incorpora o ferro a ferritina ↑ Neoplasia/gravidez/contraceptivos ↓Anemias/má nutrição (cobre) ↳Se acumula no cérebro, íris e fígado →Haptoglobina ↳Se liga a hemoglobina liberada pela lise dos eritrócitos ↳Preservação das reservas de ferro e proteínas ↳Leva para retículo endotelial para ser degradado ↑Queimaduras/infecções agudas/neoplasia/síndrome nefrótica ↓Hemólise intravascular/malária/anemia megaloblástica ↳Controla efeito de peroxidase da hemoglobina livre ↳Bacteriostase- sequestra ferro que iria para bactéria que requerem ferro (E. coli) Β GLOBULINAS →Transferrina TRF ↳Principal transporte de ferro ↑ Anemias por deficiência de ferro/ gravidez ↓ Inflamação/doenças malignas ↳Diagnóstico diferencial da anemia e monitoramento anemia ferropriva ↳ TRF ↑ → Deficiência de ferro ↳ TRF ↓ ou normal → falha na incorporação de ferro ↳ TRF normal → Sobrecarga de ferro Fibrinogênio ↳Fator coagulante mais abundante ↳Forma o coágulo de fibrina ↳Complementos: C1q, C1r, C3, C4 E C5 →Proteína C Reativa (PCR) Primeira proteína a aparecer e aumentar em casos inflamatórios ● Se liga a LPS (lipopolissacarídeo) para ativar o sistema complemento ● Promove opsonização, fagocitose e lise de microrganismos Fatores que podem aumentar esta proteína: GAMA GLOBULINAS →Imunoglobulinas ● Reconhecem, precipitam e neutralizam invasores celulares ou protéicos HIPERGAMAGLOBULINEMIA ● Mieloma, doenças infecciosas, hipersensibilidade Hipergamaglobulinemia monoclonal No miolema múltiplo a multiplicação é intensa e a concentração de imunoglobulina específica que o tumor produz se torna tão grande na eletroforese que aparece com um pico estreito e pontudo. Hipergamaglobulinemia policlonal ● De acordo com a classe de imunoglobulina prevalente HIPOGAMAGLOBULINEMIA ● Imunodeficiências hereditárias, terapias imunossupressoras, leucemia linfocítica CLASSIFICAÇÃO PROTEÍNAS PLASMÁTICAS DE FASE AGUDA ● Proteínas que alteram sua concentração plasmática em até 25%, em até uma semana após dano tecidual ● Resposta não específica a: o Inflamação o Dano tecidual Albumina Alfa-1 Alfa-2 Beta Gama - Principal proteína transportadora - Proteína de Fase aguda negativa Hiperalbuminemia * desidratação Hipoalbuminemia * Desnutrição etc. - α1 antitripsina: inibidora de protease - α1 glicoproteína: transporta progesterona, inibe vírus e parasitas - Ceruloplasmina: transporta cobre, incorpora ferro a ferritina - Haptoglobulina: Liga hemoglobina -Macroglobulina: inibidora de protease - Transferrina: transporte de ferro - Proteína de fase aguda negativa - Complemento (C1, C3, C4, C5) - Fibrinogênio: fator de coagulação - Proteína C reativa: proteína ↑ casos inflamatórios Imunoglobulinas - IgA: defesa - IgG: defesa - IgM : defesa - IgE - IgD DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS FUNÇÕES ● Fornecimento de energia ● Armazenamento de energia (glicogênio) ● Estrutura o Ácido hialurônico, celulose, quitina ● Elementos de defesa o Mucoproteínas, imunoglobulinas ● Fonte de carbono para síntese de outras moléculas o Ácidos graxos, colesterol, aminoácidos ● Estrutura genética o Ribose e desoxirribose CLASSIFICAÇÃO MONOSSACARÍDEOS Hexoses ● Glicose: produto final da degradação dos carboidratos ● Frutose: maior capacidade adoçante ● Galactose: obtida na degradação da lactose do leite OLIGOSSACARÍDEOS A união de monossacarídeos ocorre através da ligação glicosídica. ● Duas hidroxilas (OH) se unem liberando H2O Dissacarídeos Oligossacarídeos ● Rafinose (glicose + galactose + frutose) ● Estaquiose (glicose + 2 galactose + frutose) POLISSACARÍDEOS Principal polissacarídeos: glicogênio Glicogênio ● Armazenamento no fígado e no tecido ● Forma do corpo estocar glicose ● Manutenção da glicemia CARBOIDRATOS COMPLEXOS ● União de carboidratos a outras estruturas por ligação glicosídica Exemplos: ● Purinas e pirimidinas - ácidos nucleicos ● Anéis aromáticos -esteróides, bilirrubina ● Proteínas – glicoproteínas, glicosaminoglicanos ● Lipídios – glicolipídios METABOLISMO PÂNCREAS Insulina (hormônio) Permite a entrada da glicose do sangue para o tecido (reduz a glicemia 🡪 glicose acumulada no sangue) Glucagon (hormônio) Mediante a hipoglicemia, estimula o fígado a quebrar glicogênio (glicogenólise), e enviar os produtos da quebra (glicose) para o sangue (aumentando a glicemia). ● Ou seja: estimula a glicogenólise no fígado e músculos Hipoglicemia 🡪 glicogenólise 🡪 glicemia sangue ↑ Hiperglicemia 🡪 glicogênese –> glicemia sangue ⬇ DEGRADAÇÃO E SÍNTESE O metabolismo de carboidratos é complexo e ocorre por várias vias: ● Glicólise ● Via das pentoses-fosfato ● Glicogênese ● Glicogenólise● Gliconeogênese ● Ciclo de Krebs ou ciclo cítrico Entretanto as mais importantes (neste contexto) são: 1. GLICÓLISE Oxidação de glicose formando 2 moléculas de ATP e 2 moléculas de piruvato. ● Em atividades físicas de longa duração, sem o suprimento de O2, é produzido o lactato (hiperacidez que causa dor após o exercício) 2. GLICOGÊNESE Processo de síntese do glicogênio a partir de monômeros de glicose, logo após a ingestão do alimento. O glicogênio é armazenado no fígado e músculos, como reservatório de glicose para ser usado na corrente sanguínea como combustível para gerar ATP durante a atividade muscular. 3. GLICOGENÓLISE Processo de conversão do glicogênio em glicose, através da degradação do glicogênio. 4. GLICONEOGÊNESE: Formação de novas moléculas de glicose a partir de moléculas menores, como precursores (lactato, piruvato, glicerol, cadeias carbonadas). Quando o fígado esgota o suprimento de glicogênio (jejum, exercício) a gliconeogênese fornece glicose para o organismo. Glicogênese Glicogenólise Gliconeogênese Síntese a partir da alimentação Catabolismo Síntese de glicose a partir de precursores (lactato, glicerol, aminoácidos) Glicose → síntese de glicogênio Degradação de glicogênio → glicose Lactato, piruvato etc. → glicose Ocorre no fígado e rins em jejum prolongado DISTÚRBIOS DO METABOLISMO ● Erros inatos do metabolismo ● Distúrbios genéticos ● Perda da função de proteínas (principalmente enzimas) ● Anabolismo e catabolismo ○ bloqueio das rotas com consequências metabólicas. GLICOGENOSES Doença no ARMAZENAMENTO de glicogênio ● Defeito metabólico na síntese ou catabolismo do glicogênio Glicogenose Tipo I - Doença de Von Gierke ● Deficiência na enzima glicose-6- fosfatase ● Síndrome rara manifestada no pós-natal Sintomas: ● Hipoglicemia de jejum ● Acúmulo de glicogênio no tecido ● Hepatomegalia ● Atrasos no desenvolvimento físico (puberdade) Glicogenose Tipo V - Doença de Mc Ardle ● Deficiência na enzima miofosforilase ● Incapacidade de quebrar o glicogênio estocado nos músculos para fornecer energia na contração muscular ● Pouco lactato no sangue (produto da degradação de glicose no músculo) ● mioglobinúria (necrose muscular) por rabdomiólise (proteína) o DEGRADAÇÃO do tecido muscular que libera a proteína mioglobina o Mioglobina é eliminada pela urina danificando os rins GALACTOSEMIA CLÁSSICA Defeito na ENZIMA que cataboliza a galactose A galactose é um monossacarídeo obtido na degradação da lactose do leite (GLICOSE + GALACTOSE). A galactosemia é diferente de intolerância à lactose!!!! Sintomas: ● Catarata ● Dano cerebral ● Hepatomegalia FRUTOSEMIA Defeito na ENZIMA que cataboliza a frutose (Frutose-1-fosfato aldolase) ● Hereditário ● Essa enzima se acumula nos rins, fígado e intestino delgado MUCOPOLISSACARIDOSES Deficiência na SÍNTESE DE ENZIMAS que atuam nos lisossomos ● Lisossomos não conseguem degradar moléculas complexas, que se acumulam na célula Este acúmulo não somente influencia mecanicamente as células e tecidos, como também prejudica o funcionamento celular habitual. Geralmente são doenças crônicas que apresentam comprometimento multissistêmico. ● Mucopolissacaridose tipo 1 ○ acúmulo progressivo de glicosaminoglicanos (GAGs) Sintomas: Comprometimento de: ● Ossos e articulações ● Sistema cardiovascular ● Sistema respiratório ● Funções cognitivas DISTÚRBIOS NO METABOLISMO DE PIRUVATO Deficiência de Piruvato Desidrogenase (PDHD) ● metabólito da glicose (fonte de energia para as mitocôndrias ● Amplo grupo de distúrbios ○ Acúmulo de ácido láctico (acidose láctica) ○ Comprometimento da geração de energia (mitocôndrias) ○ Neurológicos ● Acúmulo de piruvato (e lactato e alanina) no sangue, urina e líquido cefalorraquidiano) Sintomas: ● Atividade muscular lenta ● Má coordenação ● Distúrbio grave de equilíbrio ortostático ● Anomalias neurológicas ● Comprometimento na geração de energia Distúrbios do Metabolismo de Carboidratos - RESUMO Glicogenose Galactosemia Frutosemia Mucopolissacaridose Metabolismo do Piruvato armazenamento de glicogênio Enzima que catabolisa a galactose Enzima que catobolisa a frutose Síntese de enzimas que atuam nos lisossomos Deficiência de Piruvato Desidrogenase (PDHD) Doença de Von Gierke:enzima glicose-6- fosfatase Doença de Mcardle: enzima miofosforilase enzima: Galactose-1-P uridil transferase (GALT) enzima: Frutose-1-fosfato aldolase acúmulo progressivo de glicosaminoglicanos (GAGs) Acúmulo de piruvato (e lactato e alanina) Diagnóstico - Biópsia de músculo ou fígado - Ressonância magnética (investigar depósitos de glicogênio nos tecidos) - Análise genética Diagnóstico - Exames pós-natal - Exames de sangue e urina Diagnóstico - Biópsia de fígado - Análise química da ausência da enzima - Diagnóstico após ingestão de frutose Diagnóstico - Dosagem urinária de GAGs - Avaliação da atividade enzimática - Testes genéticos Diagnóstico - Dosagem de piruvato, lactato e alanina em fluidos biológicos - Exames imagenológicos cerebrais - Testes genéticos Tratamento Doença de Mc Ardle: Evitar exercícios físicos. - Ingerir glicose ou frutose antes de qualquer exercício Doença de Von Gierke Dieta hiperproteica e com carboidratos de alto índice glicêmico. - Administração intraestomacal de soluções de carboidratos. Tratamento Eliminar galactose da dieta Tratamento Evitar frutose Tratamento - Reposição enzimática semanal - Transplante de medula óssea Tratamento - Fontes alternativas de energia para o cérebro (vitamina B12, carnitina, ácido lipóico) - Dicloroacetato (ativador de pH) - Dieta cetogênica (↑ gordura, ↓ carboidrato) Ox. de ácidos graxos → corpos cetônicos) DIABETES MELLITUS Condição de Hiperglicemia causada pela deficiência na produção de insulina, ou pela incapacidade da insulina em exercer adequadamente seus efeitos. ● Distúrbios no metabolismo de carboidratos, mas também lipídios e proteínas SINTOMAS ● Polidipsia: sede excessiva ● Poliúria: aumento da frequência urinária ● Polifagia: aumento da fome ● Perda de peso ● Glicosúria ● Fadiga muscular ● Dificuldade de cicatrização periférica CLASSIFICAÇÃO ● Diabetes mellitus tipo I; ● Diabetes mellitus tipo II; ● Diabetes gestacional; ● Diabetes insipidus; ● Outros: ○ Diabetes mellitus secundária à deficiência do receptor de insulina. ○ Diabetes mellitus secundário à anticorpos contra receptores de insulina. ○ Diabetes mellitus secundário à autoimunidade familiar. DIABETES MELLITUS TIPO I (INSULINODEPENDENTE) ● Ausência absoluta de insulina causada por uma redução na massa de células beta pancreáticas ● O indivíduo não sintetiza a própria insulina ● O organismo trabalha em catabolismo constante, como se tentasse aplacar um jejum prolongado PATOGÊNESE ● Genético (raro) ● Autoimunidade ● Insulto ambiental (ex: a infecção por enterovírus pode contribuir para uma diabetes autoimune posterior) COMPLICAÇÕES ● Cetoacidose: Acontece quando o corpo utiliza alternativas como suprimento energético, e neste caso, os estoques de gordura. O processo resulta no acúmulo de corpos cetônicos, componentes que deixam o sangue ácido. SINTOMAS: Início abrupto dos sintomas! ● Hálito cetônico ● Respiração ofegante ● Vômitos ● Tampão sanguíneo no limite ● Degradação periférica de proteínas (gliconeogênese) ● ⬇ Reservas lipídicas ● ⬇ Massa muscular ● ↑ Triglicerídeos no sangue● ↑Glucagon = hiperglicemia em jejum DIABETES MELLITUS TIPO II (RESISTÊNCIA À INSULINA) ● Defeitos na captação de insulina, o que impossibilita a entrada de glicose no tecido ● Incapacidade dos tecidos periféricos em responder à insulina (resistência) ● A insulina pode apresentar níveis muito elevados PATOGÊNESE ● Sedentarismo e obesidade ● Predisposição genética ● Geralmente, após os 40 anos de idade COMPLICAÇÕES ● Resistência à insulina = hiperglicemia e hiperinsulinemia o ↑ Síntese de triglicerídeos no fígado ● ⬇ Produção de glicogênio hepático ● ↑ Utilização de ácidos graxos pelo tecido adiposo ● ↑ Degradação periférica de proteínas (gliconeogênese) ● Coma hiperglicêmico hiperosmolar DIABETES TIPO 1 E 2: RESUMO DM TIPO 1 DM TIPO 2 Infância, puberdade Após 35-40 anos Severa Moderada Desnutrido Geralmente obeso Insulina ⬇ ou ausente Insulina ↑ ou elevada Predisposição genética muito forte Genética moderada Coma cetoacidótico Coma hiperosmolar Cetose comum Cetose rara HIPERGLICEMIA PROLONGADA NA DM Processo de alterações estruturais de proteínas causadas por reações de glicação (processo de união de glicose na estrutura da proteína). ● A glicação pode alterar o ritmo de degradação das proteínas ● Ocorre o acúmulo dessas proteínas nas paredes dos vasos e interação com receptores das células endoteliais ● Nos tecidos periféricos ocorre a formação de polióis (álcool de açúcar: ex: sorbitol) ● Acúmulo de sorbitol: efeitos osmóticos = dano celular DOENÇAS ASSOCIADAS AO DIABETES ● Complicações microvasculares: olhos, rins e nervos periféricos ● Complicações macrovasculares: doença coronariana, acidentes vasculares cerebrais e periféricos ● Retinopatia diabética (lesão da retina) o Acúmulo de sorbitol ● Nefropatia diabética o Excesso de glicose impede formação de glicosaminoglicanos importantes para a filtração renal o Alto índice de lesões por perda de sensibilidade periférica o Infecção das úlceras associadas à necessidade de amputação DIABETES GESTACIONAL Intolerância à glicose com início durante a gravidez. ● Risco: obesidade, histórico familiar ● Persiste por até 3 anos após o nascimento DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DIAGNÓSTICO Glicemia de jejum Glicemia pós- prandial TOTG HOMA 99 mg/dL: normal 100 a 125mg/dL: pré diabetes 125mg/dL: diabetes >200mg/dL pós- prandial (2h depois da refeição) Diabetes gestaciona l *12h jejum ingestão de glicose e coleta após 2h *Resistência à insulina (HOMA-IR) *Atividade do pâncreas (HOMA-beta) ● TOTG = Teste oral de Tolerância à Glicose ○ deve ser repetido, se alterado ● HOMA = Modelo de avaliação da hemostasia MONITORAMENTO Hemoglobina glicada (HbA1C) Frutosamina Glicosúria Concentração de glicose acoplada à hemoglobina (Hb) Produto formado entre glicose e albumina (cetoamina) Excreção de glicose na urina Valores dos últimos 90 a 120 dias Valores de até 20 dias Ocorre em níveis >180 a 200mg/dl DISLIPIDEMIAS Lipídios são compostos orgânicos insolúveis. LIPÍDEOS MAIS IMPORTANTES: GLICERÍDEOS: Triglicerídeos → armazenamento de energia nos adipócitos. ESTERÓIDES Colesterol → não se dissolve no sangue para ser carreado ● Precisa se ligar a uma apoproteína para formar um complexo solúvel (lipoproteína) e ser transportado. LIPOPROTEÍNAS HDL LDL VLDL high density lipoprotein low density lipoprotein very low density lipoprotein formado no jejuno e fígado formado na corrente sanguínea Formada no fígado tira o colesterol dos tecidos e devolve para o fígado Transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos Transporte triglicerídeos e um pouco de colesterol carreamento do colesterol carreamento ineficiente do colesterol proteína mais rica em triglicerídeos (TG) colesterol bom colesterol ruim colesterol ruim DISLIPIDEMIAS ● Anomalia quantitativa ou qualitativa de lipídios (colesterol e triglicerídeos) no sangue CAUSAS: Dislipidemia primária ● Fatores genéticos Dislipidemia adquirida ● Maus hábitos alimentares ● Sedentarismo ● Uso de alguns medicamentos ● Diabetes, obesidade, hipotireoidismo etc. CLASSIFICAÇÃO: ● ⬇ HDL (<40 H e <50 M) (isolada ou com associação de LDL ou TG) hipercolesterolemi a isolada hipertrigliceridemia isolada hiperlipidemia mista ↑ LDL (≥160) ↑ TG (≥150) relação: ↑VLDL =↑TG ↑ LDL e triglicérides hiperlipidemia isolada: hiperlipidemia mista: PLACA ATEROSCLERÓTICA ● doença inflamatória crônica pela lesão endotelial ● causa primária de DAC e AVC Como ocorre a aterogênese? Evento chave: depósito de lipoproteínas na parede arterial 1. Depósito de LDL lesiona o endotélio, e aumenta sua permeabilidade, retendo as lipoproteínas no espaço subendotelial 2. LDL retido sobre oxidação, tornando-o imunogênico. 3. Ocorre a atração de monócitos que, ao atravessarem o endotélio, se diferenciam em macrófagos 4. Macrófagos têm afinidade por LDL-ox. Ao fagocitarem, têm sua morfologia alterada. Cheios de lipídios, passam a se chamar células espumosas 5. As Células espumosas têm dificuldade em deixar camada subendotelial, e começam a acumular. Se desenvolve mediante amplificação da inflamação. 6. A placa aterosclerótica pode se romper se instável 7. A Ruptura expõe colágeno e outros materiais trombogênicos presentes na placa, formando um trombo (aterotrombose) Evolução da aterosclerose: ● aterosclerose poder formar placas calcificadas → isquemias ● Isquemia reduz o fluxo sanguínea → angina ● Placas instáveis podem formar → trombos. HEMOSTASIA Hemostasia é a resposta fisiológica para a prevenção e interrupção de sangramento e hemorragias ● forma um coágulo ou trombo Envolve três etapas: 1. Hemostasia Primária a. estanca o sangramento b. ação das plaquetas para a formação do tampão plaquetário 2. Hemostasia secundária a. evita o ressangramento b. ação dos fatores da cascata de coagulação para formação da rede fibrina 3. Fibrinólise HEMOSTASIA PRIMÁRIA ● Processo desencadeado pela lesão vascular ● Vasoconstrição para diminuir a perda sanguínea ● Alteração da permeabilidade vascular (extravasamento de líquido para o tecido, aumentando a compressão vascular [edema]) ● Lesão endotelial expõe e ativa o colágeno ● Colágeno ativa o fator de von willebrand (fator de coagulação VIII) ● Com isto, ocorre a agregação das plaquetas para a formação do tampão ● Início da cascata de coagulação HEMOSTASIA SECUNDÁRIA A coagulação sanguínea consiste na conversão de uma proteína, o fibrinogênio em fibrina, por ação de uma enzima denominada trombina. CASCATA DE COAGULAÇÃO ● Cada fator na sua forma inativa é ativado e convertido em uma enzima, que vai ativar o fator seguinte ● Pode ocorrer na via intrínseca e a extrínseca ○ Via intrínseca: só usa elementos que estão no espaço intravascular (sangue), elementos intrínsecos ao sangue. ○ Via Extrínseca: usa elementos do espaço intravascular (tecido), elementos extrínsecos sangue. ● Em dado momento, as vias se convergem em uma via comum ○ o fator Xa proveniente tanto da via intrínseca quanto da via extrínseca, transforma a Protrombina em Trombina ○ A Trombina transforma o Fibrinogênio em Fibrina ○ Por fim, o fator XIII estabiliza a fibrina que envolvem a Plaqueta, formando o “trombo vermelho”FIBRINÓLISE Com a formação do trombo são ativados os mecanismos antitrombóticos, que visam limitar o tampão evitando trombose ● Obstrução do fluxo de sangue ● Anticoagulantes naturais bloqueiam a cascata de formação da rede de fibrina e/ou desintegram a fibrina em produtos solúveis ○ Proteína C e S ○ Antitrombina III ○ Sistema fibrinolítico: Plasmina (derivada do plasminogênio) ○ Antiplasmina (se liga ao excesso de plasmina e impede o excesso de fibrinólise) COAGULOGRAMA Conjunto de testes que avaliam diferentes elementos da cascata de coagulação ● Antes de intervenções cirúrgicas; ● Acompanhamento de terapias com anticoagulantes orais; ● Suspeita de deficiências hepáticas; ● Acompanhamento de terapias com barbitúricos, diuréticos, anticoncepcionais, vitamina K, dentre outros. Coagulograma Contagem de Plaquetas Tempo de Sangramento (TS) Tempo de trombina (TT) Tempo de Protrombina (TP ou TAP) Tempo de tromboplastina parcialmente ativada (TTP ou TTPa) avalia hemostasia primária avalia hemostasia primária e adesão plaquetária (fator de von Willebrand) avalia a conversão de fibrinogênio em fibrina avalia hemostasia secundária: vias extrínseca e intrínseca avalia hemostasia secundária: tempo de funcionamento das vias extrínseca e intrínseca esfregaço do sangue periférico ↑ Trombocitose ↓Trombocitopenia método de Duke; Ivy; gabarito e gabarito modificado se adiciona trombina à amostra de plasma Tempo que se leva para formar um coágulo de fibrina depois da adição de um reagente de tromboplastina Tempo de coagulação de um plasma recalcificado (com adição de cálcio) na presença de cefalina(ativador) Mede o tempo que a protrombina leva para ser convertida em trombina para a formação do coágulo MARCADORES HEPÁTICOS E ENZIMOLOGIA Funções sintéticas ● Proteínas ● Glicose/glicogênio ● TGC/AG ● Lipoprotéinas/ Colesterol ● Ácidos biliares ● Uréia Funções metabólicas ● Metabolismo energético ● Metabolismo de hormônios ● Metabolismo da amônia ● Detoxicação ● Xenobióticos Funções de Armazenamento ● Glicogênio ● Ferro ● Vitamina A, D e B12 Funções Excretoras ● Bilirrubina ● Ácidos biliares HISTOPATOLOGIA HEPATITE 🡪 Etiologia múltipla ● Vírus, bactérias, drogas, agentes tóxicos, doenças metabólicas, autoimunes Hepatite aguda Hepatite crônica <6 meses > 6meses “cura” da lesão e retorno da função ou Evolução para necrose/morte Processo inflamatório persistente COLESTASE Diminuição ou interrupção do fluxo biliar. Intrahepática: resultante de problemas mecânicos ou funcionais. Extrahepática: obstrução física de ductros viliares. Causas: ● Cálculos biliares ● Estenoses (estreitamento dos vasos sanguíneos por substâncias inflamatórias e colesterol) ● Tumores nos ductos biliares CIRROSE HEPÁTICA Consequência irreversível da cicatrização fibrose e da regeneração hepatocelular. ● Resposta do fígado a agressões prolongadas ● Etiologia inflamatória, tóxica, metabólica ou congestiva. Causas ● Abuso de álcool ● Vírus da hepatite B e C ● Colestase prolongada METABOLISMO HEPÁTICO Bilirrubina 🡪 Produto do catabolismo do grupamento heme da hemoglobina ● Eritrócitos (hemácias) se rompem ao final da vida e liberam hemoglobina que é fagocitoda por macrófagos ● A hemoglobina é desdobrada em grupamento globina e heme ● Heme 🡪 ferro livre 🡪 substrato para a formação da bilirrubina ● A bilirrubina resultante se liga à albumina (proteína transportadora) – bilirrubina indireta (BI) ou não conjugada ● A albumina leva essa bilirrubina até o fígado, que vai dissociá-la da albumina e convertê-la em bilirrubina direta (BD) ou conjugada. ⮚ É formada pela conjugação com ácido glicurônio 🡪 glicuronídeo de bilirrubina (cerca de 80%, passa por esse processo) ⮚ No intestino, a flora bacteriana metaboliza bilirrubina para formar urobilinogênio, que é metabolizado em estercobilinas (cor das fezes) ⮚ Um pouco do urobilinogênio é reabsorvido, extraído por hepatócitos e reexcretado na bile (uma pequena quantidade é excretada na urina). APLICAÇÃO CLÍNICA HIPERBILIRRUBINEMIA Acúmulo do pigmento bilirrubina, que é excreta através da bile ICTERÍCIA POR BILIRRUBINA INDIRETA -BI (NÃO -CONJUGADA) I. Superprodução ● Aumento da hemólise que ultrapassa a capacidade de conjugação do fígado ● Processos hemolíticos crônicos ● Eritropoiese ineficaz II. Alteração na captação hepatocelular da bilirrubina ● Defeitos na membrana do hepatócito ● Deficiência nas enzimas envolvidas III. Alteração no transporte plasmático da bilirrubina ● Baixa concentração de albumina plasmática ♦ Doenças renais ♦ Desnutrição ♦ Hipóxia IV. Conjugação deficiente V. Icterícia neonatal ● Imaturidade do sistema de conjugação Bili-check ● Calcula a concentração de bilirrubina transcutânea total Fototerapia Características ● Presença predominante de Bilirrubina indireta (BI) ● Presença fecal e urinária de bilirrubina ● Urina acolúrica (muito pálida, sem bilirrubina) ● Icterícia discreta ICTERÍCIA POR BILIRRUBINA DIRETA – BD (CONJUGADA) I. Excreção deficiente ● Dano hepático – Hepatite, cirrose, drogas ● Bilirrubina conjugada + outros testes hepáticos normais II. Obstrução (colestase) ● Extra-hepática: cálculos biliares, câncer nos ductos biliares ● Intra-hepática: cirrose, tumores, processos inflamatórios nos ductos intra-hepáticos ● Colestase em nível de hepatócito (lesão hepatocelular): ♦ Hepatites virais ou tóxicas ♦ Ocorre hiperbilirrubinemia mista ⮚ Aumento de bilirrubina indireta ⮚ Aumento de bilirrubina direta Características ● Presença predominante de bilirrubina direta no plasma ● Diminuição fecal e urinária de urobilinogênio ● Urina colúrica (muito escura – excesso de BD) ● Aumento discreto da bilirrubina indireta circulante por conta de alterações na captação e conjugação no hepatócito. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA BILIRRUBINA SORO ● Protegido da luz ● Espectrofotometria ⮚ Bilirrubina total (BT) ⮚ Bilirrubina direta (BD) ⮚ Bilirrubina indireta (BT – BD) URINA ● BI – apolar : não é excretada na urina ● BD – Polar: excreta na urina ● Urobilinogênio: índice sensível de disfunção dos hepatócitos ● Também é feito por tiras reagentes AVALIAÇÃO ENZIMÁTICA Enzimas são proteínas que têm como função catalisar, ou seja, acelerar reações metabólicas que acontecem nas células, reduzindo a quantidade de energia necessária para que elas ocorram. NOMENCLATURA ● Lactato desidrogenase ● Amido hidrolase (amilase) ● Amino transferase (transaminase) CARACTERÍSTICAS ● Algumas enzimas são tecido- específicas, mas a maior parte está presentem em mais de um tecido ou órgão. A sua quantidade nos tecidos define o local de lesão ⮚ Por isso, as enzimas são avaliadas de forma conjunta, ou pela identificação de isoformas ● Tempo de atividade enzimático: ⮚ Meia-vida biológica da enzima no sangue ⮚ Taxa da perda da atividade, degradação, excreção ● O aumento da atividade enzimática nem sempre é proporcional à gravidade da lesão ⮚ Depende da meia vida dosada ⮚ Necrose: libera toda a enzima (mas não produz mais) ⮚ Lesão “subletal”: libera parte da enzima (mais ainda continua produzindo) TIPOS DE ENZIMAS ● Enzimas específicas do plasma ● Enzimas secretadas pelo trato gastrointestinal ● Enzimas endoceulares (dosagem) Enzimas de extravasamento ● Presentes no citoplasma ou organelas ●Extravazam das células lesadas ● Aumento sérico rápido após injúria Enzimas de indução ● Presentes nas membranas celulares ● Aumento da produção enzimática ● Aumento sérico gradativo Izoenzimas ● Enzimas com estruturas diferentes que catalisam a mesma reação química Aminotransferases ● ALT (antigamente chamada de TGP) – alanina aminotransferase ● AST (antigo TGO) – aspartato aminotransferase São enzimas indicadoras de lesão hepatocelular. Nas doenças hepáticas, tanto a AST quanto a ALT aumentam. O que importa é qual está maior que do qual. ALT (TGP) AST (TGO Indica destruição celular hepática em fase aguda Fase crônica Meia-vida: 47h Meia-vida: 17h Isoenzimas citoplasmáticas Isoenzimas: 60% citoplasmática, 40% mitocondrial Presente no fígado > rins > mus. Cardíaco > pâncreas > baço > pulmão Presente no musc. cardíaco > fígado > musc. Esquelético > rins > pâncreas Hepatite virótica aguda, hepatite tóxica Hepatite crônica, cirrose hepática, carcinoma Índice de Ritis: É um parâmetro bioquímico utilizado para avaliar doenças hepáticas. É calculado a partir dos níveis de AST e ALT. Lactato desidrogenase (LDH) ● Desidrogenase láctica ● Indicador generalista de disfunção hepática Gama-Glutamil Transferase (gama-GT ou GGT) TESTES DE FUNÇÃO HEPÁTICA ANORMAL Doença Hepatocelular AST maior que 3 VR Fosfatase menor que 3 VR Doença colestática AST menor que 3 VR Fosfatase maior que 2 VR Enzimas de avaliação hepática Enzima Aminotransferases (ALT e AST) Fosfatase alcalina (FA, ALP, PAL) Lactato desidrogenase (LDH) Gama-Glutamil transferase (GGT) Albumina Função Indica lesão hepatocelular ALT – fase aguda (dica: lembrar de ALTa) AST – fase crônica Indica colestase Durante a obstrução biliar, o acúmulo de sais biliares solubiliza a enzima gerando a regurgitação entre as células hepáticas até o sangue. (Também chamado de desidrogenase láctica) Indicador generalista de disfunção hepática Transporta aminoácidos pelas membranas celulares em vários tecidos. Transporte de proteínas e manutenção da pressão coloidosmótica no plasma Localização ALT: fígado (meia -vida: 47h) AST: músculo cardíaco > fígado (meia-vida 17h) Várias partes do corpo, incluindo fígado No fígado, participa da gliconeogênese e síntese de glicogênio Fígado, ductos biliares, pâncreas e rins Fígado (meia vida = 20 dias) Fisiopatologia ALT: hepatite virótica aguda e hepatite tóxica AST: Hepatite crônica, cirrose hepática e carcinoma - Colestase - Obstruções hepatobiliares - Tumores hepáticos - Algumas doenças ósseas Hepatite, cirrose e icterícia obstrutiva Indica colesterase hepatobiliar e consumo de álcool Hipoalbuminemia (indica gravidade ou cronicidade da lesão) - Doença hepática crônica - Doença hepática aguda grave - Distúrbios inflamatórios - Desnutrição - Síndrome nefrótica OUTROS MÉTODOS PARA AVALIAR A FUNÇÃO HEPÁTICA ● Dosagem de proteínas específicas produzidas no fígado ● Dosagem de proteínas totais ● Dosagem de proteína C reativa (marcador inflamatório) ● Dosagem da proteína da coagulação e protrombina MARCADORES ENZIMÁTICOS E NÃO-ENZIMÁTICOS Enzimas circulantes no plasma podem ser próprias do sangue, ou resultam de algum órgão/tecido e passam para o sangue. AUMENTO NA LIBERAÇÃO DE ENZIMAS PARA O PLASMA ● Lesão celular externa ● Proliferação e renovação celular ● Aumento da síntese enzimática ● Obstrução de ductos REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADES ENZIMÁTICA (menos comuns) ● Sínteses enzimática reduzida Ex: Diminuição da produção de proteínas na insuficiência hepática, pela redução do número de hepatócitos. ● Deficiência congênita de enzimas ● Variantes enzimáticas com baixa atividade biológica ENZIMAS PANCREÁTICAS AMILASE Enzima responsável pela digestão de amido no intestino. ● Isoforma P – secretado pelo pâncreas ● Isoforma B – secretado pelas glândulas salivares Hiperamilasemia ● Pancreatite aguda (Isoforma P) o Aumento de 4 a 6x ● Cálculo e carcinoma pancreáticos (Isoforma P) ● Caxumba (Isoforma S) ● Apendicite (P e S) ● Gastrite e úlceras (P) ● Abuso alcoólico agudo (S) ● Cetoacidose diabética (S) ● Tumores de pulmão (S) Dosagem: soro heparinizado LIPASE PANCREÁTICA Enzima responsável pela Hidrólise de triglicerídeos ● Essa enzima só é ativada se estiver em conjunto com sais biliares (emulsificam o trato gastrointestinal) ● Aumento na pancreatite o Aumento em até 50x o Lipase é mais específica para o diagnostico dessa patologia que a amilase o Lipase está relacionada a danos pancreáticos o Amilase pode ter origem em outros tecidos ENZIMAS ÓSSEAS FOSFATASE ALCALINA TOTAL SÉRICA Também é produzida por osteoblastos (células responsáveis pela formação óssea) Se aumentada, isso indica regeneração/reestruturação do tecido ósseo. ● Aumento na Doença de paget (osteíte deformante) ● Aumento no carcinoma ósseo e na carência de vitamina D ● Aumento no 3º trimestre da gravidez ● Crianças em fase de crescimento apresentam aumento natural ENZIMAS CARDÍACAS LACTATO DESIDROGENASE (LDH) ● Presente em todas as células (enzima citoplasmática) ● Possui 5 isoenzimas Aumento em: ● Doenças hepáticas ● Hemólises ● Infarto do miocárdio TRANSAMINASES (ALT – AST) ● No infarto agudo do miocárdio, há o aumento isolado da AST ● A ALT está normal e a AST elevada CREATINA QUINASE (CK OU CPK) ● Também chamada de creatinofosfoquinase ● Indica lesão tecidual o Cérebro: acidente vascular encefálico o Músc. Esquelético: distrofia muscular, trauma tecidual, estresse muscular o Coração: doença arterial coronariana (DAC) e infarto agudo do miocárdio (IAM) ● CK-MB massa/atividade o Medido por testes bioquímicos para medir sua atividade (atividades) o Medido por ensaios imunométricos para medir sua concentração (massa) ➔ Mede a concentração da enzima soro, quer ela esteja ativa ou não. ➔ Mais confiável e sensível, pois detecta enzimas ativas e as que ainda não estão ativas MARCADORES PROTEICOS (NÃO- ENZIMÁTICOS) Troponina Proteína globosa presente no filamento de actina da célula muscular Subunidades dosadas são: ● cTnT – troponina T cardíaca o Maior especificidade ● cTnI – troponina I cardíaca o Alta sensibilidade e especificidade (mais que cTnT) Mioglobina Proteína citoplasmática presente na musculatura esquelética e na cardíaca ● É um dos marcadores mais precoces do infarto agudo do miocárdio, porém não é muito específica ● Geralmente utilizada como diagnóstico de exclusão Miosina de cadeia leve (MCL) Proteína miofibrilar da musculatura cardíaca e esquelética ● Altamente sensível ● Não é específica do miocárdio (falso-positivo com lesões do músculo esquelético) Albumina modificada por isquemia (IMA) ● Estrutura terminal da molécula é danificada durante a esquemia DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA Principais marcadores bioquímicos ● CK-MB (massa/ativiade) ● Troponina (I ou T) ● Ck total (CPK) ● Mioglobina ● Miosina de cadeia leve ● Albumina modificada por isquemia → Caindo em desuso: ● Lactato desidrogenase (LDH) ● AST MARCADORES MUSCULARES (NÃO-ENZIMÁTICOS) ● Mioglobina ● Troponina ● Miosina de cadeia leve (MCL) Enzimas pancreáticas Enzimas ósseias Enzimas cardiacas Marcadores proteícos musculares - Amilase (hiperamilase) - Lipase pancreática (mais importante) - Fosfatase alcalinatotal sérica - Lactato desidrogenase (LDH) (infarto) - Transaminases (AST) (infarto) - Creatina Quinase (CK-MB) NÃO-ENZIMÁTICO (proteíco) - Troponina (cTnT e cTnI) - Mioglobina - Miosina de cadeia leve - Albumina modificada por isquemia - Mioglobina - Troponina (TnT e TnI) - Miosina de cadeia leve Pancreatite aguda Doença de Paget (osteíte deformante) Doença arterial coronariana e infarto MARCADORES TUMORAIS Câncer: sucessivas mutações não-letais em genes específicos ao longo de várias gerações. DIAGNÓSTICO DO CÂNCER • Aspecto macroscópio • Microscópico (biópsia) • Marcadores (antígenos) tumorais Marcadores tumorais: são moléculas encontradas no tumor ou outros líquidos e tecidos biológicos numa concentração superior. • Podem ser avaliados em sangue, urina, fluidos corporais, fezes e tecidos • CADA MARCADOR É INDICATIVO DE UM PROCESSO PATOLÓGICO DIFERENTE. • Os marcadores tumorais, em sua maioria, são proteínas, frações proteicas ou substâncias nitrogenadas; o Enzimas o Hormônios o Antígenos Embrionários o Antígenos de superfície celular; o Oncogeneses; CARACTERÍSTICAD DE UM MARCADOR IDEAL • Capacidade de diagnosticar o câncer de forma precoce; • Ser órgão/tecido específico; • Determinar a extensão da doença; • Monitorar a resposta terapêutica; • Detectar recidivas de forma precoce; • Ter meia-vida curta. Obs: Falso positivo - alguns marcadores têm níveis basais em pessoas normais e, acidentalmente, podem se apresentar aumentados! POR QUE ALGUNS CÂNCERES TÊM DIFERENTES MARCADORES TUMORAIS? Porque os diferentes tipos de câncer possuem diferentes marcadores tumorais devido à sua origem e às características específicas das células tumorais envolvidas. Exemplo: no câncer de mama podem ocorrer falhas por diversas vias moleculares, cada via de alteração gera um produto diferente, que serão usados como marcadores. POR QUE EXISTE UM CERTO MARCADOR QUE ESTÁ AUMENTADO EM VÁRIOS TIPOS DE CÂNCER DIFERENTES? O antígeno Carcinoembriogênico (CEA) é um marcador tumoral que pode estar aumentado em vários tipos de câncer diferentes. O CEA é uma glicoproteína que é produzida durante o desenvolvimento fetal, mas sua expressão é reduzida em tecidos adultos saudáveis. No entanto, certos tipos de células cancerígenas podem produzir CEA em níveis elevados. • O CEA é frequentemente usado como marcador para cânceres colorretais. COMO SE ESCOLHE O MARCADOR TUMORAL IDEAL PARA UM DETERMINADO TIPO DE CÂNCER? • Precisão: sensibilidade e especificidade • Estadiamento: fase e intensidade do câncer com as dosagens sequenciais do marcador escolhido • Monitoramento: eficácia do tratamento com a diminuição da concentração do marcador escolhido • Remissão ou cura: Avaliar o sucesso terapêutico com base na normalização da concentração do marcador MARCADORES TUMORAIS ENZIMÁTICOS ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) É uma proteína produzida pelas células da glândula prostática, tanto por células normais quanto por células cancerígenas • Protease que liquefaz possíveis coágulos seminais • Normalmente tem alta concentração no sêmen, e baixíssima concentração no sangue • É dosado no sangue, e apresenta concentrações altas em casos de câncer. • Por não ser muito específico, é sempre utilizado como um auxiliar para o exame de toque retal (que verifica hiperplasia da próstata) CATEPSINA D É um indicador de pior prognóstico para o câncer de mama • Tem poder proteolítico (quebra das ligações peptídicas) • É produzida em excesso por células cancerígenas, e degrada a matriz extracelular, facilitando que o tumor invada o tecido MARCADORES TUMORAIS HORMONAIS BETA-HCG Glicoproteína hormonal produzida pela placenta e células trofoblásticas (células do embrião) • Subunidades: alfa e beta • Fração beta: diagnóstico, monitoramento e prognóstico • Cânceres de ovário, trofoblásticos, testículo (!), dentre outros tecidos que produzam HCG MARCADORES ANTÍGENOS EMBRIONÁRIOS ALFAFETOPROTEÍNA (AFP) A alfafetoproteína (AFP) é uma proteína produzida durante o desenvolvimento fetal, principalmente pelo fígado, saco vitelino e intestino do feto. MARCADORES ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE CELULAR CA 15.3 • Antígeno de câncer (CA – câncer antigen) • Glicoproteína de adesão celular • Produzido por células epiteliais glandulares. ONCOGENES Processo pelo qual uma célula normal se transforma em uma célula cancerosa. P53 • Gene supressor de tumor • Codifica uma proteína que controla o ciclo celular e previne o aparecimento do câncer • Se esse gene for danificado, há grandes chances de início ou progressão da carcinogênese. • Danos e mutações no gene da p53 já foram descritos em mais de 50 tipos de tumores. DISTÚRBIOS DA FUNÇÃO ENDÓCRINA Secreção endócrina → lançadas dentro da corrente sanguínea Tipos de hormônios HIERARQUIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Assim, as desordens endócrinas podem se manifestar em três instâncias, sendo classificadas em três tipos: I. Desordens de nível central (hipotalâmica) II. Desordens de nível periférico (glândula periférica) III. Desordens de receptores ou pós- receptores (célula alvo) DOSAGEM HORMONAL Fatores importantes a serem considerados 1. Saber se o hormônio tem níveis basais no plasma o Significa que só precisam ser dosados uma única vez 2. Hormônios cuja libração varia durante o dia o Várias medições necessárias durante 24h o Dinâmicas diárias de concentração (cortisol) 3. Outros hormônios cíclicos o Ciclo menstrual 4. Saber se o hormônio é excretado na urina o Hormônios com dinâmica diurno (cortisol, aldosterona) 5. Metabólitos hormonais O metabolismo de alguns hormônios pode gerar resíduos, e medir esses resíduos pode ser mais fácil que medir o hormônio em si Ex: Peptídeo C – Maior meia-vida, dando as mesmas informações que a insulina 6. Avaliação indireta Medida da resposta metabólica Ex: Glicemia → insulina Cuidados na coleta • Se o hormônio for um peptídeo, adicionar inibidor de proteases no tubo de coleta • Conhecer o ciclo (período) de produção do hormônio • Conhecer a meia-vida do hormônio • Identificar se a secreção do hormônio é ou não pulsátil (ex: hormônios centrais) PATOLOGIA ENDÓCRINA Autoimunidade • Destruição autoimune das células • 50% de todas as doenças autoimunes órgão-específicas: tiroide, adrenais e pâncreas. Neoplasias • Comprimem ou destroem os tecidos endócrinos HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREOIDE (TSH) T4 – pró-hormônio (80~90%) T3 – forma metabolicamente ativa • TRH – Hormônio estimulador da tireotrofina • TSH – hormônio tireo-estimulante (tireotrofina) • TRI – iodotironina e tiroxina (ou tetra-iodotironina) FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS • Aumentam o metabolismo celular em vários tecidos • Aumentam a utilização de ATP • Aumentam a lipólise no tecido adiposo Mais de 95% das doenças tireoidianas acontecem na própria glândula, e a maioria é autoimune. Anticorpos destroem a glândula, resultando em hipotireoidismo. Quando a causa é hipotalâmica/hipofisária, geralmente é pela secreção prejudicada de TSH em função da pressão de um tumor adjacente HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓFICO (ACTH) São hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, também conhecidas como suprarrenais. As glândulas adrenais estão localizadas na parte superior dos rins e são compostas por duas regiões principais: • o córtex adrenal: produz hormônios esteroides (cortisol) • medula adrenal: produz hormônios catecolaminas. CRH – hormônio liberadorde corticotrofina VP – Vasopressina ACTH – hormônio adrenocorticotrófico FUNÇÕES DO CORTISOL • Atua na função imune, sistema cardiovascular e no esqueleto • Grande influência na homeostase da glicose (glicocorticóide) o Induz a síntese de enzimas gliconeogênicas, e inibe a captação de glicose no tecido periférico o Aumenta a lipólise e a síntese de glicogênio • Modula o sistema imune pela produção de citocinas • Favorece o efeito de vasoconstritores, com efeitos diretos no coração e nos rins o Aumenta a eliminação de água e reabsorção. Distúrbios • Hipossecreção do cortisol pode ocorrer por falência do hipotálamo, hipófise ou das adrenais. • Doença de Addison – falência adrenal primária o A secreção de todos os hormônios adrenais está diminuída o Causa imune ou infecciosa • Síndrome de Cushing - hipersecreção de cortisol o Redistribuição do tecido adiposo o Perda muscular periférica (dificuldade postural) o Diabetes e hipertensão o Amenorreia HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELAS GÔNADAS HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) O hormônio do crescimento, também conhecido como somatotropina ou GH (do inglês Growth Hormone), é um hormônio produzido e secretado pela glândula hipófise anterior, localizada na base do cérebro. • Hormônio do crescimento o Promove o crescimento de ossos e cartilagens o Influencia o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios Avaliação → Hormônio pulsátil Sua liberação ocorre em episódios intermitentes ao longo do dia, em vez de ser liberado de forma contínua e constante. • Alguns imunoensaios podem não diferenciar um indivíduo saudável no período entre pulsos, e um indivíduo com baixa produção do hormônio. • Teste de intolerância à insulina o Se administra insulina exógena para provocar uma hipoglicemia transitória, e observar se haverá o aumento da produção de GH. HORMÔNIO PROLACTINA (PRL) A prolactina é o hormônio associado à estimulação das glândulas mamárias na produção do leite materno, na gravidez e durante a amamentação. Ele também atua como regulador da função sexual. AMINAS BIOGÊNICAS Atuam como neurotransmissores e/ou hormônios no organismo, desempenhando funções importantes na comunicação celular e na regulação de processos fisiológicos. • Produção anormal indica tumores endócrinos • Dosagem das aminas e seus metabólitos ajudam na detecção e monitoramento tumoral Hipotálamo Hipófise anterior Hipófise posterior Pâncreas Tireoide Adrenal Placenta Ovários e testículos TRH – hormônio liberador de tirotrofina LHRH – hormônio liberador de hormônio luteinizante CRH - Hormônio Liberador de Corticotropina. GHRH - Hormônio Liberador de Hormônio do Crescimento. PLF - Fator Liberador de Prolactina. PIF - Fator Inibidor de Prolactina. ACTH (adrenocorticotrófica) TSH (tireoide) FSH (folículo estimulante) LH (luteinizante) GH (crescimento) Prolactina ADH - Hormônio anti-diurético Ocitocina Insulina Glucagon T4 T3 Calcitonina Cortisol Aldosterona Catecolaminas Gonadotropina Estrogênio Progesterona Somatotropina Ovários: Estrogênio Progesterona Testículos: Testosterona Referências: Willker Menezes. Bioquímica Clínica. Estácio Niterói, 2023.
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