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Projeto TCC - Allexsandro Gemaque

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A CONSTITUCIONALIDADE DO INSTITUTO DA USUCAPIÃO - POR ABANDONO DE LAR
Pré-Projeto apresentado ao Centro Universitário Luterano de Santarém – ULBRA, como requisitos para a obtenção de nota parcial na disciplina de Orientação ao Trabalho de Conclusão de Curso II.
Professor Orientador: Leandro Berwig
ALLEXSANDRO VYNICIUS DE SOUZA GEMAQUE
DIREITO CIVIL
2022
RESUMO
A lei 12.424, de 16 de junho de 2011, incluiu no sistema a usucapião especial urbana individual por abandono do lar, também conhecida como usucapião familiar. Conforme o art. 1.240-A do Código Civil, "aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural". Em complemento, o seu § 1º estabelece que "o direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez".
O abandono do lar é tido como fator determinante para a incidência da norma, somado ao estabelecimento da moradia com posse direta. O comando pode atingir cônjuges ou companheiros, inclusive homoafetivos, diante do amplo reconhecimento jurídico da união e do casamento homoafetivo. Fica claro que o instituto tem incidência restrita entre os componentes da entidade familiar, sendo esse o seu âmbito de aplicação. Nesse sentido, enunciado doutrinário aprovado na V Jornada de Direito Civil, com a seguinte redação: "a modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do Código Civil pressupõe a propriedade comum do casal e compreende todas as formas de família ou entidades familiares, inclusive homoafetivas".
1. INTRODUÇÃO
Com a introdução do artigo 1.240-A do Código Civil Brasileiro em 16/06/2011, pela lei 12.424/11, com a seguinte redação: “Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.” Nos trouxe uma nova realidade de aquisição da posse, e por um tempo de aquisição, até então considerado destoante, das modalidades de usucapião até então já consagradas no nosso ordenamento jurídico brasileiro. Diante dessa aparente dissonância, iremos buscar a essência da modalidade de usucapião, de como se originou e como é utilizado no nosso ordenamento atual, e fazer um comparativo com o recém introduzido artigo 1.240-A do Código Civil Brasileiro. Ao estabelecer as diretrizes do tema da usucapião, que servirá de base para a pesquisa, delimitaremos nossos estudos, observando aspectos relevantes sobre a propriedade como moradia ou utilizando como bem de família, como se refere o recém inserido artigo 1.240-A, sendo estes requisitos para aquisição da propriedade, através da posse direta. Com esses balizadores estabelecidos podemos conseguir responder a problemática do tema, e responder os objetivos da pesquisa, se realmente este artigo 1.240-A do Código Civil Brasileiro é uma nova modalidade de usucapião ou não.
2. OBJETIVO GERAL
 Traçar apanhado histórico de como se originou a usucapião e a importância dos prazos para a aquisição da posse;
 Os elementos fundamentais para que seja realizada a aquisição da posse no nosso ordenamento jurídico atual;
 Os requisitos estabelecidos, pela lei 12.424 de 2011, com a introdução do artigo 1.240-A, para que aquisição da posse seja de fato concedida;
 Concluir o sobre o abandono do lar é ou não uma nova modalidade de usucapião.
3. JUSTIFICATIVA
É um tema atual como visto que o artigo 1.240-A do Código Civil Brasileiro de 2002 foi introduzido pela lei 14.424/2011 de 16/06/2011, trazendo assim uma nova discussão, sobre o tema, o abandono do lar conjugal, e esse abandono do lar pelo ex-companheiro ou ex-cônjuge, seria ou não uma modalidade de usucapião. Não só pelo ineditismo de assunto, por se tratar de uma lei nova trazendo novidades no ordenamento, sobre a discussão se é ou não uma nova modalidade de usucapião, é importante salientar que o prazo para aquisição da posse de dois anos, gera toda uma insegurança sobre a propriedade e do bem de família, podendo trazer sérias consequências no âmbito patrimonial e familiar. O assunto sobre a aquisição da propriedade, pela usucapião, traz ao pesquisador, uma profunda paixão pelo tema, pela descoberta de novos conhecimentos, pois visa com a pesquisa adquirir novos conhecimentos sobre a usucapião e o abando do lar, consequentemente ter um conhecimento amplo da usucapião, de como se originou, por exemplo, e como se fundamenta no nosso ordenamento e comparar com o abandono do lar.
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Como o tema, abando do lar conjugal como forma de aquisição da propriedade é novo, não existem muitos artigos que de fato possa ser a base da pesquisa, sendo apenas meios de alcançar o objetivo. A base da pesquisa será, por meio de um apanhado de livros sobre o assunto da usucapião, como por exemplo, a “Usucapião Familiar Pro Morare” de Josiane Araújo Gomes, a obra visa construir fundamentos teóricos e práticos aptos a justificar a criação da mais recente modalidade de usucapião.
E também terá outro livro como base, como por exemplo, o “Tratado de Usucapião” de Benedito Silvério Ribeiro (1998), traçando uma linha e delimitando o tema sobre os principais elementos, função, prescrição etc. 
Desse apanhado histórico, delimitado os principais aspectos da usucapião, irá se realizar um comparativo com o artigo 1240-A do Código Civil Brasileiro de 2002, e ver se existe de fato uma adequação do abando do lar conjugal, pelo ex-companheiro ou ex-cônjuge, uma adequação ou uma relação de proximidade ou até mesmo uma modalidade de usucapião nessa nova modalidade de aquisição da posse. Sob essa nova ótica podemos concluir, a real intenção dessa nova modalidade de aquisição da posse, podendo assim atingir o objetivo deste projeto.
5. METODOLOGIA
Será utilizada, para a elaboração da pesquisa científica, uma pesquisa bibliográfica, utilizando livros, periódicos, teses, dissertações e artigos publicados por meio da internet entre outros meios possíveis de pesquisar. Como forma conhecimento, o raciocínio, o método utilizado será o dialético, como uma forma de fazer comparações utilizando a natureza histórica e seus fenômenos e contradizer com a realidade, partindo do conhecimento amplo, tendo uma visão ampla, e chegando a contradizer com uma especifica visão do atual, consequentemente chegar a um conhecimento posterior evoluído. Importante destacar que para elaboração dessa pesquisa, será utilizado o Código Civil Brasileiro e de outros países para que seja feita comparação e também como forma de fonte histórica.
6. RESULTADOS ESPERADOS
A usucapião é uma forma de estabelecer uma função social como moradia, subsistência, atividade econômica ou outro, para alguém que toma posse, cuida e preza pela manutenção de um bem que, na mão de seu dono, não esteja em consonância com suas obrigações com a sociedade.
No entanto, espera que o instituto da Usucapião defenda que nenhuma propriedade deva ficar abandonada e sem um destino adequado, que dê a aquela propriedade alguma função útil a alguém ou a sociedade.
Portanto, a Usucapião é de suma importância para a sociedade, pois é uma importante forma de manter o princípio constitucional de dar função social á propriedade e de regularizar situações onde o bem é imprescindível para a moradia, subsistência ou atividade econômica do possuidor.
	Coleta de dados
	ABRIL DE 2022
	
	
	07
	08
	09
	10
	11
	12
	
	Resumo
	x
	
	
	
	
	
	
	Introdução
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	Objetivo geral
	
	xJustificativa
	
	
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	Revisão bibliográfica
	
	
	
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	Metodologia
	
	
	
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	Resultados esperados
	
	
	
	
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	Cronograma
	
	
	
	
	
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	Referências Bibliográficas
	
	
	
	
	
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7. CRONOGRAMA
	
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.migalhas.com.br
Gomes, Josiane Araújo. Usucapião Familiar Pro Morare: volume 1 / Josiane Araújo Gomes. - 1ª Ed. – JH Mizuno, 2021.
Ribeiro, Benedito Silvério. Tratado de usucapião: volume 1 / Benedito Silvério Ribeiro. –2. Ed. –São Paulo: Saraiva, 1998.

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