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ANTONIO PEIXOTO VASCONCELOS
COMPARATIVOS ENTRE ÁCIDO GLOXÍLICO E GLIOXILOIL - CARBOCISTEM – QUERATIN
Marabá – Pará 
Março – 2021
SERVICO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ. 
CAMPUS _______________________ 
DIRETORIA DE ENSINO 
 
 
ANTONIO PEIXOTO VASCONCELOS 
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado na formação do IFPA de Marabá-Pará como requisito parcial para a obtenção da nota final pressuposta.
Marabá – Pará
Março – 2021 
 
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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO....................................................................................08
2 - DESENVOLVIMENTO.........................................................................10
2.1 - Química estrutural para o cabelo..................................................10
2.2 - Tipos de Alisamento.......................................................................11
2.3 - Alisamento com hidróxidos...........................................................11
2.4 - Ácido Glioxílico...............................................................................12
3 – Objetivos..........................................................................................14
 3.1 - Objetivo Geral................................................................................14
3.2 – Objetivos específicos....................................................................14
4 – Revisão de Literatura .......................................................................15
5 – Metodologia........................................................................................17
6 – Cronograma........................................................................................18
7 – Conclusão...........................................................................................19
8 – Referências.........................................................................................20
 
 
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Agradecimentos
À minha mãe, verdadeiramente a maior mestra da minha vida e que sempre acreditou em mim e, apesar das circunstâncias mostrarem o contrário, manteve a fé e sempre acreditou no meu potencial e nos meus sonhos. 
Ao meu orientador, que me ajudou com as suas precisas e incisivas pontuações. 
Aos discentes do curso, que com o passar do tempo nos tornamos amigos, compartilhando as mesmas expectativas, pela qual a cada etapa vencida, nesta fase de graduação que conquistamos. 
A todos os meus amigos, que sempre estiveram torcendo por mim. À todas as outras pessoas que direta ou indiretamente colaboraram com o sucesso deste trabalho. 
À Deus, sempre presente, que sempre coloca no meu caminho pessoas especiais. Aquele que me concede forças para vencer os obstáculos da vida.
A esposa Regina, meus filhos Adryan e Julya pela paciência e apoio emocional e psíquico.
A Orientadora Prof. Dra Rosymeire Coutinho e aos professores do IFPA Campus Industrial de Marabá, pela oportunidade e todos os ensinamentos. 
 
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Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
FERNANDO PESSOA
 
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Resumo 
Os tratamentos capilares têm como finalidade proteger e tratar os fios de agressões externas e processos químicos. Contudo, devido ao crescente avanço tecnológico é necessário ter conhecimento dos danos para a escolha do tratamento ideal para a fibra capilar. O cabelo exerce um papel importante na auto-percepção dos seres humanos. Em vista disso, a indústria de cosméticos vem revolucionando o mercado brasileiro lançando diversos produtos para embelezar e tratar os cabelos. Há disponível no mercado vários métodos utilizando esses produtos, e um deles é a escova progressiva. Alguns produtos utilizados neste procedimento possuem substâncias que causam riscos à saúde, como é o caso do formaldeído. Desde que a ANVISA limitou a utilização desta substância a apenas 0,2%, muitas empresas estão substituindo o formaldeído pelo ácido glioxílico. No entanto, o ácido glioxílico quando aplicado nos cabelos e submetido ao tratamento térmico libera o formaldeído, acarretando riscos à saúde. Este trabalho teve como objetivo avaliar e comparar o uso do ácido glioxílico em junção com o Glioxiloil Keratin Carbocisteína.  O ácido glioxílico associado à carbocisteína e aminoácidos (nomenclatura INCI -International Nomenclature of Cosmetic Ingredient apresentada entre parênteses) (Glyoxyloyl Carbocysteine (and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water) é o único ingrediente permitido ao uso como alisante ácido até o momento. A metodologia usada será de revisão científica, onde por meio de dados já cadastrados na íntegra, poderá ser feito a criação desde projeto. Conclui-se que quaisquer elementos químicos que afete o corpo humano, será prejudicial. Mas de forma a amenizar os efeitos, o ácido glioxílico ao caso, em fusão com os demais elementos: Glioxiloil kerati carbocisteína; dar uma sensação menos prejudicial aos fios capilares, e também, pode ser usado de diversas formas para produtos comerciáveis. 
Palavras-chave: Ácido Glioxílico; elementos químicos; fibra capilar; caracterização; Queratina; Gloxiloil.
 
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Abstract
Hair treatments aim to protect and treat hair from external aggressions and chemical processes. However, due to the increasing technological advancement, it is necessary to be aware of the damage in order to choose the ideal treatment for the hair fiber. Hair plays an important role in the self-perception of human beings. In view of this, the cosmetics industry has been revolutionizing the Brazilian market by launching several products to beautify and treat hair. There are several methods available on the market using these products, one of which is the progressive brush. Some products used in this procedure have substances that cause health risks, such as formaldehyde. Since ANVISA limited the use of this substance to just 0.2%, many companies are replacing formaldehyde with glyoxylic acid. However, glyoxylic acid when applied to hair and subjected to heat treatment releases formaldehyde, causing health risks. This work aimed to evaluate and compare the use of glyoxylic acid in conjunction with Glyoxylil Keratin Carbocysteine. Glyoxylic acid associated with carbocysteine ​​and amino acids (INCI nomenclature (International Nomenclature of Cosmetic Ingredient presented in parentheses)) (Glyoxyloyl Carbocysteine ​​(and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water) is the only ingredient allowed to be used as an acid straightener. The methodology used will be scientific review, where through data already registered in full, the creation of this project can be done. It is concluded that any chemical elements that affect the human body, will be harmful. But in order to mitigate the effects, the glyoxylic acid to the case, in fusion with the other elements: Glioxiloil kerati carbocisteína; to give a less damaging sensation to the hair strands, and also, it can be used in different ways for marketable products.
Keywords: Glyoxylic acid; chemical elements; capillary fiber; Description; Keratin;Gloxyloyl.
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1. Introdução 
O Brasil é um país que pela sua miscigenação, apresenta praticamente todos os tipos de cabelo. Devido a essa elevada variedade, o uso de produtos químicos capilares, como tintura, descoloração e alisante químico é expressivo na população brasileira. A importância que as mulheres dão aos tratamentos de beleza dos cabelos possibilitou o Brasil assumir a terceira posição no consumo mundial de produtos para cabelo (ABIHPEC, 2017).
O cabelo é um elo importante na imagem do corpo com importância na inserção social e auto percepção, fazendo parte da identidade e sociabilidade cógnita do indivíduo. Além disso, é uma das poucas características físicas que podem ser alteradas facilmente, em relação à cor, comprimento e forma (BOLDUC; SHAPIRO, 2001).
A fibra capilar está exposta a danos diários como radiação solar, poluição, ato de pentear, higienização e fatores endógenos, mas também aos tratamentos químicos que são responsáveis por significativas alterações da estrutura capilar, diminuindo a resistência do fio à quebra e impactando na sensação ao toque e brilho. Diante disso práticas como alisamento químico danificam a fibra capilar levando à perda significativa de aminoácidos essenciais. Outro ocorrido inerente aos processamentos químicos da fibra capilar é a remoção de uma camada de ácidos graxos que, em cabelos saudáveis, encontra-se ligada covalentemente a cutícula. Com isso o fio torna-se mais susceptível à eletricidade estática e frizz induzido pela umidade, além de perder importantes atributos sensoriais, como sedosidade e brilho (MIRANDA-VILELA; BOTELHO; MUEHLMANN, 2014).
Existem também outros produtos capilares usados frequentemente que não trazem muitos benefícios ao cabelo, tanto os alisantes como os descolorantes e as tinturas capilares podem causar vários danos à fibra capilar, devido a sua composição e mecanismo de ação, sendo fundamental o conhecimento de tais danos com a finalidade de estabelecer quais produtos seriam mais interessantes ou quais devem ser associados a outros tratamentos cosméticos. Entre os danos, pode-se citar a redução da resistência mecânica e térmica, do conteúdo proteico (visto a composição essencialmente proteica da fibra capilar) e de brilho (relacionado a danos provocados às camadas de cutícula).
A carbocisteína hoje está presente em muito mais produtos do que as pessoas imaginam. Muitas vezes a cliente pensa que está fazendo uma reconstrução capilar com um super hidratante, mas na verdade o que está sendo usado é a carbocisteína.
Bom, a cisteína é um aminoácido comum ao nosso cabelo. Ela faz parte das ligações de cistina que dão o formato final: crespo, liso, ondulado. Segundo o livro The Science of Hair Care, escrito por profissionais da L’Oreal, a cisteína tem uma ação similar do tioglicolato para o alisamento capilar, contudo, ela é uma molécula instável, que pode precipitar (separar fase na formulação) durante o processo químico, deixando o alisamento incompleto.
 A carbocisteina é uma molécula que deve ser mais estável em cosméticos que a cisteína, por isso ela é usada nesses alisamentos. Contudo, pra que ela tenha ação, é necessário um processo de oxidação das ligações de cistina. Pra isso é necessário um oxidante para auxiliar no processo, então entra o ácido glioxílico.
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2. Desenvolvimento 
Antes da década de 1950, costumava-se considerar o cabelo um órgão rudimentar. Foi então que H. B. Chase, um renomado biólogo provou que esta teoria estava errada definindo a estrutura, curvatura do folículo e o crescimento capilar. A partir de então, o cabelo foi considerado uma estrutura regenerativa que, não importando a etnia, é basicamente o mesmo (OBUKOWHO, 2012).
O cabelo Asiático, Latino ou Caucasiano é composto das mesmas características químicas, estrutura molecular e morfológica, passando pelos mesmos estados de crescimento se diferenciando apenas pelo formato e secção transversal, que provocam a diferenciação frente ao seu crescimento e curvatura (OBUKOWHO, 2012).
O Córtex confere as principais propriedades físico-químicas do fio, uma vez que compõe 80% de sua massa. É composto por diversas camadas que por sua vez, é formada por diversas subunidades onde sua menor unidade, é uma matriz proteica rica em enxofre. A interação destas camadas que confere a resistência e tensão ao cabelo (OBUKOWHO, 2012).
A Medula compreende a região central do cabelo residindo no meio do Córtex. Em um estudo com o SEM (Scanning Eletron Microscope) mostra que os cabelos mais grossos apresentam medula enquanto que os fios mais finos não (OBUKOWHO, 2012). Este fato ainda não está completamente elucidado pelos cientistas uma vez que não se compreende sua função.
2.1 QUIMICA ESTRUTUTAL PARA O CABELO
Primeiramente, o cabelo é composto por tecido queratinoso; água, lipídios, pigmentos e traços de elementos a nível atômico, consiste em 45,2% carbono, 27,9% oxigênio, 15,1% nitrogênio, 6,6% hidrogênio, 5,2% enxofre. Sua composição independe da etnia do cabelo, o que pode ser comprovado por eletroforese (OBUKOWHO, 2012).
A principal proteína que confere a estrutura capilar é a queratina e está alocada no Córtex. É composta por 18 amino ácidos: alanina, arginina, ácido aspártico, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, leucina, metionina, fenilalanina, prolina, serina, tirosina, tionina e valina sendo o mais abundante a cisteína, responsável pela maioria do enxofre presente no córtex (OBUKOWHO, 2012).
2.2 Tipos de Alisamento 
Alisantes capilares são produtos que alisam, relaxam, amaciam ou reduzem o volume dos cabelos de maneira mais ou menos duradoura (BRASIL, 2007). Existem os alisamentos temporários, que utilizam técnicas físico-químicas, como o secador e a chapinha. São ditos temporários, pois só duram até a próxima lavagem. 
Os alisamentos capilares permanentes visam romper as pontes dissulfeto da queratina. Os produtos utilizados nos procedimentos de alisamentos definitivos podem ser a base de hidróxido de sódio, lítio e potássio, hidróxido de guanidina (hidróxido de cálcio mais carbonato de guanidina), bissulfitos e tioglicolato de amônia ou etanolamina, que se utiliza reação química de redução (ABRAHAM et al., 2009).
2.3 Alisamento com hidróxidos
O hidróxido de sódio ou lítio e o hidróxido de guanidina (compõe-se de carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio) são os mais potentes e destinam-se, em geral, os cabelos afro étnicos. O primeiro é utilizado em concentrações que variam de 5 a 10%, com pH de 10 a 14%, promovendo os resultados mais dramáticos - e isso é o que mais danifica o cabelo. Já o hidróxido de guanidina é menos potente que o hidróxido de sódio, porém, ainda apresenta alto potencial de danos à fibra. Ele age promovendo a quebra das pontes dissulfeto da queratina, em um processo denominado “lantionização”, que é a substituição de um terço dos aminoácidos de cistina por lantionina. O cabelo é composto por aproximadamente 15% de cistina. Utiliza pH alcalino (entre 9 e 14), que causa intumescimento da fibra e permite a abertura da camada exterior, a cutícula, para que o alisante nela penetre e também na camada seguinte, o córtex. Após, aplica-se uma substância que acidifica o pH, interrompendo o processo e voltando a fechar as pontes dissulfeto no novo formato desejado do fio. Em geral, usam-se xampus ácidos com esse fim, com pH entre 4,5 e 6,0 (ABRAHAM et al., 2009).
2.4 Ácido Glioxílico
O ácido glioxílico (C2H2O3) é o mais simples α-oxoácido possuindo dois grupamentos químicos funcionais muito reativos: aldeído e ácido carboxílico (Figura 3). Ele desempenha um papel importante na biologia e aparece no metabolismo das células vivas. O oxoácido e seusderivados também descobriram aplicabilidade em sínteses estereocontroladas de vários compostos orgânicos. O ácido glioxílico também tem sido um composto modelo quando se considera ligação de hidrogênio intramolecular e isomerismo rotacional (LUNDELL, et. al., 2013).
FIGURA 1: Fórmula Estrutural do ácido glioxílico
Fonte: http://www.graziesuasmaluquices.com
O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido orgânico e há alguns anos, vem sendo usado em substituição ao formaldeído em produtos cosméticos direcionados a cabeleireiros. A sua funcionalidade dos produtos “desfrisantes” com ácido glioxílico está diretamente ligado à concentração do ácido e à faixa de pH final do produto. Contudo, sua utilização e aplicação para obter efeito alisante requer o uso obrigatório da prancha térmica que, geralmente, trabalha acima dos 180 ºC chegando até 230 ºC. A presença dos dois grupamentos químicos muito reativos contribui diretamente para o excelente desempenho do ácido glioxílico no alisamento dos cabelos. (PINHEIRO, 2014). 
O mercado brasileiro vem utilizando o ácido glioxílico como alternativa segura ao uso formaldeído em produtos que têm como finalidade alisamento/relaxamento dos cabelos.
O alisamento do cabelo utilizando o ácido glioxílico não ocorre pela reação entre o formaldeído liberado e o cabelo, e sim pela reação entre o ácido e a estrutura dos aminoácidos através do processo de desnaturação da proteína, reação entre o radical aldeídico com os grupamentos amínicos e as pontes de dissulfeto, que após enxágue e associado ao calor da chapinha (180° a 230°C), originando uma estrutura bio-polimerizada, conferindo o efeito de alisamento. (Pinheiro A; 2014).
Atualmente o ácido glioxílico associado à carbocisteína e aminoácidos (INCI: Glyoxyloyl Carbocysteine (and) Glyoxyloyl Keratin Aminoacids (and) Water), vem sendo empregado em diversos produtos comerciais denominados “escova progressiva”, sendo o único alisante ácido cujo uso é permitido pela ANVISA até o momento. 
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3. Objetivos 
3.1 Objetivo Geral
Analisar e comparar o efeito do alisante ácido glioxílico associado à carbocisteína (Glyoxylloyl Carbocysteine and Glyoxyloyl Keratin Amido Acids) e apontar os fatos recorrentes sobre dúvidas sobre tais elementos químicos citados.
3.2 Objetivos específicos 
· Analisar como se dar a formação do formol;
· Avaliar de forma bibliográfica, como se dar a reagente de ambos elementos;
· Verificar a influência da radiação ultravioleta nas fibras capilares submetidas ao alisamento ácido;
· Apontar a comparação da junção de ambos elementos químicos;
 
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4. Revisão de Literatura 
Segundo a ANVISA, as substancias permitidas para alisamento capilar são: tioglicolato de amônio, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio e carbonato de guanidina/hidróxido de guanidina. 
Existem outros produtos que alegam utilizar substancias como lisina, cisteina, parabenos, glutaral, ácido glioxilico, aminoácidos como alisantes. Porém, ela alerta que estes princípios ativos, são potencialmente danosos a saúde. 
“Linhas ou produtos capilares indicando outras substâncias (formol, lisina, cisteína, parabenos, glutaral, Glyoxylic Acid, Aminoácidos, entre outros) como "princípio ativo alisante" ou que não contenham uma das substâncias permitidas descritas acima estão possivelmente irregulares ou com suspeita de irregularidade.”
Por outro lado, substancias como “amino keratin glioxiloil e glioxiloil carbocisteine” são ativos que são permitidos, podendo ser utilizados em formulações alisantes.
Segundo dados do Relatório de Tendências de 2014, da Associação Brasileira das Indústrias de Higiene, Perfumaria e cosméticos (ABIHPEC), o Brasil é o segundo mercado global em consumo de produtos capilares, tendo apenas os Estados Unidos a sua frente. (ABIHPEC; 2013).
As proteínas do cabelo contêm resíduos de grupos laterais ácidos e básicos. As interações iônicas entre estes grupos são muito fracas que as ligações dissulfídicas, são enfraquecidas pela água e facilmente rompidas por ácidos ou álcalis fracos. Em níveis elevados a carga de aminoácidos, pode mudas de positiva para negativa, e como resultado, teremos aminoácidos negativamente carregados lado a lado. (Quadflieg, 2003; Halal, 2009).
A Anvisa não registra produtos capilares contendo formol fora do permitido pela legislação: usar formol com a intenção de alisar os cabelos NÃO é permitido, por ser um procedimento que pode acarretar danos sérios à saúde.
A RESOLUÇÃO - RDC Nº 03, de 20 de janeiro de 2012, Lista Restritiva, traz o campo de aplicação ou utilização, a concentração máxima autorizada de alguns destes compostos, as limitações e requerimentos e as condições de uso e advertências que devem constar no rótulo.
Os compostos GLYOXYLOYL CARBOCYSTEINE e GLYOXYLOYL KERATIN AMINO ACIDS também estão liberados na composição de produtos alisantes pela Anvisa.
 
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5. Metodologia 
Os materiais utilizados na confecção do presente trabalho expandidos foram artigos publicados na internet relacionados ao tema a fim de se obter uma pesquisa de revisão bibliográfica. Assim, o principal objetivo fora aclarar a eficácia do ácido Glioxílico e compará-lo com Glioxiloil carbocisteína Keratin. Tendo em vista que será utilizado os meios de pesquisa JSTOR; SciELO; RVQ. Com o auxílio de uma base teórica de diversas plataformas que servirão para fomentar o estudo que será feito. Para realizar a análise quantitativa, dos dados e os resultados serão tabulados e analisados utilizando-se o programa Word da plataforma Office 365 e apresentados na forma de texto.
 
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6. Cronograma 
	Atividade
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Identificar o arcabouço legal, jurisprudencial e doutrinário;
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Determinar as normas, princípios, direitos e garantias correlacionados ao instituto;
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definir fundamentos teóricos relacionados ao tópico a ser estudado;
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Analisar situações reais, juntamente com os seus reflexos;
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	Avaliar o desenvolvimento da pesquisa da matéria e as expectativas para o futuro;
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	Finalizar e apresentar de forma clara uma opinião crítica sobre o tema.
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
 
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7. Conclusão 
Os resultados demonstram que os processos químicos modificaram a estrutura conformacional da queratina, e que a soma destes é prejudicial à fibra, modificando química, física e termicamente a estrutura capilar. Apesar de tais produtos serem destinados a mudarem positivamente a estrutura e a aparência do cabelo, acabam por consequência, gerando certos danos indesejáveis. 
A espectroscopia vibracional juntamente com a microscopia eletrônica de varredura e microscopia de força atômica foram ferramentas eficazes para a análise do nível de desgaste da fibra capilar.
Assim como a carbocisteína ser um elemento químico, digamos que ambos se casam, pois o ácido glioxílico ajuda a oxidar o cabelo, deixando mais estável a auxilia com os futuros danos na fibra capilar. 
O uso de produtos com carbocisteína ajeita os cabelos, reduz o volume, e como são menos agressivos não danificam tanto(não ressecam tanto). Como resultado parece que o cabelo está mais hidratado e tratado.
Este trabalho demonstrou que o mercado de alisamento é promissor, visto que as principais empresas do setor, estão envolvidas nas patentes das principais tecnologias de alisamento sendo elas o hidróxido de sódio e lítio, guanidina, tioglicolato de amônio, ácido glioxilico, carbocisteína, glioxiloil, etc.
 
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8. Referencial Bibliográfico 
ABIHPEC, Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Panorama do setor, Higiene pessoal, Perfumaria e cosméticos. São Paulo. 2017.
ABIHPEC. Caderno_de_Tendencias. 2016.
BOLDUC, C.; SHAPIRO, J. Hair care products: waving, straightening, conditioning and coloring. Clinics in Dermatology, v.19, n.4, p. 431-436, 2001.
MIRANDA-VILELA, A. L.; BOTELHO, A. J.; MUEHLMANN, L. A. An overview of chemical straightening of human hair: technical aspects, potential risks to hair fibre and health and legal issues. International Journal of Cosmetic Science, v. 36, n. 1, p. 2-11, 2014.
OBUKOWHO, P., Hair Relaxers Science, Design and Aplication; 1ªed. IL. USA, Alluredbooks, 1ª ed, 2012.
ABRAHAM, Leonardo Spagnol.; et al. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica. Artigo. UNISA. [2009].
LUNDELL, Jan.; OLBERT-MAJKUT, Adriana. Isolated glyoxylic acid–water 1:1 complexes in low temperature argon matrices.Spectrochimica Acta Part A: Molecular and Biomolecular Spectroscopy. p. 1-9, 2013.
PINHEIRO, Adriano. Ácido Glioxílico em produtos para alisamento de cabelos.Cosmetics e Toiletries. São Paulo, v. 26, p.30, jan/fev. 2014.
 
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