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TCC EDUCAÇÃO FISICA E DEPRESSAO

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39
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO - UNIPLAN
EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO
CHAVES, Marcus Vinicius Silva
ATIVIDADE FÍSICA COMO FERRAMENTA DE COMBATE A DEPRESSÃO E DEMAIS DOENÇAS EMOCIONAIS EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO
Açailândia
2023
 
CHAVES, Marcus Vinicius Silva
ATIVIDADE FÍSICA COMO FERRAMENTA DE COMBATE A DEPRESSÃO E DEMAIS DOENÇAS EMOCIONAIS EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Planalto (UNIPLAN) - Polo de Açailândia.
Orientador: Prof. Esp. Izidio Silva Lima
Açailândia 
2023
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo dom de nossas vidas, a nossas famílias por estarem sempre conosco.
A nossos colegas de trajetória, por tantos momentos de unidade. 
A UNIPLAN, por todo suporte no decorrer destes anos.
A todos os professores que passaram durante esse caminho árduo, mas, agora vitorioso.
A nosso Orientador, por todo empenho e dedicação, bem como suporte durante todo esse caminho de construção do TCC, nossa eterna gratidão. 
A Deus porque sem ele nada seria possível. 
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” (FREIRE, 1996)
RESUMO
Este trabalho tem como fundamento enfatizar a importância da educação física como suporte, mecanismo de auxílio na melhora da qualidade de vida de adolescentes em período escolar, que passam por alguma dificuldade emocional//. Na adolescência, deve ser colocada como um elemento indispensável, a prática de exercícios físicos, incentivadas como um estilo de vida//. Apresentando, diversos benefícios ao organismo dos indivíduos, melhorando a capacidade funcional e trazendo vitalidade para os mesmos//. Este trabalho justifica-se por sua relevância social, por abordar uma temática que está em evidência ao mesmo tempo em que propõe uma reflexão sistemática e que ganha reforço na capacidade de provocar diversas discussões sociais, em torno do problema de sintomatologia depressiva em adolescentes/jovens e seus entraves para a vida das pessoas//. De ordem bibliográfica com ênfase em autores relevantes sobre a temática em ascensão no mundo, a depressão e seus danos à vida dos indivíduos. Como problemática tem-se: A depressão é considerada por muitos estudiosos como a doença do século, métodos que atenuem a problemática surge como uma ferramenta fundamental, acerca, disso é possível afirmar que: A atividade física pode ser relevante no processo de busca pela qualidade de vida e bem- estar de adolescentes/jovens com sintomatologia depressiva e outros problemas emocionais? Como objetivo geral é Fomentar a importância da atividade física e sua contribuição de melhora em estudantes do ensino médio com sintomas depressivos e outras doenças emocionais//. Nesse sentido, este trabalho, foi dividido em capítulos, na busca da compreensão do tema e que socialmente continue os debates, acerca da problemática, que acomete um grande números de adolescentes pelo mundo inteiro//.
Palavras-Chave: Educação Física. Adolescentes. Depressão. Atividade Física
ABSTRATC
This work is based on emphasizing the importance of physical education as a support, an aid mechanism in improving the quality of life of adolescents in school period, who are experiencing some emotional difficulty //. In adolescence, the practice of physical exercises should be placed as an indispensable element, encouraged as a lifestyle //. Introducing several benefits to the body of individuals, improving functional capacity and bringing vitality to them //. This work is justified by its social relevance, by addressing a theme that is in evidence at the same time that it proposes a systematic reflection and that gains reinforcement in the ability to provoke several social discussions, around the problem of depressive symptoms in adolescents/young people and its obstacles to people's lives //. Bibliographical with emphasis on relevant authors on the theme on the rise in the world, depression and its damage to the lives of individuals. As a problem we have: Depression is considered by many scholars as the disease of the century, methods that mitigate the problem emerge as a fundamental tool, about it, it is possible to state that: Physical activity can be relevant in the search for quality of life and well-being of adolescents/young people with depressive symptoms and other emotional problems? As a general objective, it is to promote the importance of physical activity and its contribution to improvement in high school students with depressive symptoms and other emotional illnesses//. In this sense, this work was divided into chapters, in the pursuit of understanding the theme and that socially continue the debates, about the problem, which affects a large number of adolescents around the world //.
Keywords: Physical Education. Teenagers. Depression. Physical activity
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................09
CAPITULO I - A IMPORTANCIA DA QUALIDADE DE VIDA (QV)............................10
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM, IMPORTANCIA DA ESCOLA E A ATIVIDADE FÍSICA PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.........................................................................................................12
CAPÍTULO III - CONDIÇOES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS......................................21
CAPÍTULO IV - EXERCÍCIO FÍSICO E A MELHORA NOS QUADROS DEPRESSIVOS E DE ANSIEDADE...........................................................................22
2 METODOLOGIA......................................................................................................31
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................32
4 ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO........................................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................37
REFERÊNCIAS..........................................................................................................39
1 INTRODUÇÃO
O Educador Físico ao longo do tempo passou a ser “ferramenta” de grande importância para a manutenção da saúde como um todo, é um profissional treinado e capacitado para atuar em variadas áreas, proporcionando qualidade de vida, bem-estar, através de protocolos embasados na sua formação e atuação. Este profissional se dedica ao progresso e restabelecimento da saúde das pessoas de sua comunidade, trabalhando em conjunto com outros profissionais.
É indispensável de modo geral, e em alguns casos pode fazer visitas de atendimento diretamente em domicílios, está nele a responsabilidade de coletar as informações do estado de saúde de seus pacientes e definir quais metodologias serão adotadas ao longo do processo de prevenção ou até mesmo de recuperação de indivíduos com problemas de saúde como ansiedade ou ainda, depressão.
A inatividade física, independentemente da idade, está de modo geral, ligada a problemas de saúde de modo geral, e sobretudo, mais propenso a depressão, quadros de ansiedade e tantas outras doenças do trato emocional, além das doenças crônicas, e a prática constante de atividade física pode melhorar diversos aspectos no corpo humano, inclusive o humor.
Na adolescência, deve ser colocada como um elemento indispensável, a prática de exercícios físico, incentivada como um estilo de vida. Apresentando, diversos benefícios ao organismo dos indivíduos, melhorando a capacidade funcional e trazendo vitalidade para os mesmos.
Este trabalho justifica-se por sua relevância social, por abordar uma temática que está em evidência ao mesmo tempo em que propõe uma reflexão sistemática e que ganha reforço na capacidade de provocar diversas discussões sociais, em torno do problemade sintomatologia depressiva em adolescentes/jovens e seus entraves para a vida das pessoas.
 Ao mesmo tempo em que aponta o exercício físico como um suporte motivacional para os mesmos tendo por base, autores/teóricos e produções científicas relevantes sobre a temática. Sendo este, de origem bibliográfica com intuito de alcançar objetivos e responder a problemática e traçar metas, com ênfase em autores relevantes da temática. Como problemática tem-se: A depressão é considerada por muitos estudiosos como a doença do século, métodos que atenuem a problemática surge como uma ferramenta fundamental, acerca, disso é possível levantar o seguinte questionamento: A atividade física pode ser relevante no processo de busca pela qualidade de vida e bem- estar de adolescentes/jovens com sintomatologia depressiva e outros problemas emocionais? Como objetivo geral é Fomentar a importância da atividade física e sua contribuição de melhora em estudantes do ensino médio com sintomas depressivos e outras doenças emocionais. E os específicos são: Compreender a significação da QV (qualidade de Vida) aplicada no cotidiano dos indivíduos; Identificar possíveis atenuantes para a causa de depressão e demais doenças emocionais; Elaborar tabelas de atividades físicas com ênfase em autores relevantes sobre a temática; Elencar fatores positivos da atividade física que atenue quadros depressivos/emocionais.
CAPITULO I
A IMPORTANCIA DA QUALIDADE DE VIDA (QV)
A QV (Qualidade de Vida) é um debate de enfoque multidimensional que tem sido muito estudado e que precisa de um embasamento teórico sólido para uma interferência eficaz. Importa enfatizar que toda investigação será fundamentada com base em um campo teórico, e desta forma, o que integra a QV será exposto aqui propondo entender os caminhos e as influências teóricas que o estabeleceram.
Na visão de vários teóricos, Bowling, Brazier, Rogerson, que conceituam a qualidade de vida, enfatizando a sua importância social, este conceito é utilizado nos dias de hoje amplamente por duas diferentes classes. Primeiro pelas pessoas “comuns” no cotidiano e em situações de diálogos informais, caracterizando as situações em que determinado indivíduo está inserido em seu habitual; e segundo, através de trabalhos e artigos científicos para distinguir e explorar um julgamento e análise mais complexa acerca do conceito. 
No entanto é comum a utilização do termo em dois contextos. No senso comum, pela população em geral, no jornalismo, na política, gestores das políticas públicas e em profissões de diferentes atuações. E, no contexto da ciência, com pesquisas nas áreas da educação, sociologia, medicina, economia, enfermagem, medicina, psicologia e outras especialidades no campo da saúde (BOWLING; BRAZIER, 1995; ROGERSON, 1995, p.34).
É abordado individualmente e/ou coletivamente, com um olhar mais objetivo e/ou subjetivo, pelo senso comum ou meio científico, mas pode-se observar que o termo Qualidade de Vida (QV) é muito discutido e está presente no cotidiano das pessoas (SIVIEIRO, 2003). 
Sempre houve uma dificuldade de apresentar uma definição clara acerca da QV, no início dos anos 70, Campbell (1976, apud Awad & Voruganti, p. 558) afirmou que "QV é uma vaga e etérea entidade, algo sobre a qual muita gente fala, mas que ninguém sabe claramente o que é”.
A primeira aparição deste termo surgiu na literatura médica na década de 30, através de estudos que tentavam elaborar um conceito para os objetivos humanos de viver com prazer, e que, por conseguinte, fez referência ao conceito em questão. Desta forma, a QV pode ser definida por diversos significados diferentes, pois para cada pessoa, há um diferente tipo de felicidade e objetivo que seja traduzido como QV.
E assim, esta pode ser: a concretização financeira, a realização profissional, desfrutar do lazer no cotidiano, obter uma vida saudável com conforto, sair às ruas com segurança, morar bem, ter amor com as pessoas com quem convive, dentre outros. Ou seja, é o que significa para cada um de nós como ser importante para viver bem ( OMS, 2005).
Para Wilheim e Déak (1970), a Qualidade de Vida (QV) é a sensação de sentir-se bem consigo mesmo, esse bem-estar é proporcionado pela satisfação de condições objetivas (emprego, renda, objetos possuídos, qualidade da habitação) e de condições subjetivas (segurança, privacidade, reconhecimento, afeto).
“A qualidade de vida na adolescência, pode ser definida como a conservação da saúde, em seu maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana: físico, social, psíquico e espiritual” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1991).
Segundo Siqueira (2002), é importante saber desfrutar de todos os períodos de lazer, interação social e a realização de hobbies e coisas que lhes distraiam e contribuem para que sua disposição se conserve sempre intensa, é necessário que estes sejam reverenciados como um cidadão que é com todas as restrições intrínsecas a sua fase. O encanto de ter um corpo saudável e o consentimento de suas barreiras, o gozo de participar ativamente em sociedade, o prazer da satisfação dos seus anseios no alcance do plausível e cabível, o prazer de compartilhar e de aprender devem ser sempre estimulados entre eles.
A atividade física na adolescência conforme assevera Barros (1993) é fundamental para auxiliar no seus desenvolvimento e aspectos morfofisiológicos, essa interação na adolescência provocará um estilo de vida na vida adulta, e estudos discorrem que adolescentes que praticam atividades físicas, tornam-se efetivamente na sua maioria, adultos ativos, reduzindo inclusive, riscos a doenças. 
Para Romano (2017), a atividade física é um modo paliativo para o tratamento da depressão, apontada como um método seguro e eficaz, somados a outras alternativas de tratamento, dependendo do grau de ansiedade ou depressão. E segundo o autor o exercício libera no cérebro algumas substâncias, como serotonina. 
CAPÍTULO II
DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM, IMPORTANCIA DA ESCOLA E A ATIVIDADE FÍSICA PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Ao referir-se aos estudos de Wallon, Almeida (2014) afirma que o desenvolvimento da inteligência, na pessoa, está ligado ao desenvolvimento de sua personalidade total, o que significa que a escola, para possibilitar ao aluno as várias oportunidades para o conhecimento, deverá fazê-lo levando em conta a pessoa completa em processo de desenvolvimento, com as dimensões cognitivas, afetivas e motora numa rede de intricadas relações. Quando o adolescente começa a frequentar à escola no decorrer do ano letivo, relaciona-se emocionalmente com os colegas e de forma muito particular com o professor, não há então, como não fazer esse vínculo direto entre afetividade e aprendizagem, pois ambos desempenham um papel crucial para o desenvolvimento cognitivo e social da criança.
Nesse sentido, o professor de Educação Física, poderá segundo Aurélio Júnior (2016, p. 575) um mediador e descreve como conceito de mediação como: o ato de mediar, entende-se como intervenção e interseção. Este termo é muito utilizado quando se fala em aprendizado, pois a construção do conhecimento é feita a partir da mediação que o professor faz entre aluno e conhecimento. Essa mediação não é responsabilidade somente do docente, mas também da família e de todos os que participam da vida escolar desse adolescente. 
As escolas juntamente com todo o corpo docente devem criar os meios para que os discentes possam aprender da melhor forma possível, no entanto o professor deve ser instigador e pesquisador, para isso ele precisa estudar e sempre está em busca de conhecimento, e as relações que estes estabelecerem com seus alunos devem ser sempre intencionadas para a libertação e para a construção de conhecimentos.
Lev Vygotsky foi o primeiro estudioso a fazer a separação entre a aprendizagem e a formalização escolar. Para ele a formalização escolar acontece quando esse indivíduo começa a frequentar a escola e começa a aprender os conteúdos trabalhados em sala de aula. E a aprendizagem acontece a partir do convívio e dainteração social com outras pessoas, no primeiro instante a família desse aluno.
Segundo Vygotsky (1989) a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do conhecimento. A aprendizagem está intimamente ligada à educação que possui grande influência tanto na formação, quanto no desenvolvimento pessoal. O processo de aprendizagem necessita de uma orientação e estímulos, estes quando realizados de maneira correta traz relevantes benefícios para o aprendente.
Para o escritor o aprendizado deve ser orientado para o futuro e não para o passado Vygotsky (1989). Com esta afirmação é possível compreender que o professor tem a função de auxiliar os seus alunos, trabalhando atividades que ainda não foram compreendidas e são considerada por eles atividades difíceis de se compreender e aprender.
No decorrer dos anos, estudiosos tem pautado suas pesquisas na compreensão do que pode atrapalhar o desempenho de alunos, em todos os aspectos, principalmente o cognitivo, tendo em vista que é grande o índice de adolescentes sem rendimento, ou redução deste, ou até mesmo sem estímulo de vida. 
Por outro lado, a pratica de exercícios físicos conseguem contribuir no desempenho do cérebro, pois os adolescente e adultos que conseguem ter acesso a ela, terão mais equilíbrio, raciocínio efetivo, e nesse sentido, a atividade física dentro da escola, é fundamental, para suplementar questões emocionais muitas vezes delimitadas que a maioria dos alunos da escola pública tem em suas casas. O que deve ser um caminho muito bem elaborado, e repensado, pois, a fase de desenvolvimento de crianças e adolescentes, ocorre principalmente dos 07 aos 14 anos, e é justamente nesse período, que as necessidades são amplas, porque são períodos de grande e intensa movimentação destes indivíduos, prática de exercícios, como a atividade física, brincadeiras diversas, gastando consideravelmente suas energias e calorias. (MOREIRA, 2014)
Outra contribuição para essa perca de desempenho ou desmotivação emocional está na pautada, no silêncio ou isolamento, o que acaba de certa maneira, limitando o tempo dessas crianças e adolescentes, ou até mesmo a dificuldade com pais em manterem o bom convívio, diálogo aberto, ou até mesmo a troca de afetividade. Nesse sentido, é fundamental que o professor de educação física, ofereça nas escolas um planejamento e didáticas assertivas. (DELORS, 2005)
Segundo Neves (2014) o exercício praticado por estes indivíduos nessa fase de desenvolvimento, assemelha-se a mesma quantidade de um adulto, isso porque o desempenho físico tende a aumentar e outro fator é o auto índice de gasto de energia. A atividade física é muito importante para o processo de desenvolvimento, de aprendizagem e para o desempenho cognitivo de crianças e adolescentes, principalmente na fase escolar, propriamente no ensino médio, além de prevenir doenças, é muito importante destacar a importância de a escola ter essa compreensão da relevância de ter padrões de relevância emocional, bem como repassar para a família. Fundamentalmente o professor, deve estar atento a todo esse processo de mobilização para a aprendizagem na sua totalidade, principalmente quando falta de um equilíbrio emocional. (LIMA, 2014)
Para Dinis (2016) o exercício interfere diretamente na vida desses indivíduos, afetando o cérebro, melhorando a qualidade de vida, ampliando suas capacidades de pensar, agir, de se relacionar, prevenindo desvios de inteligência, melhorando consideravelmente a aprendizagem. Outra afirmativa, é que a atividade inadequada ou adequada, interfere e reflete até na vida adulta, o que pode ser um fator de preocupação, pois, o comportamento na vida adulta, depende da aquisição de saberes ou busca de equilíbrio. 
Ao realizar estudos sobre a aprendizagem, Piaget chegou à conclusão de que existem duas formas de aprendizagem, a primeira envolve o desenvolvimento da inteligência, este processo é considerado contínuo e envolve maturação, experiência e equilíbrio. Já a segunda envolve a obtenção de novas estruturas mentais, que vão acontecendo ao passar dos anos. 
Piaget considerava a construção do conhecimento como um ato puramente particular da criança. No entanto, Vygotsky acreditava que a construção de conhecimento se dava inicialmente pela interação social. Pois os fatores sociais para ele desempenham um papel importantíssimo e indispensável no desenvolvimento intelectual. 
Vygotsky foi o primeiro estudioso a destacar a importância do ambiente no qual o ser humano está inserido para o desenvolvimento do mesmo. Ele mostra a importância de se conviver de maneira próxima com a comunidade, segundo ele este convívio é importante para um bom desempenho de alunos em processo de aprendizagem.
Segundo Vygotsky cada função do desenvolvimento cultural, principalmente do adolescente, aparece tanto no cenário social, quanto no psicológico em dois planos, o primeiro estágio refere-se aquilo que o adulto absolve e vivencia no dia-a-dia, que pode afetar a criança direta ou indiretamente, de forma positiva ou negativa, como categoria interpsíquica. 
Vale ressaltar a importância que Vygotsky atribui ao desenvolvimento da linguagem para a formação do ser humano. Ele considerava a linguagem a ligação principal entre sujeito e sociedade, sendo esta indispensável para a aquisição de conhecimento e no processo de formação. Ele acredita que o ser humano se produz pela linguagem, ou seja, na interação com outras pessoas e com outras formas de pensar. Vygotsky (2007) afirma que a linguagem é o principal mediador na construção das funções psicológicas. A função da escola é preparar as crianças para o mundo. A escola deve compreender que educar deverá ser um ato consciente, rigidamente planejado e estruturado, resgatando o real sentido da palavra escola, pois como confirma o RCNEI:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma orientadas e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (RCNEI, 1998, p.23).
A escola nos tempos atuais passa a ser instrumento de mobilização da vida, facilitando a criatividade contribuindo para a evolução da criança. A pedagogia tradicional sofreu modificações, pois enfatizava que a mente da criança era como uma tábua rasa esperando ser preenchida pelo conhecimento, ignorando o conhecimento prévio das crianças. É preciso que os educadores repensem sua prática pedagógica, pensando numa ação educativa que interfira positivamente no processo de ensino fazendo com que a criança se aproprie dessa aprendizagem.
A relevância da relação entre desenvolvimento e aprendizado é fundamental, pois a criança deve desenvolver-se amplamente nos dois sentidos, sem essa conexão, não há aprendizagem significativa. Partindo desse pressuposto, Galperin afirma que: 
Aprendizagem é toda atividade cujo resultado é a formação de novos conhecimentos, habilidades, hábitos naquele que a executa, ou a aquisição de novas qualidades nos conhecimentos, habilidades, hábitos que já possuam. O vínculo interno que existe entre a atividade e os novos conhecimentos e habilidades residem no fato de que, durante o processo da atividade, as ações com os objetos e fenômenos formam as representações e conceitos desses objetos e fenômenos (ESTEVE, 1999. p.85).
Por isso a importância de o educador conhecer e dominar as ações práticas, pois a comunicação e essa interação devem ocorrer com o propósito consciente, não somente como transmissão de conteúdo. Tendo em meio suas práticas pedagógicas, ferramentas variadas, planejamento prévio, espaço adequado, diagnóstico dos alunos com maior dificuldade de aprendizagem e a escuta sensível. Para compreender a visão de mundo e realidade que cada criança carrega consigo. 
O baixo índice de desenvolvimento escolar, pode ser entendido como a não-apropriação de aprendizado.E o mesmo pode se dá pela falta de acompanhamento dos pais, pela falta de estruturas na escola, pela falta de profissionais devidamente preparados. São muitos os fatores que levam um aluno ao fracasso escolar, entre eles estão também os sociais, emocionais e psicológicos, e em algumas vezes é impossível de o professor sozinho ajudar seu aluno, em alguns casos é necessário que haja a intervenção de outros profissionais, para ajudar de forma mais eficaz esse aluno com dificuldades.
Fazer uma avaliação dos problemas relacionados à aprendizagem, é algo muito desafiador, pois envolve situações complexas e distintas, as quais devem ser analisadas e resolvidas de forma muito particular. Nas escolas brasileiras, o fracasso na aprendizagem mostra uma falência na formação dos docentes, pois muitos não estão preparados para assumir uma sala de aula. Um descaso das famílias em relação a alguns alunos, e a desvalorização dos profissionais da educação. 
O campo das dificuldades de aprendizagem agrupa uma série de conceitos, teorias e modelos explicativos, na tentativa de compreender o processo de escolarização. Alguns autores dizem que o fracasso escolar não existe. Que existe são alunos que fracassam, que não conseguem aprender, que não constroem certas competências. São sujeitos, situações, ou históricas que precisam ser analisadas e não estereotipadas (VANDRESEN, 2015, p.217).
Em muitos casos, a grande maioria dos alunos que precisam de mais atenção, são tachados pelo corpo docente da escola como preguiçosos, desorganizados, tristes, bagunceiros; acabam fazendo também certas comparações entre os alunos, o que causa um afastamento entre professor e discente e um agravamento na dificuldade do mesmo, a qual deveria ser descoberta pelos próprios docentes. 
Os professores são aqueles que deveriam fazer o diagnóstico daqueles alunos que possuem dificuldades para aprender, porém o despreparo e a falta de formação específica os impossibilitam da realização de tal ação, limitando-se assim ao simples papel de observar o discente, tentando ajuda-lo da melhor maneira possível e lhe oferecendo oportunidades, motivação e incentivo para que este possa ter um melhor desenvolvimento em sua aprendizagem. Ressalta Chalita (2014, p.23) que “o professor é a referência, é o modelo, é o exemplo a ser seguido e, exatamente por causa disso, o pouco que fizer afetuosamente, uma palavra, um gesto, será muito para o aluno com dificuldades. 
O aluno que se sente bem tratado, respeitado e valorizado pelo corpo docente, tende a confiar nos professores, o que muito contribuirá para o seu desenvolvimento. Ao invés de rotular os alunos, é dever do professor conhecer suas peculiaridades e tentar ajuda-los na construção do conhecimento. Todas as pessoas são capazes de aprender, porém cada pessoa aprende de uma forma e com ritmos diferentes.
A escola em sua totalidade existe para o aluno, para formá-lo e para prepará-lo. Os alunos precisam de respeito, precisam ser olhados de outra forma, que seja menos traumática e que seja mais afetuosa. Mais que educar, é função da escola e dos professores, direcionar, orientar, instruir, incentivar e motivar o aluno, para que este venha desenvolver o aprendizado e as competências necessárias para o mesmo.
Com esse conhecimento prévio, o professor tende a buscar subsídios capazes de tornar a aprendizagem mais significativa, e nesse sentido, o trabalho com crianças digráficas, está muito além das boas práticas, mas, requer uma práxis pedagógica centrada na paciência e principalmente no compromisso por parte do professor, em tornar a afetividade um elo de conexão de suas atividades diárias, como um modo de efetivar tais saberes. E esse trabalho deve ser feito de forma gradativa e de forma que promova a socialização destas crianças com as demais, para que não haja discriminação tanto pelos colegas quanto pelos próprios educadores.
São inúmeros problemas gerados pelo déficit de aprendizagem, para sabermos identificar os problemas e consequências desencadeados acerca da aprendizagem. É imprescindível envolver diversas hipóteses, repensar o modo de ensino, o currículo escolar, a realidade que o aluno está inserido, bem como sua situação cognitiva. Principalmente nas series inicias e partindo do modo dessa relação, poderá surgir um elo positivo ou uma barreira que o prejudicará por toda a sua jornada escolar e social em relação a mesma. 
A atividade física não pode ser responsabilizada pelo déficit de aprendizagem sozinha, que ainda é amplo, e tem outras condicionantes, o que se pode afirmar que são uma série de fatores determinantes para o insucesso da mesma. A educação significativa não deve adotar um exemplar pragmático de ensinar, o educador, deverá introduzir métodos novos, atualizar-se sempre, sem medo de explorar novos métodos e mecanismos didáticos. Mesmo tendo que questionar métodos ou hipóteses consagradas ao longo da historicidade humana. É importante ressaltar que o aluno deverá ser exposto a situações que facilitem sempre seu entendimento sobre temas, temáticas, questionamentos. (CHALITA, 2014)
“O ‘gostar de ensinar’ é o aspecto mais apontado entre os professores [...] Eles revelam que não sabem se isto se ensina ou faz parte das tendências ou vocação das pessoas. O fato é que consideram estes pontos fundamentais” (CHALITA, 2014, p.127) 
Para Lima (2003), é necessário destacar a importância da garantia de uma educação de qualidade, que é determinada por leis que especificam todas as regras e direitos que precisam ser respeitados e cumpridos, para estabelecer o acesso dos alunos, a uma rede de ensino que transmita o conhecimento igualitário e satisfatório, de modo que estados e municípios, preocupem-se em investir os recursos na potencialização da educação. Além da LDB, outras leis pertinentes podem ser destacadas: Constituição Federal de 1988 (Brasil,1988-art. 208- Inciso IV), ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente- (Lei n° 8.069/1990) e o Plano Nacional de Educação- PNE (Lei n° 10.172/2001). O artigo 32 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) trata especificamente do ensino fundamental que deve ter duração mínima de 9 anos, conforme as alterações de alguns artigos (29,30,32 e 87) da Lei n° 9.394, provocadas pela Lei n° 11.274 de 2006, o mesmo tem como objetivo principal a formação básica do cidadão, e deixa claro nos incisos I, II, III e IV que: 
I- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV- o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
 
Uma das maiores dificuldades encontradas pelos professores ao iniciar uma carreira docente é realizar um planejamento que possa englobar todos os seus alunos, pois cada discente apresenta uma singularidade e uma dificuldade diferente dos demais. Para facilitar a aprendizagem dos mesmos, o professor deve antes de tudo tentar uma aproximação, pois o respeito e uma comunicação clara e simples são fatores indispensáveis para a aprendizagem do mesmo.
Freire (1996) diz que:
O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma "cantiga de ninar". Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. (FREIRE, 1996, p.52).
O professor deve tornar-se amigo dos alunos, ganhando assim o respeito e a confiança dos mesmos. Engana-se quem acredita que entre educador e educando não pode haver uma relação de amizade, pois o aluno pode confundir as coisas e acabar perdendo o respeito pela pessoa do professor.Para Chalita (2004) “a educação é um processo que se dá através de relacionamento e do afeto para frutificar”. O inciso IV deixa claro que as famílias dos educandos devem participar efetivamente da educação dos mesmos, porém, muitos alunos atualmente não são acompanhados pelos pais e responsáveis na escola, dificultando assim o trabalho da escola. A família é a instituição responsável por educar e perpetuar os valores éticos e morais, de formar o caráter e de preparar para a vida como cidadão.
Vale ressaltar que é muito comum ver atualmente nos meios de comunicação relatos de agressão no ambiente escolar entre alunos e alunos e entre alunos e professores, o que muito contribui para o insucesso escolar. Chalita (2014) afirma que tudo o que acontece nos bancos escolares deve ser acompanhado pela família. Se atualmente acontecem tantas agressões na escola é por que muitas vezes os alunos são vítimas do descaso familiar. 
É uma dificuldade também para o educador identificar suas próprias dificuldades, de conteúdo, de relacionamento, de interação, de compreensão, como também identificar suas habilidades. Infelizmente muitos professores no Brasil inteiro trabalham em salas com excesso de alunos, o que dificulta a aproximação com cada aluno de forma mais particular, a desvalorização da carreira, os baixos salários também dificultam o processo de aprendizagem, deixando-a na maioria das vezes comprometida. 
Chalita (2004) menciona que a formação é um fator fundamental para o professor, e muitas vezes devido aos problemas financeiros, ou até mesmo pela falta de interesse, muitos educadores não buscam formações, atualizações e melhorias para a sua prática docente. Ser professor hoje exige um novo perfil, uma nova postura, caracterizada por uma atitude: crítica, empreendedora, com habilidades de socialização. Essa conduta diferenciada auxilia em sua prática diária e gestão do tempo pedagógico. Compreende-se, que o grau de informação e formação didática pedagógica faz toda diferença na prática para promoção do ensino e aprendizagem. 
Nenhum professor é perfeito. Engana-se quem acha que já sabe de tudo, e que não precisa mais estudar para ministrar aulas melhores e mais interessantes. O educador que acha que não tem mais nada a aprender, está desrespeitando os seus alunos e o próprio ofício. O professor só conseguirá que o aluno aprenda, se ele próprio continuar a aprender. Rubem Alves (2000) enfatiza que o professor, aquele que ensina com alegria, que ama sua profissão, não morre jamais. Ele diz: Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. 
Ormond (2012, p.,05) “Em sala de aula tenta-se descobrir qual é o papel do professor, direcionando o olhar para a relação que se desenvolve entre professor e aluno”. As interações em sala de aula são construídas por um conjunto de variadas formas de atuação, que se estabelecem entre partes envolvidas, a mediação do professor em sala de aula, seu trabalho pedagógico, sua relação com os alunos, tudo faz parte desse papel. A responsabilidade para a construção de uma educação cidadã baseada na ética e no respeito mútuo, está nas mãos do professor e da família; ambos precisam andar de mãos dadas em busca de um único objeto, que é a construção de um futuro e de uma sociedade mais justa e mais humana. (ORMOND, 2012)
CAPÍTULO III
CONDIÇOES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS
A condição física é um fator indispensável para subsidiar positivamente a vida de cada pessoa. E nesse sentido, essa condição está diretamente ligada a saúde mental, sendo a depressão um declínio do emocional, o que pode ser direcionado para um tratamento mais severo e medicamentoso. Segundo estudos, a atividade física produz efeitos positivos e melhoram consideravelmente, como um tratamento ou conduta alternativa. A atividade física é positiva, e efetiva, como uma terapia adjuvante, muito benéfica, sendo praticada de modo regular, contribui nos parâmetros fisiológicos e psicológicos, dentre eles a sensação de bem estar, redução da ansiedade, transtornos diversos, humor, autoestima e a própria depressão. (TEIXEIRA, 2017)
Nesse sentido, estudos descrevem que a depressão e sua duração é menor em indivíduos que praticam atividade física de modo regular, com base comparativa aos que não praticam, e asseveram que há um déficit no quantitativo de profissionais, principalmente no que tange a especificidade saúde mental, com a busca de metodologias diversificadas e voltadas para a melhoria significativa do emocional. (MATTOS, 2014).
Segundo Madureira (2013) algumas alterações vivenciadas ao longo da vida, podem gerar transtornos, alguns físicos e outras psicológicas. A depressão é considerada um transtorno grave, avaliada por muitos como o “mal do século”. A expressão utilizada é chamada de psicopatia, oriunda do grego, psyché, que significa alma e pathos, que quer dizer sofrimento, em síntese “alma em sofrimento” e em meados do século XIX na Alemanha, esse termo foi direcionado a termos mais delimitados, pautados na personalidade. E estudiosos consideravam que a ansiedade e a depressão são os transtornos encontrados nas pessoas. E que pelo menos 10% das pessoas apresentam quadro depressivo, oriundos de problemas pessoais e ou sociais, como uma tristeza profunda, como um transtorno grave de declínio do humor e que se torna um sentimento frequente. 
Uma doença que se inicia aos poucos, e é acompanhada por vários outros sintomas, como por exemplo, o desinteresse, a desordem no apetite e no sono, e a dificuldade de concentração. Furlan (2016) ressaltam que o termo depressão era usado inicialmente para caracterizar sintomas ou estados mentais, sendo que este nome era conhecido como melancolia, termo usado há mais de vinte e cinco séculos, que além de indicar uma das doenças mentais, também correspondia a um tipo de temperamento – um baixo estado emocional, infelicidade, desânimo e tristeza. De acordo com Jardim (2021), as depressões irrompem o século XXI como “mal do século” e o mal-estar gerado também no trabalho deve ser considerado, pois pode culminar, inclusive, em suicídio. 
A depressão é uma das reações a perdas e a ameaças de perda, seja de emprego ou de um contexto social estruturante, que podem induzir à fragmentação da identidade psíquica. O trabalho formal, uma profissão, uma carreira, por sua vez, também não são garantia de um presente estável ou um futuro promissor. Mas, vale apontar que as pessoas com depressão frequentemente queixam-se da falta de trabalho, da ameaça de perdê-lo ou das pressões a que se submetem para preservá-lo. (MATTOS, 2014).
CAPÍTULO IV
EXERCÍCIO FÍSICO E A MELHORA NOS QUADROS DEPRESSIVOS E DE ANSIEDADE
Segundo Nieman (1999, p. 21), durante a prática dos exercícios aeróbicos (30 a 45 minutos), a frequência respiratória é aumentada aproximadamente três vezes acima da frequência de repouso, sendo que a quantidade de ar nos pulmões é 20 vezes maior. Durante este processo, a frequência cardíaca duplica ou triplica, o volume de sangue bombeado pelo coração aumenta 4 a 6 vezes e o oxigênio consumido pelos músculos do corpo que estão trabalhando aumenta mais de 10 vezes acima dos níveis de repouso. Este processo é conhecido como “respostas agudas ao exercício” e é caracterizado por alterações súbitas e temporárias das funções orgânicas propiciadas pelo exercício, e desaparecem logo após o término do mesmo. 
De acordo com Haskell et al. (2007), para promover e manter a saúde, todos os adultos saudáveis com idades entre 18 e 65 anos precisam de uma atividade física aeróbica de intensidade moderada, no mínimo com 30 minutos de duração, em cinco dias por semana, ou uma atividade aeróbica de intensidade vigorosa, por um período mínimo de 20 minutos, em três dias por semana.
 Conforme Nieman (1999), a falta de treinamento e a pausa da prática regular de exercícios ocasiona mudanças repentinas na aptidão cardiovascular e, em uma menor extensão, na força e no volume muscular. Passadas somente poucassemanas da falta de treinamento, a aptidão aeróbica diminui consideravelmente, ao mesmo tempo que o volume sanguíneo e o volume sistólico tornam-se menores. Diante disso, aconselha-se a prática de exercícios pelo menos por três vezes na semana, utilizando no mínimo 70% do VO2 máximo. 25 3.2.2 Efeitos fisiológicos da prática do exercício físico.
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de enfermidade ou invalidez”. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014, tradução nossa). A referência à ausência de enfermidade ou invalidez é um item essencial deste conceito de saúde e dele não deve ser separado. (SÁ JUNIOR, 2004) A potencialidade de um exercício pode ser definida como o ponto de consumo de oxigênio ventilatório máximo ou como a maior intensidade de trabalho que poderá ser alcançada pelo praticante. Para que hajam resultados “mais aparentes”, é indicado que se trabalhe acima de 40% e 50% da capacidade do mesmo. (FLETCHER et al., 1996) 
Durante o exercício dinâmico, são observadas marcantes alterações no controle cardiovascular pelo sistema nervoso autônomo, com aumento da atividade simpática e redução da atividade parassimpática, elevando a frequência cardíaca, o débito cardíaco e a pressão arterial sistólica. Pode-se também destacar a redistribuição do fluxo sanguíneo periférico durante o exercício, fator este que, além da modulação autonômica, é também amplamente dependente de mecanismos locais. (PEREIRA JUNIOR, 2009) De acordo com Vianna (2008), há alguns tipos de adaptações fisiológicas ao exercício. Entre elas estão as adaptações metabólicas, onde há o aumento da capacidade do sistema oxidativo das células musculares, diminuição da produção de lactato durante esforços físicos em uma intensidade específica, potencialização do uso de ácidos graxos livres (AGL) como substrato energético, poupando o glicogênio muscular e a eliminação do excesso de reserva adiposa. Para o autor, nas adaptações cardiorrespiratórias há uma melhora no rendimento do coração e uma redução da frequência cardíaca e da pressão sanguínea. Há ainda um incremento do débito cardíaco, com maior volume sistólico, um aumento na diferença arteriovenosa de oxigênio para a melhor distribuição do fluxo sanguíneo para os tecidos ativos, um aumento da taxa total de hemoglobina e um favorecimento da dinâmica circulatória, melhorando a capacidade de fornecimento de oxigênio aos tecidos, beneficiando o retorno venoso, evitando o represamento do sangue nas extremidades do corpo. Também há um aumento da ventilação pulmonar de acordo com o ganho no volume-minuto e na redução da frequência respiratória. 
 A Psicologia do Esporte e das Atividades Físicas tem explorado a relação entre a prática de atividades físicas e a saúde mental da população. Entre as variáveis mais estudadas, encontram-se as alterações decorrentes no estado de humor dos indivíduos. Em abordagem sobre os benefícios psicológicos do exercício físico, estudos demonstram que em pessoas com humor negativo, a prática do exercício físico regular tem sido benéfica para o estado psicológico desses indivíduos. (WERNECK; BARA FILHO; RIBEIRO, 2006, p. 22) 
De acordo com Godoy (2002), pesquisas recentes procuram explicar a inter-relação entre a prática de atividade física e a melhora emocional que ela proporciona. Além disso, o autor acredita que os efeitos do exercício e do esporte sobre a área emocional interferem de maneira bastante otimista, apresentando como consequências a diminuição da ansiedade e da depressão, a melhora do autoconceito, da autoimagem e da autoestima, o aumento do vigor, a melhora da sensação de bem-estar, o humor aumentado, o aumento da capacidade de lidar com estressores psicossociais e a redução dos estados de tensão. 
Para a Association for Applied Sport Psychology (2016), a prática de uma quantidade moderada de atividade física irá resultar em uma melhora do humor e dos estados emocionais. O exercício pode proporcionar o bem-estar psicológico, bem como melhorar a qualidade de vida, através dos benefícios psicológicos comuns adquiridos através do exercício, como: melhora de humor; redução ou melhor capacidade de lidar com o estresse; melhora da autoestima; satisfação e confiança nas habilidades físicas; aumento da satisfação consigo mesmo; aperfeiçoamento da imagem corporal; aumento das sensações de energia e diminuição dos sintomas associados à depressão.
O organismo libera dois hormônios essenciais durante o exercício para ajudar no tratamento da depressão, que são a endorfina e a dopamina, e ambos têm interferência sobre o humor e as emoções. De acordo com pesquisas, a realização de exercícios físicos aeróbios com duração de 20 a 40 minutos e frequência cardíaca entre 120 e 140 batimentos por minuto (BPM), em um período de duas vezes por semana, tem a capacidade de liberar B-endorfina, um hormônio que proporciona um efeito tranquilizante e analgésico mais elevado que a endorfina no praticante regular. Portanto, o indivíduo consegue beneficiar-se de um efeito relaxante e manter-se em um melhor estado psicossocial. (LINK; ZICK, 2013)
Outro efeito comum atribuído ao exercício físico é a produção de serotonina, um neurotransmissor de grande importância, que tem a capacidade de regular o humor, a temperatura corporal, entre outros. Os exercícios considerados mais benéficos são os feitos ao ar livre, onde haverá maior sensação de aumento de energia e de motivação, diminuição da tensão, raiva, confusão mental e depressão. Portanto, estudos comprovam que praticantes de 28 atividades físicas ao ar livre têm maior prazer e incentivo para realizar as atividades no próximo dia. Em vista disso, a atividade física, associada à psicoterapia e ao tratamento farmacológico é de muita relevância, não somente para a reabilitação ocupacional, mas também como ação terapêutica. (LINK; ZICK, 2013)
Portanto, o seu crescimento psicomotor; unindo a psicomotricidade com o ensino físico, proporcionando o completo desenvolvimento do corpo. A palavra afetividade vem do latim AFFECTUS, que significa tocar, comover, unir. No campo da psicologia afetividade é a capacidade individual de experimentar o conjunto de fenômenos afetivos que são emoções, paixões e sentimentos. Baseando-se na definição de Aurélio (2010, p. 66), a afetividade é qualidade ou caráter afetivo. É um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre dá impressão de dor ou prazer, de satisfação e de insatisfação, de agrado ou de desagrado, de alegria ou de tristeza. As correntes do desenvolvimento e comportamento como é o caso da Psicologia e nos conceitos de Wallon a respeito da afetividade o teórico refere-se, a afetividade como sendo:
A afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento é dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma relação recíproca que impede qualquer tipo de determinação no desenvolvimento humano, tanto que a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência onde a escolha é individual. (WALLON, 1954, p. 288)
O teórico Wallon, reconhece que o fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do pensamento, devido a isso as influências do meio no qual o ser está inserido são de grande relevância para o fator orgânico. Para o psicólogo o homem é o resultado das influências sociais e fisiológicas que ele sofre durante sua formação enquanto pessoa. Comungando do mesmo pensamento, Piaget afirma que a afetividade está ligada diretamente com o cognitivo, formando assim entre ambos um paralelo, pois um vai complementando o outro dentro do desenvolvimento de um indivíduo. 
Os sentimentos e as operações intelectuais não constituem duas realidades separadas e sim dois aspectos complementares de toda a realidade psíquica, pois o pensamento é sempre acompanhadode uma tonalidade e significado afetivo, portanto a afetividade e a cognição são indissociáveis na sua origem e evolução, constituindo os dois aspectos complementares de qualquer conduta humana, já que em toda atividade há um aspecto afetivo e um aspecto cognitivo. (PIAGET, 1983, p.12) 
A afetividade é uma dimensão indissociável do desenvolvimento biológico e cognitivo que compõe a vida e as relações das pessoas desde a infância até a velhice. Muitos cedo na vida da criança estabelecem-se laços afetivos com quem está ao seu lado que são também importantes para sua sobrevivência quanto a alimentação material (WALLON, 1954). 
À medida que os aspectos cognitivos se desenvolvem, há um desenvolvimento paralelo da afetividade. Os mecanismos de construção são os mesmos. As crianças assimilam as experiências são esquemas afetivos do mesmo modo que assimilam as experiências às estruturas cognitivas. O resultado é o conhecimento. (WADSWORTH, 1993, p.23)
A afetividade contribui para o desenvolvimento humano em sua totalidade, a mesma atua como facilitadora entre processos, auxilia na forma de enfrentar os obstáculos, a maneira que o indivíduo encara suas derrotas, conquistas, anseios, sentimentos e fraquezas (SOUSA, 1970). O ser pode reagir a esses termos de maneira negativa ou positiva, pois depende muito dos seus próprios sentimentos. 
Vários autores quando vão mencionar a afetividade remetem à mesma a emoções, sentimentos, a paixões, porém, ao se pesquisar mais afundo sobre este termo é possível afirmar que afetividade é derivada da palavra afeto que segundo Aurélio (2010, p. 66) significa “afeição por alguém; inclinação, simpatia, amizade, amor; ou estado emocional que acompanha qualquer representação mental”.
De acordo com Lev Vygotsky:
A afetividade é um elemento cultural que faz com que tenha peculiaridades de acordo com cada cultura. Elemento importante em todas as etapas da vida da pessoa, a afetividade tem relevância fundamental no processo ensino aprendizagem no que diz respeito à motivação, avaliação e relação-professor e aluno. (VYGOTSKY, 1998, p. 42)
Na concepção de Vygotsky, a afetividade está paralela ao desenvolvimento da aprendizagem, porém a afetividade se mantém determinante para a construção do aprendizado, porém é preciso lembrar que o papel de educar não é somente da escola, mas também de pais, professores e comunidade, visto que todos desempenham um papel importante para a formação de um indivíduo.
Vale ressaltar que a afetividade não se limita a carinho físico, muitas vezes se dá em forma de elogios superficiais, ouvir o aluno, dar importância às suas ideias, A compreensão da importância, e da necessidade de se estabelecer um vínculo afetivo durante a formação escolar, quando esse vínculo é estabelecido, torna o ensino mais fácil e uma aprendizagem de melhor qualidade.
O professor de Educação Física é o principal agente do processo de construção e desconstrução de conhecimento, pautado na atividade física. E para que este seja mais eficaz é necessário que o professor esteja sempre em busca de formação, atualização e aperfeiçoamento.
Sócrates e Cristo foram educadores, formaram pessoas melhores. Não há como negar que os numerosos profetas ou simples contadores de história conseguiram tocar e educar muito mais do que qualquer professor que saiba todo o plano curricular e tudo o que o aluno deve decorar para ser promovido. Ninguém foi obrigado a seguir a Cristo, não havia lista de presença e mesmo assim, a multidão se encantava com seus ensinamentos, ele tinha o que dizer e acreditava no que dizia, por isso foi tão marcante. (CHALITA , 2004, p.165)
Todo professor deve ser também educador, ele deve ser instigador para assim levar o aluno a despertar curiosidade sobre os assuntos a serem trabalhados em sala de aula. Segundo ele o professor pode tanto aprisionar quanto libertar. Quando o professor aprisiona, o mesmo trabalha conteúdos conceituais de forma mecânica, e liberta quando instiga a curiosidade e o desejo de aprender dos seus alunos. Mais que transmitir conhecimento, educar é também dar oportunidade ao aluno de ele aprender buscando suas próprias verdades sem seguir os caminhos dos outros, e o afeto é o melhor meio para que o aluno tenha gosto por estudar. Segundo Cunha (2008) “em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto, pois ele é um meio facilitador para a educação”.
De acordo educador Rubem Alves, o professor é aquele que faz a mediação entre o conhecimento e o aluno, pois é ele quem deve provocar no aluno a curiosidade e a paixão pela vontade de descobrir e aprender. Para ele a missão da educação é criar a alegria de pensar. E para ele este desafio é tanto da escola quanto do corpo docente de forma geral. Segundo ele:
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. (AUTOR E ANO DA CITAÇÃO)
Segundo a LDB (1996, p.34). ”O desenvolvimento de capacidades como as de relação interpessoal, as cognitivas, as motoras, as afetivas, as éticas, as estéticas de inserção social tornam-se possível mediante o processo de construção e desconstrução do conhecimento”. Nos incisos I e II do artigo 3° da Lei de Diretrizes e Bases é um dos princípios básicos da educação, e está escrito que: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. 
 De acordo com os incisos acima citados, fica explícito que o professor tem autonomia de decidir o que é pertinente ou não ensinar ao seu aluno. O professor não é obrigado seguir de forma mecânica todos os conteúdos a serem trabalhados no ano letivo, este tem autonomia e liberdade de ensinar o que convém para os alunos no momento. Chalita (2004) afirma que “o aluno é aquele que, em linhas gerais, está sendo avaliado pelo desenvolvimento formal de suas habilidades”. É em uma instituição de ensino que estão armazenados todos os dados necessários para o acompanhamento da vida estudantil de um indivíduo. Quando um indivíduo entra em um ambiente escolar e começa a interagir com outras pessoas ele não perde suas características singulares, ou seja, individual. Chalita (2004) diz que “cada um é singular, daí que qualquer tentativa de homogeneização do ensino traduza em fracasso.
Ao estudar a formação do ser humano, Henri Wallon elaborou uma teoria chamada Teoria Psicogenética e dentre todos os eixos estudados os que mais ganharam destaque foram emoção, inteligência, consciência e atenção. O psicólogo destacava que entre a psicologia e a pedagogia deveria haver uma relação de mais intimidade, pois essas duas áreas têm muito a contribuir entre si, pois ambas possuem conhecimentos muitos estreitos e suas áreas de conhecimento estão ligadas estreitamente.
A teoria de Wallon apresenta três momentos marcantes, sucessivos, na evolução da afetividade: emoção, sentimento e paixão. Os três resultam de fatores orgânicos e sociais e correspondem a configurações diferentes e resultantes de sua integração: nas emoções, há o predomínio da ativação fisiológica; no sentimento, da ativação representacional; na paixão, da ativação do autocontrole. (MAHONEY e ALMEIDA, 2007 , p. 17).
A afetividade se manifesta em todas as áreas das nossas vidas, e está presente em todas as relações sociais que são estabelecidas durante o convívio com outas pessoas, pois o afeto é parte integrante do psiquismo do ser humano e o mesmo é o agente responsável pela forma de sentir e perceber a realidade, e a vida sentimentalpresente em tudo que vivemos
Assim como Vygotsky, Wallon também atribui muita importância ao meio social no qual o indivíduo está inserido, tanto é que o autor afirma que o estudo da criança exige o estudo do meio em que ela se desenvolve. O educador fez uma ligação estreita entre afeto e aprendizagem, e contribuiu bastante com professores e profissionais da educação, que buscam dar o melhor para os seus alunos. Assim, ao referir-se aos estudos de Wallon, Mahoney (2004), destaca que o foco das explicações wallonianas é essa relação da criança com o seu meio, uma relação recíproca, complementar entre fatores orgânicos e socioculturais. Essa relação está em constante transformação e é nela que se constitui a pessoa.
Para Mahoney (2004) A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon é um instrumento que pode ampliar a compreensão do professor sobre as possibilidades do aluno no processo ensino-aprendizagem e fornecer elementos para uma reflexão de como o ensino pode criar intencionalmente condições para favorecer esse processo, proporcionando a aprendizagem de novos comportamentos, novas ideias e novos valores.
Ao estudar a criança Wallon não destaca a inteligência como eixo principal do desenvolvimento, ele defende a vida psíquica e segundo ele, esta é formada pelos conjuntos: afetivo, cognitivo e motor. O conjunto afetivo é responsável pelas emoções, sentimentos e paixão, o mesmo é indispensável, pois ajuda a dar direção ao ato motor e ao cognitivo. O conjunto cognitivo permite aquisição de novos conhecimentos por meio de imagens e representações, permite analisar o presente, rever o passado e imaginar o futuro. O conjunto ato motor é responsável pelos movimentos do corpo, quando se combinam o ato motor insere o indivíduo numa situação concreta no momento presente. 
Cada estágio não implica apenas acréscimo de atividades mais coordenadas, mais complexas, mais sim uma reorganização qualitativa. Essa reorganização implica a transformação nas relações de oposição e de alternância que unem os conjuntos funcionais que compõem o psiquismo: motor, a afetividade, a cognição e a pessoa. Cada estágio é marcado por configurações diferentes que são responsáveis por novas funções e possibilitam novas aprendizagens. (MAHONEY, 2004)
Galvão (1995) afirma que Wallon vê o desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva em que se sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva. 
Esse desenvolvimento embora tenha sido descrito até a adolescência, não termina, pois ao partir daí vem a construção do “eu” um processo interminável e que perdura por toda a vida. No decorrer do desenvolvimento da criança, as emoções e os sentimentos da mesma vão também sofrendo modificações, pois esses sentimentos começam a ser controlados pela razão. Portanto a afetividade não pode ser considerada simplesmente como uma das dimensões da pessoa, mas sim como uma das principais fases do desenvolvimento de um indivíduo.
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe lugares que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas. (CUNHA, 2008 , p. 51)
Em todas as situações, tanto no ambiente escolar, quanto na família e na sociedade de um modo geral, o olhar afetivo, o contato mais próximo faz toda diferença na formação e vida de um indivíduo. (CHALITA 2001) afirma que “a falta de afeto e de carinho, pode deixar na criança marcas que o tempo não apaga”. Diante desta afirmação fica ainda mais claro o que muitos pesquisadores já disseram anteriormente, que o afeto é não só um importante instrumento, mas, um instrumento indispensável para a formação e educação do indivíduo.
2 METODOLOGIA
Com a transformação que a sociedade atual vem sofrendo em variados âmbitos e a crescente busca pelo conhecimento, surge à necessidade de encontrar informações mediante a comprovação científica e por consequente procura bases sólidas para subsidiar este conhecimento. Que só é possível mediante a pesquisa que comprove os fatos investigados já que, segundo Demo (1995), a pesquisa é uma forma de investigação que pode gerar e produzir o conhecimento. 
O estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumentada a serviço da pesquisa. Simultaneamente em que visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade (DEMO, 1995, p.11). 
A investigação científica incide na procura de comprovação dos fatos que vise solucionar os problemas investigados e com isso torna-se possível comprovar cientificamente e estatisticamente as hipóteses levantadas e fazer uma comparação com a realidade (FLICK, 2011).
Para fundamentação teórica do trabalho, a base será por estudiosos na temática como: Vargas (2012), Sardock (2017), Zuntini (2016) entre outros. O trabalho será desenvolvido dentro de uma abordagem empírica, de cunho bibliográfico, descritivo, através de estudos teóricos, o estudo mostrará reflexões teórico-conceituais sobre a atividade física e sua importância para atenuar a depressão e demais doenças de cunho emocional em discentes do ensino médio. 
Deste modo, essa pesquisa visa mostrar como ocorre o processo de formação do profissional de educação física, da prática de atividade e de como a mesma diretamente poderá estar pautada na inserção de mecanismos que fomentem a melhora emocional significativa.
Este método de investigação científica incide na procura de comprovação dos fatos que vise solucionar os problemas investigados e com isso torna-se possível comprovar cientificamente, tais questionamentos.
Neste trabalho utiliza-se a pesquisa exploratória onde a mesma é um instrumento riquíssimo para obter informações, é um método que possibilita conhecer a realidade do que se busca e como esclarece Gil (2008, p. 43):
A pesquisa exploratória tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, com vista na formulação de problemas, mas precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com a finalidade de proporcionar visão geral, do tipo aproximativo, a cerca de determinado foto. Este modo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. 
O trabalho será desenvolvido dentro de uma abordagem exploratória descritiva, com base na pesquisa bibliográfica, o estudo mostrará reflexões teórico-conceituais sobre a depressão e a atividade física como caminho contribuinte para atenuar a problemática. 
Portanto, este projeto tem a pretensão de produzir um trabalho mais amplo de cunho acadêmico, com vistas na compreensão embora simples, mas, relevante para a comunidade acadêmica e demais interessados ao tema. 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os benefícios fisiológicos e psicológicos advindos da prática do exercício físico por pessoas com depressão encontrados nos documentos publicados, puderam evidenciar, no final desta pesquisa, certa minimização dos sintomas da doença. Portanto, pode-se considerar que alguns estudos apontam que existem justificativas oriundas de investigações científicas para a adoção regular do exercício físico na depressão, especialmente pelas ações que desempenham nas áreas fisiológicas e psicológicas. Conforme a maior parte dos artigos encontrados, há algumas formas de explicação quanto aos aspectos fisiológicos, ligadas principalmente aos neurotransmissores. 
De acordo com Comicb (2013) e Werneck Neto (2009), a dopamina é um neurotransmissor com associação fisiopatológica com sintomas na depressão e na motricidade. No entanto, vários sintomas de transtornos depressivos estão ligados à deficiência em função da dopamina, como por exemplo, a falta de motivação e a incapacidade de sentir prazer. Diante deste contexto, Werneck Neto (2009)ressalta que a dopamina e a serotonina são neurotransmissores que compartilham ativamente o controle das emoções. 
A serotonina está relacionada a inúmeras doenças, entre elas: depressão, ansiedade, fobia social, esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, enxaqueca, hipertensão arterial e a Doença de Parkinson (DP). De acordo com o Instituto Sinapse (2014), é fundamental que os tratamentos sejam multidisciplinares, com apoio de psicólogos, nutricionistas, profissionais de educação física, pois é especialmente importante muita atividade física para indivíduos que apresentam obesidade e que são acometidos pela depressão. É interessante lembrar que a disfunção da serotonina e da noradrenalina faz com que o indivíduo tenha um aumento na vontade de comer. Segundo Woolston (2016, tradução nossa), o exercício físico proporciona uma explosão de serotonina, contribuindo assim, para uma melhor disposição do praticante, o que favorece uma diminuição dos sintomas da depressão, tornando o praticante mais forte e saudável, o que tem um bom reflexo em indivíduos acima do peso. 
Vale aqui considerar que é praticamente unânime o entendimento dos pesquisadores citados neste trabalho científico, no sentido de que os exercícios físicos trazem benefícios, especialmente fisiológicos e psicológicos, às pessoas acometidas pela depressão. 30 Não raro há discussões sobre o efeito positivo do exercício físico em algumas doenças associadas à depressão. Coyle e Santiago (1995, apud MELLO et al., 2005) avaliaram o efeito do exercício na aptidão e na saúde psicológica de indivíduos, tendo como resultado alterações fisiológicas no que diz respeito ao exercício aeróbico, que se mostrou uma ferramenta válida para aumentar a aptidão e diminuir os sintomas depressivos em indivíduos com a doença. 
Nieman (1999), Godoy (2002) e Mello et al. (2005), também compartilham de ideias semelhantes à respeito da importância do exercício físico sobre a área emocional dos pacientes. Os autores mencionam que de fato, a diminuição da depressão, a redução do humor negativo, a melhora na qualidade de vida, a sensação de bem-estar e a prática do exercício estão diretamente ligados. 
Alguns estudiosos, como Link e Zick (2013), são mais específicos em relação ao tipo de exercício que deve ser praticado pelo doente. Conforme os mesmos, os resultados favoráveis no combate à depressão podem ser alcançados especialmente com a realização de exercícios físicos aeróbicos, por um período de 2 vezes na semana, com duração de 20 a 40 minutos e com monitoramento de frequência cardíaca entre 120 e 140 batimentos por minuto (BPM). Complementam ainda que atividades físicas realizadas ao ar livre apresentam o benefício de maior prazer e incentivo para a pessoa realizar as atividades físicas prescritas para os próximos dias, e assim, manter a continuidade dos treinos físicos. 
Para a Association for Applied Sport Psychology (2016), os exercícios aeróbicos com duração de 10 minutos, já podem propiciar benefícios positivos. Defendem que caminhadas com baixa intensidade, também trazem uma melhora no estado de humor e maior energia para estas pessoas. Destacam ainda que para benefícios à longo prazo, o ideal é realizar exercícios físicos com duração de 30 minutos por sessão, em um período de 3 vezes por semana, com intensidade moderada. 
No entanto, programas de exercício superiores a 10 semanas (aproximadamente 2 meses e meio), têm efeitos melhores na redução dos sintomas depressivos. Vasconcelos-Raposo e Rodrigues realizaram estudos em 2006, com indivíduos praticantes de exercício físico regular, a fim de avaliar o bem-estar psicológico, a autoestima e a depressão, através de questionários. Os resultados demonstraram que 50% dos praticantes de atividade física, com relevância em mulheres, idosos e atletas, acreditavam nos benefícios psicológicos do exercício físico para pessoas com depressão. Deste modo, há uma procura pelo exercício físico para que haja aumentos de níveis de energia e também visando regular estados depressivos. (RAPOSO et al., 2009) 
As influências da prática de exercícios físicos sobre o convívio social em pessoas com depressão mostraram-se relevantes. Segundo a European Alliance Against Depression (2016), pessoas com dificuldades sociais podem prolongar a duração da depressão e o apoio social intenso e adequado, juntamente com terapia, tendem a resolver os sintomas da doença com mais rapidez.
 De acordo com Civinski, Montibeller e Oliveira (2011), indivíduos com uma vida social ativa, hábitos saudáveis, alimentação balanceada, repouso diário adequado e controle do estresse, terão um desenvolvimento e uma manutenção de uma qualidade de vida melhor. Segundo Woolston (2016), para que o indivíduo tenha uma melhora no humor e no convívio social através do exercício físico, o ideal é que realize uma modalidade esportiva que realmente se identifique, podendo ser até mesmo uma caminhada, onde há benefício social, alegria e satisfação. Aponta, ademais, um estudo norueguês em que foram analisadas 40.000 pessoas, onde os indivíduos que realizaram atividade física regularmente, como forma de lazer, apresentaram menor propensão a ter sintomas depressivos. 
Ainda de acordo com Woolston (2016), verificou-se que pessoas com maiores níveis de apoio social e engajamento beneficiaram-se mais, não importando o nível de intensidade do exercício físico. Por fim, neste contexto, Mesquita (2016), sustenta a ideia de que para um melhor desempenho psicológico, as pessoas com depressão devem realizar exercícios físicos em grupos, para que aumente, assim, a percepção de competência e reintegração social, gerando uma melhora da saúde física e mental.
4 ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Segundo Aníbal e Romano (2017), a depressão é um transtorno mental comum e uma das principais causas de inabilidade nas pessoas. Os autores trazem dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que traz uma estimativa de que essa doença acomete mundialmente mais de 350 milhões de pessoas, tendo casos de mais incidência nas mulheres. A caracterização dos principais sintomas nos pacientes são: tristeza, perda de interesse e prazer, sentimento de culpa, baixo autoestima, distúrbios do sono e/ou do apetite, fadiga e falta de concentração.
 Ademais, Aníbal e Romano (2017), apontam a atividade física como uma forma de tratamento paliativo para o tratamento da depressão, mas apontam que essa intervenção não exclui as terapias convencionais, embora seja apontada por muitos pesquisadores como uma forma segura e equivalente à psicoterapia em níveis de eficácia, mas sem o desconforto dos efeitos colaterais dos remédios utilizados muitas vezes no tratamento da depressão e principalmente no custo deles. 
Andrade (2011; p. 15, apud Sadock 2007), nos diz que há o tratamento chamado terapia psicossocial, que é visto também como um tratamento eficaz para o transtorno depressivo maior. Há três tipos de psicoterapia de curto prazo: terapia cognitiva, terapia interpessoal e terapia comportamental. Segundo Del Porto (1999, apud Andrade 2011) a depressão como sintoma pode surgir nos mais variados casos clínicos tais como: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc, ou ainda pode advir de situações estressantes ou circunstâncias sociais e econômicas adversas.
Aníbal e Romano (2017), nos dizem que a atividade física auxilia no tratamento da depressão e destacam os diferentes tipos de benefícios, tais como os anatômicos, os relativos ao sistema nervoso, os cardiorrespiratórios, melhoria da capacidade física e psicológico. Os benefícios anatômicos são a regulação do peso corporal, melhora postural, além de uma melhora do equilíbrio corporal, podemos também citar benefícios fisiológicos, como a otimização do uso de substratos energéticos pelos tecidos. Quanto ao sistema nervoso é observado uma maior utilização de lipídeos, melhor regulação da glicose, além de relações hormonais e enzimáticas positivas. 
Em relação aos benefícios cardiorrespiratórios e cardiovasculares (melhorada capacidade aeróbia e VO2máx., aumento do débito cardíaco e volume de sangue, otimização da circulação sanguínea), preventivos de doenças relacionadas ao sedentarismo e a obesidade, melhora do sistema imunológico, Quanto as capacidades físicas existem; um aumento da força muscular, um fortalecimento das articulações, melhora do condicionamento físico, e consequentemente uma melhora no desempenho nas atividades de vida diária. Por fim além destes benefícios que são gerais para indivíduos que praticam atividade física, podemos destacar benefícios mais específicos para os indivíduos que se encontram em depressão, como psicológicos (melhora geral da autoestima e da percepção de auto eficácia, do humor e do bem-estar psicológico, distração, afastar pensamentos negativos), e sociais (ganhos sociais pela interação e convivência).
A educação de uma forma geral, sempre é exposta nos diversos discursos, seja de cunho ideológico, político, social ou religioso, como sendo um dos principais agentes de transformação para o país, ou para o cidadão, não raramente, é possível ouvir alguém dizer que é necessário investir mais em educação; que é na educação que está o futuro do país; que a educação tem o poder de transformar; e de fato acredita-se que isso seja possível e verdadeiro. A temática envolvendo a questão da afetividade tornou-se complexa à medida que o assunto aborda algo subjetivo e singular. Dessa forma pesquisa realizada veio revelar que a afetividade estabelece uma relação social que é construída por meio do sentimento amor, o afeto, ao carinho, respeito e amizade entre pares.
Por meio do presente trabalho foi possível perceber que a questão afetiva interfere de forma significativa no rendimento escolar em sala de aula, quer seja entre os alunos, quer seja na relação do professor X aluno. O tratamento afável contribui no processo educacional e o mesmo necessita de um olhar mais apurado, um cuidado extra, por assim dizer, essa fase é a construção do alicerce, a base sobre a qual se sustentará todo o processo de desenvolvimento intelectual do qual o ser humano é capaz de chegar a série seguinte com menos problemas na aprendizagem. 
Os teóricos que subsidiaram o assunto em questão destacam em suas teorias, que é importante levar em consideração que a afetividade tem sua importância no meio social como uma forte influência para a formação do ser humano, tanto a família quanto os professores são responsáveis por fazer uma mediação entre criança, mundo e conhecimento. 
Quando educador valoriza o seu aluno, automaticamente o incentiva para o aprendizado, transformando assim a escola em um ambiente harmonioso e aconchegante e a sala de aula um espaço onde o aluno se sente à vontade. Quando uma criança tem uma boa relação com os colegas e professores nota-se que ela se torna mais interessada, segura e desenvolve a autonomia. Por meio da pesquisa que fundamentou o presente trabalho, revelou que a afetividade contribui para o desenvolvimento humano em sua totalidade, auxilia na forma de enfrentar obstáculos, a maneira que o indivíduo encara suas derrotas, suas conquistas, anseios, sentimentos e fraquezas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto aos efeitos fisiológicos, a maioria das pesquisas aqui apresentadas relatam alguns benefícios relacionados à produção da dopamina e da serotonina, cuja consequência é a redução de parte dos sintomas da doença. Para muitos autores, a prática de exercícios aeróbicos e praticados ao ar livre é a mais indicada para esta população específica.
É sabido que a depressão é um dos grandes problemas da sociedade atual, apontada por muitos como “mal do século”. Neste contexto, os exercícios físicos aparecem como uma ferramenta alternativa e adequada no combate à esta enfermidade, que além de ser uma questão de saúde, pode ser também uma “barreira social”. Com este estudo, pode-se constatar que o exercício físico, como auxiliar no combate à depressão, gera resultados fisiológicos, psicológicos e no convívio social dos doentes.
 Sobre os efeitos psicológicos que advêm do exercício físico, concluiu-se que a continuidade da prática é importante para pessoas com a doença, pois ficou evidenciado que o exercício físico proporciona benefícios positivos, tanto através de uma caminhada com baixa intensidade, quanto através de atividades físicas de baixa duração e com intensidade moderada. Também ficou claro que exercícios físicos praticados por mais de 10 semanas reduzem os sintomas depressivos. 
Mediante a análise dos estudos científicos encontrados conclui-se que um programa de exercício físico prazeroso e que favoreça o convívio social das pessoas acometidas pela depressão é um aspecto muito importante a ser considerado, pois o aumento dos relacionamentos sociais para estes indivíduos favorece a diminuição dos sintomas da doença. Por fim, vale ressaltar que a atuação do profissional de Educação Física torna-se importante na redução dos sintomas da depressão, uma vez que ele deve ser o responsável pela elaboração de treinos e propostas de exercícios atualizados, adequados, seguros e acima de tudo, eficientes e prazerosos ao praticante. Além disso, deve considerar o envolvimento dos aspectos sociais, fisiológicos e psicológicos, realizando prescrições que incentivem as pessoas com depressão, variando o máximo possível as possibilidades, bem como avaliando frequentemente e juntamente com o médico do doente, a evolução e os possíveis progressos do quadro instalado. Tudo isso, visando maximizar os possíveis benefícios da prática regular de exercícios físicos no combate a esta doença que já acomete muitas pessoas. Sugere-se mais pesquisas com este tema para que haja uma maior clareza e um entendimento mais aprimorado sobre a depressão, tornando melhor e mais clara as prescrições de exercícios para estes indivíduos.
Por meio do presente estudo notou-se que o indivíduo reage a esses aspectos positivo ou negativamente, conforme se entende com seus sentimentos. A afetividade como subproduto da emoção, verificou-se por meio do instrumento de coleta de dados que funciona como processo de ativação somática para auxiliar e facilitar no processo de aprendizagem, onde o cognitivo será arquivado na mente de forma privilegiada, de maneira que não seja esquecida tão facilmente. Sendo assim, a afetividade predispõe a estreitar esse caminho pela interação entre professor-aluno, através das ligações psicossomáticas do cérebro onde abre as janelas da mente atuando de forma que facilite a aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Ribeiro Talita. O exercício físico no tratamento da depressão: Uma revisão de literatura. Monografia. Universidade Estadual de Campinas. 2011. ANÍBAL, Cíntia. ROMANO, Luis Henrique. Relações entre atividade física e depressão. Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 –2017.
ANTUNES, Hanna Karen Moreira; et al. O baixo consumo de oxigênio tem reflexos nos escores de depressão em idosos. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Geriatria Gerontologia. 2014, 505-515. 
BARROS, Javier Gaston. CONSENTINO, João Victor Martins. REIA, Thaís Amanda. Aplicação da musculação em pessoas com ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Centro Universitário Católico Salesiano. 1993.
BATISTA, Wagner da Silva; Ornellas, Fábio Henrique. Exercício físico e depressão: relação entre o exercício físico e o grau de depressão. v. 7. São Paulo: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2013, 474-482. 
BOWLING, BRAZIER, Hanna Karen Moreira; et al. O baixo consumo de oxigênio tem reflexos nos escores de depressão em idosos. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Geriatria Gerontologia. 1995, 505-515.
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COOPER, D. 2009- editorarevistas.mackenzie.br CORDEIRO, Diana. Relação entre Atividade Física, Depressão, Autoestima e Satisfação com a Vida. Mestrado em atividades físicas em populações especiais. Instituto Politécnico de Santarém - Escola

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