Buscar

PLANEJAMENTO CLÍNICO INTEGRADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Isabela Alves P5 – ODONTOLOGIA UNINASSAU/RN 
 
PLANEJAMENTO CLÍNICO INTEGRADO 
• Toda prática profissional 
requer algum tipo de 
normatização para otimizar o 
desenvolvimento de suas 
atividades.. 
• Na odontologia, geralmente se elabora um protocolo 
de atendimento clínico de acordo com a necessidade 
do paciente, para que assim, o profissional tome esse 
protocolo como guia/orientação de sequência clinica 
durante o tratamento. 
Histórico 
• Tempos atrás a área da saúde passou por uma fase 
de super especialização, ou seja, todo formado era 
orientado a seguir uma única especialidade. 
- Apesar da importância da especialização, todo 
profissional deve apresentar um traço generalista, capaz 
de ver a necessidade como um todo do paciente, 
traçar uma linha de tratamento, guiar e o encaminhar 
adequadamente para outros profissionais. 
- Na época, essa super especialização ocasionou a 
desarticulação do saber, criando uma falsa ideia de 
independência entre as áreas sabidas hoje do mesmo 
conhecimento. 
• Novas diretrizes curriculares (2002) 
- Foi oficializado e preconizado o direcionamento 
realmente integralista e generalista da prática e da 
formação profissional. 
Sequência clinica ideal 
 • LALASCA (1997) – Periodontia; cirurgia; endodontia; 
dentística; prótese; controle e manutenção. 
- Essa proposta de sequência clínica foi um dos 
primeiros passos para o inicio do plano de tratamento 
integrado. 
- Era uma rotina de procedimentos constituída por 
especialidades odontológicas, onde era executado p 
tratamento completo de cada área, para assim, seguir 
para a próxima. 
- Ao longo dos anos foi perceptível que a sequência 
por especialidades talvez não fosse tão eficiente, pois 
 
os problemas apresentados pelos pacientes apresentam 
co-relação entre as especialidades. 
Atualidade 
• A sequência clinica guiada pelas especialidades, 
proposta por Lalasca, hoje é tida como ultrapassada. 
• A partir do conceito de pluralidade epidemiológica, 
percebe-se que cada local (região/cidade) apresenta um 
perfil de paciente diferente, mudando de acordo com a 
cultura, condições socioeconômicas, clima, modo de 
viver etc. 
• A partir disso, percebe-se a necessidade do paciente 
ser tratado de uma forma individualizada, atentando-se a 
todas às questões culturais, socioeconômicas, hábitos 
cotidianos, além do acesso a saúde na região em que o 
paciente reside. 
Planejamento clínico integrado 
• A partir disso, o novo modelo de planejamento clínico 
integrado irá se basear em princípios (buscando 
atender a principal necessidade do paciente), não mais 
em procedimentos/especialidades. 
• O tratamento será dividido em 4 etapas: 
condicionamento do meio bucal; preparo de boca; 
reabilitação bucal e controle e manutenção. 
- De modo que, em cada etapa, os procedimentos 
devem ser adaptados de acordo com a realidade do 
paciente. . 
• Primeiramente deve-se fazer um bom exame clínico 
(anamnese, exame intra-oral e extra-oral) para 
determinar o diagnóstico do paciente e orientar o 
planejamento do plano de tratamento do paciente – 
esse tratamento será realizado de forma integrada. 
1. Anamnese 
- Nessa etapa deve ser feita 
a catalogação dos dados do 
paciente no prontuário; 
- Se informar sobre o motivo 
da consulta (problema 
alérgico, prevenção, função, 
estética, etc). 
Clínica de Semiologia 
 
Isabela Alves P5 – ODONTOLOGIA UNINASSAU/RN 
- Buscar informações sobre os detalhes da doença atual 
do paciente, quando teve início, se ele apresenta 
alguma possível doença sistêmica, possíveis doenças 
orais que ele já apresentou, etc. 
- Avaliação do estado de saúde (se apresenta alguma 
doença sistêmica, se informar sobre o uso de alguma 
medicação); 
- Perguntar sobre os antecedentes familiares, buscando 
saber as causas de óbito, para traçar um plano baseado 
nesses antecedentes, orientando sobre os cuidados 
necessários; 
- Além disso, se informar sobre a ocupação, hábitos, 
personalidade e suas relações com os problemas 
apresentados. 
2. Exame físico 
EXTRABUCAL 
- Palpação, percussão e auscultação para identificar 
possíveis alterações nos tecidos moles; 
- Palpação de linfonodos. 
- Auscultação e verificação da ATM 
- Verificação da pressão arterial; 
- Lábios devem ser avaliados tanto com a boca fechada 
quanto com a boca aberta. 
- Mucosa bucal: fundo de sulco, mucosa alveolar, 
rebordo alveolar, mucosa jugal, língua, assoalho bucal; 
palato duro e mole. 
INTRABUCAL 
- Periodonto de proteção/gengiva: 
deve ser avaliado a cor, textura, 
contorno; realizar sondagem; 
periograma, índice de placa visível (IPV) 
e índice sangramento gengival (ISG); 
- Dentes : avaliar a presença de lesões cariosas, 
anadontia, ausência dentária; erosões, desgastes; 
- Avalia cada superfície dentária com registro no 
odontograma; 
- Manter o ambiente seco e iluminado; realizar a 
sondagem com sonda de ponta romba (para verificar 
textura) percorrendo apenas cáries ativas; 
- Oc lusão: avaliar arcos dentários em movimento; ATM, 
músculos da mastigação; RC, MIH; DVO; DVR; guias de 
movimentação e ajustes oclusais por desgaste seletivo. 
 
3. Exames complementares . 
- Esse exames serão solicitados de acordo com a 
necessidade do paciente, para assim, fechar um 
diagnóstico correto. 
- Exames radiográficos, laboratoriais; biópsias; 
microbiológicos. 
4. Diagnóstico 
- Na odontologia, é um processo analítico de que se 
vale o cirurgião dentista no exame de um quadro 
clínico para chegar a uma conclusão, se baseando nos 
sinais e sintomas, histórico clinico e resultado dos 
exames físicos e complementares. 
- A partir desse diagnóstico, o planejamento é feito 
para posterior tratamento/intervenção e/ou previsão de 
evolução (prognóstico do caso). 
5. Planejamento clínico integrado 
• O plano de tratamento deve respeitar as condições 
sistêmicas do paciente, devendo ser tolerado por essas 
condições. Além disso, deve ser realizado em etapas, 
independente da complexidade e necessidade do plano 
do tratamento, segundo uma ordem lógica e eficiente. 
• Entre cada etapa do planejamento é importante 
reavaliar o paciente para verificar se o problema de 
cada etapa foi resolvido corretamente, para assim, 
seguir o plano. 
Fase I – apresenta como finalidade principal a 
eliminação e o controle de doenças bucais e a 
preservação da relação dos dentes e da saúde dos 
tecidos orais. 
1° ETAPA 
- Urgênc ias = controle da dor; infecções agudas; 
tratamento de traumatismos e estética; 
 
Isabela Alves P5 – ODONTOLOGIA UNINASSAU/RN 
- Adequação do meio = controle de placa bacteriana; 
selamento de lesões ativas de cárie (limpeza e aplicação 
de material provisório/ionômero de vidro); adequação 
de restaurações com margens inadequadas; remoção 
de próteses com falhas na adaptação; procedimentos 
básicos de periodontia (raspagem supragengival); 
controle de dieta; uso de fluoretos e/ou agentes 
químicos; selamento de fóssulas e fissuras. 
- Observação dos resultados obtidos 
2° ETAPA 
- Periodontia = raspagem, alisamento, polimento 
coronoradicular e cirurgias periodontais; 
- Cirurgia = exodontias, cirurgias de rebordo; 
frenectomias, etc; 
- Endodontia = polpa viva e/ou polpa morta 
(pulpectomia e/ou penetração desinfectante); cirurgias 
paraendodonticas.; 
- Restabelecimento das relações maxilomandibulares = 
correções rápidas na reconstrução do sorriso do 
paciente de maneira temporária, para garantir maior 
conforte e estética, gerando maior satisfação e 
diminuindo a cobrança de resultados imediatos ao 
profissional. 
 
- Observação dos resultados obtidos. 
Fase II 
- Dentística = restaurações definitivas e 
próteses unitárias; 
- Ortodontia = movimentações dentárias para 
corrigir a oclusão, ganhar ou fechar espaços. 
- Reabi l i tação protética = próteses fixas, 
removíveis e totais; 
- Observação dos resultados obtidos. 
Fase III 
- Controle e manutenção. 
- Incentivando e orientando o paciente quantoaos 
cuidados necessários para manter a qualidade e 
funcionalidade do tratamento. 
- Marcar acompanhamentos/retornos periódicos. 
Casos clínicos 
Caso 1. Paciente adulto de 36 anos, melanoderma, sem 
doenças sistémicas, apresentou come queixa principal o 
desejo de recolocar seus dentes perdidos, além de 
melhorar, se possível, os diastemas anterossuperiores 
- No exame extraoral, apresentava equilibro das 
estruturas faciais com musculatura craniocervical e 
articulações temporomandibulares assintomáticas 
- Ao realizar o exame intraoral suplementado pelos 
achados da radiografia panorâmica, observou-se: 
• Presença de extranumerário na posição 12; 
• Ausências dentárias dos elementos 14, 36, 47, 
• Raiz residual do elemento 46; 
• Lesões por core nos elementos 37 45; 
• Restauração (em bom estado)nos elementos 24, 26, 
27, 35, 44, 45, 48 
 
- Análise ortodôntica: 
• Maloclusão em classe 1: 
• Diastemas na região de incisivos superiores; 
• Giroversão dos dentes 12, 16, 38 44: 
 
Isabela Alves P5 – ODONTOLOGIA UNINASSAU/RN 
• Mesinclinação do elemento 48 
• Intrusão do dente 17 extrusão dos dentes 15 e 16, que 
inviabilizaria a reconstrução dos elementos antagonistas: 
• Sobressaliência e sabremordida de 3 mm; 
• Guia anterior preservado, mas com interferências 
tanto do lado de trabalho como do lado de balanceio 
em lateralidade. 
- Exame periodontal 
• Foram constatados grandes lesões com presença de 
bolsa nos incisivos e primeiros maiores superiores; 
• Índice de sangramento aro de 37% e o índice de 
placa de 64%; 
• Ausências dentais (3 elementos); 
• Bolsas periodontais maiores que 6 mm; 
• Defeitos ósseos verticais e lesões de furca; 
• Foram constatadas grandes lesões com presença de 
bolsa nos incisivos e primeiros molares superiores 
FASE I DO PLANO DE TRATAMENTO – tratamento 
periodontal: 
• Instrução de higiene oral e dieta; motivação; aplicação 
de flúor; restauração provisória das lesões de cárie com 
ionômero de vidro; 
• Procedimentos básicos de raspagem coronoradicular; 
• Lesão de furca: raspagem com uso de retalho e 
plastia da furca; 
• Reavaliação periodontal evidenciou uma diminuição do 
índice de sangramento de 37% para 13% e do índice 
de placa de 64% para 28%. 
 
 
• Restauração provisória 37 e 45; 
• Tratamento cirúrgico: Exodontia da raiz de elemento 
46: 
• Após finalização do tratamento periodontal e 
reavaliação, foi indicado o tratamento ortodôntico: 
FASE II 
• Após a conclusão do plano de tratamento 
ortodôntico, teve Inicio a fase restauradora; 
 
 
 
 
• Restauração em resina composta no 37 e 45; 
• O tratamento protético incluiu montagem em 
articulador semi-ajustavel e ceroplastia de diagnóstico. 
- Tratamentos protéticos propostos: 
• PPR em ambos os arcos; 
• Próteses parciais fixas; 
 
Isabela Alves P5 – ODONTOLOGIA UNINASSAU/RN 
• Inter-relação entre as possibilidades anteriores e a 
prótese implantossuportada. 
FASE III 
• Controle e manutenção 
 
Caso 2. 
 
FASE I 
• Tratamento periodontal de suporte e adequação do 
meio (raspagem, orientação de higiene e dieta); 
• Remoção da ponte fixa, avaliação radiográfica para 
analisar a situação dos dentes pilares que sustentavam a 
ponte fixa, para planejar provisórios. 
• Analisar a necessidade de exodontia; 
FASE I I 
• Avaliação das restaurações de amálgama, caso não 
estejam boas, devem ser trocadas; 
• Realizar a restauração das cervicais com abfração; 
• Planejamento protético: PADRÃO OURO - coroas nos 
elementos em condições e implantes nos elementos 
que faltam; OUTRAS ALTERNATIVAS – PPR (fresada) 
acoplada às coroas. 
FASE I I 
• Controle e manutenção 
Caso 3 
 
FASE I 
• Adequação do meio (raspagem, orientação de higiene 
e dieta, adequações/urgências estéticas – provisório); 
• Tratamento periodontal de suporte; 
• Remoção da ponte fixa, avaliação radiográfica para 
analisar a situação dos dentes pilares que sustentavam a 
ponte fixa, para planejar provisórios. 
• Coroas provisórias e restaurações provisórias; 
FASE I I 
• Restaurações e prótese definitiva – PADRÃO OURO - 
coroas e implantes; OUTRAS ALTERNATIVAS – 
exodontias, tratamento básico de suporte; refazer as 
restaurações e PPR. . 
FASE I I 
• Controle e manutenção

Continue navegando