Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Parceria entre escola e família: a Educação Inclusiva Apresentação Você sabia que é muito importante haver uma parceria entre a escola e a família na educação inclusiva? Todos sabemos que a família cumpre um papel primordial na educação de uma criança. Mais do que o direito de fazer as escolhas de cunho educacional de seus filhos, a família tem o dever legal e a responsabilidade por decisões que atendam aos interesses da criança. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer a importância da parceria entre escola e família na educação inclusiva. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Indicar ações de participação da família na educação inclusiva.• Identificar o nível de interação entre a escola e a família a partir de uma enquete com pais e comunidade escolar. • Reconhecer os critérios de escolha da escola pela família.• Desafio Que a participação da família na escolarização dos filhos é essencial já é senso comum. Essa parceria entre a família e a escola é importante em todas as esferas no caso de crianças sem deficiência ou dificuldades de aprendizagem, tornando-se primordial no caso daquelas com deficiência ou necessidades educacionais especiais. Observando o pai de Carol, responda: quais os critérios que poderia seguir para a escolha da escola adequada para ela? Como Jair deve preparar a filha para participar do contexto escolar? Infográfico O diálogo, a colaboração e o compartilhamento deveriam ser as bases de trabalho sobre as quais a escola e a família formassem uma equipe cujo objetivo será sempre o pleno desenvolvimento de todas as crianças, principalmente daquelas com deficiência ou necessidades educacionais especiais. Para entender o nível de interação entre a família e a escola, Luana realizou uma pesquisa com pais. Ela entende que a escola é a base para uma educação com sucesso, mas que o princípio da educação vem das famílias e que essas são agentes educativos. Veja abaixo a pesquisa de Luana. Conteúdo do livro A função educativa da família é de importância fundamental, uma vez que é a primeira instituição social em que o ser humano é inserido. Os pais e as mães são os primeiros e os principais educadores das crianças, mas, com o passar do tempo, essa função educadora será gradativamente dividida com outras instituições, principalmente com a escola. Quando pais e profissionais trabalham juntos durante a infância, os resultados têm um impacto positivo no desenvolvimento da criança e na sua aprendizagem. Desta forma, no caso das crianças com necessidades educacionais especiais, não seria diferente. Para aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto, faça a leitura do capítulo Parceria entre escola e família: educação inclusiva, base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. EDUCAÇÃO INCLUSIVA Michela Carvalho da Silva Parceria entre escola e família: educação inclusiva Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Indicar ações de participação da família na educação inclusiva. � Identificar o nível de interação entre a escola e família a partir de uma enquete com pais e comunidade escolar. � Reconhecer os critérios de escolha da escola pela família. Introdução Você sabia que é muito importante haver uma parceria entre a escola e a família na educação inclusiva? Todos sabemos que a família cumpre um papel primordial na educação de uma criança. Mais do que o direito de fazer as escolhas de cunho educacional de seus filhos, a família tem o dever legal e a responsabilidade por decisões que atendam aos interesses da criança. Neste texto, você vai conhecer a importância da parceria entre escola e família na educação inclusiva. As funções da família na educação De acordo com Witt (2016), a definição de família é feita em termos do que uma família é, com ênfase em sangue e afinidade, e do que uma família faz, ou das funções que cumpre. Isso inclui reprodução, socialização, proteção, regulação do comportamento sexual, afeto, companheirismo e fornecimento de status social. A família tem inúmeras funções no contexto do desenvolvimento do ser humano. Você pode considerar, por exemplo, a função procriadora, que con- siste em assegurar a continuidade das gerações familiares e da vida humana. Muitas famílias encontram o sentido da sua união nos filhos a que deram existência. Isso pode ser considerado um reflexo do pensamento advindo da igreja católica e que ainda vem repercutindo até os dias de hoje. Algumas delas referem, ainda, que os filhos podem servir também como companhia na sua velhice, mantendo a unidade do núcleo familiar. A função alimentar é, sem sombra de dúvida, uma das mais básicas. Com- pete à família assegurar o sustento da criança, satisfazendo as suas necessidades relacionadas à nutrição, do vestuário e ao abrigo. A função protetora se baseia no fato de que a infância do homem é um período frágil. Por isso, a criança necessita dos cuidados e da proteção dos adultos para sobreviver. Além disso, é importante que você saiba que essa função protetora por parte da família não se limita apenas aos primeiros anos de vida, mas se estende para além da infância. Na sociedade atual, é cada vez mais comum essa função se prolongar até a idade adulta. A função educativa, que será o assunto alvo deste texto, é de importância fundamental, uma vez que é a primeira instituição social em que o ser humano é inserido. Os pais e as mães são os primeiros e os principais educadores das crianças. Mas, com o passar do tempo, essa função educadora será gra- dativamente compartilhada com outras instituições, principalmente com a escola. Quando pais e profissionais trabalham juntos durante a infância, os resultados têm um impacto positivo no desenvolvimento da criança e na sua aprendizagem. Dessa forma, as famílias proporcionam o contexto no qual as crianças nascem, são socializadas e estabelecem suas identidades básicas. É nela que se adquire, além da linguagem, do afeto e de crenças culturais, as regras básicas de convivência em sociedade e os valores morais. Assim, o processo de ensino-aprendizagem da criança no ambiente escolar necessita de uma continuidade no ambiente familiar, pois ambas as instâncias têm por objetivo comum a educação da criança. É na instituição familiar que ocorrem as primeiras aprendizagens da criança. Por esse motivo, a família deve assumir um papel primordial na educação, sendo o primeiro e mais importante agente educativo, o núcleo central do desenvolvimento global da criança no que se refere ao domínio afetivo, social, cognitivo e motor. É a partir da família que são transmitidos os valores educativos às crianças. É nela que se adquirem os primeiros conhecimentos e os valores morais que servirão de alicerces para a sua vida futura e que, muito provavelmente, serão a base da sua personalidade. Educação inclusiva2 Ações de participação da família na educação inclusiva Você já sabe que a participação da família na escolarização dos filhos é essen- cial. Essa parceria entre a família e a escola é importante em todas as esferas, no caso de crianças sem deficiência ou dificuldades de aprendizagem. E ela se torna primordial no caso daquelas com deficiência ou necessidades educa- cionais especiais. Nesses casos, a criança necessita de um acompanhamento mais cuidadoso por parte da família. Isso ocorre pois eles envolvem questões relativas às condições emocionais e psicológicas da criança, assim como fatores como ansiedade e problemas de autoestima. A escola tem o papel de observar a ocorrência dessas dificuldades e reportá-las à família. Assim, em um trabalho conjunto, esses problemas são diagnosticados e a criança é encaminhada ao atendimento profissional com- petente. Do mesmo modo, de posse do diagnóstico, é imprescindível que a escola acompanhe a evolução escolar do aluno, modificando ações e criando alternativaspara melhorar o seu desempenho. A família pode se fazer presente e participar da vida escolar do filho de várias formas. Pode, por exemplo, fazer uma revisão em casa do conteúdo que foi trabalhado na sala de aula, além de participar de reuniões com a equipe escolar com o objetivo de planejar, adaptar o currículo ou compartilhar os avanços das crianças. Estar presente como parceiro das equipes e participar de todos os aspectos operacionais da escola, trocando opiniões e experiências, assim como participar de atividades extracurriculares e treinamentos relevantes também são ações que podem levar a uma inclusão verdadeiramente concreta. Isso ocorre porque a escola, a família e a criança estão envolvidas em um processo com um único objetivo: o bem-estar e o aprendizado desta última. A escola inclusiva conta com a participação da família e da comunidade. Isso ocorre pois somente as ações dos gestores e educadores não são sufi- cientes para promover a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais. As crianças com deficiência ou necessidades educacionais especiais demandam um apoio maior tanto da comunidade escolar quanto da família e da comunidade em geral para o seu pleno desenvolvimento. É importante que você se lembre de que a família é o alicerce natural para a criança. É a partir de ações promovidas por ela que o seu desenvolvimento será impulsionado. Muitas vezes, a criança necessita de algum tipo de apoio ou acompanhamento externo, ou seja, que não é oferecido pela própria escola. Nesses casos, cabe à família buscar alternativas para suprir essas necessidades. Aqui você pode considerar atendimentos psicológicos, psicopedagógicos, fisioterapêuticos 3Parceria entre escola e família: educação inclusiva ou neurológicos, entre outros, dependendo da especificidade da necessidade da criança. É importante você lembrar que, para que a família desempenhe bem o seu papel, ela deve estar atenta a buscar orientações com médicos, psicólogos ou em centros de atendimento às pessoas com deficiência. O objetivo disso é estabelecer metas realistas e adequadas às capacidades da criança, dando- -lhe oportunidade de se desenvolver sem superprotegê-la, pressioná-la nem compará-la com outras crianças. No que se refere à legislação, a participação da família também é consi- derada de vasta importância. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei nº 8.069/90, no artigo 55, determina que “[...] os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.” (BRASIL, 1990). Já a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares (BRASIL, 2008). Assim, orienta os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades edu- cacionais, garantindo, entre outras prioridades, a participação da família e da comunidade. O artigo 205 do Capítulo III da Constituição Federal dispõe que “[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1988). Isso vem ao encontro do disposto no artigo 2º da LDB nº 9.394/96, que diz que “[...] a educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1996). Você deve saber que as disposições apresentadas acima se referem também à educação das pessoas com necessidades educacionais especiais. A educação é um direito de todos, assim como os deveres da família se estendem a todas as crianças, tenham elas alguma deficiência ou não. Educação inclusiva4 De acordo com Ross (1998), os pais são responsáveis pela formação da autoestima da pessoa com deficiência, desempenhando, portanto, a sua função quanto à formação emocional. Consequentemente, eles contribuem para a superação dos efeitos negativos da deficiência, favorecendo, assim, que a criança aceite sua própria condição. A interação entre a escola e a família Você deve imaginar que o diálogo, a colaboração e o compartilhamento de- vem ser as bases de trabalho sobre as quais a escola e a família formam uma equipe. O objetivo dessa equipe será sempre o pleno desenvolvimento de todas as crianças, principalmente daquelas com deficiência ou necessidades educacionais especiais. A participação ativa dos pais e o engajamento na vida dos filhos, inclusive no cotidiano escolar da criança, gera uma tendência de que os alunos se dediquem e se esforcem mais, além de se sentirem amados e apoiados. A família que se interessa em saber sobre a relação dos filhos com os pro- fessores, sobre o seu comportamento em sala de aula, suas notas e dificuldades, enfim, que procura se inteirar sobre tudo relacionado ao rendimento escolar do filho, normalmente está disposta e aberta a ajudar o professor a vencer os desafios em sala de aula, adotando medidas complementares em casa. Essa postura, inevitavelmente, promove uma melhora na performance do aluno. Quando os pais e professores interagem de forma contínua e procuram resolver os problemas imediatamente, considerando sempre as causas dos conflitos e dificuldades, certamente eles encontrarão juntos as melhores soluções para a família, para os educadores, para a instituição escolar e, principalmente, para os alunos. A razão de ser da parceria entre escola e família será sempre o bem-estar do aluno, a sua inserção na sociedade, o seu pleno desenvolvimento como ser humano, cidadão e trabalhador. 5Parceria entre escola e família: educação inclusiva Na educação inclusiva, é importante que os pais enxerguem os professores como aliados, e que os professores vejam os pais como potencializadores do rendimento escolar. Isso abre maiores possibilidades de conversar abertamente sobre os problemas dos alunos, identificando as deficiências de aprendizagem e reprogramando o processo de ensino de maneira personalizada e eficaz. Não basta dizer a um pai que o seu filho não está aprendendo, não está prestando atenção nas aulas e não está ajudando nas atividades. O pai precisa ser orien- tado sobre como pode intervir e o que deve fazer para ajudar a solucionar o problema. Além disso, os direitos e deveres da família e da escola devem estar claramente definidos. Muitas vezes, não é da alçada dos próprios pais a reso- lução de determinados problemas e se faz necessária a busca de profissionais para prestarem o devido auxílio. Por outro lado, a criança passa muitas das horas do dia na escola. Além disso, muitas vezes, são os profissionais de educação que têm um maior convívio com ela. Por isso, é da escola que parte o alerta à família de que a criança apresenta alguma dificuldade ou problema que não pode ser solucio- nado na própria instituição. A partir do alerta, a busca por acompanhamento com profissionais da área da saúde ou da educação fora da escola é feita pela família, mas sempre tendo em vista a troca de informações sobre a evolução do aluno em todas as esferas. É a partir dessa troca que pais e professores serão capazes de proporcionar as melhores ações voltadas para o bem-estar e desenvolvimento das potencialidades e habilidades da criança. De acordo com a Constituição Brasileira, no seu artigo 227, “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao ado- lescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda formade negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (BRASIL, 1988). Educação inclusiva6 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm>. Acesso em: 20 dez. 2016. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado- lescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 20 dez. 2012. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: <https:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 20 dez. 2016. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008. Ross, P. Pressupostos da integração/inclusão frente à realidade educacional. In: CONGRESSO ÍBERO-AMERICANO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 3., 1998, Foz do Iguaçu. Resumos... Foz do Iguaçu: Secretaria de Educação Especial. Ministério da Educação e do Desporto, 1998. p. 239-243. WITT, J. Sociologia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Leituras recomendadas BRAMBATTI, F. F. A importância da família na educação de seus filhos com dificuldades de aprendizagem escolar sob a ótica da psicopedagogia. Revista de Educação do IDEAU, v. 5, n. 10, p. 1-16, jan./jun. 2010. Disponível em: <http://www.ideau.com.br/getulio/ restrito/upload/revistasartigos/201_1.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2016. FIGUEIRA, E. A parceria entre família e escola na Educação Inclusiva. [S.l.]: Educação Inclusiva em Foco, 2016. Disponível em: <http://educacaoinclusivaemfoco.com.br/ parceria-entre-familia-e-escola-na-educacao-inclusiva/>. Acesso em: 20 dez. 2016. MITTLER, P. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. REIS, V. A. de S. O envolvimento da família na educação de crianças com necessidades edu- cativas especiais. 2012. 159 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Escola Superior de Educação João de Deus, Lisboa, 2012. Disponível em: <https://comum. rcaap.pt/bitstream/10400.26/2597/1/V%C3%A2niaReis.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2016. 7Parceria entre escola e família: educação inclusiva Dica do professor Assista à dica do professor, que vai nos falar um pouco sobre a importância da participação da família na inclusão escolar. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Exercícios 1) A família é o principal _________________________________ e onde se produzem relações de cuidado entre os seus membros através da proteção, do acolhimento, respeito à individualidade e à potencialização do outro. Em cada família, existem valores transmitidos de geração em geração, envolvendo afeto e identidade. A) Agente da socialização primária. B) Agente da aprendizagem. C) Agente de educação social. D) Agente de orientação. E) Agente de supervisão. 2) A família, primeiro berço educacional do ser humano, possui algumas obrigações convencionalmente estabelecidas no seio das sociedades às quais pertencem. Em nossa sociedade ocidental, alguns papéis que lhe cabem são claramente demarcados inclusive em documentos legais, como, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1992) e a Constituição de 1988. Nos dois documentos é possível verificar aspectos comuns quanto ao papel da família no crescimento e no desenvolvimento de seus filhos, como por exemplo: A) Garantir a escolarização - garantir uma criação voltada para a cidadania e uma vida digna - garantir carinho, proteção e afeto. B) Garantir a escolarização - garantir uma criação voltada para a cidadania e uma vida digna. C) Garantir a escolarização - garantir uma criação voltada para a cidadania e uma vida digna - garantir aprendizagem. D) Garantir escolarização. E) Garantir uma vida digna voltada à cidadania. 3) Sair de um sistema educacional comum, com classes homogêneas e pedagogia específica, para um novo sistema reorganizado com base na inclusão de todos os alunos, independente de suas necessidades, exige uma mudança de perspectivas, ações e comportamentos. Entretanto, apesar da força da lei, muitas são as dificuldades e os empecilhos para que essa transição ocorra de maneira satisfatória. Pode-se dizer que: A) Um assistente de apoio trabalha apenas em regime individual, o que gera dificuldade quando a classe tem mais de uma criança com deficiência. B) Os conhecimentos e as práticas repassados aos professores fazem com que não encontrem dificuldades para lidar com o processo de inclusão. C) Não é considerado como dificuldade o conceito único de inclusão, permitindo às escolas seguir a mesma política educacional. D) As práticas pedagógicas não constituem empecilho, pois continuam as mesmas nas escolas regulares, sendo que o aluno incluído vai se adaptando a elas. E) Pais preconceituosos podem dificultar a integração do filho, com deficiência ou não, no processo de inclusão e de interação. 4) A colaboração entre o lar e a escola pode ser extremamente variada, envolvendo aspectos da educação geral, relações sociais, saúde dos alunos, sistema de apoio, questões técnicas, implementação e avaliação de planos, elaboração de políticas em relação a fatores acadêmicos e sociais, entre outros. Qual a melhor forma para que a colaboração realmente aconteça? A) A colaboração entre pais e escola quase nunca acontece, pela importância dada ao assunto e a falta de tempo dos envolvidos, principalmente dos pais. B) A iniciativa para que a colaboração aconteça é de competência do pessoal da escola que, detectando uma necessidade, convoca os pais para supri-la. C) As crianças sem necessidades educacionais especiais são resistentes à colaboração para com aquelas que têm, no que são apoiadas pelos pais. D) Reuniões com os pais têm como objetivo apontar as deficiências e dificuldades dos filhos, para maior acompanhamento da família sobre o aluno. E) Formas de colaboração entre pais, professores e escola podem envolver o planejamento de jogos, excursões e atividades sociais no âmbito da escola ou fora dela. 5) A colaboração entre o lar e a escola consiste na cooperação entre pais e educadores com o propósito de melhorar o atendimento recíproco, a maturidade geral e o bem-estar emocional e social dos alunos. Considerando a importância da colaboração entre os pais e a escola, é correto afirmar que: A) Quando a colaboração é direcionada especificamente a alunos com necessidades especiais, a iniciativa para reunir pais e professores cabe à família do aluno. B) Os pais não participam do processo de mudança no que se refere à transferência de alunos do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, sendo este de responsabilidade da escola. C) A conexão entre lar-escola e a qualidade da colaboração prestada deve ser mantida e avaliada pelos pais. D) A colaboração entre o lar e a escola se dá, basicamente, no relacionamento entre pais e professores. E) A participação dos pais na educação dos filhos, especialmente aqueles com deficiência, pode contribuir para a melhoria do trabalho da escola e para o desenvolvimento do aluno. Na prática Observe algumas ações de participação da família na educação inclusiva. Lúcia é professora há 2 anos em uma Escola Regular do Ensino Fundamental que atende à educação inclusiva. Ela percebe a dificuldade em efetivar ações que identifiquem a participação da família na escola. Desta forma, a professora Lúcia e a equipe diretiva da escola começaram a pensar em estratégias para promover o envolvimento dos pais dentro daquele contexto escolar. Outra estratégia importante pensada pela professora Lúcia é a de realizar ações de formação com os familiares para que eles possam, sempre que possível, ter um convívio dentrodaquele contexto escolar. Quando as famílias oferecem trabalho voluntário à escola, os benefícios são para ambos. As famílias voluntárias demonstram possuir maior confiança na escola, acreditando no trabalho dos professores e valorizando-os, desenvolvendo competências educativas que lhes são úteis em contextos diferentes. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Inclusão escolar e família | 3 detalhes que todo professor precisa saber Neste vídeo, confira dicas de como o educador pode extrair o melhor da relação com a família do seu aluno com deficiência. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A escolarização de pessoas com altas habilidades ou superdotação Veja como trabalhar as potencialidades de crianças e adolescentes com AH/SD dentro do ambiente escolar. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Relação família-escola-criança com transtorno do espectro autista: percepção de pais e professoras Neste artigo, confira um estudo que teve como objetivo investigar a relação entre a família e a escola no contexto da inclusão de crianças com TEA. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Inclusão de alunos com deficiência intelectual: recursos e dificuldades da família e de professoras Leia um estudo que teve como objetivo verificar como está ocorrendo o processo de inclusão de alunos com deficiência intelectual, identificando recursos e dificuldades, de acordo com responsáveis e professores. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Compartilhar