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TCC LEASING

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Descrição: insutec
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE DIREITO
Contrato de Leasing
Luanda-2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE DIREITO
Contrato de Leasing
Trabalho apresentado ao Instituto Superior Politécnico de Ciências e Tecnologia como parte dos requisitos para obtenção de nota de 2ª frequência da cadeira de Direito do Comercio Internacional, no Curso de Direito. 
Grupo º: 9º
Outrora: António Paulo Jawa
 Bernarda Matuabi
 Emanuel Garcia 
 Wilson P.B Joaquim
Luanda-2023
RESUMO
A economia angolana vem registando fortes investimentos nos sectores produtivos e sociais, facto que tem obrigado os operadores económicos a procurarem fontes de financiamentos mais expeditas para dar respostas às necessidades de recursos financeiros de que necessitam, com vista à persecução dos projectos de investimento concebidos. As tradicionais fontes de financiamento bancário de um modo geral, não respondem à procura de recursos financeiros por parte dos investidores, afetando a concretização dos projetos concebidos, adiando-os, ou como muitas vezes acontece, impedindo a sua concretização. Logo, o presente trabalho tem como objectivo descrever os pressupostos para a constituição do contrato de leasing em Angola. 
Palavras-chaves: Contratos Internacionais; Leasing; Sociedade de Locação.
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
CAPÍTULO I-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	2
1.1. Definição de termos e conceitos	2
1.1.1. Contratos internacionais	2
1.1.2. Leasing	2
1.1.3. Sociedade de locação	3
2. Origem e evolução do leasing a nível internacional	3
2.1. Modalidades de contrato de leasing	4
3. Contrato de leasing na ordem jurídica angolana	5
3.1. Pressuposto do contrato de leasing	5
3.2. A forma e a publicidade do contrato	6
3.3. Os direitos e as obrigações dos sujeitos do contrato	6
3.4. O prazo do contrato	8
3.5. A cessação do contrato	8
CONCLUSÃO	9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	10
INTRODUÇÃO
Com a entrada no mercado financeiro da Bolsa de Valores, das Sociedades de Leasing e de Factoring, é esperada uma nova dinâmica no desenvolvimento e concretização dos vários projetos de investimento, por se constituírem fontes de financiamento alternativas, capazes de responder à actual procura de recursos financeiros por operadores económicos deficitários. 
Objectivo geral 
Identificar os pressupostos legais para a constituição do contrato de leasing em Angola.
Objectivos específicos 
Abordar o processo histórico do contrato de leasing
Descrever a forma da constituição de contrato de leasing em Angola
Métodos e técnicas utilizadas 
para a recolha das informações precisas e claras para o nosso trabalho de investigação científica, foi necessário usar diversos métodos e técnicas. Quanto aos métodos, utilizamos o documentário (ou revisão bibliográfica), o analítico e o histórico: 
Método documentário, possibilitou-nos percorrer a documentação referente ao nosso projeto;
Método analítico, permitiu-nos analisar brevemente os dados recolhidos durante o nosso estudo;
CAPÍTULO I-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pretende-se neste capítulo rever o estado da arte do tema de investigação, encetando pelos conceitos gerais, as modalidades e características fundamentais do leasing.
1.1. Definição de termos e conceitos
1.1.1. Contratos internacionais 
De acordo com Magalhães (2017) “o contrato internacional são aqueles que contém um elemento estrangeiro, seja localização do domicilio ou sede das partes em países diversos, seja o trânsito do objecto do contrato de um país para o outro, ou, ainda o pagamento remetido do exterior”
Os contratos internacionais do comercio são todas manifestações de vontade de duas ou mais partes, que buscam criar relações patrimoniais ou de serviços. Essas relações estão potencialmente sujeitas a dois ou mais sistema jurídico, pela força do domicilio, nacionalidade, sede principal dos negócios, lugar do contrato, lugar da execução, ou qualquer circunstância que possa ser entendida como indicativa de lei aplicável.
1.1.2. Leasing
Segundo Agustini (1995), o termo leasing é do gerúndio do verbo inglês to leasing que significa arrendar.
O leasing se assemelha a uma operação de aluguel, na qual durante o período da operação, aquele que contrata o leasing tem o direito de utilizar o bem.
Ou seja, é um contrato que possibilita a uma pessoa física ou jurídica a utilização de equipamentos ou imóveis, a um prazo determinado, por mediação de um arrendador.
Este tipo de contrato também é conhecido como arrendamento mercantil e as partes envolvidas são:
	o “Locador” – geralmente um banco ou uma sociedade de arrendamento mercantil;
	o “Locatório” – que é quem solicita a operação.
1.1.3. Sociedade de locação
No caso de Angola, o Decreto Presidencial n.º 65/11, de 18 abril de 2011, define que sociedades de locação financeira são instituições financeiras não bancárias, que têm por objecto exclusivo o exercício da actividade de locação financeira, podendo acessoriamente alienar, ceder por exploração, locar ou efectuar outros actos de administração sobre bens que lhe sejam restituídos em virtude de resolução de um contrato de locação financeira ou por motivos do não exercício do direito de compra pelo locatário, assim como locar bens móveis fora dos casos em que os bens lhes hajam sido restituídos no termo do contrato de locação financeira. 
Estas sociedades, devem constituir-se como sociedades comerciais sob a forma de sociedades anónimas. Para além destas sociedades, os bancos podem igualmente celebrar contratos de locação financeira. A actividade de locação em Angola é supervisionada pelo Banco Nacional de Angola.
Assim, pode-se concluir que Sociedades de Locação Financeira ou Leasing são Instituições Financeiras não Bancárias, supervisionadas pelos Bancos Centrais, constituídas sob a forma de sociedades comerciais anónimas e que têm por objecto o exercício de locação financeira de bens móveis e imóveis.
2. Origem e evolução do leasing a nível internacional 
As raízes históricas do leasing segundo Sousa e Famá, em artigo publicado na Revista Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo, v.1, n.4, pp. 62-76, 1º sem/971 , datam do século XVIII A.C, com Hamurabi – considerado o primeiro legislador do mundo que, regulamentou entre outros assuntos, as transações comerciais e as relações de propriedade. 
A locação de material rolante para os caminhos de ferro nos anos 40 do século passado constituiu o primeiro exemplo conhecido de um leasing financeiro de equipamento comercial ou industrial. As locadoras, conhecidas ao tempo por “companhias de vagões” contaram-se entre as primeiras a serem registadas na Grã-Bretanha e a tirarem partido da forma jurídica da responsabilidade limitada.
Segundo Miranda, em artigo publicado na Revista Virtual Direito Brasil Publicações, volume 2 – n.º 2 (2008, pp. 2, 3, 4);3 O arrendamento mercantil ou leasing foi introduzido nos Estados Unidos por volta de 1700, pelos colonos ingleses em Baltimore e Filadélfia. Entretanto, referem, que sua real expansão ocorreu em Março de 1941 durante a Segunda Guerra Mundial, com a promulgação da “Lend and Lease Act” em 11-03-1941, pelo então presidente Roosevelt. 
O governo americano efetuava empréstimos de equipamentos bélicos aos países aliados, sob a condição de finda a guerra, serem eles adquiridos ou devolvidos. Todavia, é na década de 50 que nasce o leasing de forma plena nos Estados Unidos. Nesta altura destaca-se o caso do empresário Boothe Jr., proprietário de uma empresa de alimentos na Califórnia, necessitando de atender um contrato muito importante de fornecimento firmado com o exército, e não possuindo equipamentos e disponibilidades para adquiri-los, resolveu alugá-los. Sem o dispêndio grande de capital, criou em 1952, uma sociedade com o capital de 20 mil dólares, e o seu sucesso foi tão grande e imediato com o prestígio e crédito bancário que conseguiu. A indústria do leasing, no sentido contemporâneo, inicia-se com o estabelecimento, em 1952, em São Francisco da Califórnia, daprimeira locadora conhecida, que ainda hoje opera sob a sigla USL (United States Leasing ou U.S. Leasing). 
2.1. Modalidades de contrato de leasing
A locação ou leasing apresenta diversas modalidades entre as quais se destacam a locação operacional e a locação financeira, tendo cada uma um tratamento contabilístico diferente. O enquadramento do tipo de locação reveste-se de grande importância, tornando necessário atender a substância sob a forma da transação e não apenas a sua forma legal. O contrato de locação financeira se distingue em operacional e financeiro. 
Locação operacional ou leasing operacional – Silva et. al. (2005) referem que é um contrato que prevê a sua própria revogação em qualquer momento por simples vontade do locatário. Consideram que é uma locação que não seja de considerar financeira, onde o locador presta ao locatário alguns serviços e têm entre outras as seguintes características: 
	Não há transferência da propriedade do bem. 
	O locatário paga um conjun bfawto de rendas acordadas periodicamente que somadas não cobrem geralmente o preço do bem.
Por seu turno a Locação financeira ou leasing financeiro– Segundo Lopes (2013) “uma locação financeira é um acordo pelo qual o locador transfere ao locatário substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse de um activo. O título de propriedade pode ou não ser eventualmente transferido. Por seu lado, Silva et. al.(2005), afirmam que “o leasing financeiro, traduz-se no financiamento do uso de um bem que o locador faculta ao locatário, cujo contrato é irrevogável no período inicial, que corresponde geralmente à vida útil do bem”. 
A locação financeira, diferente da locação operacional, consubstancia-se fundamentalmente no financiamento do uso de um bem que o locador faculta ao locatário, não sendo de todo relevante a eliminação dos riscos inerentes a sua propriedade, permitindo que o locador recupere o seu investimento através da inclusão nas rendas da amortização do bem, do juro de financiamento e da sua margem de lucro. Neste tipo de contratos, ficam excluídos do âmbito dos contratos os serviços colaterais associados ao activo, tais como a conservação e reparação. Outro elemento fundamental desta modalidade é o facto de não ser admitido a denuncia unilateral, prevendo a mesma cláusulas severas em caso de não cumprimento.
3. Contrato de leasing na ordem jurídica angolana
No caso de Angola esta modalidade de financiamento é nova e pouco praticada. Contudo, instrumentos normativos foram aprovados e publicados a partir de 2011. Trata-se do Decreto Presidencial n.º 64/11, de 18 de Abril, que aprova o Regulamento do Contrato de Locação Financeira, e do Decreto Presidencial n.º 65/11, de 18 de Abril, que aprova o Regulamento Sobre a Actividade das Sociedades de Locação Financeira e que consta do Diário da República n.º 72, I Série, de 18 de Abril de 2011. 
o Decreto Presidencial Nº64/11 de 18 de Abril também publicado no Diário da República Nº 72 I Série de 18 de Abril 2011 define:
Artigo 1º: “Locação financeira» é o contrato pelo qual uma das partes se obriga, contra retribuição a conceder á outra o gozo temporário de uma coisa, móvel ou imóvel, adquirida ou construída por indicação desta e que a mesma pode comprar total ou parcialmente num prazo convencional, mediante o pagamento de um preço determinável nos termos do próprio contrato.
Artigo 2º: A locação tem como objeto quaisquer bens susceptíveis de serem dados em locação.
3.1. Pressuposto do contrato de leasing
Um contrato de arrendamento ou leasing, deve registar os seguintes elementos: 
	Locatário ou usuário: pessoa ou empresa que necessita de usufruto de um bem sem dispêndio imediato do valor para aquisição do mesmo, 
	Locador ou proprietário financiador detentor do bem ou de capital para financiar a compra do bem podendo ser bancos, instituições financeiras ou sociedades de locação financeira legalmente constituídas. 
	Bem, 
	Valor do bem, 
	Taxa de juro, 
	Valor da prestação e sua periodicidade (capital e juros), 
	Duração do contrato, 
	Opção de compra ou não, 
	Valor residual da venda da propriedade após a conclusão do contrato de arrendamento
3.2. A forma e a publicidade do contrato
Na vigência do Decreto presidencial n.º 64/11, de 18 de Abril, no seu artigo 3º, a locação financeira de coisas imóveis tinha de ser celebrada por escritura pública e a de coisas móveis por escrito particular. Nesta última hipótese, seguir-se-ia ou a autenticação notarial ou o reconhecimento por semelhança das assinaturas dos outorgantes, consoante o bem objecto do contrato fosse ou não sujeito a registo 
Nos termos do artigo acima citado nº3ce nº 4, o legislador revelou uma clara preocupação de uniformizar e de simplificar, ficando a locação financeira de coisas móveis exclusivamente sujeita à exigência de documento particular e bastando para os bens imóveis um documento particular com o reconhecimento presencial das assinaturas das partes, já não sendo necessária a celebração do contrato por escritura pública. 
3.3. Os direitos e as obrigações dos sujeitos do contrato
As obrigações do locador financeiro restringem-se a adquirir ou a mandar construir o bem a locar; a conceder o gozo do bem (e já não a assegurar, dado o regime de transferência do risco a que faremos referência mais à frente no presente artigo) para os fins a que se destina, abstendo-se de qualquer acto perturbador; e a vender o bem ao locatário financeiro, caso este exerça a opção de compra findo o contrato (artigo 12º, n.º 1, do Decreto Presidencial n.º 64/11, de 18 de Abril), daí que a posição do locador financeiro se aproxime, quer no plano económico, quer no plano jurídico, da posição do credor detentor da propriedade a título de garantia. 
No que concerne aos direitos do locador financeiro, cumpre referir o de defender a integridade do bem, nos termos gerais de direito; o de examinar o bem, sem prejuízo da actividade normal do locatário financeiro; e o de fazer suas, sem compensações, as peças ou outros elementos acessórios incorporados no bem pelo locatário financeiro (artigo 12, n.º 2, alíneas a), b) e c) do Decreto Presidencial nº 64/11, de 18nde Abril.
São, por seu turno, obrigações do locatário financeiro, entre outras, a de pagar as rendas; a de facultar ao locador financeiro o exame do bem locado; a de não aplicar o bem a fim diverso daquele a que ele se destina ou movê-lo para local diferente do contratualmente previsto, salvo autorização do locador financeiro; a de assegurar a conservação do bem e não fazer dele uma utilização imprudente; a de realizar reparações, urgentes ou necessárias, bem como quaisquer obras ordenadas pela autoridade pública; a de não proporcionar a outrem o gozo total ou parcial do bem por meio da cessão onerosa ou gratuita da sua posição jurídica, sublocação ou comodato, excepto se a lei o permitir ou o locador financeiro autorizar; a de comunicar ao locador financeiro, dentro de quinze dias, a cedência do gozo do bem, quando permitida ou autorizada; a de avisar imediatamente o locador financeiro, sempre que tenha conhecimento de vícios no bem ou saiba que o ameaça algum perigo ou que terceiros se arrogam direitos em relação a ele, desde que o facto seja ignorado pelo locador financeiro; a de efectuar o seguro do bem locado, contra o risco da sua perda ou deterioração e dos danos por ela provocados; e a de restituir o bem locado, findo o contrato, em bom estado, salvo as deteriorações inerentes a uma utilização normal, quando não opte pela sua aquisição (artigo 13º, n.º 1, alíneas a), c) e d), e), f), g), h), i), j) e k) do Decreto Presidencial nº 64/11, de 18 de Abril.
Quanto aos direitos que assistem ao locatário financeiro, destacam-se o de usar e fruir o bem locado; de defender a integridade do bem e o seu gozo, nos termos do seu direito; de usar das acções possessórias, mesmo contra o locador financeiro; de onerar, total ou parcialmente, o seu direito mediante autorização expressa do locador financeiro; de exercer, na locação de fracção autónoma, os direitospróprios do locador, com excepção dos que, pela sua natureza, somente por aquele possam ser exercidos; e o de adquirir o bem locado, findo o contrato, pelo preço estipulado (artigo 12º, n.º 2, alíneas a), b), c), d), e) e f) do Decreto Preesidencial nº 64/11, de 18 de Abril.
3.4. O prazo do contrato
Na vigência do Decreto Presidencial n.º 64/11 (cfr. o artigo 10º), a locação financeira de coisas móveis ou imóveis não podia ser celebrada por prazos inferiores a dois e dez anos, respectivamente (n.º 1), e o prazo do contrato, quando este tivesse por objecto bens móveis, deveria corresponder aproximadamente ao período presumível de duração económica da coisa (n.º 2). Em qualquer caso, o contrato de locação financeira não poderia ter uma duração superior a trinta anos, havendo uma redução àquele limite sempre que se estipulasse prazo superior (n.º 3). 
3.5. A cessação do contrato
Vimos que o contrato também pode extinguir-se por resolução, a qual pode ser accionada por qualquer das partes, nos termos gerais, com fundamento em incumprimento (artigo 21° do Decreto Presidencial n.º 64/11, de 18 de abril, ou pelo locador financeiro, com fundamento em dissolução ou liquidação da sociedade locatária ou na verificação de qualquer dos fundamentos de declaração de falência do locatário financeiro (artigo 22º do Decreto Presidencial n.º 64/11). Em se dando o incumprimento definitivo pelo locatário financeiro, o locador financeiro pode, pois, resolver o contrato, reavendo o bem locado e exigindo o pagamento das rendas vencidas e não pagas, incluindo o contrato, frequentemente, cláusulas que prevêem pressupostos de resolução, designadamente quanto à falta de pagamento de rendas, muitas vezes acrescidas de cláusulas penais.
CONCLUSÃO
Em suma, quando alguém necessita de um certo bem possui, essencialmente, três alternativas: comprá-lo com os seus próprios recursos, pagando imediatamente o preço correspondente; contrair um empréstimo que permita adquiri-lo; ou celebrar um contrato de locação financeira. Partindo desta ideia, podemos definir a locação financeira como o contrato pelo qual um sujeito, necessitando de um certo bem, em vez de o comprar ou de contrair um empréstimo que permita adquiri-lo, convenciona com um intermediário financeiro que este o adquira (ou faça construir) por sua indicação, com o compromisso de depois lhe ceder o respectivo uso, por um certo prazo e contra o pagamento de uma renda, podendo o primeiro optar pela compra do bem, no fim do contrato.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Decreto Presidencial n.º 64/11, de 18 de Abril, que aprova o Regulamento do Contrato de Locação Financeira,.
Decreto Presidencial n.º 65/11, de 18 de Abril, que aprova o Regulamento Sobre a Actividade das Sociedades de Locação Financeira
Magalhães, J.C.(2017). Direito Economico internacional: tendências e perspectivas. 2º ed. P: 319 
Agustini, Carlos Alberto Di. (1995). O Leasing. 1ª Edição. Editora Atlas. São Paulo
ANTUNES VARELA, João de Matos (1994), Das obrigações em geral, vol. I, Almedina, Coimbra
Sousa e Famá, em artigo publicado na Revista Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo, v.1, n.4, pp. 62-76
https://www.leasingabel.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Edicao-169.pdf
https://www.irdp.gov.ao/images/leis/Lei_10_18.pdf
https://www.ine.gov.ao/Arquivos/Geral/Classificao-de-Actividades-Econmicas-reviso-2.pdf
https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/6548/1/Relat%C3%B3rio de Est%C3%A1gio CLF - Atividade Banc%C3%A1ria%2C Condicionantes do Cr%C3%A9ditos nos Particulares.pdf
https://www.occ.pt/dtrab/trabalhos/xviicica//finais_site/160.pdf
https://www.plmj.com/xms/files/v1/newsletters/2011/Outubro/A_TAO-ESPERADA_REGULAMENTACAO_DOS_CONTRATOS_DE__LEASING__E__FACTORING_.pdf
https://www.linkedin.com/pulse/angola-o-leasing-como-alavanca-do-investimento-econ%C3%B3mico-ara%C3%BAjo/?originalSubdomain=pthttps://investorcp.com/gestao-empresarial/o-que-e-leasing.

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