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Exame Clínico I - Amamnese e Exame Físico Geral Exame clínico Anamnese + Exame Físico Exame físico Geral Locoregional Anamnese Coleta de dados do histórico do paciente ➢ Identificação ➢ Queixa principal ➢ História da doença atual ➢ História médica (pregressa e atual) ➢ História familiar ➢ História social ➢ História dental ➢ Hábitos Queixa principal ➢ Motivo da consulta ➢ Descrever com as palavras do próprio paciente ➢ Entre aspas ➢ Segundo informações colhidas (sic) Ex: “Tem uma ferida na minha bochecha há 1 mês” sic História doença atual História da queixa principal ➢ Duração ➢ Frequência ➢ Curso ➢ Eventuais tratamentos História Médica História pregressa ➢ Doenças passadas ➢ Vacinações ➢ Hospitalizações ➢ Processos alérgicos ➢ Procedimentos cirúrgicos História Atual ➢ Doenças presentes ➢ Tratamentos em curso ➢ Medicações ➢ Frequência das consultas médicas ➢ Revisões dos sistemas História dentária ➢ Experiências dentárias anteriores ➢ Procedimentos cirúrgicos ➢ Anestesias ➢ Higienização extrabucal intrabucal Sinais vitais ➢ Pulso – 60-90 bpm (FC) ➢ Ritmo respiratório – 12-20 (FR) ➢ Temperatura – pessoas inativas 37ºc • Indivíduos ativos - 37,2°C • Crianças em atividade - 38°C ➢ Pressão arterial – 120x80 mmHg ➢ Saturação – 95-100% Exame físico geral Manobras semiotécnicas Manobras semiotécnicas diretas: • Inspeção • Palpação • Auscultação • Olfação • Percurssão Manobras semiotécnicas indiretas: • Vitropressão ou diascopia • Punção • Raspagem Exame clínico II Exame físico locoregional extrabucal • Simetria de face • Avaliação da ATM • Palpação de linfonodos Palpação dos linfonodos ➢ Método: inspeção e palpação ➢ Utiliza-se: polpas digitais e as face ventral dos dedos médio, indicador e anular ➢ Sistematização: localização, tamanho e volume, consistência, mobilidade, sensibilidade e alterações da pele. Linfadenopatia Linfonodos inflamatórios: ➢ Infecção ativa - móveis, lisos, dolorosos e borrachóides ➢ Infecção anterior - móveis, lisos, indolores e borrachóides Linfonodos neoplásicos (células anormais): ➢ Fixos, rugosos, indolores e rígidos Exame Físico locoregional Intrabucal Sistema Estomatognático Complexas estruturas Funções Especializadas: ➢ mastigação ➢ sucção ➢ deglutição ➢ respiração ➢ fala ➢ gustação Cavidade Bucal Aberta • Lábios • Mucosa Labial • Mucosa Jugal • Soalho • Língua • Palato • Amígdalas • Úvula • Mucosa Gengival HISTOPATOLOGIA BÁSICA DA MUCOSA ORAL Mucosa Oral O que é • Revestimento de cavidades corpóreas internas dotadas de umidade. Cavidade bucal: umidade é mantida pela saliva. • Dividida em duas partes: tecido epitelial e conjuntivo. o Epitélio pavimentoso estratificado (queratinizado ou não). o Lâmina própria: o tecido conjuntivo (frouxo ou denso). • Regiões não queratinizadas (assoalho bucal, mucosa jugal, mucosa labial e palato mole) podem sofrer queratinização (por atritos constantes) e outros estímulos, principalmente físico-mecânicos e químicos — passa a ser paraqueratinizado (queratinização incompleta). Epitélio de revestimento oral Células que formam o epitélio da mucosa bucal: queratinócitos e são especializadas na produção de queratina (pode ou não estar presente na mucosa bucal). Divisão do epitélio oral ✓ Camada basal: células com alta capacidade de divisão saem da camada basal e vão compor a camada espinhosa. ✓ Camada espinhosa: junções existentes entre as células, (semelhantes a espinhos). É a camada mais espessa do epitélio da mucosa bucal. ✓ Camada granulosa: queratinócitos mortos e que exibem granulações em seu citoplasma. ✓ Camada de queratina (camada córnea), quando houver, é formada somente por essa proteína, não existindo praticamente elemento celular. Outras células que fazem parte do epitélio oral Melanócitos: produção de melanina (pigmento de proteção contra os ratios ultravioleta). Os melanócitos transferem a melanina para os queratinócitos. Células de Langerhans: células de defesa (apresentação de antígenos); Células de Merckel: especializadas nas sensações mecânicas. LÂMINA PRÓPRIA (Tecido Conjuntivo da Mucosa) Denso ou frouxo (dependendo da região anatômica) Duas regiões na lâmina própria: ✓ zona papilar: próxima ao epitélio, entre entre as projeções epiteliais, formando papilas conjuntivas; ✓ zona reticular: zona mais distante do epitélio. Subdivisões da mucosa oral ✓ Mucosa de revestimento ✓ Mucosa mastigatória ✓ Mucosa especializada ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS BÁSICAS DA MUCOSA ORAL Hiperqueratose Produção excessiva de queratina. Pode ser: -ortoqueratina (queratinização completa) -paraqueratina (queratinização parcial) Acantose Refere-se ao aumento do número de células (hiperplasia) da camada espinhosa (acantos). Acantólise Rompimento das ligações intercelulares da camada espinhosa com perda de adesão desmossômica Atrofia Diminuição do número de células e/ou seu volume. Exocitose Infiltração de células inflamatórias no tecido epitelial. Espongiose Edema intracelular epitelial. Atipia/Displasia Crescimento celular com alteração morfológica. Princípio da formação do câncer. Lesão Fundamental O que é lesão fundamental? ▪ É uma alteração macroscópica, física, através das quais algumas doenças se manifestam ▪ É um sinal ▪ É uma alteração clínica (inspeção visual e palpação) Doença – conjunto de sinais e sintomas 1) Quais são as lesões fundamentais? Erosão / Úlcera Mancha / Placa Pápula / Nódulo Vesícula / Bolha Erosão Perda parcial / atrofia do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo Úlcera (superficial / profunda) Perda total do epitélio com exposição do tecido conjuntivo subjacente Mancha ou Mácula (etiologia endógena / exógena) Alteração de cor tecidual sem elevação ou depressão Placa Discreta elevação tecidual, acompanhada ou não de alteração de cor Pápula Crescimento tecidual sólido com até 5 mm em seu maior eixo Nódulo Crescimento tecidual sólido maior que 5 mm em seu maior eixo Vesícula Crescimento tecidual com conteúdo líquido até 3 mm Bolha Crescimento tecidual com conteúdo líquido maior que 3 mm DESCRIÇÃO CLÍNICA DAS LESÕES ORAIS 1) Lesão fundamental 2) Localização 3) Outros Parâmetros Biópsia e Citologia Esfoliativa EXAMES COMPLEMENTARES ▪ Citologia ▪ Biópsia ▪ Hematológicos ▪ Imaginológicos CONCEITO: auxílio diagnostico através de coleta de tecido para estudo. • CITOLOGIA ESFOLIATIVA • BIÓPSIA INCISIONAL • BIÓPSIA EXCISIONAL # NÃO SUBSTITUI O EXAME CLÍNICO # COMPLEMENTAM OS ACHADOS CLÍNICOS Citologia esfoliativa estudo de células descamadas da mucosa, principalmente suprabasais, por meio de microscopia de luz, onde se analisam as mudanças morfológicas e morfométricas das células. INDICAÇÕES ➢ Infecções virais ou fúngicas ➢ Lesões extensas ou múltiplas ➢ Pacientes sem oportunidade cirúrgica ➢ Detecções de tumores malignos Citologia esfoliativa oncológica CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO DE ESFREGAÇO • Classe 0 - material inadequado ou Insuficiente para exame • classe i - células normais • classe ii - células atípicas, mas sem evidências de malignidade ❖ classe iii - células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade ❖ classe iv - células fortementesugestivas de malignidade ❖classe v - células indicando malignidade ❖indicativo de biópsia Biópsia exame complementar que consiste na remoção de um tecido vivo com a finalidade de realizar a análise macro e microscópica (anatomopatológico) # Não substitui o exame clínico # complementam os achados clínicos # correlação entre os achados clínicos e histopatológicos determinando o diagnóstico definitivo BIÓPSIA – TIPOS • Incisional retirada de fragmento(s) ou parte da alteração patológica • Excisional retirada total da alteração patológica BIÓPSIA – INDICAÇÕES • Lesões reacionais que não regridam Em 10 a 14 dias, após remoção de agentes irritativos • Lesões que interfiram com a função local • Curso clínico incoerente com o diagnóstico inicial • Sugestão de neoplasia maligna • Lesões ósseas ou tumefação abaixo do tecido • Aspecto clínico não indica diagnóstico CONTRA – INDICAÇÕES o Sistêmicas: pacientes não compensados (diabético, hipertenso, cardiopata) o Locais: hemangioma o Diagnóstico clínico definitivo o (herpes / candidíase / afta) o Áreas necrosadas Tipos de biópsia Incisional Indicado em: • lesões múltiplas e lesões extensas Que requerem diagnóstico definitivo Para planejar o tratamento • lesões com hipótese diagnóstica de Malignidade Excisional INDICADO EM: • Lesões bucais isoladas e pequenas • lesoes múltiplas • lesões com aspecto benigna TIPOS DE BIÓPSIA INCISIONAL o Punção aspirativa agulha fina (paaf) o Punção por aspiração o Biópsia/anatomo por congelação o Biópsia incisional em tecido ósseo o Core biópsia o Técnica cirúrgica - ANTISSEPSIA - ANESTESIA - EXÉRESE - SÍNTESE BIÓPSIA MÉTODOS • BISTURI • PUNCH • CURETAGEM • AGULHA FINA Exame clínico + anatomopatológico = Diagnóstico definitivo + prognóstico CONCLUSÃO O clínico avalia a consistência do diagnóstico do patologista com as manifestações clínicas para fazer o diagnóstico definitivo Exames laboratoriais MÉTODOS DE LABORATÓRIO Testes laboratoriais de investigação – resultados fornecem evidência de doença, mas um diagnóstico específico não pode ser baseado nesta informação Testes laboratoriais definitivos – apoiam um diagnóstico específico Sangue o Material de teste ideal o Obtenção fácil da amostra o Muitas doenças produzem anormalidades detectáveis no sangue periférico FUNÇÕES SANGUE: • Transporte de O2 e CO2 • Transporte de suprimentos • Transporte de células de defesa • Excreção • Regulação equilíbrio hídrico • Regulação temperatura Hemograma – composição • Eritrograma (série vermelha) • Leucograma (série branca) • Contagem de plaquetas Plasma: Proteínas, água, compostos minerais Elementos figurados: ➢ Glóbulos vermelhos: Eritrócitos ➢ Glóbulos brancos: Leucócitos • Granulócitos (granulações no citoplasma): Neutrófilos, Basófilos e Eosinófilos • Agranulócitos: Linfócitos e Monócitos Hemograma – conceito Exame laboratorial de rotina para avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue Velocidade da produção das células De acordo com a necessidade do organismo - oxigenação ou no eritrócito = rins produzem e liberam eritropoetina que estimula sua medula óssea Respostas a infecções = ↑ Leucócitos Respostas a sangramento = ↑ Plaquetas Eritrograma Pode ser alterado por diversos fatores: ➢ Sexo ➢ Idade ➢ Ocupação ➢ Origem étnica ➢ Altitude ➢ Dieta Hematoeritrocitometria • Número elevado: eritrocitose • Número diminuído: eritrocitopenia Hemoglobina Indicação relativamente exata da capacidade do sangue transportar oxigênio, refletindo a quantidade de hemoglobina dos eritrócitos, bem como o número deles. Hematócrito volume ocupado pelos eritrócitos de uma amostra de sangue (percentagem de eritrócitos totais do sangue) Hemograma • Eritrograma - Anemia - Policitemia Anemias São condições nas quais o no eritrócito ou a quantidade de hemoglobina presentes nessas células encontram-se abaixo do normal Organismo não transporta a quantidade adequada de oxigênio • Eritrograma Principais aplicações: ➢ Anemia: distúrbio que altera o transporte de oxigênio para os tecidos, seja por diminuição de eritrócitos ou da hemoglobina. ➢ Anemia por perda de sangue ➢ Anemia perniciosa: decorrente de deficiência de vit. B12 ou ác. fólico. ➢ Aplasia medular: é caracterizada pela destruição das células tronco, ou seja, dos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e também das plaquetas. ➢ Anemias hemolíticas: se caracteriza pela destruição de glóbulos vermelhos causada pelos próprios anticorpos do organismo. Ferropriva (deficiência de ferro), falciforme (formato de foice) e talassemia (defeito na fabricação da hemoglobina) Leucograma • Avaliação quantitativa e morfológica das séries leucocitárias • Contagem de leucócitos Variações: Aumentado- Leucocitose Diminuído- Leucopenia Coagulograma AVALIAÇÃO DA HEMOSTASIA- Parada de sangramento • Contagem de plaquetas • Prova do laço (fragilidade vascular) • Tempo de sangramento (alterações plaquetárias) • Tempo de coagulação (capacidade da fibrina formar coágulo) • Tempo de tromboplastina parcial (atividade de alguns fatores de coagulação) • Tempo de protrombina (atividade de alguns fatores de coagulação)
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