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OBSTETRÍCIA 
Profa. Ma. Gabriela Zanim
2 Módulo
CEDUC- Técnico em Enfermagem 
Ciclo menstrual e ovulatório normais
Sofre ação de hormônios secretados 
pelos ovários e pela hipófise.
Estrógeno e 
progesterona 
FSH e LH
Hormônios ovarianos
Estrógeno e progesterona.
Atuam diretamente no endométrio: 
afinamento ou espessamento.
Fase cíclica.
Hormônios hipofisários
FSH e LH.
Agem diretamente sobre os ovários na 
maturação dos óvulos.
Fase cíclica.
Ciclo ovulatório é o ciclo de 
maturação dos óvulos 
dentro dos ovários.
Da menarca à menopausa a 
mulher terá a maturação de 
1 óvulo a cada 28 dias. 
Primeira fase do ciclo menstrual
Nos primeiros 14 dias o FSH estimula o 
amadurecimento do óvulo, que estão 
protegidos por uma membrana 
folicular e o estrógeno estimula o 
aumento da espessura do endométrio.
O 14º dia
Pico de LH
Liberação da membrana 
folicular que reveste os 
óvulos.
Liberação do óvulo para as 
tubas uterinas.
Ovulação 
Segunda fase do ciclo menstrual
Nos últimos 14 dias ocorre a formação 
do corpo lúteo e o aumento da 
progesterona. 
A progesterona aumenta a espessura e 
vascularização do endométrio.
Nidação
Processo em que o óvulo fecundado 
pelo espermatozoide se implanta na 
parede do endométrio
Embrião 
Quando ocorre a gravidez
O corpo lúteo é mantido e mantém-se 
alta as concentrações de estrógeno e 
progesterona.
O endométrio se mantém espessado e 
este origina a formação da placenta.
Por isso não ocorre a menstruação 
depois da nidação.
Quando não ocorre a gravidez
O corpo lúteo regride.
Queda abrupta nas concentrações de 
estrógeno e progesterona.
Menstruação 
O que é gravidez?
• É um evento resultante da fecundação do ovulo (ovócito) pelo 
espermatozoide. 
• Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração 
de um novo ser.
O que é gravidez?
• Este é um momento de grandes 
transformações para a mulher, para seu (sua) 
parceiro (a) e para toda a família. 
• Durante o período da gestação, o corpo vai se 
modificar lentamente, preparando-se para o 
parto e para a maternidade.
• A gestação é um fenômeno fisiológico e, por 
isso mesmo, sua evolução se dá, na maior 
parte dos casos, sem intercorrências.
Diagnósticos de gravidez
• Diagnóstico clínico
• Diagnóstico hormonal
• Diagnóstico ultrassonográfico
Diagnóstico clínico
• Baseia-se nos sinais e sintomas apresentados pela mulher.
• O diagnóstico precoce é importante para o início do pré-natal.
• Os primeiros sinais e sintomas da gravidez surgem geralmente 3 
semanas após a fecundação. 
• Em alguns casos, a gravidez já mostra sinais a partir 6º dia após a 
concepção. 
• É possível a mulher apresentar sintomas de gravidez antes atraso 
menstrual.
Sinais e sintomas
• Amenorreia
• Náuseas e vômitos
• Alteração do apetite 
• Polaciúria (micção frequente c/ 
quantidade reduzida de urina)
• Sialorreia (produção excessiva de saliva)
• Aumento do volume mamário
• Hiperpigmentação da aréola e 
mamilos
• Surgimento de tubérculos na 
aréola (Tubérculos de 
Montgomery)
• Hipersensibilidade mamária
• Fadiga (causada pelo aumento nos 
níveis de progesterona)
• Presença de colostro 
• Aumento da circulação venosa das 
mamas 
• Lombalgia 
• Edema 
• Aumento do volume uterino 
• Alterações na forma, tamanho e consistência do útero
• Aumento do volume abdominal 
• Percepção e palpação dos movimentos fetais pelo examinador
• Dificuldade para encontrar posição para dormir 
• Sonolência
• Constipação intestinal 
• Ausculta dos batimentos cardio-
fetais – BCF - com o Sonar-Doppler
• Ausculta dos batimentos cardio-
fetais – BCF – com estetoscópio de 
Pinard
Sobre a amenorreia
• Toda mulher em idade fértil, sexualmente 
ativa, com atraso no período maior que 1 
semana, deve suspeitar de gravidez.
• Um fato que confunde algumas gestantes é 
que algumas podem apresentar pequenos 
sangramentos cíclicos nos primeiros meses 
de gestação, levando-as a pensar que trata-
se apenas de uma menstruação mais fraca. 
Sobre as náuseas e vômitos
• Causa multifatorial;
• Piora pela manhã;
• Podem durar até a 20ª semana;
• Implica-se ao beta hCG e ao 
estrogênio.
 Conduta de enfermagem 
• Oferecer suporte emocional
• Refeições fracionadas (3/3h), 
saudável, livre de frituras, 
condimentos e odor forte
• Maior ingesta de líquidos
• Evitar deitar após grandes 
refeições
• Em caso de hiperêmese, orientar 
a gestante a procurar seu 
ginecologista
Sobre a congestão mamária
• Mamas doloridas e edemaciadas.
• O beta hCG e o aumento do estrogênio e da progesterona promovem 
uma estimulação das glândulas mamárias, levando ao aumento do 
volume das mamas, dor local e o escurecimento do mamilo. 
• Em algumas mulheres estas alterações são precoces, enquanto outras 
só notam modificações após algumas semanas de atraso menstrual.
Sobre a lombalgia
• Quanto mais a barriga cresce, mais para a frente 
vai o centro gravitacional do corpo da mulher. 
• A gestante tende a jogar o bumbum para cima para suportar o peso, mas isso 
acarreta em uma hiperlordose e em dores na região lombar.
 Conduta de enfermagem 
• Caminhadas leves pela manhã, tomando o cuidado de não empinar o bumbum. 
• Correção postural
• Evitar a posição sentada por tempo prolongado e usar almofadas para apoio das 
costas
• Períodos de descanso durante o dia para relaxar a musculatura
• Atividades físicas específicas para gestantes
Sobre o edema
• Compressão natural dos vasos sanguíneos da região da virilha, provocada 
pelo aumento do peso da barriga. 
• Prejudica a circulação sanguínea de todo o corpo.
 Conduta
• Evitar permanecer na mesma posição por longos períodos
• Elevação dos MMII
• Roupas folgadas e confortáveis
 Opções 
• Sessões de drenagem linfática
• Uso de meia elástica
Sobre a dificuldade para encontrar posição 
para dormir
• O peso da barriga é a causa.
 Conduta 
• Deitar em decúbito lateral E
• Uso de uma almofada sob a barriga e 
outra entre os joelhos para que todo o 
corpo fique alinhado e, assim, evitem-se 
os desconfortos.
Sobre a constipação intestinal
• As alterações hormonais da gravidez diminuem a 
motilidade do aparelho digestivo.
 Conduta
• Aumentar a ingesta de líquidos e fibras
• Aumentar a atividade física
• Mastigar bem os alimentos
• Comum nas gestantes ansiosas, principalmente nas primigestas, no 
final da gravidez, pela expectativa do parto. 
• Também pode ser entendida como uma proteção do corpo da mulher 
para que ela se resguarde enquanto estiver gestando o bebê. 
• A única conduta é o descanso ao longo do dia.
Sobre a sonolência
Sinais e sintomas menos comuns da gravidez
• Mudanças de humor
• Azia
• Tonturas
• Cefaleia 
Diagnóstico hormonal
• Realizado através de amostra de urina/sangue para dosar níveis de 
hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana).
• O hCG é uma glicoproteína hormonal produzida pela placenta durante 
a gestação. 
• Durante os primeiros 30 dias, o valor do beta hCG quase dobra a cada 
24-48 horas. Depois disso, o seu valor cai, estabilizando-se seu valor.
• É um bom marcador para testes de gravidez.
• Hormônio exclusivo da gravidez.
• Manutenção do corpo lúteo e das taxas 
de progesterona e estrógeno;
• Manutenção da gravidez (inibição da 
menstruação) e a ausência de nova 
ovulação;
• Por volta da 15ª semana de gestação, a 
placenta madura é capaz de assumir a 
produção de estrogênio e progesterona. 
• Ocorre declínio nas concentrações de 
hCG e involução do corpo lúteo. 
Funções do hCG
Teste imunoenzimático cromatográfico
“Teste de farmácia”
• Avalia as concentrações de beta hCG na urina.
• No mercado já existem dispositivos sensíveis para até pouquíssimos 
dias de atraso.
Diagnóstico ultrassonográfico
• Realizado através de imagens de ultrassom (US). 
Diagnóstico ultrassonográfico
• Saco gestacional (estrutura que abriga o embrião - 4 semanas)
• Cabeça do feto( 11-12 semanas)
• Placenta (12 semanas) 
Tipos de gravidez
• A depender do local onde ocorre a implantação do embrião, a 
gravidez pode se classificada em:
• Gravidez tópica: a implantação do embrião ocorre na cavidade 
uterina.
• Gravidez Ectópica: também é conhecida como gravidez extrauterina. 
Essa implantação embrionária se dá fora do útero (trompas ou outros 
locais).
Tipos de gravidez
• Na dependência do número de embriões, a gravidez pode ser:
• Gravidez única: apenas um embrião
• Gravidez múltipla (gemelar): presença de dois ou mais bebês.
Tipos de gravidez
• Quanto ao risco gestacional, a gravidez pode ser:
• Gestação de risco habitual: é aquela na qual, após avaliação pré-
natal, não se identifica maiores riscos de complicações para mãe e/ou 
bebê.
• Gestação de alto risco: é aquela na qual se identificam doenças 
maternas prévias ou mesmo adquiridas durante a gestação que 
podem colocar em risco a vida materna e/ou fetal. 
MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO 
DA GESTANTE 
São decorrentes da gravidez e desaparecem após o parto. 
São inevitáveis, temporárias e presentes em todas as 
gestantes em graus variáveis. Podem ser locais ou gerais. 
1. Sistema cardiovascular 
- o volume de sangue aumenta em cerca de 50%.
- aumento da pressão venosa nos MMII, pela compressão da 
veia cava e pelo aumento do volume do útero.
- a frequência cardíaca em repouso aumenta em cerca de 
10 batimentos/min.
- o coração é deslocado para cima devido ao aumento 
uterino. Isso resulta em alterações na frequência cardíaca 
em determinados decúbitos. O coração também aumenta de 
volume (a paciente refere batimentos cardíacos mais fortes).
- pode haver palpitações nos primeiros meses de gestação
2. Sistema respiratório 
- elevação do diafragma pelo útero aumentado, tornando 
a respiração mais difícil. 
- aumento da frequência respiratória (hiperventilação), 
devido ao maior consumo de O2 e produção de CO2 
pelo feto. 
3. Sistema digestório
- diminuição do peristaltismo (devido ao aumento da 
progesterona), que leva a um retardo no esvaziamento 
gástrico e no trânsito intestinal, que pode provocar 
náuseas e constipação. 
4. Sistema urinário 
- grande aumento do fluxo 
sanguíneo aos rins, obrigando 
os rins a filtrarem maior 
quantidade de sangue.
- polaciúria.
5. Pele
- pode haver o aparecimento 
de estrias nas mamas, 
abdome e nádegas, devido 
ao estiramento da pele.
- hiperpigmentação: aparecimento de uma 
linha negra do monte púbico à cicatriz 
umbilical. No rosto, podem aparecer manchas 
na cor castanha (cloasma), que 
desaparecerão após o parto. 
6. Sistema osteoarticular
- relaxamento da sínfise púbica a partir da 2ª metade da 
gestação.
- o centro gravitacional se altera para a manutenção do 
equilíbrio.
- marcha anserina (a 
gestante altera sua 
postura para corrigir seu 
eixo corporal, o que 
causa lordose lombar, 
com andar oscilante, 
passos curtos e lentos e 
base de sustentação 
alargada).
7. Metabolismo
- o metabolismo de todo organismo está aumentado.
- o peso corporal final da gestante deverá estar cerca de 9 a 
12 Kg do peso pré-gravídico:
2 Kg no 1º trimestre;
2 Kg no 2º trimestre;
5 Kg no 3º trimestre.
Alerta: peso final < 7 ou > 16Kg
8.Útero
- ocorrem modificações na forma, 
tamanho, consistência, posição e 
coloração.
9. Colo uterino
- torna-se amolecido e de cor violácea.
- aumenta a produção de muco cervical. 
Apresenta aspecto espesso, opaco, 
viscoso, formando um tampão (tampão 
mucoso), que obstruiu o canal cervical, 
protegendo a cavidade uterina.
10. Tubas uterinas e ovários
- estão mais vascularizados
- o corpo lúteo não regride
11. Vulva, vagina e períneo
- aumentam a vascularização e 
elasticidade para futura 
passagem do feto
12. Mamas
- as aréolas largam-se e tornam-se mais pigmentadas 
- aparecem os tubérculos de Montgomery, que são 
glândulas sebáceas hipertrofiadas nas aréolas e agem 
como lubrificante
- os mamilos aumentam de tamanho, mais pigmentados e 
eréteis 
- presença de colostro no 2º mês
- hipersensibilidade mamária
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
CIRCULAÇÃO FETAL
Via placentária e garante 
ao feto:
Oxigenação 
Nutrição
Excreção 
CIRCULAÇÃO FETAL
- A circulação fetal é diferente após o 
nascimento. 
- Através dos vasos sanguíneos do cordão 
umbilical, o feto recebe todo o aporte de 
oxigênio e nutrição necessário da mãe.
- Resíduos de produtos e dióxido de 
carbono do feto são enviados de volta, 
através do cordão umbilical e da placenta, 
para a circulação da mãe, para ser 
eliminado.
- O sangue da mãe entra no feto através 
da veia do cordão umbilical. Ele vai para o 
fígado e se divide em três ramos. O 
sangue, então, chega à veia cava inferior, 
veia principal ligada ao coração.
O CORDÃO UMBILICAL 
Garante a passagem de 
nutrientes e trocas gasosas entre 
mãe e feto.
É formado por 2 artérias e 1 
veia.
As artérias conduzem sangue 
pobre em O2, do feto para a 
placenta;
A veia conduz sangue rico em O2 
da placenta para o feto.
A PLACENTA
O feto está ligado pelo cordão umbilical à 
placenta.
Órgão transitório que atua temporariamente como: 
pulmão, intestino, rim, hipófise, fígado e adrenal.
As funções da placenta são:
 Fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê;
Produção de hormônios;
Proteção imunológica do bebê;
Proteção mecânica do bebê.
A PLACENTA
APRESENTAÇÃO FETAL
• É a relação entre o feto, o 
útero e a bacia.
• As apresentações podem ser:
Cefálica
Pélvica
Transversa 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA
APRESENTAÇÃO TRANSVERSAL 
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
 É a supervisão médica e de 
enfermagem que se dá à gestante, 
desde a concepção até o início do 
trabalho de parto.
A assistência pré-natal é preventiva.
 No Brasil, é instrumento importante 
para a redução dos índices de 
mortalidade materno-infantil.
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
• A gestante deverá procurar a UBS mais próxima para avaliação 
de inclusão nas consultas de pré-natal. 
• O objetivo deste acompanhamento de pré-natal é assegurar o 
desenvolvimento saudável da gestação, permitindo um parto com 
menores riscos para a mãe e para o bebê. 
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
• Aspectos psicossociais são avaliados.
• As atividades educativas e preventivas devem ser realizadas 
pelos profissionais do serviço.
• A mulher deve iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde 
tão logo descubra ou desconfie que esteja grávida, 
preferencialmente até a 12ª semana de gestação (captação 
precoce).
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
• O acompanhamento periódico e contínuo de todas as gestantes 
visa assegurar seu seguimento durante toda a gestação, em 
intervalos preestabelecidos, acompanhando-as tanto nas UBSs
quanto em seus domicílios, bem como em reuniões comunitárias, até 
o momento do pré-parto/parto, objetivando seu encaminhamento 
oportuno ao centro obstétrico, assim como para a consulta na 
unidade de saúde após o parto.
A CONSULTA DE PRÉ-NATAL
É a avaliação clínico-obstétrica, periódica 
e contínua, que visa a prevenção, o controle 
ou tratamento de intercorrência na gestação.
As consultas de enfermagem podem ser 
intercaladas com as consultas médicas;
A paciente deve receber a caderneta da 
gestante e tê-la consigo em todos seus 
atendimentos. 
A CADERNETA DA GESTANTE
A Caderneta da Gestante é distribuída gratuitamente nas UBSs no 
início do pré-natal. 
Nela, é possível encontrar vários assuntos importantes, tais como:
• Direitos antes e depois do parto;
• O cartão de consultas e exames;
• Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta;
•Informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento 
do bebê, alguns cuidados de saúde, o parto e o pós-parto;
Acesse o link: 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018
/agosto/31/Caderneta-da-Gestante-2018.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/agosto/31/Caderneta-da-Gestante-2018.pdf
A CADERNETA DAGESTANTE 
• Informações e orientações sobre amamentação;
• Como tirar a Certidão de Nascimento da criança. 
O profissional de saúde anotará na caderneta todos os dados do 
pré-natal e escreverá o resultado de consultas, exames, vacinas e 
o que for importante para um bom acompanhamento da gestação.
Na caderneta tem também espaço para a mulher anotar suas 
sensações e sentimentos, coisas que queira dizer para o bebê e 
colar fotografias.
A CONSULTA PRÉ-NATAL PODE SER DIVIDIDA EM:
Pré-consulta;
Consulta propriamente dita;
Pós-consulta.
A PRÉ-CONSULTA
São as ações que visam o 
preparo da cliente para a 
consulta:
Receber a cliente;
Verificar os SSVV;
Verificar peso e altura;
Anotar dados nos 
prontuário;
Preparar e orientar as 
clientes para a consulta;
Encaminhar a cliente para 
o consultório;
Pedir a paciente para 
esvaziar a bexiga;
Evitar exposição 
desnecessária.
CALENDÁRIO DAS CONSULTAS 
Para as gestações de baixo risco:
Semanas de gestação Consultas 
Até 32 1 vez ao mês
Ate 36 A cada 15 dias 
Até 40 1 vez por semana 
De 40 a 42 2 vezes por semana 
O calendário de consultas 
para as gestações de alto 
risco seguirá a necessidade 
clínica/obstétrica da paciente. 
A CONSULTA 
Inclui: 
Identificação.
Dados socioeconômicos.
 Anamnese.
Exame físico e obstétrico.
Solicitação de exames 
complementares.
Avaliação da idade 
gestacional, maturidade e 
vitalidade fetal.
Avaliação do risco 
gestacional.
Encaminhamento para pré-
natal de alto risco ou 
especialistas.
Encaminhamento para 
odontologia, serviço social, 
psicologia, conforme 
necessidade.
Orientação nutricional.
Imunização. 
Programação das consultas 
e demais atendimentos.
Orientação e preparação 
para o aleitamento materno. 
Atividades educativas.
Tranquilizar, dar apoio, 
estimular a autoestima.
Dar oportunidade para 
que a cliente expresse seus 
sentimentos.
Registro de dados no 
prontuário da cliente.
A PÓS- CONSULTA 
É a orientação adicional e a aplicação de medidas 
preventivas e curativas.
Inclui:
Recebimento do prontuário;
Esclarecimento e orientações relativos à situação encontrada 
na consulta;
Marcação da próxima consulta;
Fornecimento de panfletos, etc.
EXAMES LABORATORIAIS BÁSICOS 
• Tipagem sanguínea e fator Rh: possibilita a prevenção 
da doença hemolítica perinatal ou eritroblastose fetal. 
• Hemograma: rastreia problemas como anemia, que é 
comum na gravidez e necessita de tratamento.
•Glicemia jejum: avalia a quantidade de açúcar no 
sangue. 
•Exame preventivo de câncer de colo de útero 
(Papanicolau): se necessário.
EXAMES LABORATORIAIS BÁSICOS 
•Sorologia para hepatite B (HbsAg): identifica o vírus da 
hepatite B, que pode ser transmitido da mãe para o filho 
durante a gravidez (transmissão vertical). 
• Exame de urina e urocultura: identificam a presença de 
infecção urinária.
• US obstétrico (não é obrigatório).
• Eletroforese de hemoglobina (se a paciente for negra, 
tiver antecedentes familiares para anemia falciforme ou 
histórico de anemia grave).
EXAMES LABORATORIAIS BÁSICOS 
• Anti-HIV: identifica o vírus HIV. Pode ser transmitida por 
relações sexuais desprotegidas, por transmissão vertical, 
no parto ou na amamentação. 
• Sífilis e/ou VDRL: identifica a sífilis, infecção 
sexualmente transmissível e que pode sofrer transmissão 
vertical. Quando não tratada, a sífilis pode causar 
aborto, morte fetal, parto prematuro, baixo peso ao 
nascer, malformações, e morte do recém-nascido. 
EXAMES LABORATORIAIS BÁSICOS 
• Toxoplasmose: identifica a presença de toxoplasmose. 
Esta doença pode ser adquirida pela ingestão de 
alimentos contaminados. 
•Exame da secreção vaginal: se houver indicação clínica.
•Parasitológico de fezes: se houver indicação clínica.
CALENDÁRIO DOS EXAMES LABORATORIAIS NO PRÉ-NATAL
1ª consulta e/ou antes de 20 semanas de 
gestação
• Hemograma
• Tipagem sanguínea e fator Rh
• VDRL
• Glicemia jejum
• Urina I, urocultura
• IgG e IgM para toxoplasmose 
• Citologia oncótica (Papanicolaou) 
• Exame de secreção vaginal
Entre 20 e 26 semanas de gestação • Glicemia jejum ou curva glicêmica, conforme 
resultado do 1º exame e fatores de risco 
Entre 27 e 32 semanas • Hemograma
• VDRL
• Anti-HIV
• Urina I
• IgG e IgM
• Sorologia para hepatite B e hepatite C
Fonte: CARVALHO, 2014
EXAMES LABORATORIAIS BÁSICOS 
• Exames para o(a) companheiro(a): 
todos os homens e mulheres adultos, 
jovens e adolescentes cuja parceira está 
em acompanhamento do pré-natal têm 
direito a realizar exames e vacinas. No 
caso dos homens, existe uma estratégia 
do Ministério da Saúde, chamada “Pré-
Natal do Parceiro”. 
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) instituída pela 
Portaria GM/MS nº 1.944, de 27 de agosto de 2009, tem como objetivo facilitar e 
ampliar o acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 
59 anos, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, 
mediante a atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva relacional de 
gênero e na lógica da concepção de linhas de cuidado que respeitem a 
integralidade da atenção, contribuindo de modo efetivo para a redução da 
morbimortalidade e melhores condições de saúde desta população.
A PNAISH aposta na perspectiva da inclusão do tema da paternidade e cuidado, 
por meio do Pré-Natal do Parceiro, nos debates e nas ações voltadas para o 
planejamento reprodutivo como uma estratégia essencial para qualificar a atenção 
à gestação, ao parto e ao nascimento, estreitando a relação entre trabalhadores de 
saúde, comunidade e, sobretudo, aprimorando os vínculos afetivos familiares dos 
usuários e das usuárias nos serviços ofertados.
IMUNIZAÇÃO DA GESTANTE 
• Vacina antitetânica (dT): protege contra o tétano neonatal e 
na gestante. 
• Vacina dTpa: protege gestante e bebê contra tétano, 
difteria e coqueluche e deverá ser tomada entre a 27ª e a 
36ª semana de gestação.
•Vacina contra a hepatite B: confere proteção contra Hepatite 
B.
• Vacina contra Influenza: recomenda-se para toda gestante e 
mulher após o parto, durante a campanha de vacinação.
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS, PLANEJAMENTO E 
PROGRAMAÇÃO
• A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de 
entrada da gestante no sistema de saúde. 
• A equipe precisa conhecer ao máximo a população 
adscrita de mulheres em idade fértil. 
• Quanto maior vínculo houver entre a mulher e a equipe, 
maiores serão as chances de aconselhamentos pré-
concepcionais, detecção precoce da gravidez e início 
precoce do pré-natal.
“A técnica em 
enfermagem é uma 
pessoa, um ser 
humano único, tem 
que gostar de gente 
para cuidar de 
gente."
MESTRE ARIÉVLIS
GESTAÇÃO DE ALTO 
RISCO
Complicações mais comuns na gravidez e no parto
Profa. Ma. Gabriela Zanim
◦ A gestação é um fenômeno 
fisiológico e sua evolução se dá 
na maior parte dos casos sem 
intercorrências. 
◦ A maioria das mortes e 
complicações que surgem 
durante a gravidez, parto e 
puerpério são preveníveis.
◦ Porém, há casos que apresentam maiores 
probabilidades de evolução desfavorável, 
tanto para o feto como para a mãe. 
◦ Essa parcela constitui o grupo chamado de 
“gestantes de alto risco”. 
◦ A definição do nível de assistência necessário para a solução dos 
problemas dependerá do problema apresentado e qual intervenção 
será realizada. 
◦ Por ex., uma gestante tabagista 
poderá ser manejada no nível 
primário, através de medidas 
educativas que visem à cessação 
do hábito de fumar. Por outro 
lado, se essa mesma gestante 
desenvolve problemas como uma 
restrição grave do crescimento 
fetal, deverá ser assistida em um 
nível mais complexo de 
assistência. 
◦ A assistência pré-natal 
pressupõe avaliação dinâmica 
das situações de risco e 
prontidão para identificar 
problemas de forma a poder 
impedir um resultado 
desfavorável. 
◦ A ausência de pré-natal pode 
levar o riscopara a gestante, o 
feto ou o recém-nascido.
◦ Uma gestação que está evoluindo bem pode se tornar de risco a 
qualquer momento, durante a evolução da gestação ou durante o 
trabalho de parto. 
◦ Portanto, há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta 
pré- natal e durante o trabalho de parto. 
◦ A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais 
capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal.
Marcadores e fatores de risco 
gestacionais
◦ Na maioria dos casos a presença de um ou mais fatores não 
significa a necessidade imediata de recursos propedêuticos 
com tecnologia avançada.
◦ Exige maior atenção da equipe de saúde a essas gestantes. 
◦ Pode significar frequência maior de consultas e visitas 
domiciliares, sendo o intervalo definido de acordo com o fator 
de risco identificado e a condição da gestante no momento. 
1. Características individuais e condições sociodemográficas
desfavoráveis: 
◦ Idade maior que 35 anos; 
◦ Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos; 
◦ Altura menor que 1,45m; 
◦ Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg; 
◦ Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos;
Marcadores e fatores de risco gestacionais 
presentes anteriormente à gestação
◦ Situação conjugal insegura; 
◦ Conflitos familiares; 
◦ Baixa escolaridade; 
◦ Condições ambientais desfavoráveis; 
◦ Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; 
◦ Hábitos de vida – fumo e álcool; 
◦ Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, 
rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e 
biológicos nocivos, estresse.
◦ 2. História reprodutiva anterior: 
◦ Abortamento habitual; 
◦ Morte perinatal explicada e inexplicada; 
◦ História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado; 
◦ Parto pré-termo anterior; 
◦ Esterilidade/infertilidade; 
◦ Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos; 
◦ Nuliparidade e grande multiparidade; 
◦ Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; 
◦ Diabetes gestacional; 
◦ Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).
◦ 3. Condições clínicas preexistentes: 
◦ Hipertensão arterial; 
◦ Cardiopatias; 
◦ Pneumopatias; 
◦ Nefropatias; 
◦ Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias);
◦ Hemopatias; 
◦ Epilepsia; 
◦ Doenças infecciosas;
◦ Doenças autoimunes; 
◦ Ginecopatias; 
◦ Neoplasias.
Condições ou complicações que 
podem surgir no decorrer da gestação
◦ 1. Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos*.
◦ *Agente teratogênico: qualquer substância, organismo, agente 
físico ou estado de deficiência, que estando presente durante a 
vida embrionária ou fetal, produz alteração na estrutura ou 
função da descendência. Ex.: 
◦ Medicamentos (talidomida, 
misoprostol, ácido retinóico)
◦ Doenças Maternas (diabetes, 
epilepsia, hipotireoidismo)
◦ Infecções Congênitas (sífilis, 
toxoplasmose, rubéola, 
citomegalovírus)
◦ Radiações 
◦ Substâncias Químicas (mercúrio, 
chumbo)
◦ Outras Drogas (álcool, fumo, 
cocaína e outras)
◦ 2. Doença obstétrica na gravidez atual: 
◦ Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de 
líquido amniótico; 
◦ Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; 
◦ Ganho ponderal inadequado; 
◦ Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; 
◦ Diabetes gestacional; 
◦ Amniorrexe prematura (rotura prematura de membranas); 
◦ Hemorragias da gestação; 
◦ Insuficiência istmo-cervical (encurtamento do canal cervical); 
◦ Isoimunização (doença do Rh);
◦ Óbito fetal.
◦ 3. Intercorrências clínicas:
◦ Doenças infectocontagiosas 
vividas durante a presente 
gestação (ITU, doenças do 
trato respiratório, rubéola, 
toxoplasmose etc.); 
◦ Doenças clínicas 
diagnosticadas pela 
primeira vez nessa gestação 
(cardiopatias, 
endocrinopatias).
Pré-eclâmpsia
◦ Hipertensão que ocorre geralmente 
após 20 semanas de gestação, com 
desaparecimento até 12 semanas 
pós-parto
◦ Aumento da albuminúria (presença 
de albumina na urina)
◦ Cefaleia persistente, edema
◦ Oligúria (diminuição da urina)
◦ Vertigens, zumbidos, fadiga, 
sonolência e vômitos.
◦ A eclampsia é uma 
complicação ainda mais 
grave da gestação, que 
consiste em convulsões 
repetidas, seguidas de um 
estado comatoso. 
◦ Geralmente 
a eclâmpsia ocorre no último 
trimestre da gestação, mas 
pode aparecer antes disso, 
durante ou após o parto.
Fatores de risco para pré-eclâmpsia
•Idade acima de 40 anos ou abaixo de 20 anos;
•Obesidade;
•Intervalo de tempo muito longo entre as gestações;
•Primeira gestação;
•Hipertensão, lúpus, problemas renais ou diabetes;
•Gravidez gemelar;
•Histórico familiar;
•Diagnóstico anterior de pré-eclampsia.
Sinais e sintomas da pré-
eclâmpsia/eclampsia
◦ Edema.
◦ Aumento rápido de peso.
◦ Hipertensão arterial.
◦ Proteinúria.
◦ Cefaléia.
◦ Dor epigástrica.
◦ Taquicardia.
◦ Presença de sangue na urina.
◦ Alterações visuais.
◦ Na eclâmpsia propriamente dita podem ocorrer, em razão do 
aumento considerável da pressão arterial, hemorragias 
cerebrais, cefaléia, convulsões e coma.
Conduta na Pré-eclâmpsia
Avaliação das condições maternas:
◦ PA de 4/4h durante o dia; 
◦ Pesagem diária; 
◦ Pesquisa de sintomas de iminência de 
eclâmpsia: 
◦ Cefaleia frontal ou occipital persistente; 
◦ Distúrbios visuais;
◦ Dor epigástrica, acompanhada ou não 
de náuseas e vômitos; 
◦ Proteinúria;
◦ Hematócrito e plaquetas; 
◦ Provas de função renal e hepática. 
Avaliação das condições fetais: 
oContagem de movimentos fetais 
diariamente; 
oAvaliação do crescimento fetal e 
do líquido amniótico;
oA reavaliação materna e fetal 
deve ser imediata se ocorrerem 
mudanças abruptas nas 
condições maternas, 
redirecionando a conduta.
Conduta na eclâmpsia
◦ Tratamento das convulsões, da hipertensão e dos distúrbios 
metabólicos, além de cuidados e controles gerais. 
◦ Cuidados Gerais 
◦ Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível
◦ Decúbito elevado a 30º e face lateralizada 
◦ Cateter nasal com oxigênio (5l/min)
◦ Punção de veia central ou periférica calibrosa
◦ Cateter vesical contínuo
Como prevenir a pré-
eclâmpsia/eclâmpsia?
◦ Assistência pré-natal adequada 
◦ Ingestão de água e abstinência ou redução drástica da 
ingestão de sal.
◦ Atenção especial aos grupos de risco.
◦ Nos casos mais graves, podem ser adotadas medidas 
preventivas, como suporte cardiorrespiratório, emprego de 
anticonvulsivantes, tratamentos anti-hipertensivos e antecipação 
do parto.
Como evoluem as pré-
eclâmpsias/eclâmpsias?
◦ Um grande número de gestantes com eclâmpsia apresentará 
complicações graves, com risco de morte, pelo que geralmente 
é indicada a indução do parto. 
◦ O término da gravidez é o único tratamento curativo. 
◦ Nas mulheres com gestação menor que 32 semanas pode se 
indicar a cesariana.
◦ A doença regride espontaneamente com a retirada da 
placenta.
DIABETES PRÉ-GESTACIONAL
• OCORRE QUANDO A MULHER PORTADORA DE DIABETES MELLITUS 
ENGRAVIDA.
• COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS:
• PIORA DO QUADRO DE DM;
• ABORTAMENTO;
• MORTE UTERINA;
• MACROSSOMIA;
• MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS;
• PREMATURIDADE;
• DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL.
DIABETES PRÉ-GESTACIONAL
• AS COMPLICAÇÕES PODEM SER 
DIMINUÍDAS COM ACONSELHAMENTO PRÉ-
CONCEPCIONAL E PRÉ-NATAL ADEQUADO.
• DIETA ADEQUADA E CONTROLE GLICÊMICO 
INTENSIVO VISAM ALCANÇAR O NÍVEL 
METABÓLICO MAIS PRÓXIMO DO NORMAL.
DIABETES GESTACIONAL
• É A HIPERGLICEMIA DETECTADA PELA 
PRIMEIRA VEZ NA GESTAÇÃO.
• PODE OU NÃO PERSISTIR APÓS O PARTO.
• SURGE QUANDO A GESTANTE NÃO 
CONSEGUE PRODUZIR INSULINA EM 
QUANTIDADE SUFICIENTE.
DIABETES GESTACIONAL
• O CORPO DA GESTANTE PRECISA PRODUZIR 
INSULINA EXTRA PARA ATENDER ÀS 
NECESSIDADES DO BEBÊ.
• OS NÍVEIS GLICÊMICOS TAMBÉM PODEM 
SUBIR DEVIDO ÀS MUDANÇAS HORMONAIS 
DA GRAVIDEZ.
FATORES DE RISCO PARA O DG
• IDADE > 25 ANOS
• OBESIDADE OU GANHO EXCESSIVODE PESO NA GESTAÇÃO ATUAL
• HISTÓRIA FAMILIAR DE DM (PRIMEIRO GRAU) 
• HISTÓRIA OBSTÉTRICA DE MORTE FETAL INTRAUTERINA INEXPLICADA, POLIDRÂMNIO, 
MACROSSOMIA OU MALFORMAÇÃO FETAL, PRÉ-ECLÂMPSIA OU ECLÂMPSIA
• BAIXA ESTATURA (<1,51 M)
• HISTÓRIA PRÉVIA DE DG
TRATAMENTO DO DG 
• DIETA BALANCEADA
• EXERCÍCIOS FÍSICOS MODERADOS, DESDE 
QUE NÃO EXISTAM CONTRA-INDICAÇÕES 
OBSTÉTRICAS 
• CONTROLE GLICÊMICO INTENSO
• TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
ACOMPANHADO POR ESPECIALISTA
MOMENTO E VIA DO PARTO
• AS GESTANTES COM ÓTIMO CONTROLE METABÓLICO E QUE NÃO APRESENTAM
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS DE MORTE PERINATAL, MACROSSOMIA OU COMPLICAÇÕES 
ASSOCIADAS, PODEM AGUARDAR A EVOLUÇÃO ESPONTÂNEA PARA O PARTO. 
• O DG NÃO É INDICAÇÃO PARA CESARIANA E A VIA DO PARTO É UMA DECISÃO OBSTÉTRICA.
• O CONTROLE GLICÊMICO DEVE SER MANTIDO DURANTE TODO O TRABALHO DE PARTO.
• PARA AS GESTANTES EM INSULINOTERAPIA, É ACONSELHÁVEL O USO DE INSULINA DE AÇÃO 
RÁPIDA.
PÓS-PARTO
• A AMAMENTAÇÃO DEVE SER ENCORAJADA
• MANUTENÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO
• MANUTENÇÃO DE DIETA SAUDÁVEL
• TODAS AS MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE 
DG DEVEM SER REAVALIADAS NO PUERPÉRIO 
PARA RECLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO 
METABÓLICA
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
• É CAUSADA PELO PARASITA TOXOPLASMA GONDII
• O GATO É SEU HOSPEDEIRO DEFINITIVO MAS OUTROS 
MAMÍFEROS TAMBÉM PODEM INFECTAR-SE PELAS FEZES 
DE GATOS CONTAMINADOS
• NÃO É UMA DOENÇA GRAVE PARA A GESTANTE MAS 
PODE TORNAR-SE PARA O BEBÊ
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO
• INGESTÃO DE CARNES CRUAS OU MAL COZIDAS;
• INGESTÃO DE LEITE NÃO FERVIDO; 
• INGESTÃO DE OVOS CRUS OU MAL COZIDOS; 
• INGESTÃO DE ÁGUA CONTAMINADA; 
• LEVAR À BOCA MÃOS SUJAS DE TERRA OU DE AREIA CONTAMINADAS COM FEZES DE GATOS 
INFECTADOS;
• INGESTÃO DE HORTALIÇAS, FRUTAS E LEGUMES CRUS SEM LAVAR;
• DA MÃE PARA O BEBÊ, DURANTE A GESTAÇÃO; 
• RARAMENTE POR MEIO DE TRANSFUSÕES DE SANGUE OU TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS.
• A TRANSMISSÃO FETAL É TRANSPLACENTÁRIA E MAIS FREQUENTE NO FINAL DA GESTAÇÃO
• A TRANSMISSÃO NO INÍCIO DA GESTAÇÃO É MENOS COMUM, PORÉM, MUITO MAIS GRAVE
• UMA INFECÇÃO POR TOXOPLASMOSE PODE LEVAR A: 
• ABORTO ESPONTÂNEO OU À MORTE INTRAUTERINA;
• MICROCEFALIA;
• HIDROCEFALIA (EXCESSO DE LÍQUIDO NO CÉREBRO);
• PROBLEMAS DE VISÃO OU EM OUTROS ÓRGÃOS DA CRIANÇA;
• OUTROS PROBLEMAS PODEM SURGIR NA INFÂNCIA.
• A MAIORIA DAS INFECÇÕES MATERNAS É 
ASSINTOMÁTICA OU LEVE E SÃO SEMELHANTES 
AOS SINTOMAS DE UMA GRIPE, POR ISSO É 
POSSÍVEL QUE A GESTANTE JÁ TENHA TIDO A 
DOENÇA NO PASSADO E TENHA ADQUIRIDO 
IMUNIDADE
• OS EXAMES DE ROTINA DO PRÉ-NATAL MOSTRAM 
SE A GESTANTE ESTÁ IMUNE OU NÃO
• A GESTANTE QUE NUNCA TEVE CONTATO COM A 
DOENÇA PRECISARÁ TOMAR MAIS CUIDADOS COM 
A PREVENÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
• GRAVIDEZ DE RISCO
• ADOLESCÊNCIA: PERÍODO DOS 10 AOS 19 ANOS 
(OMS)
• PERÍODO DOS PICOS HORMONAIS QUE PODEM LEVAR 
AO INÍCIO DA VIDA SEXUAL PRECOCE E DESPROTEGIDA
• MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: IGNORADOS OU MAL 
EMPREGADOS
A GRAVIDEZ PRECOCE É UM PROBLEMA DE SAÚDE 
PÚBLICA!!
• “NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE A TAXA DE GRAVIDEZ ENTRE 
ADOLESCENTES É A 2ª MAIS ALTA DO MUNDO (FICANDO ATRÁS 
SOMENTE DA ÁFRICA SUBSAARIANA).” (OMS, 2019).
• “ANUALMENTE, OCORREM EM MÉDIA 66 NASCIMENTOS PARA 
CADA MIL MENINAS COM IDADE ENTRE 15 E 19 ANOS, 
ENQUANTO O ÍNDICE MUNDIAL É DE 46 NASCIMENTOS.” (OMS, 
2019).
• “18% DO TOTAL DE NASCIDOS VIVOS NO BRASIL SÃO DE MÃES 
ADOLESCENTES.” (MS, 2019)
• “A POBREZA, A FALTA DE ACESSO À INFORMAÇÃO E A MÉTODOS 
CONTRACEPTIVOS SÃO OS PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM 
PARA A MANUTENÇÃO DESTE QUADRO. “AS MENINAS MAIS POBRES 
TÊM CINCO VEZES MAIS CHANCES DE ENGRAVIDAR DO QUE AS MAIS 
RICAS. SE A FAMÍLIA, A ESCOLA E O ESTADO FALHAM NO DEVER DE 
GARANTIR A PROTEÇÃO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E DOS 
ADOLESCENTES, ESSE PROBLEMA TENDE A SE REPETIR”. (ELIZABETH, 
2019 IN SBP, 2019)
A DIFICULDADE VAI ALÉM DOS FATORES 
PSICOLÓGICOS E ECONÔMICOS
• ESTÁ ASSOCIADA DIRETAMENTE COM POUCA PERSPECTIVA DE 
FUTURO
• IMPACTO SOCIOECONÔMICO: MUITAS ADOLESCENTES ABANDONAM 
OS ESTUDOS E APRESENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA CONSEGUIR 
EMPREGO
• É COMUM ENTRE OS ADOLESCENTES O PENSAMENTO DE QUE UMA 
GESTAÇÃO NUNCA ACONTECERIA COM ELES
• ESSE PENSAMENTO IMATURO CONTRIBUI PARA A NÃO ADESÃO DE 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.
• “O ÍNDICE DE MORTALIDADE ENTRE OS FILHOS DE 
MÃES ADOLESCENTES É MUITO ALTO. CERCA DE 20% 
DA MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL DECORRE DO 
ÓBITO PRECOCE DESSA FAIXA”, DESTACA A DRA.
EVELYN EISENSTEIN, MEMBRO DO DC DE 
ADOLESCÊNCIA DA SBP. 
• A ADOLESCENTE EM GESTAÇÃO GERALMENTE TEM 
SUAS ATIVIDADES ESCOLARES INTERROMPIDAS, 
“CARACTERÍSTICA QUE CONTRIBUI AINDA MAIS PARA 
A VULNERABILIDADE SOCIAL DA MÃE E DO BEBÊ, QUE 
DEPENDERÃO DA TUTELA OSTENSIVA DE SUA FAMÍLIA 
PARA SUA SOBREVIVÊNCIA”.
SBP, 2019
RISCOS À SAÚDE PARA A MÃE E PARA O BEBÊ
• RISCOS PARA A MÃE:
• AUMENTO DA P.A.;
• ABORTO NATURAL;
• RUPTURA DO COLO DO 
ÚTERO;
• CRISES CONVULSIVAS;
• PRÉ-ECLÂMPSIA E 
ECLAMPSIA;
• DEPRESSÃO PÓS-PARTO;
• ÓBITO.
• RISCOS PARA O BEBÊ:
• PREMATURIDADE;
• BAIXO PESO AO NASCER;
• MORTE PRÉ-NATAL.
• A MORTE INFANTIL É MAIOR EM CRIANÇAS 
NASCIDAS DE ADOLESCENTES COM MENOS 
DE 15 ANOS, QUANDO COMPARADAS COM 
AS MULHERES ENTRE 25 E 29 ANOS
• MULHERES QUE ENGRAVIDAM MUITO NOVAS 
GERALMENTE TENTAM ESCONDER A 
GRAVIDEZ E NÃO REALIZAM O PRÉ-NATAL NO 
MOMENTO ADEQUADO
E AGORA?
• PREVENÇÃO
• DIÁLOGO 
• CONSCIENTIZAÇÃO
• ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Distocias no parto
Parto distócico
 Caracteriza-se por progressão lenta e anormal do 
TP.
 Ocorre por meio de 3 mecanismo distintos:
 Anormalidades da contração uterina, ou seja, 
contrações fracas e/ou descoordenadas para 
apagar e dilatar a cérvice;
 Anormalidades da pelve materna;
 Anormalidades da apresentação, posição, 
dimensões ou desenvolvimento do feto.
Anormalidades 
da contração 
uterina
 São anomalias nas contrações do útero que interferem 
na dilatação cervical e na descida da apresentação. 
 Quando não corrigidas resultam em TP prolongado, 
parada de progressão ou hipóxia intrauterina.
 Hipoatividade: quando as contrações tem pouca 
atividade (contrações fracas). O TP é lento, sem 
prejuízo materno e fetal, exceto pelo inconveniente do 
TP prolongado.
 Hiperatividade: quando a intensidade das contrações 
uterinas é exagerada (contrações muito fortes). Pode 
surgir por doses excessivas de ocitocina, toxemia
gravídica ou por descarga de substâncias adrenérgicas 
provenientes do estresse. Pode produzir sofrimento 
fetal, rotura uterina e TP precipitado. 
Anormalidades 
da contração 
uterina
 Hipotonia uterina: “útero mole”. Pode ocorrer 
com multíparas, primíparas tardias e mulheres 
com malformações uterinas.
 Hipertonia uterina: “útero muito duro”. As causas 
são o uso exagerado de ocitocina e descolamento 
prematuro de placenta.
 Incoordenação e inversão contrátil: as contrações 
uterinas ocorrem sem sincronia e 
desgeneralizadas, impedindo o apagamento e a 
dilatação cervical eficazes. As causas são a 
descarga de substâncias adrenérgicas provenientes 
do estresse, dor e medo. 
Distocias do 
trajeto
 São as alterações do canal do parto que geram 
dificuldades na evolução do TP:
 Edema (sequela de parto ou cirurgia);
 Rigidez (partos, cicatrizes, radioterapia);
 Prolapso uterino;
 Miomas, cistos, tumores;
 Varizes;
 Condilomas;
 Desproporção céfalo-pélvica.
Distocias fetais 
 Alterações na maneira como o 
polo cefálico do bebê encaixa 
na pelve materna.
 Pode levar a lentidão e parada 
na progressão do TP.
 Anormalidades na rotação do 
polo cefálico;
 Anormalidades de flexão do 
polo cefálico.
Fatores de 
risco para o 
parto 
disfuncional
 Idade materna avançada;
 Complicações da gestação;
 Complicações do feto;
 Macrossomia fetal;
 Nuliparidade; 
 Baixa estatura (<1,50 m)
 Gestação pós-termo (+ de 42 semanas);
 Obesidade. 
Macrossomiafetal 
Manejo das 
disfunções do 
parto
 Verificação rigorosa de sinais vitais maternos e 
fetais;
 Administrar medicações conforme prescrição 
médica;
 Estimular deambulação;
 Estimular e auxiliar mudança de decúbito;
 Promover redução do estresse e conforto 
emocional;
 Estimular a hidratação (se não houver restrição);
 Estimular banho morno sob supervisão;
 Preparar a gestante para o parto natural ou 
cesariana.
Períodos e 
características do parto
Pelve materna
 O nascimento é, na maioria das vezes, um 
processo natural e fisiológico, mas sempre 
bastante complexo. 
 O canal do parto é constituído pela pelve óssea 
(sacro, cóccix, ilíacos E e D) e pelos tecidos moles 
(cérvice e musculatura do assoalho pélvico).
 Para a avaliação da contratilidade uterina, usa-se a 
cardiotocografia, que é a interpretação gráfica das 
contrações uterinas durante o trabalho de parto 
(TP).
Cardiotocografia
Cardiotocografia
 É um método de avaliação das condições do feto 
dentro da barriga da mãe. 
 Alguns médicos utilizam como rotina no pré-natal no 
final da gestação.
 Eletrodos ligados a um monitor são colocados na 
barriga da mãe e, durante cerca de 20 a 30 minutos, o 
aparelho registra de modo contínuo a frequência 
cardíaca e movimentos do bebê, bem como a presença 
e duração de contrações do útero. Ao final do exame, o 
aparelho gera um laudo em forma de gráfico, 
semelhante ao de um eletrocardiograma, que deve ser 
interpretado pelo especialista.
 Quando o exame não segue o padrão de normalidade, 
pode significar insuficiência na oxigenação cerebral do 
bebê. 
Avaliação da 
vitalidade fetal 
Cardiotocografia
Contratilidade 
uterina
 As contrações ocorrem durante toda a gestação. 
 No início da gestação, ocorrem pequenas 
contrações que não são sentidas pela gestante 
nem pela palpação abdominal.
 Após a 30ª semana, a frequência das contrações 
aumentam, adquirindo ritmo regular nas duas 
últimas semanas antes do parto. Podem ser 
palpadas e sentidas pela gestante como um 
endurecimento indolor no útero.
 Na fase ativa do TP, aumentam-se a frequência e a 
intensidade das contrações até o período 
expulsivo.
 Após o parto, as contrações tem a função de 
promover a saída da placenta (dequitação 
placentária) e a hemostasia do leito placentário. 
Mecanismo de 
parto
 O nascimento é o período que vai desde o início 
das contrações regulares até a expulsão da 
placenta. 
 O TP é a sequência de contrações uterinas 
involuntárias e coordenadas que resultam no 
apagamento e na dilatação do colo uterino.
 Apagamento: quando a distância entre o colo do 
útero e o próprio útero está reduzido. Quanto mais 
apagado (afinado), mais próximo o parto está. 
 O colo do útero começa a apagar quando o bebê 
começa a descer pelo canal cervical. A cabeça faz 
pressão para a dilatação do útero.
Assistência de 
enfermagem 
ao trabalho de 
parto e parto
 Refere-se ao período em que a gestante apresenta:
 contrações uterinas em intervalos regulares, que 
aumentam progressivamente em termos de 
frequência e intensidade.
 apagamento e dilatação progressiva do colo 
uterino.
Admissão da 
paciente em 
centro 
obstétrico
 A paciente é acolhida pela equipe de enfermagem, 
orientando-a sobre o setor, as rotinas do serviço e a 
presença dos acompanhantes.
 O enfermeiro realiza a anamnese da paciente.
 Verificar os sinais vitais e peso.
 A higiene corporal deve ser estimulada.
 Estudos tem mostrado que a prática de tricotomia não 
traz benefícios claros para as mulheres. Sua execução é 
recomendada somente quando solicitada pela mulher, 
que deve ser esclarecida sobre sua desnecessidade. 
Nesses casos indica-se a tricotomia parcial. Devem-se 
utilizar aparelho descartável, luvas de procedimento e 
sabão líquido na execução da técnica.
 O enema é também uma prática desaconselhada, por 
ser claramente prejudicial e ineficaz no TP.
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Após o preparo físico, a parturiente é encaminha 
para a sala de pré-parto onde ocorrem:
 Avaliações materna, fetal e da evolução do TP;
 Avaliação do sinais vitais;
 Avaliação do Batimentos Cardíacos Fetais - BCFs;
 Dinâmica uterina;
 Inspeção do períneo;
 Toque vaginal.
 O profissional de enfermagem deve estar atento a 
anormalidades, queixas ou intercorrências. 
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Em condições normais, a parturiente deve 
deambular, permanecer em pé ou sentada, 
apoiando-se na cama, na cadeira, em travesseiros 
ou alternando posições.
 Métodos não farmacológicos para alívio da dor, 
auxiliam o TP, promovem maior satisfação e bem-
estar: relaxamento muscular, massagens na região 
lombossacra, duchas ou imersão em água morna.
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Realização de teste rápido para HIV, quando a 
parturiente não o tiver realizado no 3º trimestre de 
gestação.
 Suporte emocional adequado, uma vez que o TP, 
muitas vezes, é acompanhado de angústia e medo.
 O apoio dado às parturientes pelos profissionais de 
saúde diminui a necessidade de analgesia, as taxas 
de cesarianas e complicações do feto.
 Estabelecer vínculo com a parturiente seus 
familiares.
 Informar a parturiente e seus familiares sobre a 
evolução do trabalho de parto. 
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Fornecer líquidos leves conforme prescrição 
médica. 
 Explicar todos os procedimentos durante o 
trabalho de parto.
 Ajudar a parturiente a mudar de posição.
 Administrar medicações prescritas.
 Observar sinais e sintomas após a administração 
das medicações.
 Incentivar o esvaziamento da bexiga.
 Preparar a mesa de parto usando técnica asséptica.
 Preparar a unidade e os materiais para receber o 
RN. 
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Auxiliar o profissional a se paramentar.
 Auxiliar a parturiente no posicionamento 
adequado. 
 Fornecer incentivo positivo e frequente. 
 Incentivar o aleitamento materno na primeira hora 
de vida. A Organização Mundial da Saúde 
recomenda o aleitamento precoce, pois está 
associado à menor mortalidade neonatal, ao maior 
período de amamentação, à melhor interação 
mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia 
materna.
 Identificar o recém-nascido com pulseira 
registrando o nome da mãe, prontuário data, hora 
do nascimento e sexo.
Assistência de 
enfermagem 
no trabalho de 
parto e parto
 Observar sangramento. A perda de mais de 500 ml 
de sangue pode representar risco de choque 
hipovolêmico.
 A hemorragia pós-parto (HPP) é a causa mais 
comum de mortalidade materna.
 É também momento adequado para promoção de 
ações que possibilitem o vínculo mãe/bebê, 
evitando-se a separação desnecessária.
Sofrimento fetal 
Definição 
 Sofrimento fetal, é também chamado de hipóxia 
neonatal.
 É a diminuição ou ausência do aporte 
de oxigênio recebido pelo feto através da placenta
(hipoxemia), decorrentes do comprometimento da 
troca de gases. 
 Este quadro pode ser agudo ou crônico.
 Na maioria das vezes ocorre durante o trabalho de 
parto. 
 Porém, pode ser também observado no período 
anteparto. 
Fatores que 
podem levar 
ao sofrimento 
fetal
 Anemia significativa;
 Problemas respiratórios e cardíacos;
 Hipertensão arterial;
 Diabetes gestacional;
 Placenta prévia;
 Descolamento prematuro da placenta;
 Alterações das contrações uterinas;
Fatores que 
podem levar 
ao sofrimento 
fetal
 Posições anômalas do feto;
 Desproporção entre as 
dimensões da pélvis da mãe e 
do tamanho do feto;
 Nascimento de múltiplos;
 Ruptura uterina;
 Anomalias do cordão 
umbilical;
 Presença de mecônio no 
líquido amniótico.
Consequências 
da hipóxia 
neonatal
 Variam de acordo com a intensidade da redução de 
oxigênio fetal e do tempo de duração da mesma. 
 Quando o problema é identificado precocemente, 
a recuperação do feto costumaser rápida e não 
deixa sequelas. 
 Contudo, quando o quadro de hipóxia é 
prolongado, pode levar a lesões irreversíveis em 
diversos órgãos, especialmente no sistema 
nervoso, como:
Consequências 
da hipóxia 
neonatal
 Lesões cerebrais de baixa severidade, que 
ocasionam problemas de comportamento e atraso 
no desenvolvimento psicomotor do bebê;
 Lesões encefálicas extensas mais severas, podendo 
resultar em paralisia cerebral infantil, epilepsia ou 
atraso mental. 
 Também podem levar à morte do feto no decorrer 
do parto ou algumas horas após o nascimento.
O diagnóstico 
do sofrimento 
fetal
 É feito através da monitorização cardiotocográfica
do parto. 
 Medidas emergenciais devem ser adotadas pelo 
médico para resolver o problema quando possível, 
ou o parto deve ser finalizado o mais rapidamente 
para não resultar em lesões irreversíveis no feto. 
PARTO E PUERPÉRIO 
O PARTO 
Existem dois tipos de parto: 
 parto cirúrgico (cesárea);
 parto vaginal (natural).
Os partos vaginais podem ser diferenciados em: 
 partos vaginais cirúrgicos: que acontecem normalmente em hospitais 
com intervenções médicas como anestesia, aplicação de ocitocina 
(hormônio sintético que induz as contrações uterinas), episiotomia (corte 
vaginal) etc.; 
 partos vaginais naturais: apenas com intervenções extremamente 
necessárias.
PARTO NATURAL NA ÁGUA 
O PARTO NORMAL
Pode ser realizado em posições variadas, como 
deitada, de cócoras ou utilizando uma cadeira 
de parto. 
Há também a possibilidade de ser realizado na 
água, em uma banheira apropriada.
Quanto aos locais, em maternidades há mais 
recursos de assistência para a mãe e o recém-
nascido, mas há quem opte por ter o bebê em 
casas de parto ou no próprio domicílio.
VANTAGENS DO PARTO NORMAL
A compressão que o tórax da criança sofre ao 
passar pelo canal de parto ajuda a eliminar o líquido 
amniótico dos pulmões. Assim, ele já nasce respirando 
melhor. 
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 3% 
das crianças nascidas dessa forma passam pela UTI 
neonatal por conta de desconforto respiratório 
transitório.
A ligação mãe e filho é maior, porque o trabalho 
dela é ativo, participando do nascimento. 
 Bebê mais calmo e alerta. 
VANTAGENS DO PARTO NORMAL PARA A 
MÃE
 Menor risco de morte
 Menor risco de infecção
 O leite desce mais rápido
 Relação mais próxima entre mãe e bebê
 A recuperação é mais rápida
 Cai o mito da dor
DESVANTAGENS DO PARTO NORMAL
 Se o trabalho for muito 
longo, a criança pode 
nascer cansada.
 Já para a mãe, pode 
levar à ruptura de períneo e 
piorar o quadro 
hemorroidário.
A CESÁREA 
É uma cirurgia que consiste em uma incisão na parede 
abdominal e no útero.
O bebê é retirado através desta abertura, que é fechada com sutura. 
Deve haver motivos clínicos para a sua realização.
Ainda é a via mais comum de parto no Brasil, apesar do parto normal (parto 
vaginal) ser considerado pela organização mundial de saúde (OMS) e por 
diversas entidades médicas a melhor forma do bebê nascer. 
Segundo recomendações da OMS, apenas cerca de 15% dos partos 
apresentam indicação para a cesariana, devendo os 85% restantes serem 
efetuados pela via vaginal.
A CESÁREA 
A recuperação da mãe é mais lenta que a do parto normal, mas 
atualmente é considerado um procedimento bastante seguro.
O melhor tipo de parto é aquele em que tanto a mãe quanto o bebê 
são submetidos às melhores condições possíveis. 
Como qualquer cirurgia, a cesárea precisa ser feita sob anestesia, 
habitualmente peridural ou raquidiana.
Durante a cesárea, a paciente fica acordada, mas não consegue 
movimentar a parte inferior do corpo, que permanece anestesiada 
ainda algum tempo depois do fim da cirurgia. 
Habitualmente, não há nenhum tipo de sedação durante o parto.
A CESÁREA 
A exagerada popularização da cesárea nas 
últimas décadas provocou na população a falsa 
impressão de que o parto por cesárea é mais 
seguro e acarreta menos complicações para o 
bebê. 
Entretanto, o que ocorre é exatamente o oposto. 
Alguns estudos mostram que o risco de 
complicações na cesariana chega a ser o dobro 
do parto normal.
VANTAGENS DO PARTO POR CESARIANA
Nos casos sem indicação médica, essas vantagens não superam os riscos de 
submeter a mãe a um procedimento cirúrgico.
 Possibilidade de escolher previamente a data exata do nascimento.
 Ajuda a reduzir o estresse materno durante o parto.
 O trabalho de parto é curto e com duração previsível.
 Diminui a ocorrência de nascimentos pós-termo.
 Elimina o risco de complicações relacionadas ao processo de trabalho parto 
vaginal, como relacionado a traumas ósseos (fratura de clavícula , crânio e úmero) ou 
asfixia provocada por complicações intra parto.
Reduz o risco a longo prazo de prolapso uterino ou de bexiga e incontinência 
urinária na mãe.
DESVANTAGENS DO PARTO POR CESARIANA
Quando a gestante é submetida a uma cesariana, ela deixa de ser 
simplesmente uma paciente em TP e passa ser uma paciente 
cirúrgica em TP. 
 Maior risco de infecções.
 Maior risco de trombose dos membros inferiores.
 Maior risco de hemorragias.
 Maior risco de reações aos anestésicos.
 Recuperação mais prolongada após o trabalho de parto.
 Maior incidência de dor no pós operatório.
DESVANTAGENS DO PARTO POR CESARIANA
Em relação ao bebê, o parto cesariano acarreta um maior risco de 
problemas respiratórios no pós-parto imediato. 
Este risco é minimizado se a gestante já tiver pelo menos 39 semanas 
de gravidez e se for permitido que ela entre espontaneamente em 
trabalho de parto antes da cesárea ser realizada.
Há também as consequências a longo prazo. A cada cesariana feita, a 
mulher passa a ter maior risco de implantação anormal da placenta, 
principalmente casos de placenta prévia, nas gravidezes subsequentes. 
Outro problema é o maior risco de ruptura uterina na gravidez 
seguinte, caso o parto, desta vez, seja por via vaginal.
INDUÇÃO DO PARTO
Tem por objetivo o término da gestação pela via vaginal, através da 
estimulação das contrações uterinas antes do início espontâneo do TP. 
Está indicada em situações nas quais aguardar o TP espontâneo 
resultaria em riscos maternos e fetais.
Antes da indicação da indução do TP, é importante a avaliação correta 
da idade gestacional (IG), da apresentação fetal, das características 
cervicais e da vitalidade fetal. Além disso, devem-se excluir situações 
que contraindiquem a indução do parto.
A indução do parto pode ser farmacológica ou mecânica.
Contraindicações à indução do TP
Situação transversa ou córmica
Apresentação cefálica defletida 
Desproporção cefalopélvica
Placenta prévia oclusiva total
Gestação múltipla
Grande multiparidade
Carcinoma cervical invasivo
Prolapso de cordão umbilical
Indicadores de indução do TP
Gestação com 41 semanas ou mais
Ruptura prematura de membranas
HAS e/ou pré-eclâmpsia
DM gestacional
Crescimento intrauterino restrito (CIUR)/oligoidrâmnio
Morte fetal
Anomalias fetais incompatíveis com a vida
Doença hemolítica perinatal
Doença pulmonar crônica
Doença renal
INDUÇÃO FARMACOLÓGICA
Ocitocina
Hormônio hipotalâmico liberado pela hipófise.
Medicação mais utilizada na prática obstétrica em todo o mundo.
A via de administração é a EV e requer a necessidade de acesso venoso contínuo 
até o momento do parto.
Na pré-indução, a ocitocina administrada em baixas doses por períodos 
prolongados, determina apagamento e amolecimento do colo uterino. Ocasiona 
mínima percepção de contrações pela paciente permitindo descanso nesta fase 
inicial. 
É considerada alternativa dentre os agentes modificadores do colo, porque 
demanda muitas horas para produzir apagamento do colo.
INDUÇÃO FARMACOLÓGICA
Prostaglandinas
Dinoprostona
É utilizada pela via vaginal, na forma de comprimido, gel ou *pessário. 
Desvantagens: alto custo e difícil armazenamento.
*pessário: dispositivo de silicone ou borracha, com diversos tamanhos e formatos, que é 
inserido na vagina.Misoprostol
Facilidade de uso e armazenamento (estocado em temperatura ambiente), elevada eficácia 
em promover contratilidade uterina e baixo custo
Ainda não há consenso da comunidade científica sobre a via, a dose e o intervalo de 
administração ideal.
Porém, pode causar atividade uterina excessiva.
INDUÇÃO MECÂNICA
Descolamento de membranas
Consiste na separação das 
membranas amnióticas pelo 
toque vaginal
Efeitos adversos: desconforto 
materno, sangramento vaginal 
e contrações irregulares
ATENÇÃO AO PUERPÉRIO
PUERPÉRIO 
Inicia-se logo após o parto vaginal ou cesariana 
e estende-se por algumas semanas. Nesse 
período, ocorre o retorno dos órgãos 
reprodutivos ao estado pré-gravídico.
A atenção à mulher e ao RN no pós-parto 
imediato e nas primeiras semanas após o parto 
é fundamental para a saúde materna e 
neonatal. 
PUERPÉRIO
Recomenda-se à atenção primária a 
realização uma visita domiciliar na 1ª 
semana após a alta do bebê. 
Caso o RN tenha sido classificado como de 
risco, essa visita deverá acontecer nos 
primeiros 3 dias após a alta. 
O retorno da mulher e do recém-nascido ao 
serviço de saúde, de 7 a 10 dias após o 
parto, deve ser incentivado desde o pré-
natal e na maternidade.
OBJETIVOS DA ATENÇÃO AO PUERPÉRIO
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-
nascido. 
• Orientar e apoiar a família para a amamentação. 
• Orientar os cuidados básicos com o recém-nascido. 
• Avaliar a interação da mãe com o recém-nascido. 
• Identificar situações de risco ou intercorrências e 
conduzi-las. 
• Orientar o planejamento familiar.
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Útero
Após o nascimento do bebê, o útero diminui de volume (em 
torno de 1000g no pós-parto imediato a 100g ao final de 
30 dias).
No pós-parto imediato, encontra-se globoso, contraído e 
localiza-se entre a sínfise púbica e cicatriz umbilical.
Com 1 semana de pós-parto, o colo do útero já encontra-se 
fechado.
Lóquios
É a eliminação do conteúdo uterino após o parto.
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Sistema cardiovascular
Imediatamente após o parto, o débito cardíaco e o volume 
plasmático estão em torno de 10% aumentados. Essa 
situação volta ao estado pré-gravídico em 2 semanas.
Após o parto há redução do peso materno; a pressão 
venosa aumentada nos MMII retorna ao normal; melhoram as 
varizes e edemas em membros e as hemorroidas. 
Trato urinário
Pode ocorrer sintomas de superdistensão e sensação de 
esvaziamento vesical incompleto.
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Aparelho digestivo 
Comum o retardo na primeira evacuação, pelo 
relaxamento da musculatura abdominal e 
perineal, assim como pelo desconforto em caso 
de episiorrafia e hemorroidas. 
Mamas
O colostro já pode estar presente desde a 2ª 
metade da gravidez, ou no mais tardar, surge 
nos primeiros dias pós-parto. 
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Ovulação 
O retorno da ovulação pode ser bastante variado, 
mas, em geral, na paciente que não amamenta, 
fica em torno de 6 a 8 semanas. 
Não se deve esperar o início da menstruação para 
iniciar a anticoncepção.
A ovulação é menos frequente nas pacientes que 
amamentam, mas pode ocorrer e resultar em 
gestação. 
CUIDADOS NA 1ª HORA PÓS-PARTO
É um importante período de vigilância pelo risco de complicações.
Observar sinais vitais rigorosamente (a cada 15 min) e realizar as 
anotações.
Algumas pacientes apresentam calafrios logo após o parto, que podem 
ser causados pelo diminuição da massa corporal e por um reajuste dos 
sensores térmicos. Aquecer essa paciente e observar.
Observar o sangramento vaginal que podem ocorrer por hemorragias, 
lacerações de colo e vagina, ruptura uterina ou restos placentários. 
O útero deve estar com bom tônus e, se não estiver contraído, deve ser 
massageado.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Controle dos sinais vitais
Tax.; PA; FC; FR = no mínimo 2X ao dia na paciente sem comorbidades. 
Aumento da Tax. pode sugerir início de quadro infeccioso ou 
ingurgitamento mamário.
Avaliação de coloração da pele e mucosas. 
Exame das mamas
Palpação uterina
O útero deve ser rotineiramente palpado para verificar diminuição da 
consistência e aumento de dor.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Lóquios
Examinados rotineiramente quanto a quantidade, cor e 
alterações do cheiro. Constatados lóquios fétidos de cor 
achocolatada associados à febre, tem-se provável 
quadro de infecção puerperal. 
Cólicas
Após o parto, ocorrem contrações uterinas que são mais 
intensas durante a amamentação. De maior intensidade 
durante a 1ª semana. Decorre de contrações uterinas 
por ação local da ocitocina, liberada na hipófise 
posterior pelo reflexo de sucção mamilar.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Membros inferiores
Devem ser diariamente examinados, verificando 
presença de edemas e/ou dores, principalmente se 
unilaterais, que sugere comprometimento venoso.
Estimular a deambulação precoce com supervisão, 
desde que cessados os efeitos da anestesia para 
favorecer a função vesical e intestinal. O desconforto 
causado pela flacidez abdominal nos primeiros dias de 
puerpério pode ser minimizado com o uso de faixas ou 
cintas apropriadas.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Episiorrafia
É a cicatriz resultante da incisão no períneo, 
realizada com o objetivo de aumentar a abertura 
vaginal durante o período expulsivo, de forma a 
evitar lacerações extensas. A sutura realiza-se com 
pontos absorvíveis.
Pode-se utilizar gelo local nas primeiras horas para 
melhora da dor e edema. Não necessita de curativo 
e indica-se às pacientes que façam a higienização 
com água corrente e sabonete após as eliminações. 
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Ferida operatória
Deve ser diária e cuidadosamente examinada 
buscando-se sinais de hematoma e infecção. Nesses 
casos, são feitas as aberturas dos pontos e drenagem 
da secreção com observação rigorosa quanto à área 
de eritema ou ao aparecimento de necrose. 
Os curativos são diários com SF 0,9% e gazes.
Os cuidados devem ser intensificados nas pacientes de 
risco: obesas, diabéticas, imunossuprimidas, anêmicas.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Alimentação
Pode ser liberada logo após o parto transpélvico. 
Não há restrições alimentares. A dieta deve conter 
elevado teor de proteínas e calorias. Importante 
incentivar a ingesta hídrica. 
Higiene: a vulva e o períneo devem ser lavados 
com água e sabão após cada micção e evacuação; 
orientar a higiene sempre na direção do ânus e 
evitar o uso de papel higiênico.
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Aleitamento
Manutenção das mamas limpas e elevadas, através de sutiã apropriado.
Ingurgitamento mamário por ocasião da apojadura deve ser abordado com 
esvaziamento manual e compressa gelada após amamentação.
Em caso de ingurgitamento mamário: 
• Retirar o excesso de leite, após amamentação, por esvaziamento manual.
• Bombas de sucção devem ser evitadas.
• Compressa de gelo após amamentação por, no máximo, 10 minutos. 
CUIDADOS NO PÓS-PARTO
Atividade sexual
O interesse sexual pode diminuir no período pós-parto. A atividades 
sexual pode ser liberada após 2-4 semanas do parto, respeitado o 
conforto e desejo da paciente
Medicamentos
Toda puérpera deve ser orientada a evitar a automedicação, pois 
algumas drogas tem passagem pelo leito materno e podem causar 
alterações importantes nos bebês.
Sulfato ferroso 300 mg/dia VO geralmente é prescrito pelo menos até 
o 3º mês de puerpério. 
CONTRAINDICAÇÕES DA AMAMENTAÇÃO 
São raras as situações, tanto maternas quanto neonatais, que contraindicam a 
amamentação. 
Entre as maternas, encontram-se as mulheres com câncer de mama que foram 
tratadas ou estão em tratamento, mulheres HIV+, mulheres com distúrbios 
graves da consciência ou do comportamento. 
As causas neonatais são, na maioria, transitórias e incluem alterações da 
consciência de qualquer natureza e prematuridade.
Recomenda-se envolver o tórax com enfaixamento firme das mamas com 
atadura elástica de 15 cm por vários dias para não haver o estímulo dos 
mamilos. Em caso de engurgitamentoe dor, fazer uso de compressas frias, 
evitar o esvaziamento das mamas e administrar medicação conforme 
prescrição médica.
MULHERES PORTADORAS DO HIV
O risco de transmissão do HIV pelo leite materno é elevado. A transmissão ocorre tanto pelas 
mães sintomáticas quanto pelas assintomáticas. 
Quanto mais tempo a criança mama, maior será a chance de ela ser infectada. Assim, as 
gestantes HIV+ deverão ser orientadas para não amamentar. 
Quando, por falta de informação, o aleitamento materno tiver sido iniciado, torna-se 
necessário orientar a mãe para suspender a amamentação o mais rapidamente possível, 
mesmo em mulheres em uso de terapia antirretroviral. 
Após o parto, a lactação deverá ser inibida mecanicamente (enfaixamento das mamas ou uso 
de sutiã apertado) e deve-se considerar o uso de inibidores de lactação, como a cabergolina.
A amamentação cruzada – aleitamento da criança por outra nutriz – está formalmente 
contraindicada. 
A criança deverá ser alimentada com fórmula infantil durante os 6 primeiros meses de vida, 
necessitando posteriormente de introdução de outros alimentos.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Essa alteração do humor no puerpério, ocorre por problemas na 
adaptação da mãe ao nascimento do bebê.
São fatores de risco:
• História de depressão em gestação ou puerpério anteriores;
• Gestação indesejada;
• Eventos traumáticos na gestação e parto;
• Adolescência;
• Presença de transtornos do humor ou mentais prévios;
• Tabagismo ou drogas ilícitas.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Em alguns casos, pode ocorrer 
agravamento importante com 
aparecimento de sintomas psicóticos 
com risco ao RN e à própria 
paciente. 
A paciente deve ser encaminhada 
ao sérvio especializado.

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