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Resumo Clinica e Cultura

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Resumo Clínica e Cultura
Ciência e Cientificismo: Ciência é produtora dos benefícios; é algo comprovado através de pesquisas e estudos. Cientificismo é quando você utiliza da ciência para comprovar, justificar um comportamento seu. A ciência não dá conta de tudo, da produção de todo conhecimento que precisamos, de todo o conhecimento moral de dizer para o homem o que ele deve fazer, pode até dizer em boa medida o que uma série de fenômenos são, pode até demonstrar uma série de relações, a produção do dever “SER” não vem da ciência.
Educação Bancária X Educação Emancipadora: Educação Bancária é toda aquela educação que tem uma quantidade muito grande de informações técnicas e uma posição vertical entre o educador e o educando; é a educação onde o professor deposita o conhecimento em um aluno. A educação emancipadora é aquela que se preocupa com as questões técnicas, mas também se preocupa com as questões de formação de cidadania, de orientação para vida, de formação de personalidade, sempre numa vertente horizontal; o professor se encontra numa posição de mediador de conhecimento e não de detentor ou transmissor de conhecimento. A educação bancária nos transforma em homem que sabe fazer, homem que sabe mexer com ferramentas, homens que sabem ser mão de obra para o mercado de trabalho. O foco da educação bancária é o treinamento para o mercado de trabalho, para a venda da mão de obra. A educação bancária defende um saber técnico e a educação emancipadora defende um saber ético.
Religião X Fanatismo Religioso: Religião é crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano. O fanatismo religioso é o problema do excesso. Toda vez que temos uma prática religiosa que provoca excesso na tentativa de dominar os povos, os grupos ou as individualidades, a convertê-los a sua fé ou impedi-los de qualquer coisa, pois aquela prática está contrária à sua fé, ela cai na prática do terror. Qualquer discurso ou pratica que tente cassar o direito da liberdade de prática religiosa necessariamente cai em uma prática de terror religioso, é o excesso da fé na tentativa de conversão. A religião se torna um terror quando tenta converter as pessoas sem necessariamente estar pautada na ideia ou na escolha de ser convertida, é a conversão por obrigação.
Amor Patológico: O excesso do amor ou a falta do amor são as vertentes patológicas de sua prática. O amor é pensado como um vinculo de afetividade que liga um sujeito ao outro, que me aproxima de outra pessoa, que me faz caminhar em direção a ela. Toda vez que me encontro em uma situação de excesso ou falta, nessa tentativa de aproximação, me envolvo em um amor patológico, ou seja, quanto mais próximo eu fico mais eu sufoco o outro e, estando em cima dele, mato sua subjetividade, impeço a sua possibilidade de existir. Por exemplo: amor patológico materno – “eu escolho tudo por você, meu filho, pois eu te amo demais e eu sei o que é melhor para você”; ao mesmo tempo que a falta faz parte desse amor também – “eu não participo da sua vida, não te ajudo e deixo você se virar” (negligência). Amor patológico: dependência, obsessão, prejuízo, exclusividade, controle.
Industria da Cultura: Cultura produzida em escala industrial em busca da maximização do lucro. Fala de estética, um campo de estudo da filosofia, que diz respeito aquilo que eu gosto ou não gosto, expressões sempre utilizadas na defesa da liberdade “eu sou livre para gostar do que eu quiser”, porém o conceito de indústria cultural diz que ‘não’, você não é livre para gostar do que quiser, você só gosta daquilo que a indústria produz e te obriga a gostar. Aqui é discutido a liberdade dos gostos, no qual a partir da indústria da cultura “gosto nunca foi livre”, é extremamente pautado por um grupo de produtores de cultura e arte que te oferece um determinado produto e te forma para gostar daquele produto, ou seja, a grande questão é a ideia de que eu não sou livre para gostar do que eu quiser. A minha noção de estética é, então, determinada pela indústria da cultura, há todo um aparato industrial para poder provocar em mim um gosto por isso ou aquilo. A formação da subjetividade não é livre, é resultado de um projeto macrocultural friamente calculado. Associação forçada entre saúde, felicidade e sucesso ao consumo. “Só posso ser feliz enquanto consumo”. Primeiro a indústria cria o desejo, depois os produtos. 
Totalitário X Democrático: Totalitarismo (ou regime totalitário) é um sistema político no qual o Estado não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível. Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através. Principal diferença: o governo totalitário defende os direitos coletivos (coletivos de quem? dos aristocratas? da oligarquia? direitos coletivos dos trabalhadores?) e o governo democrático defende os direitos individuais (liberdade, democracia, capacidade de você sugerir, de fazer suas próprias escolhas e, principalmente, defende o direito da propriedade privada).
Liberalismo X Conservadorismo: Principal conceito é de mudança. Os grupos de conservadorismo são grupos de pensamento que tentam manter as coisas como sempre foram, em termos socioculturais, e os liberalistas são aqueles que estão atentos para a liquidez do mundo, mostrando que o mundo está em transformação o tempo todo, transformações tais que frequentemente são barradas pelo grupo conservador, que impedem que outras práticas culturais, de amor, de amizade, de relacionamento humano, práticas de trabalho, qualquer prática do tipo sociocultural, seja impedido de se transformar, enquanto os liberais estão o tempo todo tentando permitir que as novidades apareçam dentro de determinado território.
Declaração Universal de Direitos Humanos: Defesa das liberdades individuais; defesa dos direitos fundamentais; defesa dos direitos à propriedade privada; direito de proteção do estado da sua possibilidade de sobreviver; os direitos fundamentais estão defendendo o direito à vida e o direito que você tem garantido pelo Estado de que você terá ajuda para sobreviver em situações precárias. A defesa dos direitos humanos é questão básica de sobrevivência de toda a humanidade.
Obs: No mundo inteiro os grupos que mais tem os direitos humanos violados são os pobres e os presidiários. Por isso há mais ações dos direitos humanos voltados à estas populações. Direitos humanos são mais comumente violados em estados totalitários.

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