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Férias; Aviso Prévio O direito as férias está determinado pela CF, art. 7o, XVII, e regulamentado pela CLT, arts. 129 a 153. A idéia de um repouso anual tem suas origens remotas no trabalho do camponês medieval, que, após o ciclo anual de plantio, manutenção e colheita, gozava de alguns dias de inatividade, nos quais se dedicava a festejar. É o período de tempo em que o empregado fica dispensado de prestar trabalho, embora garantida a sua remuneração, para a finalidade de descanso e lazer, como forma de recuperar-se mental e fisicamente de um ciclo de um ano de atividades. As ferias podem ser individuais ou coletivas, e, de preferência, o período não deve ser fracionado. Outro aspecto de grande relevância sobre o instituto é que o período de afastamento obrigatório do empregado é considerado como tempo trabalhado, para todos os efeitos. Período de aquisição: A cada período de 12 meses (CLT, art. 130), contado da admissão, o empregado adquire o direito a um período de férias, cuja duração será fixada pela sua assiduidade ao longo desse período: a) 30 dias corridos de férias, ate 5 faltas; b) 24 dias corridos de férias, de 6 a 14 faltas; c) 18 dias corridos de férias, de 15 a 23 faltas; d) 12 dias corridos de férias, de 24 a 32 faltas; e) o empregado que tenha mais de 32 faltas injustificadas perde o direito às férias. Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quanto for impronunciado ou absorvido; e VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133 O tempo correspondente à licença gestante é considerado como tempo de serviço e é computado para a aquisição das ferias. Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Irrenunciabilidade do aviso prévio: Súmula 276; Reconsideração do aviso prévio: Possibilidade; Justa causa no decurso do prazo do aviso prévio: Súmula 73 Aviso prévio e os institutos incompatíveis: Súmula 348 Período concessivo: Após o período de aquisição, inicia-se o período de concessão, de 12 meses, no qual o empregador decide o período e é obrigado a conceder de uma só vez as ferias adquiridas pelo empregado, informando o empregado com 30 dias de antecedencia, nos termos dos Arts. 134 e 135 da CLT. As ferias poderão ser concedida em três períodos, sendo um deles não inferior a 14 dias e os demais não inferior a 5 dias. O prazo para prescrição do direito de reclamar a concessão do período de ferias vencidas é contado a partir do término do período de concessão (CLT, art. 149). Remuneração das férias: As férias serão remuneradas com base na mesma remuneração que o empregado receberia se estivesse trabalhando, se trabalhar em comissão a média das ultimas 12. (§3o, Art. 142) As ferias serão acrescidas do denominado terço constitucional, previsto na CF, art. 7o, XVII. O pagamento das ferias pode ser de forma simples ou em dobro. Serão pagas de forma simples quando o empregador conceder as ferias dentro do período concessivo e em dobro quando concedidas fora do referido período (CLT, art. 137). É absolutamente ilegal a venda de férias. Nada obstante, o Art. 143 da CLT faculta ao empregado converter um terço do período de ferais a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. O pagamento das férias e do abono pecuniário deve ser efetuado ate dois dias antes do inicio do período de gozo das ferias (CLT, art. 145). Ferias proporcionais: Como regra geral, em decorrências da rescisão do contrato de trabalho, salvo na hipótese de falta grave, o empregado tem direito ao pagamento de uma indenização correspondente ao período aquisitivo de ferias incompleto, na razão de 1/12 avos por mês trabalhando, ou fração superior a 14 dias, acrescida do terço constitucional, de acordo com a CLT, art. 146, parágrafo único. O aviso prévio é o instrumento pelo qual um dos integrantes da relação jurídica dá conhecimento ao outro de uma específica intenção, que no caso é o encerramento da relação contratual. O prazo é de no mínimo 30 dias, proporcionais ao tempo de serviço, tendo a lei 12.506/2011 estabelecido uma proporcionalidade, onde, para cada ano de contrato, é acrescentado 3 dias ao tempo de aviso prévio, sendo o limite máximo de 90 dias. Essa proporcionalidade só se aplica quando o empregador dispensa o empregado. Quando o empregado pede demissão, não se aplica essa proporcionalidade, sendo devido o aviso prévio de 30 dias. O aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado. No aviso prévio trabalhado o empregado tem o dinheiro a escolher uma entre as duas opções: a) redução da jornada de trabalho em 2 (duas) horas diárias durante os 30 (trinta) dias de aviso; ou b) A falta ao trabalho por 7 (sete) dias corridos, sendo estes, ao final do aviso. No aviso prévio indenizado o empregador simplesmente paga os 30 dias de aviso, ou em caso de pedido de demissão o valor é descontado do TRCT. ⑪
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