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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR
UNIVERSIDADE PAULISTA
NOME: ADRIANA TAVARES DA ROCHA MENDES
AMANDA HORA BISPO
RA: 2140025
0431553
DASA
PIM X
BRASÍLIA
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA
NOME: ADRIANA TAVARES DA ROCHA
MENDES
AMANDA HORA BISPO
RA: 2140025
0431553
DASA
PIM X
Projeto Integrado Multidisciplinar X para
obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão Hospitalar, apresentado a
Universidade Paulista – UNIP
Orientador:Profa. Ma. Valdice Pólvora
BRASÍLIA
2023
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo colocar em prática os ensinamentos
adquiridos nos conteúdos ministrados nas disciplinas de Gestão de Qualidade
e Acreditação Hospitalar que envolve as condições do ambiente e prevenção
de acidentes, Legislação hospitalar e Gestão Hospitalar Interdisciplinar,O
desenvolvimento da interdisciplinaridade proporciona compreensão da inter-relação
entre as áreas profissionais com toda sua complexidade e pluralidade. Contudo,
muitas são as fragilidades apontadas e os desafios a serem vencidos para a
educação interdisciplinar na área da saúde, uma vez que o ensino tradicional
desfragmentado e desarticulado ainda encontra-se fortemente presente na
educação atual. Sua valorização e seus aspectos construtivos para a gestão
hospitalar na área de qualidade assistencial, veremos também, a respeito
qualidade de serviços de saúde e alguns dos seus objetivos e verificar a
acreditação de poder garantir maior segurança para os pacientes, visado
também os mapeamentos e aperfeiçoar os processos de assistência.
Abordaremos duas agências nacionais AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
SUPLEMENTAR (ANS) E AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) de
extrema importância para a área da saúde, pois os profissionais que atuarão
na gestão em saúde devem ter o conhecimento atualizado a respeito da
legislação que engloba esses temas. A seguir, entraremos a fundo nas
características mais relevantes de cada uma dessas agências
separadamente
Palavra-chave: Qualidade,Gestão, Interdisciplinar e Legislação
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO......................................................................................................x
2. GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR............................x
2.1 O que é Gestão da Qualidade……………………………………….......................x
2.2 Gestão da Qualidade x Saúde…………………………………………………........x
3. LEGISLAÇÃO HOSPITALAR..............................................................................x
3.1xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx........................x
3.2xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..........................x
4. GESTÃO HOSPITALAR INTERDISCIPLINAR......................................................x
4.1 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx...........................x
4.2xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..........................x
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................x
REFERÊNCIAS..........................................................................................................x
1.INTRODUÇÃO
A Rede Dasa hoje é considerada a maior rede integrada de saúde, as
empresas funcionam como um “self-service” de serviços de saúde pois conta com
uma variedade de tipos de atendimento, onde o cliente/paciente é o foco do seu
atendimento com a finalidade de simplificar a vida de quem precisa. Se trata de uma
hub com com 66 produtos que incluem gestão de seguro de saúde, exames,
vacinas, telemedicina, medicina ocupacional entre outros. Atualmente a rede tem
350 empresas clientes. Dasa é a maior rede de saúde integrada do Brasil. Faz
parte da vida de mais de 20 milhões de pessoas por ano, com alta tecnologia,
experiência intuitiva e atitude à frente do tempo. Com mais de 40 mil colaboradores
e 250 mil médicos parceiros, existe para ser a saúde que as pessoas desejam,
estando presente em cada etapa de cuidado.
Segue alguns números da rede:
Ano de Fundação: 1966
Abrangência Geográfica: SP, RJ, MG, ES, RS, SC, PR, DF, MT, GO, BA, CE, PE E
MA, além de Argentina e Uruguail
Número de Hospitais: Mais de 15
Número de Médicos Parceiros: Mais de 250 mil
Número de Unidades Diagnóstico: Mais de 1.000
Número de Unidades: Mais de 900
Número de Funcionários: Mais de 40 mil
Número de Pacientes Atendidos por Ano: Mais de 20 milhões
No presente trabalho iremos entender um pouco sobre a dimensão da Rede
Dasa, principalmente ao que se refere a Gestão de Qualidade e Acreditação
Hospitalar, a gestão na empresa e sobre a Legislação Hospitalar de forma
abrangente.
2. GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
2.1 O que é Gestão da Qualidade
A qualidade são atributos destinados a pessoas, objetos, serviços, produtos,
porém não é algo assim identificável e também varia de cada análise, pode-se dizer
que é o resultado da interpretação de uma ou várias características. Em uma
linguagem mais simples, é algo bom, quando pensamos em qualidade pensamos
em algo que seja bom, agradável e que atenda as necessidades.
A gestão da qualidade tem algumas etapas importantes que precisam ser
seguidas. Sendo a primeira delas, o planejamento da qualidade, logo em seguida
existe o controle da qualidade, a garantia da qualidade e um dos itens mais
importantes que é a melhora contínua da qualidade. Pouco serve uma empresa
iniciar um processo de gestão da qualidade e não manter o processo pensando
sempre na melhoria. A gestão se dará por meio de uma estrutura organizacional,
processos, recursos e procedimentos necessários para buscar a excelência nessa
área.
2.2 Gestão da Qualidade x Saúde
Quando se fala em gestão da qualidade na área de saúde, logo pensamos
em atendimento, porém, vai muito além disso, envolve todos os setores de um
Hospital, a começar pelos processos descritos. Na área de saúde, se trata de uma
união de várias práticas relacionadas aos processos para a entrega de todos os
serviços com excelência com o foco principal no paciente, é uma atividade
coordenada de todos os setores que compõem uma rede de saúde, como foco
principal na administração de processos e recursos com o objetivo de satisfazer a
necessidade do cliente ou de preferência superando as expectativas.
A ferramenta de gestão da qualidade na área de saúde ajuda as
organizações a aumentar a satisfação do paciente, agilizar os processos em todos
os departamentos, reduzir os desperdícios e fazer com que a empresa seja mais
eficiente em todos os seus processos. Além de eficiência administrativa, um
excelente atendimento aos clientes, mais acessibilidade aos serviços. Um dos
princípios fundamentais da qualidade é a melhoria contínua com a finalidade de ir
além das expectativas do cliente/paciente, tudo gira em torno do paciente, todas as
ações, mudanças, processos são desenvolvidos pensando no bem estar deles.
Para que a gestão de qualidade funcione dentro de um ambiente de saúde é
preciso seguir algumas ferramentas fundamentais e implementar algumas práticas,
tais como:
Mapeamento dos processos - conhecer cada processo dentro da instituição e
entender a ligação entre eles é um passo muito importante.
Definição e Mensuração dos Indicadores - essa etapa serve tanto para avaliar se os
resultados estão sendo alcançados, como também, traçar um caminho, indicar onde
a empresa quer chegar.
Aplicação da Gestão de Riscos - ter consciência que o risco existe é a melhor forma
de evitá-lo, é essencial na área da saúde dar uma atenção especial a esse tópico,
pois deve-se sempre evitar procedimentos desnecessários e atenção à gestão de
leitos e medicações.
Uso de Metodologias Específicas - orienta e ajuda a instituição a manter o seu
padrão de qualidade, definir prioridades e realizar planejamentos e para isso
existem diversas metodologias que a empresa pode se adaptar.
Adoção da Cultura de Qualidade - é algo que precisa estar no DNA da instituição de
saúde, essa cultura irá fazer a diferençaem todo o processo. É preciso que todos os
profissionais estejam engajados com a qualidade.
A gestão da qualidade traz inúmeros benefícios, não só para os pacientes
que é permanece sempre como o foco, mas também para os profissionais que
sentem segurança nas atividades desenvolvidas e aumento do desempenho da
instituição.
2.3 Acreditação Hospitalar
É algo que tem sido bastante procurado pelos Hospitais, Clínicas, Instituições
da área de saúde e muito discutido pelos profissionais nos últimos anos no Brasil. A
acreditação hospitalar é a avaliação externa de organizações dos serviços de saúde
para analisar com precisão o nível de desempenho das instituições analisadas em
relação a padrões pré-estabelecidos que podem variar de acordo com cada
entidade acreditadora e implementar formas de melhorar continuamente o sistema
de saúde. De uma forma geral, as exigências estão voltadas para as áreas de
alvará de funcionamento, apresentação de licenciatura sanitária, constituição legal a
mais de ano entre outras questões técnicas semelhantes. Ter o selo de acreditação
está entre os objetivos principais de todas as instituições de saúde. Ela atesta que a
instituição segue rígidos protocolos de segurança e qualidade, visando sempre o
melhor atendimento ao paciente/cliente. Um dos papéis principais é padronizar os
processos e exigir os níveis de excelência, promover a eficiência da equipe de
assistência e reduzir custos desnecessários à instituição.
A principal instituição de acreditação do Brasil é a ONA - Organização
Nacional de Acreditação e em seguida a JCI - Joint Commission International. A
metodologia de avaliação é realizada sem caráter fiscalizatório, a instituição solicita
a visita de forma voluntária e reservada. Após a certificação essa visita é feita de
forma periódica com a finalidade de melhorar os processos e ser um programa de
educação continuada dentro das instituições. Como uma empresa certificada é
possível gerar mais credibilidade e confiabilidade no mercado e principalmente entre
os usuários, ter o selo demonstra que os profissionais seguem uma padronização e
está focada em melhorar os atendimentos aos pacientes, reduzindo assim a
possibilidade de erros. E além do mais, cria uma cultura de aperfeiçoamento
constante entre os profissionais que passa a fazer parte da rotina diária.
As etapas de acreditação são as seguintes: organização da equipe interna,
definir o responsável por acompanhar os processo, capacitar a equipe, escolher
uma entidade credenciadora, alinhar as estratégias.
2.4 Rede Dasa
A Rede Dasa e suas empresas em seus longos anos de experiência na área
de saúde, tem uma grande lista de certificados. Tem reconhecimento
internacionalmente e nacional justamente pela qualidade dos serviços prestados
que é reconhecida pelos usuários da rede, a auditoria interna e externa garante que
o padrão de excelência esteja presente em todas as etapas da cadeia diagnóstica.
Seguem alguns certificados da rede:
Distinção em Serviços de Emergência
Qmentum IQG
ONA
UTI Top Performer
Banco de Leite Padrão Ouro
HIMSS Analytics Stage 7
Anahp
Joint Comission International
Qmentum International Diamente
3. LEGISLAÇÃO HOSPITALAR
No Brasil se faz valer três poderes principais que regem todas as leis do
Brasil e de todas as áreas possíveis, sendo elas:
Poder Executivo - exerce o comando da nação, conforme estabelecidos pela
Constituição Federal
Poder Judiciário - preza pelo respeito e cumprimento da ordem constitucional, é a
justiça, atua em casos concretos, realização dos direitos individuais e coletivos no
processo das relações sociais
Poder Legislativo - o conjunto de leis que assegura a soberania da justiça para
todos, instituições públicas, empresas privadas e cidadãos
No âmbito hospitalar as leis se fazem presentes também de uma forma
específica, assim como cada ramo de trabalho. Temos como exemplo o Conselho
Nacional de Saúde (CNS), que relaciona e regulamenta 14 profissões com nível
superior da área de saúde, exemplo dos Médicos, Enfermeiros, Fisioterapeutas,
Assistente Social entre outros. Todas as categorias que atuam na área de saúde
tem seus sindicatos próprios que devem seguir a legislação nacional vigente. As leis
são direitos e deveres que todo profissional deve conhecer e seguir e o não
cumprimento pode acarretar em exercício ilegal e será respondido na justiça através
do código penal e Civil. O código penal tem um capítulo de crimes contra a saúde
pública, como exemplo temos a Lei que pune quem exerce a profissão de forma
ilegal.
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou
farmacêutico, sem autorização legal ou exercendo-lhes os limites.
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos
No Brasil, os objetivos das leis são controlar o comportamento e ações da
população de acordo com os princípios da sociedade. E também para as leis de
saúde existe uma hierarquização, de acordo com Kelsen (1988) segue o gráfico da
área de saúde.
1. Constituição Federal
2. Lei Complementar
3. Lei Ordinária
4. Medidas Provisórias
5. Resoluções
Na Constituição Federal existe uma série de artigos que regulamenta a saúde
no Brasil, que tem como objetivo garantir o acesso da população à saúde a punir
qualquer tipo de erro que os profissionais da área da saúde possam vir a cometer
com o exercício da profissão. Em contrapartida junto à Constituição Federal, temos
ainda o Código Civil, Leis do SUS, Leis dos Planos de Saúde e Exercício de
Medicina. O Poder Executivo que rege a área da saúde é o Ministério da Saúde,
organização e manutenção de serviços e órgãos de saúde de âmbito nacional,
elabora e fiscaliza políticas de prevenção e promoção de saúde no âmbito federal.
As principais Leis orgânicas da área da saúde são:
Leis nº 8.080/90 e 8.142/90 - regulamenta as ações e os serviços de saúde em todo
o território nacional,estabelecendo, entre outras coisas, os princípios, as diretrizes e
os objetivos do SUS. Dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes. Garante a gratuidade das ações e dos serviços nos atendimentos
públicos e privados contratados e conveniados. Segue abaixo alguns dos principais
órgãos que regulamenta a área da saúde:
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar é a agência reguladora do Governo
Federal que é vinculada ao Ministério da Saúde, também é responsável pelo setor
de Planos de Saúde. Tem como finalidade a proteção ao usuário do plano de saúde,
é responsável por regulamentar as operadoras e contribuir para o desenvolvimento
da saúde. Os objetivos principais são: regulamentar, normatizar, controlar e
fiscalizar os planos de saúde. Controla as ações e serviços dos planos de saúde e
de outros órgãos públicos.
Susep - Superintendência dos Seguros Privados do Ministério da Fazenda,
responsável pelo controle e fiscalização do mercado da saúde.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, se trata de uma agência
reguladora, tem como competência abrange a regulação sanitária e econômica do
mercado da saúde.
CNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, é de responsabilidade da ANVISA
e que estabelece normas gerais, prestar cooperação técnica e financeira.
Outro campo extremamente importante na área de saúde é a
regulamentação geral de boas práticas nas áreas de gestão em saúde, que dizem
respeito aos procedimentos realizados no setor ao seu cliente/paciente, que são
previamente determinados por meio de normas técnicas nas legislações vigentes. É
necessário que todos os profissionais da aŕea de saúde, não apenas a equipe de
assistência, cumpra todos os procedimentos da melhor forma possível, pois é um
campo em que todos estão sujeitos a diversos riscos.
De acordo com a OMS, saúde não é apenas a ausência de doenças mas
também um estado de equilíbrio entre o bem estar físico, mental e social. Pensando
nisso a Rede Dasa preza por princípiosde qualidade, um dos valores da empresa é
a paixão pelas pessoas que engloba: colocar o cliente no centro em todas as
decisões, obstinados em encantar as pessoas, responsabilidade e sensibilidade no
cuidados com as pessoas. É uma rede focada na inovação, que tem coragem de
experimentar todas as novas formas de fazer, inova sempre a partir das
necessidades dos clientes/pacientes, simplificar os processos em busca da
eficiência. Oferece uma rede integrada da America Latina.
4. GESTÃO HOSPITALAR INTERDISCIPLINAR
A interdisciplinaridade tem sido um tema central na área da saúde. O desafio que
ela propõe é a aplicabilidade do saber interdisciplinar nas práticas de saúde. O
presente artigo discute a interdisciplinaridade no contexto da saúde e tem como
objetivo analisar, a partir de uma revisão narrativa, o trabalho interdisciplinar de
equipes de saúde no contexto hospitalar. Os resultados evidenciaram dificuldades
para que o trabalho em equipe se efetive, uma vez que a dinâmica das práticas de
saúde no hospital atualmente ainda privilegia a especialização e o saber uni
profissional. A reformulação da formação nas instituições de ensino é uma aposta
promissora para a construção do trabalho em equipe sustentado pela perspectiva
interdisciplinar. Os sistemas de saúde têm como compromisso primordial garantir o
acesso aos bens e aos serviços disponíveis em cada sociedade para a manutenção
e a recuperação da saúde dos indivíduos. Os sistemas de saúde do Dasa
asseguram as condições para que as pessoas sejam atendidas em suas
necessidades de manutenção da saúde, seja por oferta do governo ou de outra
forma de financiamento. Os componentes principais dos sistemas de saúde incluem
estruturas distintas, porém conexas, que se dividem em dois grandes grupos: As
estruturas assistenciais e as de função do sistema. Nas assistenciais, a função é:
Produzir os serviços de saúde e, nelas, estão incluídas as redes de serviços
(hospitais, ambulatórios, consultórios, laboratórios clínicos e radiológicos).
4.1 Conceito de interdisciplinaridade
Os estudantes de Medicina, quando questionados sobre o que entendem por
interdisciplinaridade, revelaram uma IC: “trabalho em equipe, troca de
conhecimentos e reconhecer os limites de cada um”. Esse conceito se aproxima das
concepções de Japiassú, Batista e Zabala no que se refere à troca de
conhecimentos entre integrantes de uma mesma equipe, e das concepções de
Suape no tocante a reconhecer os limites de cada profissional, indicando que os
estudantes aprenderam o conceito de interdisciplinaridade.
Garcia et al., em estudo com alunos de Medicina, identificaram em seus discursos
concepções semelhantes sobre a interdisciplinaridade, conceituando-a como a
união entre as diversas áreas do conhecimento para atingir o mesmo objetivo. Essa
IC deu origem ao seguinte DSC:
“É integrar várias especialidades de determinada profissão ou mais profissões, é o
trabalho conjunto dos profissionais de saúde, médico, enfermeiro, fisioterapeuta,
psicólogo, ou seja, o trabalho em equipe; mas que exista certo espaço definindo o
trabalho de cada um; tem que ter uma troca de conhecimentos, que intervenha um
no outro, mas que cada um saiba seu papel; que todos tenham a mesma finalidade
em prol do paciente” (DSC)
Os estudantes que participaram do grupo focal parecem ter uma concepção de
interdisciplinaridade coerente com o proposto pelos estudiosos do tema. Entretanto,
na avaliação do Questionário de Interdisciplinaridade, na dimensão Base
Conceitual, a compreensão que eles apresentaram sobre a interdisciplinaridade foi
mediana (5,04 ± 0,95). Na maioria dos casos, nesta avaliação, os estudantes
compreendiam a interdisciplinaridade como a prática conjunta de profissionais de
especialidades diferentes, porém não consideravam o diálogo e a troca de
conhecimentos como essenciais à concretização de práticas interdisciplinares.
Desta forma, para os estudantes que responderam ao questionário, a concepção de
interdisciplinaridade é mais condizente com a prática da multidisciplinaridade,
facilmente observada nos serviços de saúde, mas que não consegue efetivar a
atuação interdisciplinar.
4.2 A prática e a aptidão para a interdisciplinaridade
Percebe-se uma dicotomia no discurso dos estudantes: alguns destacam espaços
de prática interdisciplinar, enquanto outros consideram nunca terem vivenciado a
interdisciplinaridade. Para os primeiros, a prática interdisciplinar está presente nos
seguintes cenários: “atenção básica, secundária e terciária, projetos de extensão,
PET-Saúde”, dando origem ao DSC que segue:
“Tanto na atenção básica, como na atenção secundária e terciária, vê-se muito
isso... no rodízio de clínica médica, em todos os espaços a gente teve contato com
a interdisciplinaridade, nos projetos de extensão, no PET-Saúde” (DSC)
Apesar de evidenciarem locais de prática interdisciplinar, os estudantes
classificaram a prática para a interdisciplinaridade como média (5,33 ± 2,20). Ao
analisar o discurso acima, é importante mencionar que a concepção de
interdisciplinaridade desenvolvida na clínica médica por esses alunos diz respeito,
na realidade, à atuação multiprofissional, onde vários profissionais olham o paciente
de modo fragmentado, de acordo com sua especialidade. Nesse contexto, as trocas
de informações sobre o paciente, na maioria das vezes, são feitas com base em
pareceres, contrariando o que se espera de uma ação interdisciplinar.
Outro aspecto importante é que os discentes relatam “ter contato” com a
interdisciplinaridade. O contato apenas não é capaz de garantir uma prática
interdisciplinar, uma vez que remete à ideia de encontros esporádicos ou poucas
oportunidades de atuar interdisciplinarmente. A prática interdisciplinar deve ser
construída dia a dia na vivência do estudante, de modo que se torne uma atitude
constante no seu cotidiano profissional e não uma atitude esporádica.
Mesmo diante desta fragilidade na prática interdisciplinar, observa-se que os
projetos de extensão e o PET-Saúde são importantes cenários que favorecem o
contato com a interdisciplinaridade. Estes espaços mostram-se verdadeiros oásis
num contexto de formação profissional onde os estágios curriculares pouco
permitem/favorecem a interdisciplinaridade.
A aquisição de conhecimento com pessoas de diferentes áreas parece ser uma
experiência que abrange a compreensão do trabalho coletivo e da complexidade da
realidade que se apresenta nos cenários de saúde. A formação profissional
interdisciplinar é de extrema relevância, tendo em vista que a identidade profissional
vai se fortalecendo à medida que os estudantes são expostos a situações comuns
de aprendizagem. A complexidade da prática compartilhada por estudantes de
diferentes áreas possibilita, frente a um mesmo problema, olhares diferentes, que
ora se complementam, ora se confrontam, mas proporcionam um olhar mais
ampliado de compreensão da realidade na saúde.
A segunda IC refere-se a: “não vivenciei a interdisciplinaridade na formação”,
evidenciada pelo seguinte DSC:
“Esse conceito de troca de conhecimentos eu não vi muito não, eu vi mais assim,
um profissional trabalhando sozinho e uma vez ou outra vem outro profissional; mas
assim com troca de conhecimentos eu não vi... No hospital a gente vê bastante isso,
pela forma dos pareceres que se pede, só com parecer, com discussão não, não
tem assim um grupo de pessoas conversando... a gente também não viu no PSF a
interdisciplinaridade” (DSC)
Na terceira IC, observa-se que “interdisciplinaridade é abordada apenas
teoricamente”. O DSC formado foi o seguinte:
“A gente teve muita aula no sentido de dizer à gente que era importante a
interdisciplinaridade, mas a gente não teve aula de como usar isso...” (DSC)
Diante das IC formadas, observa-se grande fragilidade na formação para a
interdisciplinaridade. As ações desenvolvidas são atividades pontuais de alguns
docentes, mas que não estão presentes na formação de todos os alunos de
Medicina dessa instituição de ensino. Assim, a visão interdisciplinar só é apreendida
pelos estudantesque têm contato com docentes que propiciam a
interdisciplinaridade ou em projetos de extensão e/ou PET-Saúde. Evidencia-se,
assim, que o curso não tem uma formação voltada para a interdisciplinaridade, o
que vai de encontro ao que se espera de um profissional que atuará no sistema de
saúde brasileiro.
Fazenda assinala que interdisciplinaridade não se ensina nem se aprende,
simplesmente vive-se, exerce-se e por isso exige uma nova pedagogia, o que
implica o envolvimento de todos os docentes na construção de estratégias de
ensino que possibilitem a vivência interdisciplinar.
5. CONCLUSÃO
A principal contribuição desta pesquisa está relacionada à conscientização de que
os custos para a implantação de melhorias através da demonstração dos valores
que a empresa acaba arcando com a não qualidade de seus produtos podem ser
alocados e absorvidos em todo o processo produtivo e principalmente com o ganho
de sua imagem junto ao cliente.
Os resultados mostram que a empresa perde com os custos de não qualidade de
seu faturamento. Verificou-se também no caso que a utilização de algumas
ferramentas da qualidade pôde auxiliar no desempenho favorável da organização
para minimizar custos, com baixo investimento. Este processo acaba gerando um
fortalecimento interno nos diversos setores, uma vez que todos estão participativos
e envolvidos nas tomadas de decisões, garantindo à empresa uma melhoria na
qualidade tendo como foco principal a sua permanência no mercado através de
produtos mais competitivos.
Conclui-se que o conhecimento do problema, a adoção de ações corretivas e
preventivas e, principalmente juntamente a qualificação de seus colaboradores
podem ser um diferencial competitivo para a organização, com baixo custo e
tornando-a mais suscetível ao sucesso.
REFERÊNCIAS
https://www.projuris.com.br/blog/direito-medico-hospitalar/ Acesso em 28/05/2023 às
20h05
https://nexxto.com/acreditacao-hospitalar-principais-requisitos/Acesso em
02/06/2023 às 19:50
https://dasa.com.br/ Acesso em 02/06/2023 às 20:09
https://www.revistaespacios.com/a15v36n04/15360402.html Acesso em 05/06/2023
às 18:11
https://www.blucher.com.br/administracao-com-qualidade_9788521205197 Acesso
em 05/06/2023 às 18:30
https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1822/953 Acesso em 05/06/2023 às 19:00
https://www.projuris.com.br/blog/direito-medico-hospitalar/
https://nexxto.com/acreditacao-hospitalar-principais-requisitos/
https://dasa.com.br/
https://www.revistaespacios.com/a15v36n04/15360402.html
https://www.blucher.com.br/administracao-com-qualidade_9788521205197
https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1822/953

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